Fanfic: Professora Fdp- AyD/ Portinõn | Tema: Anahi e Dulce

“Às quartas-feiras nós usamos rosa e fazemos maratona! Kkkkkkkk”

“Ah, qual é, Any... Odiar assim uma pessoa não é normal, principalmente essa pessoa sendo EU!” frisou bem a última frase.

“Maite Perroni, procure não falar comigo!” rosnei.

“Ah, Any, por favor... “ suplicou, chateada. “Eu não tive culpa se...”

“Não ouse falar!” a cortei, parando no meio do corredor. 

Maite estava a exatos quinze minutos correndo atrás de mim no corredor, tentando se desculpar. Nossa discussão estava atraindo vários olhares e eu já estava ficando constrangida com tanta atenção, só que ela era inevitável. 

Ela havia tido a brilhante idéia de entregar a carta que eu fiz pra minha querida professora sem ler...E ainda usou a desculpa de ser crime ler a correspondência alheia!

“Você está com as chaves das portas aí, Maite?” questionei.

Ela por ser a monitora a tarde, tinha a chave de todas as salas de aula. 

“Claro que não, Any, eu só preciso delas sexta à tare.” Disse, chateada.

“Eu te odeio, Maite!” resmunguei, como eu ia entrar na sala agora?

“Ah, Anyzinha, por favor...” ela disse, me parando. “Nada que você tenha escrito nessa carta pode ter sido tão ruim. Aposto que ainda vamos rir disso um dia.”

“Calada!” gritei, o corredor já estava mais vazio e eu esperava ansiosa o último aluno passar pela porta pra entrar na sala do minha professora e retirar a carta de sua gaveta, onde ela havia guardado. 

“Any!” ela choramingou. “Se você invadir a sala de aula vai ser pior!”

A ignorei. O maldito aluno saiu e forcei a entrada na porta. Maldição! Estava fechada!

“Viu? Isso é um sinal!” Maite exasperou, amedrontada. 

“É, é um sinal da sua incompetência, se você tivesse trazido as chaves ia ser bem mais fácil!” 

“Ai, Any, é errado invadir as salas de aula...” choramingou.

“Maite, você pode, por favor, ficar quieta? Vão acabar nos ouvindo!” 

Ela gemeu alguma coisa com muito desgosto e se calou. Encarei a porta e notei uma pequena janelinha bem em cima. Sorri satisfeita. 

“Maite, junte as mãos e me dê pezinho!” 

“Como?” Perguntou, incrédula. 

“Vamos!” Exclamei.

Ela, muito a contragosto, juntou as mãos e me deixou subir. Coloquei minhas mãos em seus ombros e subi vagarosamente até lá, enfiando minhas mãos na janela e a abrindo. 

“Ai!” ela reclamou. “Cuidado com meu rosto!”

“Desculpe!” Murmurei, enfiando meu corpo inteiro por lá e agradecendo aos céus por ser magra. 

Eu deslizei facilmente pela janela, a única coisa que eu não medi – e não imagina o quão estúpida me senti por isso – foi a queda. Cai no chão completamente errada, fazendo um grade barulho. 

“Ai.” Choraminguei. 

Maite, quando ouviu o barulho, correu pra dentro da sala, afobada e apavorada. 

“Any! Você está bem?” perguntou, me ajudando a levantar.

“Eu pareço bem?” respondi azeda. “Como você entrou? A porta estava trancada!”

“Eu tenho a chave...” ela sorriu amarelo.

“Você me deixou pular a janela e quase quebrar minha cara por nada?” quis saber, irritada.

“Eu achei que você não fosse conseguir passar pelo buraco e...”

“Chega!” cortei, indo até as gavetas da mesa da professora. 

Comecei a abrir e fechar de forma rápida, revirando os papéis enquanto Maite cuidava da porta. O papel parecia ter sumido e eu já estava me desesperando quando achei o envelope.

“Graças à Deus!” comemorei, abrindo o mesmo. Não havia nada ali. “Mas como..?”

“Procurando isso, Portilla?” uma voz na porta da sala perguntou. Uma voz alta e rouca. 

Outh! Droga! Não era uma voz qualquer...Maldita professora. Maldita Mestre. Maldita Dulce Maria Savinõn!

Corajosamente eu encarei aqueles olhos castanhos, quase pretos de raiva. Maite estava encolhida perto da porta, apavorada.

“Er..Eu...” tentei me explicar.

“Sabe?” Ela começou a falar, vindo na minha direção. Levantei imediatamente. “Eu nem sei qual parte eu gostei mais...Se foi a parte da “Minha enorme cabeçona” ou das “minhas frustrações sexuais!” ela disse, sarcástica.

Maite empalideceu perto da porta. 

“Maite, faça-nos o favor de sair.” Ela disse, irritada. Ela voou da porta.

 Vaca! Grande vaca! Me deixou sozinha! 

Continuei calada. “Você está mais do que ferrada.” Ela disse, bem perto de mim. Seu hálito de hortelã batendo no meu rosto. “Mais do que ferrada, só um milagre vai passar você de ano! E a propósito garotinha, eu não preciso de nenhuma banana no meu orifício” disse me girando, fazendo eu ficar contra o quadro e me trancando com as mãos por ali. 

“E eu faria questão de lhe provar isso, mas eu não faço por duas coisas: a primeira é que você não me interessa...” ela sorriu irônica. “E a segunda é que sou sua professora.”

Ela saiu de perto de mim e foi até a porta, abrindo e parando lá. “Você está na detenção pra sempre!” ela anunciou. “Vamos! Saia!”

Corri pra fora da sala.

E ali, várias coisas me incomodavam... A primeira delas era essa situação e clima tenso que havia ficado entre nós. Antes, era um clima tenso que vinha só de mim, ela era arrogante e insuportável comigo e eu a odiava por isso, mas acontece, que era definitivamente maldoso e cruel da parte dela atingir meu ego.

Como assim faria questão, porém não faz por eu não a interessar? 

Por que eu não a interesso? Não sou bonita o suficiente? Ou morena? Ou magra demais? Ela nem me conhece! E o que ela disse na aula, foi ridículo. Eu ter escrito essa carta foi tudo culpa dela. Ela me chamou de vadia – ou apenas sugeriu isso – na aula, na frente de todos. Sem nem saber como eu sou.

Eu entrei no meu lindo carrinho, o mini Cooper mais mimado e conversível de todos e dirigi rapidamente pra minha casa. Rodei as ruas de San Martin rapidamente e agradeci mentalmente por ser sexta. Eu estava na detenção, certo, mas eu só pagaria na segunda...Eu, então, nem avisaria nada aos meus pais. 

Esse fim-de-semana eu só quero mofar em casa!