Fanfic: Professora Fdp- AyD/ Portinõn | Tema: Anahi e Dulce

(Meus amores, me perdoem por não ter postado ontem, aconteceram uns problemas e estava sem cabeça pra postar, porém hoje depois do jogaço de 2x0  para o Brasil me alegrei de novo. Por esse motivo vou postar 3 capítulos= de ontem + os 2 gols de homenagem kkkkk, espero que estejam gostando!! Comentem mais, eu amo ler seus comentários kkkk)

Estávamos todos sentados no sofá. Com exceção de Angel, que estava sentada no chão entre meus pés e os de Dulce. Maite e Chris se abraçavam tanto, ambos com medo, que pareciam se fundir. Uma chuvinha fraca batia na janela e dava um clima assustador ainda melhor. Seria um bom dia se Dulce não estivesse aqui.

“Se com ele você sonhar, cuidado para não gritar...”brincou Angel, levando uma almofada de Chris.

Não consegui conter um gritinho assustado quando o Billy – o boneco maldito – pegou a mocinha. 

“Com medo, Portilla?” Dulce provocou.

“Cala a boca, Savinõn.” Sussurrei de volta.

“Professora Savinõn.” Corrigiu. 

“Não estamos no colégio e você é cinco anos mais velha que eu só.”

“O que cinco anos não fazem...” ela disse, rindo de mim. Peguei a almofada de Angel e lhe atirei. 

Ela riu. “Imbecil.”

O cara estava chegando em casa, com a rosa e notou a chaleira ligada. Ele subiu as escadas e viu a mulher morta. Quando eu vi a língua da criatura despedaçada eu quase gritei, só não gritei porque Maite gritou. 

A chuva fraca que antes batia fraca na janela, aumentou consideravelmente, fazendo um grande estrondo quando um raio caiu forte lá na rua. Então, do nada, todas as luzes da casa se apagaram e as janelas se bateram com tanta força que os vidros caíram em cacos no chão.

“Deus!” murmurei, levantando.

“É o filme! O Billy vem me pegar!” disse Chris, em pânico.

“Cala a boca, Barbie!” mandou Dulce.

“Não é nada, gente.” Tranqüilizou Angel, “Foi só uma queda de luz.”

“Ah, sim! Super normal em San Martins...” disse Maite, chateada.

“É sim, por causa da chuva!” me indignei. “Que bando de medrosos.”

O celular de Angeltocou e ela atendeu rapidamente. “Sim...Oi, mãe!” ela parecia feliz. A sra. Chàvez disse alguma coisa do outro lado da linha. “Sério? Tanto assim?...Hm...Ok. Beijos, também amo você.”

“O que foi?’ perguntou Chris, preocupado.

“As estradas estão trancadas. A chuva está muito forte e eles vão ter que esperar por lá.”

“Que droga! Estamos presos aqui!’ reclamou Maite.

“Não estamos, não.” Exclamou Dulce chateada. “Tenho que ir pra casa.”

“Já vai tarde.” Comentei quando ela ia em direção a porta.

“Cara, fica aí.” Convidou Chris. “Tem quartos suficientes.”

*Cara? Deve ser apelido deles dois. Ainda sim é estranho, a Dulce é mulher. Pensou Any* 

“É perigoso, Dulce...”disse Mai, realmente se importando.

Que burrice.

“Capaz, é só uma chuvinha...” ela tagarelou abrindo a porta. Um raio caiu a alguns metros da casa e ela fechou imediatamente a porta. “Ok, me convenceram! Eu fico.”

“Covaaaarde!” cantarolei.

“Calada.” Ela disse, enfezada.

“E se tudo for uma armação do Billy? A chuva, a falta de luz...”

“Maite!” exclamou Angel, rindo. “Desde quando o boneco sabe mexer na fiação velha de San Martins e com o tempo? Acorda!”

“E não grite.” Lembrou Chris.

“Há-há-há! Quase morri de rir, idiota.”

“Ah, Maizinha, não briga comigo.” Riu Chris. “Vem me dar um abraço.”

“Shiu!” fez Dulce, em um tom amedrontado. “Eu ouvi um barulho.”

“Ta com medinho, é?” brinquei.

“Para! Eu também ouvi.” Disse Angel. “Veio lá de cima.”

“Ok, vamos fazer o seguinte.” Disse Maite. “O Chris vai e nós ficamos aqui, com medo.”

“Não! Eu não vou a lugar nenhum!” disse Chris, em pânico. “E se for o Billy?”

“Ah, chega.”  Cortei. “Eu vou.”

Ninguém disse nada pra ir contra mim. Que bons amigos! 

Vagarosamente suspirei. Era óbvio que não era o boneco assassino, aquele filme é apenas uma imitação de Chuck! Parei no topo da escada, ouvindo pela primeira vez o barulho. Eram quase passos...Molhados...Sonoros e mudos...Eles estavam se aproximando e...

“ANYY!” 

“AAHHHH! SUA CORNA!” berrei, furiosa pra Dulce. Ela riu de mim. “O que você está fazendo aqui?”

“Vim te fazer companhia, donzela.”

“Ah, cala a boca.” Reclamei. Continuei ouvindo o barulho. Ele vinha da porta ao lado da escada. Dulce tomou a frente e começou a me puxar pela mão.

Eu não pude ignorar nenhum desses gestos. Quando sua pele tocou a minha, mesmo que nesse toque tão informal, eu me senti aquecida. E indiscutivelmente protegida quando ela tomou minha frente. Como um verdadeira cavalheira. 

Chegamos à porta do quarto e eu ainda estava distraída. Os barulhos continuaram. Eu estava começando a ficar com medo quando Dulce pediu pra eu fazer silêncio enquanto abríamos a porta. 

Os barulhos continuavam ali, como se a criatura que estivesse ali, não fizessem nem idéia de que havíamos chegado. 

“E se for o Billy, Dulce?” perguntei, amedrontada.

“Pelo amor de Deus, Any!” ela disse, menosprezando meu medo...E me chamando de Any.

“Angel?” uma voz masculina vinda do nada perguntou.

“Ele está atrás da Angel!” choraminguei, baixo. 

“Calada.” Ela disse, baixando a voz e murmurando um “Hm.”

“Angel, é você?” a voz perguntou de novo.

“Sim...” imitei Angel.

Senti Dulce ser atingida por algo ao meu lado e sua mão soltar bruscamente a minha.

“Me solta, cara! Me solta!” ele grunhiu, bravo.

“Angel?” a voz perguntou, horrorizada. “Desde quando você é forte?!”

“Derrick?” perguntei pro escuro, reconhecendo a voz.

“Any?” 

“Ah, Diabo! Dulce murmurou, com uma voz de nojo. “Nunca...Mas nunca mesmo, toque em mim de novo!”

“Ah, foi mal aí.”

“Vamos descer.” Rosnei, chateada. Não acredito que confundi Derrick com o Billy. Tirando a cara-de-pau a semelhança é nula!

“E antes que eu esqueça,” começou Dulce. “O que você estava fazendo no quarto de Angelique?”

“Nem queira saber.” Respondi por Derrick. 

Chegamos na sala e todos estavam sentados nos sofás com lanternas. A chuva ainda caia forte do outro lado do vidro e eu estava muito cansada. Só o que eu queria era estar na minha casa, com a minha cama e os meus travesseiros...E sem a sensação da mão quente de Dulce na minha. Sem ela...Eu acho.