Fanfics Brasil - Capítulo - 003. Tudo Por Você - Adaptação Vondy.

Fanfic: Tudo Por Você - Adaptação Vondy. | Tema: Trendy e Vondy


Capítulo: Capítulo - 003.

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Dulce Maria


Eu estive correndo feito louca atrás de alguém para me ajudar, se eu ligasse para o meu pai eu estaria frita. Meu carro é novo, como pude deixar isso acontecer? Como aquele cara irresponsável pôde fazer isso comigo?


Tive que ir até a casa da minha melhor amiga, Angelique, a pé e aproveitei para trocar de roupa. Minha sorte era que eu já estava por perto, mesmo assim meus pés estavam doendo devido à caminhada. E nem se quer podia acreditar que estava com meu gloss borrado.


Implorei para Angel que me arrumasse um guincho para me ajudar com o carro em vez dela ficar rindo da minha cara borrada. Ao retornar a estrada pedi para o guincho que me aconselhasse a melhor oficina da região. O homem prestativo, até demais, me recomendou uma oficina chamada "Scorpions”.


Perguntei-me quem era o maluco que colocou o nome de um negócio assim? Mas segundo o guincho, era a melhor oficina da cidade. Até aí tudo bem, eu poderia lidar com isso, só não esperava encontrar meu mais novo inimigo no mesmo local.


― Ah! ― dou um grito, com a mão no meu coração. O choque é grande e preciso mais do que um simples dia no spa para me tirar deste sofrimento.


Como ele pode estar aqui? O que ele estava fazendo debaixo de um carro? Todo sujo, com uma regata branca desgastada, cabelos castanhos bagunçados e todo suado com os músculos dos seus braços para fora.


Seus olhos castanhos escuros me avaliam enojado. Eu nunca odiei tanto uma pessoa como odeio ele. Eu sei que ódio é algo profundo e não deveria sentir isso, mas estou nervosa demais para discutir.


― É! Eu também não estou feliz em te ver.


Ele se levanta e eu me assusto com sua altura. Quando o vi, hoje na estrada, estava de moletom, mas seus músculos são muito mais assustadores de perto, principalmente expostos.


Por outro lado, o cheiro da oficina é forte, a gasolina sempre me causa enjoo. Ele limpa suas mãos, ainda sujas de graxa, em um pano todo felpudo.


― Então o que te traz aqui, Dulce? ― Ele sorri para mim descaradamente.


Eu ouvi bem o meu nome soar num tom sarcástico. Fico até mesmo com vergonha de tentar persuadi-lo, só de me lembrar do meu gloss borrado... Angel não parou de rir de mim e vai continuar até a próxima reencarnação.


― Meu carro ― começo ríspida. ― Não está funcionando. Por sua culpa! ― acuso e ele fecha a cara.


― Deve ser porque minhas preces foram atendidas ― murmura e fico chocada.


O grandalhão passa por mim para ver meu carro estacionado no lado de fora. Eu o sigo tentando manter distância desse ogro insensível. Ele levanta a parte da frente do meu carro para ver o que está acontecendo e ergo minha cabeça para olhar também, mesmo eu não sabendo o que tem por ali.


― Foi papai que te deu? ― pergunta de repente, pegando-me de surpresa enquanto se curva para mexer em alguns fios. As suas costas são extremamente largas, pisco os meus olhos para olhar em outro lugar.


― Sim. Ele me deu de presente por ter ganhando uma boa nota no mês passado ― digo com orgulho.


― Imagino se tirasse uma péssima nota. ― O escuto murmurar e franzo a testa ao pensar no assunto.


― Ele provavelmente tiraria minha mesada ― respondo horrorizada. O sujão olha para mim com a sobrancelha erguida e ri sem humor. Sua risada me deixa com raiva, pois já a escutei hoje à tarde.


Fico séria.


― Por acaso você já pensou em trabalhar ao invés de viver à custa do papai? ― ele pergunta zombeteiro.


― Pretendo terminar minha faculdade de Design primeiro. ― Sorrio. Ele olha para o meu sorriso e depois para mim como se eu fosse de outro planeta.


― Quer terminar sua faculdade primeiro e depois trabalhar? ― Ele parece em choque.


― Isso ― digo confusa. ― Qual o problema? ― Essa conversa não está chegando a lugar algum.


Ele só balança a cabeça e volta para o seu trabalho. Odeio quando não me respondem.


― Me falaram que aqui é a melhor oficina da região ― digo rabugenta e cruzo meus braços.


― Se falaram é porque é verdade. ― A palavra arrogante é pouco para descrevê-lo. Ele se ergue fechando o meu carro com força, fazendo-me pular.


― Cuidado! ― repreendo ríspida, acariciando minha pintura rosa.


O grandalhão vai atrás do meu carro, não entendo o que ele está prestes a fazer até me dar conta de que o empurra. Abro minha boca ao ver o meu carro andar e entrar na oficina.


O grandalhão é forte, muito forte. Abro a minha boca ainda mais, impressionada.


Quando meu fusquinha moderno já está dentro da oficina, ele volta a abrir a frente do meu carro.


― As chaves estão dentro... ― tento guiá-lo, mas não é necessário. O assisto entrar e ligar o carro com facilidade, isso não aconteceu comigo.


― Vou dar uma olhada e aproveitar para ver como está o escapamento. ― Eu não entendo nada do que ele está falando. ― Terminando isso darei a você o valor dos custos, mais os custos do Mercedes que você bateu.


― Como é que é? ― pergunto assustada demais.


― E não reclame. Agradeça que não foi algo grave. ― Ele levanta o dedo, impedindo-me de protestar.


Fecho minhas mãos querendo socá-lo, mas me controlo. Eu aprendi isso no acampamento de férias, respire e conte até se acalmar. Fecho meus olhos respirando fundo, soltando o ar e contando mentalmente até dez. Eu posso pagar, eu posso, mas seria a metade da minha mesada.


Tudo bem, eu não tenho para onde correr mesmo. Quando abro os meus olhos, o vejo com a expressão divertida como se quisesse segurar a risada.


― Como você quiser ― respondo calmamente, pegando-o de surpresa.


― Ótimo ― ele dispara com sua voz maliciosa e vai checar o meu carro.


Olho para os lados, vendo carros, ferramentas sujas, pneus e nenhum banco de espera, os dois garotos que conversei, pedindo por informações antes de chegar até o ogro, estão trabalhando empolgados. Descido me encostar na parede e cruzar os braços enquanto o espero, mas meus saltos estão me incomodando e mudo meu peso de um pé para o outro. Algo faz o grandalhão virar com desconfiança para trás e vejo a dúvida em seus olhos.


― Quê? ― pergunto, olhando para ele confusa também.


― O que está fazendo? ― pergunta.


― O quê? Estou fazendo o quê? ― indago ainda mais confusa.


― Está aí parada? ― Ele aponta para mim com uma ferramenta na mão.


― Estou esperando você arrumar o meu carro. ― Eu hein!


― Meu bom Deus! ― Ele revira os olhos para mim. ― Eu não vou terminar isso hoje.


― E por que não? ― pergunto nervosa e chocada.


― Porque isso leva tempo até ser consertado, não é assim de uma hora para outra. Olha quanta coisa eu tenho para fazer? ― Ele indica todo o lugar.


― E como eu vou embora? ― pergunto sobressalta, eu não tenho nem dinheiro para pagar um taxi.


― Chama o seu papai para vim te buscar ― diz sarcástico ao mesmo tempo como se eu fosse idiota. Abro a minha boca. Como ele pode se referir ao meu pai daquele jeito?


― Eu quero este carro pronto amanhã ― exijo.


― Depois de amanhã. Amanhã eu tenho que entregar o carro que você arrebentou e há outros na fila ― dispara com arrogância. Eu quero gritar, eu quero pular feito uma criança birrenta, mas me controlo antes que o chame de outra coisa, franzo a testa.


― Pode me dizer seu nome, mecânico. ― Ponho as minhas mãos na cintura.


― Néda ― responde.


― Néda? ― repito, querendo rir ironicamente. Que mãe põe o nome do filho de Néda?


― Né da sua conta. Agora, se me der licença, tenho trabalho a fazer em vez de ficar aqui aturando filhinha de papai.


Ele se vira enquanto o encaro perplexa. Ele é um grosso, um homem ignorante sem nenhum cavalheirismo. Eu o encaro como se meu olhar pudesse feri-lo.


Tudo bem, vou fazer o que me pediu, ligarei para o meu pai para vir me buscar, é a única esperança que tenho e seria perigoso demais ir para casa à noite, principalmente com estes saltos.


O "néda" me olha, continuando curvado em outro carro aberto deixando o meu de lado. Amanhã virei aqui com mais calma e pegarei pelo menos o número de telefone dessa espelunca.


Suspiro e me viro, de repente tropeço em uma mesa de ferramentas deixando cair algumas coisas no chão, os meus saltos não me ajudam a me manter firme no lugar e acabo caindo, derrubando tudo pela frente. Quando a bagunça acaba, olho ao meu redor.


Estou suja, minhas mãos estão com graxa, a blusa de Angel, da Gucci, está manchada de preto e a minha calça também. Olho o desastre e tento me levantar, mas os meus saltos escorregam numa possa e caio de novo, sujando o meu pé esquerdo com algo oleoso.


― Eca ― gemo fracamente, olhando a lambança. Tento me apoiar no chão sujo e escorrego, estou como uma marionete.


Logo, sinto mãos fortes e quentes segurar meus quadris para me manter firme. O cheiro de suor não pode ser tão agradável, encaro o ogro à minha frente assustada. Eu quero chorar, quero sair correndo, nunca passei por algo tão humilhante em toda a minha vida.




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Autor(a): sra.savion

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 54



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  • dada Postado em 16/01/2020 - 19:51:30

    Abandonou

  • elielma Postado em 03/09/2019 - 10:21:43

    Continua por favor

  • julia_souza_ Postado em 02/10/2018 - 09:31:18

    Vai abandonar a fanfic ? Se não for mais postar favor avisar logo.

  • vitory07 Postado em 02/09/2018 - 03:43:12

    Não vai escrever mais não? Se for isso avise, mas se não for posta logo.

  • julia_souza_ Postado em 13/08/2018 - 17:33:06

    Sumiu de novo :(

  • bia.leite Postado em 30/07/2018 - 08:42:17

    Posta maisssssssssssssssssssss plissssssssssssssssssssssssssss

  • julia_souza_ Postado em 20/07/2018 - 12:57:28

    Cadê voceeeeeê? Continua!!

    • sra.savion Postado em 22/07/2018 - 21:48:28

      Estou aqui. Continuando!!!!

  • deia2017 Postado em 10/07/2018 - 23:15:21

    Cadê vc amor posta maiss

    • sra.savion Postado em 22/07/2018 - 21:48:00

      Estou aqui...Postado!!!

  • astrogilda Postado em 03/07/2018 - 16:07:30

    Continua please...ta legal

    • sra.savion Postado em 22/07/2018 - 21:47:40

      Continuando!!!

  • candy1896 Postado em 02/07/2018 - 12:34:32

    CONTINUAA

    • sra.savion Postado em 22/07/2018 - 21:47:19

      Continuando!!!


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