Fanfic: Professora Fdp- AyD/ Portinõn | Tema: Anahi e Dulce

No meio do caminho eu comecei a me preocupar. A raiva estava passando relativamente enquanto o vento batia em meu rosto...E bem, minha mamãe ia me matar quando soubesse que eu estava sendo carregada pra casa pela estagiária furiosa comigo. Nenhum professor em toda minha vida escolar encrencou comigo e eu nunca havia ido pra direção ou algo assim... Ai, meu Deus! Eu estava muito encrencada.

Chegamos rápido a minha casa e Dulce me arrastou até a porta tocando a campainha em seguida.  Não demorou quase nada pra minha mãe atender, que ótimo fim de tarde!

“Oi!” ela cumprimentou, sorridente, olhando ela e depois pra mim.

Sua expressão era muito engraçada. Era um misto de susto e surpresa. Eu podia estar lendo seus pensamentos agora...Todos eles deveriam ser algo: “Que Any está fazendo agarrada a essa mulher linda?”

“Olá, e...” ela a cortou.

“Que você está fazendo com a Any? É a namorada dela? Não sabia que se interessava por mulheres agora filha, não tem problema, só de você ter alguém.” ela falou tão feliz, como se eu fosse uma encalhada. Bufei alto. Eu estava certa.

“Não, eu sou sua professora de biologia.” Disse séria, mas ainda assim, simpática. Marichello começou a rir.

“Professora de Biologia? Hahaha que engraçada hahaha” ela achava que Dulce estava brincando com ela! Quanta humilhação!

“Mãe, é sério!” repreendi chateada.

“O quê?” olha! Passou tão rápido... “O que você aprontou, mocinha?”

“Podemos conversar aí dentro?” quis saber.

Ela sacudiu a cabeça e deu passagem. Ela não estava feliz comigo. Que maravilha de vida! Será que é agora que eu começo a chorar e peço arrego?

Dulce continuava a segurar meu braço, me dando apoio. Puxei com força o meu cotovelo fazendo a soltar, mas perdendo o equilíbrio e tendo que ser amparada por ela novamente.  Ela tentou segurar o riso.

“Sente-se, querida, qual é o seu nome?” minha mãe perguntou.

Dulce sentou-se comigo no sofá de três lugares da sala e minha mãe sentou em uma de suas enormes poltronas. Sua expressão era engraçada, ela se baseava em olhares hostis pra mim e sorrisos simpáticos pra Dulce... Enfim, parecia estar com cacoete.

“Meu nome é Dulce...” ela disse constrangida.

“Ah, olá, Dulce, qual é o seu problema?” ela perguntou, escorando-se confortavelmente na sua poltrona.

“Mãe, pelo amor de Deus, pare de tratá-la como se fosse um de seus pacientes!” critiquei. Ela achava que Dulce era mais um louco que ia a seu consultório psiquiátrico?

“Ah, ok.” Ela disse, mexendo-se em sua poltrona e nos encarando. “Comecem.”

“Porque essa doida...” “ Ela começou a me xingar...” “E eu não podia admitir isso!” “Foi ultrajante! Eu era a professora.” “E ela sequer interferiu!Foi maldade...” “Eu estou cansada dessa falta de respeito! Eu que mando naquela joça!”

“Já chega!” exaltou Marichello, chocada. “Meu Deus.” Ela riu.

Eu e Dulce nos olhamos de canto de olhos irritadas.

Marichello tinha um sorriso engraçado no rosto que tentava disfarçar a todo custo. “Bem, eu acho melhor discutirmos isso no jantar.” Determinou, levantando-se. “Janta conosco, meu bem? Não aceito um ‘Não’ como resposta.” Já explicou... E ela não aceitaria mesmo!

“Er...Tudo bem...” ela disse constrangida.

“Ok, irei prepará-lo.” E saiu. “Faça companhia à visita, Any.”

E ela saiu. Ficamos em silêncio um tempo depois disso. Eu com minha linda perna engessada sobre a mesa de centro e braços cruzados e ela apenas de braços cruzados e um bico engraçado no rosto.

Chateada do silêncio excessivo, liguei a televisão, procurando algum canal em que eu achasse algo divertido pra olhar. A única coisa que me interessou foi um jogo dos Puebla’s que passava em um canal qualquer de TV.

“Passam a bola pro Grande Bryant e... Ele deixa passar! Mas o que está acontecendo com o Kobe nessa temporada?” reclamou o narrador. “Phil insiste em colocá-lo pra jogar, mas a nossa estrela está em uma má fase!”

“Como uma má fase?” bufei. “Deveriam colocar o Luke no lugar dele!”

“O Walton?” Dulce abriu a boca. “Você só pode estar brincando! Deveriam colocar o Steve!”

“Nem pensar! O Luke é mais alto, joga muito melhor!” devolvi. Não pensava em começar um diálogo com ela.

“Você é doida!” Dulce exclamou virando-se pra mim no sofá. “Desde quando altura significou qualidade? Steve Blake é o melhor jogador de todos os tempos!”

“AH, sim!” eu ironizei, revirando os olhos. “Você parece estar defendendo o namorado! Altura no basquete é muito importante, sim! Você já viu algum anão jogando em algum time importante?”

“Ah, e você gosta mais do Luke por quê? Por que ele é mais bonito?”

“Não.” Eu gargalhei. “Ele é terrível.”

“E CESTA!” o narrador chamou nossa atenção. “Cesta de Andrew Bynum!”

“Meu Deus!” acompanhamos o replay na tela, Dulce estava chocado. “Esse sim é um bom jogador!”

“Ele é o melhor jogador! Ei, você torce pros Puebla’s?” eu ri.

“Aham, sou de lá... E você torce por que?” perguntou, o lá que ele quis dizer era Puebla.

“Luke é dos Tiju... Eu sou de Tijuana.” Ela riu.

“Então defendia por isso?” eu assenti e ela riu. “Achei que tivesse um motivo.”

“Boa noite!” cumprimentou Enrique. Ele parou e encarou Dulce. “Quem é essa moça, Any?”

“Pai, essa daí é a Dulce. Minha professora de biologia.”

“O que Diabos a sua professora de biologia está fazendo aqui?”

“Querido!” Marichello chegou gritando. “O jantar está na mesa, venham todos!”

Dulce me auxiliou até a mesa, sentado-se do meu lado. Conversamos sobre coisas normais e eu estava feliz por hoje ser sexta.... Mas não tão feliz ao lembrar que só veria Dulce na próxima semana. E eu estranhei isso, eu não costumava sentir falta dela... Nunca