Fanfics Brasil - Capítulo - 007. Tudo Por Você - Adaptação Vondy.

Fanfic: Tudo Por Você - Adaptação Vondy. | Tema: Trendy e Vondy


Capítulo: Capítulo - 007.

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― Olívia, pode ir, obrigado pela visita, mas tenho muito trabalho a fazer ― tento ser gentil.


Olívia não parece convencida, deslizando seus dedos no carro de Dulce e vindo em minha direção.


Sem me deixar protestar ela beija meus lábios. Eu nem se quer fecho meus olhos e olho para Dulce que faz um gesto de desgosto virando seu rosto.


Os lábios de Olívia não são como os de Dulce, nunca me causaram certo impacto.  Afasto o rosto de Olívia do meu e dou um sorriso convincente.


― O que pensa que está fazendo? ― pergunto, com um sorriso ameaçador.


― Apenas marcando território ― ela sussurra em meu ouvido e sai rebolando seu traseiro.


Passo as mãos no meu rosto exasperado. Quando me viro para me desculpar pelo modo grosseiro, Dulce está passando um pano no teto de seu carro.


Franzo a testa sem entender, depois percebo que é onde Olívia deslizou seus dedos. Abro minha boca para falar, mas Dulce é mais rápida e direta:


― Vocês transaram no meu carro? ― Ela me olha de um jeito acusador.


Raiva me consome por seus pensamentos irem longe demais. Toda sua imagem angelical desaparece em questão de segundos.


― É claro que não ― digo com raiva.


― Acho bom, porque se eu descobrir sobre você e sua namoradinha dentro deste carro, as coisas ficarão bem piores, Ucker ― diz emburrada e falando meu apelido com careta.


Como ela pode pensar daquele jeito?


― Ela não é minha namorada. ― Não sei por que disse isso. Não lhe devo satisfação.


― Se for ou não, isso não me diz respeito. Só quero o meu carro consertado o mais rápido possível. Então te ligarei mais tarde e acho melhor você ter boas notícias.


Ela nem se quer olha para mim, joga o pano na bancada e sai de forma dramática em passos duros para fora da oficina. Eu olho sem entender.


Sem meu comando meus olhos deslizam para seu traseiro e balanço a cabeça para tentar me focalizar. Logo, Dulce para abruptamente e se vira em minha direção.


― Pode chamar um táxi? ― pergunta amedrontada.


É cômico como seu humor muda de uma hora para outra. Reviro meus olhos. Simon e Jack chegam à oficina cumprimentando nós dois e agradeço por estarem aqui. Vou até meu escritório e ela me acompanha ficando na porta.


Visto minha blusa e pego as chaves da minha caminhonete. Dulce me olha incrédula como se eu tivesse cometendo um crime.


― Você não vai chamar um taxi para mim? ― pergunta espantada.


― Não! ― Balanço minha cabeça.


― Christopher, eu não posso voltar correndo para lá. E se aquele homem estiver me esperando? Se ele me matar? Se eu for enterrada como indigente? ― ela tagarela feito louca.


― Eu vou te levar. Ninguém vai tocar em você. Pare de agir como uma neurótica.


Passo por ela e sigo direto para minha caminhonete.


― Jura? ― diz com entusiasmo e vem saltitante até a porta do passageiro.


― Claro. É só entrar ― murmuro.


Entro na caminhonete e coloco o cinto. Ela pula para dentro como canguru empolgado, me fazendo rir. Saio com o carro perguntando onde fica sua casa.


Sigo suas instruções, obediente como um buldogue. Até certo ponto é desconfortável estar com alguém que mal conhece em seu carro, eu não sei que assunto conversar com ela, isso foi uma péssima ideia.


Vejo pela minha visão periférica que ela move suas pernas impaciente, também parece desconfortável.


― Esse nervosismo todo é por minha presença? ― provoco.


― Não seja tão convencido, Ucker ― ela ironiza e de novo faz careta com meu apelido. ― É claro que não... Um pouco... Talvez ― Ela ainda tem dúvidas.


― É muito perspicaz da sua parte ― retribuo a sutileza com arrogância.


― Isso te qualifica como um grosso arrogante ― dispara sem olhar na minha direção.


― Deu para falar sobre a minha incrível personalidade nata? ― ironizo.


― Exatamente. Você é egocêntrico, um mecânico metido a besta, um completo ogro coberto de músculos ― acusa e cruza os braços fortemente.


― Então você andou reparando na minha forma física. Sorrio com essa declaração.


― Qualquer um notaria! ― Ela está zombando de mim?


― Você está me massacrando, estragando meu ego. E quanto a você? ― Olho para ela e depois para a estrada.


― Não há nada que possa falar de mim ― agora ela se convence.


― Você é mimada, filhinha de papai, irritante, nojenta... ― Espio sua boca escancarada. ― Cara isso é bom ― murmuro, divertindo-me com o desabafo.


― Como você... ― Sua voz sobe duas oitavas.


― E sua voz é irritante, é insuportável ― solto mais uma encarando a estrada.


― Minha voz é normal ― ela se irrita.


― Sua voz parece de uma gata sendo atropelada ou sufocada ― solto com toda sinceridade.


― Você não sabe como eu sou ― percebo que sua voz falha e não consigo ver seu rosto, pois está virado para a janela.


Remexo-me desconfortável enquanto dirijo.


― E como você é? ― pergunto e dou uma rápida risada zombeteira. ― Acho que posso adivinhar. Você tem um pai que pode arcar com suas despesas, tem suas roupas e calçados de marcas. Uma vida perfeita como num conto de fadas ― disparo sem pensar.


Viro a rua passando por uma área privada, um portão de aço cobre a frente da mansão branca nos fundos. Paro o carro logo na entrada vendo que aqui é meu limite.


― Você não sabe nada sobre minha vida, Christopher ― ela diz me olhando com ódio. Sinto-me culpado por lhe causar dor e não entendo seu olhar.


Ela sai da caminhonete batendo a porta e assisto enquanto dá a volta no carro. Escoro-me na janela.


― Dulce ― chamo.


― Me deixa em paz! ― Ela nem se quer vira para mim.


Ah... Inferno!


― Me desculpe, tá legal! Eu não sabia, na verdade eu não sei, mesmo assim me desculpe. ― Não sei por que estou tentando manter meus esforços.


Ela finalmente para de caminhar, se vira e vem em minha direção.


― Está tudo bem, Christopher. É só que... Passar um tempo discutindo é cansativo. ― Isso não me convence.


― Quando você parar de mentir poderei acreditar em você ― disparo com sinceridade. Ela me olha confusa e suspira.


― Obrigada por ter me trazido e por ter me salvado hoje. Ela me dá seu sorriso angelical e retribuo.


Seus olhos caem em meus lábios.


― E pelo carro? ― indago.


― Quando ele estiver em perfeitas condições agradecerei imensamente, mas no momento é o que tem para hoje ― diz com um riso fraco.


― Trato feito ― concordo.


― Sabe, se você não fosse tão arrogante poderíamos até sermos bons amigos, e você poderia me dar um bom desconto nos meus gastos, quem sabe até de graça. ― Ela dá um soquinho em meu ombro.


Dou uma risada e ela me observa esperançosa.


― Nem morto... Ela dá um sorriso aberto e se vira seguindo em direção à sua casa luxuosa.


― Adeus, Christopher. ― Dá um aceno.


― Adeus, Dulce ― eu digo, olhando-a entrar.


Ela passa pelo portão e vejo que sua expressão mudar para triste, como se quisesse correr dali o mais rápido possível, ela tem os ombros curvados enquanto caminha para a casa, abraçando-se desolada enquanto desaparece pela porta de madeira.


Saio da caminhonete automaticamente e sigo direto até o grande portão, vejo que precisa digitar um código. Volto para o agora, me estranhando.


― Mas que merda você está fazendo, Christopher? ― xingo-me por ter saído e seguido até aqui como um fracassado e um idiota. Volto para o meu carro e dou a partida de volta para a oficina.


Há alguma coisa nela que me deixa intrigado, talvez sua vida dentro daquela casa não seja como eu penso, mesmo assim me pergunto o porquê.


Antes de ir à oficina aproveito para passar na loja de autopeças para comprar equipamentos para os carros.


Não deveria me preocupar e nem mesmo me lembrar de sua expressão triste. Eu deveria pensar no que vou fazer quando chegar ao meu trabalho, e me levo a refletir em consertar seu carro o mais rápido possível.


Não quero que corra risco de andar por aí sozinha e ser atacada por um maníaco. Minhas mãos se apertam no volante ao me lembrar do imbecil que a agarrou esta manhã, no momento meu sangue ferveu completamente e quando dei por mim já havia deixado o cara no chão.


Lembro-me nitidamente do seu corpo em meus braços e em minhas mãos, muito leve, muito quente e muito suave. Sem contar seu traseiro, isso eu não posso deixar de lado. Paro de pensar nela repetindo a mim mesmo para não continuar, nenhuma mulher ficou mais de dez segundos na minha cabeça.


Quando estaciono em frente à oficina, vejo Chris conversando com um dos garotos enquanto tira os pneus de um carro.


Saio da caminhonete e me aproximo.


― Olha só quem chegou ― Chris se empolga ao me ver.


― Olá, garotão! ― Lá vamos nós.


Reviro meus olhos ao escutar a malicia zombeteira e pego meu cigarro para fumar tranquilamente.


― Entregou o Mercedes? ― pergunto.


― Sim... Ninguém bateu na traseira dessa vez ― ele diz com ironia.


― Ótimo. Quero ficar livre desse New Beetle o mais rápido possível ― murmuro enquanto dou uma tragada.


Chris acende seu cigarro e se junta comigo.


― Não me diga que é... ― Ele aponta para o carro rosado e me olha desconfiado.


― Com certeza. ― Aceno.


― Cara, isso é estranho. É como o destino da vingança. Se fosse eu não arrumaria ― reflete.


― Está maluco? Ela vai pagar os gastos. ― Não me refiro ao desconto.


― Você irá fazê-la pagar? ― Ele ri.


― Claro! ― Sorrio abertamente.


― E, vem cá, ela é gostosa? Sei que é uma rica metida, mas tem umas que são... ― Chris move suas mãos como se desenhasse curvas.


― Depende do ponto de vista que você a ver ― Seu traseiro vem em minha mente.


Chris ri enquanto fumo.


― Soube que a noitada foi boa, garotão ― Ele soca meu ombro.


Chris tem a minha altura, somos amigos desde a época de escola e nunca perdeu um momento que fosse para me zoar.


Apenas uma vez quando eu disse que iria ser pai.


― Cala a boca! ― Dou uma risada, mas meus pensamentos não acompanham o momento.


― Então... Onde aconteceu o ato sexual? ― Ele olha para cada carro na oficina.


Dou um sorriso divertido. A vingança é tão doce...


― Adivinha? ― Aponto para onde sua Harley Davidson está parada enquanto dou uma risada.


― O que?! ― Chris se espanta.


― Ela tem um ótimo assento, é confortável, sobe e desce que é uma beleza ― gargalho.


― Filho da puta! ― Chris chega até sua moto a olhando com horror. ― Oh merda! Vou ter que lavá-la. Deve estar cheia de espermas. Que porra, Ucker! ― diz nervoso.


Vou até ele dando mais risadas.


― Olívia se divertiu ― o provoco.


Chris puxa a mangueira bruscamente.


― Vai se ferrar! ― grita se remexendo de nojo. ― Vem cá. Você e ela vão ficar sérios? Olívia gosta de você.


― Não ― ironizo. ― Não quero me prender a ninguém.


― Você nunca se prende. Na verdade, nem mesmo amou alguém ― Chris afirma começando a lavar sua moto.


― Para ficar igual a você? Chorando? ― Dou uma risada rápida.


― Eu não choro ― resmunga.


Fumo tranquilamente.


― Ela não me quer. Não me ama mais. O que eu faço agora? O que eu faço sem ela? ― eu o imito no dia que terminou com Betty, uma ex-garçonete que se mandou da cidade em poucos meses.


― Hey! Foi um momento de fraqueza. Um dia quem sabe você não saberá o que é isso. ― Ele sorri.


O meu amigo, alto, completamente tatuado com pose de bad boy, na verdade, tem um coração mole e um temperamento forte.


Dou uma risada e suspiro.


― Eu ainda não encontrei o que procuro. ― Automaticamente meus olhos disparam para o carro rosado.


― E o que você procura? ― Chris pergunta.


― Ainda não sei ― sussurro e me afasto quando vejo a água respingar em mim. ― Pare de me molhar ― reclamo.


― Quem mandou transar na minha moto? ― resmunga enquanto enxágua, principalmente o acento.


― Ela é boa. ― Olho para sua moto rindo.


A verdade é que transei com Olívia para tirar a tensão do meu corpo, de qualquer forma meus pensamentos nunca estavam no ato, foi e é algo seco, sem qualquer sentimento.


Suspiro querendo tirar a imagem do sorriso angelical da minha mente.


― Mia chegou ― Chris me tira dos pensamentos. Olho para a entrada vendo Mia, Paula e Franchesca aproximando-se.


― Merda ― resmungo. Engasgo-me com a fumaça fazendo Chris rir e jogo a bituca no chão, piscando e chutando rapidamente.


― Calma, cara. Ela é só uma criança ― Chris se diverte.


― Não quero que me veja com isso.


Caminho até a entrada da oficina vendo Franchesca com uma sacola e as meninas saltitantes.


Quando estava com Dulce, Mia me ligou pedindo para que depois da escolinha fosse ao mercado com Franchesca. Dou um sorriso largo ao lembrar que Dulce pensou que era alguma mulher.


Na verdade, era Mia e lhe dei um celular para mantermos contatos.


― Sem palavrões ouviram? ― menciono para todos na oficina antes de me encontrar com Mia.


― Papai! Ela corre na minha direção e estou preparado para pegá-la nos braços.


A abraço e beijo seu rosto.


― Olá! Como foi? ― pergunto sorrindo para a minha filha.


― Divertido. Agora temos que ir. ― Ela abraça meu pescoço.


― Você deixou usar a nossa cozinha com a Franchesca, lembra? ― No telefone Mia me pediu docemente, aceno.


É impossível recusar qualquer pedido seu, principalmente quando seus olhos estão cheios de empolgação.


― Fiquem à vontade ― aceno. ― Mas tarde subo para dar uma olhada em vocês. ― Sorrio.


Coloco Mia no chão e ela sai correndo para os braços de Chris.


― Olá macaquinha. ― Chris a chama assim desde que tinha dois anos, o apelido pegou até mesmo em mim.


― Tio Chris, vou fazer bolinhos. ― Mia o abraça. Viro-me para Franchesca olhado sua sacola.


― Precisa de ajuda? ― pergunto.


― Não precisa, está leve, vou ajudar as meninas a fazerem os cupcakes. ― Franchesca sorri.


Mia se despede de todos junto com Paula e juntas sobem empolgadas para casa. Franchesca as segue.


― Devo admitir ― Chris está ao meu lado. ― Franchesca é quente.


Olho para ele espantado e lhe dou um tapa na cabeça.


― Vamos trabalhar. Que merda você está fazendo com esse Honda? ― pergunto apontando.



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Autor(a): sra.savion

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Depois de cinco horas de trabalho resolvo subir para ver as meninas. Logo quando entro escuto risadas e conversas agitadas na cozinha. Sigo até as vozes empolgadas e paro na porta vendo Mia e Paula enfeitarem os cupcakes enquanto Franchesca tira as forminhas. O cheiro faz meu estômago roncar. ― Que maravilha! ― Elas me olham quando entro e sento ol ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 54



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  • dada Postado em 16/01/2020 - 19:51:30

    Abandonou

  • elielma Postado em 03/09/2019 - 10:21:43

    Continua por favor

  • julia_souza_ Postado em 02/10/2018 - 09:31:18

    Vai abandonar a fanfic ? Se não for mais postar favor avisar logo.

  • vitory07 Postado em 02/09/2018 - 03:43:12

    Não vai escrever mais não? Se for isso avise, mas se não for posta logo.

  • julia_souza_ Postado em 13/08/2018 - 17:33:06

    Sumiu de novo :(

  • bia.leite Postado em 30/07/2018 - 08:42:17

    Posta maisssssssssssssssssssss plissssssssssssssssssssssssssss

  • julia_souza_ Postado em 20/07/2018 - 12:57:28

    Cadê voceeeeeê? Continua!!

    • sra.savion Postado em 22/07/2018 - 21:48:28

      Estou aqui. Continuando!!!!

  • deia2017 Postado em 10/07/2018 - 23:15:21

    Cadê vc amor posta maiss

    • sra.savion Postado em 22/07/2018 - 21:48:00

      Estou aqui...Postado!!!

  • astrogilda Postado em 03/07/2018 - 16:07:30

    Continua please...ta legal

    • sra.savion Postado em 22/07/2018 - 21:47:40

      Continuando!!!

  • candy1896 Postado em 02/07/2018 - 12:34:32

    CONTINUAA

    • sra.savion Postado em 22/07/2018 - 21:47:19

      Continuando!!!


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