Fanfic: Professora Fdp- AyD/ Portinõn | Tema: Anahi e Dulce

O resto da noite, foi consideravelmente calmo. A luz voltou bem tarde, assim como os pais de Angel. Nada de mais aconteceu, tirando o fato de termos ficado sem a pizza. Dulce foi embora antes mesmo de eu acordar, e tive o prazer de comer o café-da-manhã calmamente, assim como o almoço. 

Christian saiu logo depois das três horas, indo pra casa de um amigo e dizendo que ia sair, ir numa festa na casa de um amigo e depois pra uma festa num clube particular em Monterrey.

Começamos a nos arrumar pra festa às oito horas porque Maite parecia estar desesperada pra isso. Ela ficou simplesmente incrível com o vestido bege, assim como Angel com o seu lindo vestido vermelho. Eu desisti do maldito vestido preto e acabei colocando uma saia preta cintura alta e uma blusa branca. Do que eu comprei, apenas usei a sandália prata.Prendi meu cabelo em uma rabo de cavalo mais alto e maquiei meu rosto levemente.

As garotas estavam animadas demais pra serem detidas e saíram às onze horas pra chegarmos lá meia noite e meia. Eu estava cansada antes mesmo de sair. 

“Ótimo!” comentou Mai, quando chegamos na festa. 

“Eu que o diga.” Comentou Angel entregando as chaves de seu Aston Martin ao manobrista do estacionamento que ficava a duas quadras da boate. “Se chegássemos mais tarde não poderíamos entrar e ficaríamos na fila.”

“Ah, fala sério, Angel.” Reclamei, meio indignada. “Sempre deixam você entrar.”

“Eu sei, mas amo que vocês me digam isso!” disse emocionada, jogando o cabelo pro lado.

Eu e Maite nos entreolhamos.

Como eu havia dito, nos deixaram entrar sem nenhum problema. Senti até vontade de acenar pras garotas que esperavam na fila, mas me conti. A primeira coisa que eu faria hoje era tentar ser legal com os outros. Eu estava me sentindo uma idiota por ter tratado Dulce mal no primeiro dia de aula, talvez se ela tivesse sido tratado bem, não me odiasse tanto agora. 

Sacudi a cabeça. Por que eu tenho que pensar em coisas ruins em uma festa? Não, vamos deixar Dulce em uma gaveta, bem trancado.

Tocava: Mc MM- Só quer vrau 

Me surpreendi com a quantidade de gente no estabelecimento. U-au. Angel passou pela pista de dança dançando, indo direito pro bar. A primeira coisa que fazíamos todas as vezes que saiamos era tomar uma tequila.

“No três.” Riu Mai, pondo o sal na boca. Fizemos o mesmo.

1,2,3. Sinalizou Angel e tomamos toda a bebida forte, chupando rapidamente o limão depois.

“Já estou me sentindo melhor.” Comentei. Elas riram.

“Liberado?” Angel perguntou.

“Aham, você pode ficar com quem você quiser.” Revirei os olhos “E você também...Só escolham bem.”

Elas riram. “Você deveria fazer o mesmo.”

“Não quero.” Dei de ombros, “vocês me conhecem.”

“Tudo bem, né?” concordou Maite, desgostosa. “Vamos dançar!”

E foi o que fizemos. Juntas. Até, é claro, Derrick chegar. Angel foi a primeira a sair. Depois eu avistei um certo loiro num canto do bar chamando Maite. Eu estranhei o Christian chamar Maite, e estranhei ainda mais, ela ir. 

E eu estava sozinha.

Só que eu estava tão acostumada que nem liguei. Era só eu fechar meus olhos e seguir a batida ou me embebedar no bar. Simples.

Eu fechei os olhos e segui a música, rebolando até onde a minha saia permitia. Passando as mãos pelo meu corpo e levando-as pra cima de minha cabeça. 

Eu gostava de dançar. Eu amava dançar. E eu amava Funk.

Senti mãos grandes e macias tocarem minha cintura, num convite não feito pra dançar junto.

Infeliz e desgostosa com a situação, ainda sem abrir os olhos, murmurei: “Afaste-se.”

“Eu acho melhor não, se não for eu vai ser aquele brutamontes de três metros.” Comentou uma voz conhecida.

Minha surpresa foi gigante, óbvio.

“Dulce?” perguntei abrindo os olhos e vendo seu corpo perto do meu. “Que você está fazendo?”

“Dançando.” Ela disse, simplesmente. Continuei parada. “Você sabe dançar, não sabe?” provocou.

“Sei! Sua idiota!” murmurei, colocando as mãos no seu pescoço. 

E eu não podia mesmo acreditar que estava dançando com a minha professora de biologia. Ela me odiava! 

Ela colocou sua perna no meio da minha e eu estranhei porque parecia que tinha algo no meio delas, a encarei. Ela parecia preocupada, preocupada não, apreensiva. Como se o que ela estivesse fazendo fosse errado... O não deixava de ser. 

“Está olhando o quê?” ela quis saber, contrariada por eu encarar tanto.

“Uma professora pode dançar assim com uma aluna?”

“Não.” Ela suspirou.

“E então?’ perguntei, me referindo a nós mesmos.

“Não estamos no colégio” ela sorriu torto, repetindo minhas palavras. 

Eu ri e mordi meu lábio inferior. A música acabou e começou a tocar uma mais calma, Dulce não havia se separado de mim ainda. 

Teenage Dream – Katy Perry

“Você me odeia?” ela perguntou de repente.

“Sim.” Disse, sincera sem pensar direito. Ela riu e me girou, junto de seu corpo. Muito próximo. 

“Eu também odeio você.” Ela disse, junto com um suspiro. “Principalmente depois daquela carta.”

“Ah, a carta?” perguntei sarcástica. “E o sorvete?”

Ela riu. “Não foi nada. Não faça drama, garota.”

“Você é doida!” eu exclamei. “Doida, idiota!” eu ainda estava irritada pelo sorvete.

“Não pode ter te irritado tanto quanto eu quando recebi aquela carta, falando da minha falta de habilidade sexual.”

“Ah, é? E como você acha que eu reagi quando você me chamou de puta?”

“Eu não te chamei de puta!” ela disse, rindo da minha indignação.

“Sim, claaro que não!” ironizei. “E se quer saber? Eu ainda acho que você não da conta do recado!’

Ela parou de rir imediatamente. Me encarando com os olhos castanhos escuros mais uma vez. Eu havia irritado a fera! Que grande maravilha!

“Retire o que disse.” Rosnou.

“Não.” Disse, arqueando uma sobrancelha.

“Agora.”

“Por que eu deveria?” perguntei, sarcástica.

“Porque eu juro que irei lhe provar o contrário.” Grunhiu, ainda irritada. Meu corpo grudado no dela por causa de suas mãos firmes em minha cintura. 

“Eu acredito que não.” Disse, me desfazendo do abraço apertado. “Eu não a interesso.” A lembrei de suas palavras. 

Aquelas, sabe? As que haviam me magoado tanto, não que eu quisesse, porque eu gosto de homem. Não gosto?!.

Ela ia me falar alguma coisa, ainda muito irritada, mas rapidamente peguei uma bebida de um garçom que passava por ali. “E a propósito...” eu disse, chacoalhando o líquido no copo e o derramando propositalmente em sua cropped branca. “Deixe de ser tão esquentadinha. Aproveite a festa!” A cumprimentei com uma continência. 

E saí dali. Rápido. Se ela me alcançasse eu estava morta!