Fanfic: Por trás das câmeras | Tema: Vondy | Finalizada | Tema: RBD, Vondy

Flashback Ucker

Já era noite. Ele estava brincando no chão da cozinha com seus carrinhos, sua mãe estava cozinhando e às vezes parava para brincar com ele. Dava para sentir que ela não estava feliz, mas ela o disfarçava sorrindo para o seu benefício. Escutaram a porta da sala se abrir violentamente e bastava isso para saber que seu pai havia chegado.

— A comida ainda não está pronta? Um homem provedor da casa quando chega no trabalho espera que tudo já esteja pronto — Seu pai reclama.

— Já já estará tudo pronto querido, porque não vai tomar um banho —  A mãe pergunta tentando mudar o foco da atenção dele.

— Não tente me distrair, eu quero saber o que ficou fazendo até agora para que nem a mesa esteja posta — O pai voicifera.

— Tiago, eu já te disse. Hoje eu iria fazer umas costuras para ganhar um dinheiro extra — A mãe se explica.

— Alejandra, eu te disse que você não precisa de dinheiro extra porque eu posso muito bem sustentar essa família! — Tiago se exalta ainda mais.

— Por favor querido, vá tomar um banho. Já está tudo pronto, só irei por a mesa — Alejandra  esclarece calmamente e consegue convencê-lo, calado ele vai tomar banho. Mas ela sabia que durante o jantar ecutaria muitas reclamações como sempre, a felicidade do casamento não existia mais e ela já estava cansada de agir como uma submissa.

...

— Mas que porcaria é essa, você queimou o arroz? — Tiago se irrita.

— Ainda é possível comer! — Alejandra retruca.

— Além de trabalhar sem minha permissão ainda serve uma comida dessas — Tiago volta a reclamar.

— Pai, a comida da mamãe está ótima — Ucker entra na briga.

— Garoto atrevido, a minha palavra não está dirigida a você — Tiago adverte o filho.

— Não fale assim com o menino, Tiago — Alejandra alerta.

— Está se achando no direito de chamar minha atenção? Cale-se — Tiago eleva o tom de voz e ambos já estavam um frente o outro.

— E você acha que pode gritar comigo? — Ela replica gritando e ele responde dando um tapa na sua cara.

— Não bata na minha mãe! — Ucker diz se aproximando de ambos, com a mão em punho. Mas como era uma criança, acertou um soco fraco na perna de seu pai. Sua mãe o segurou e o acalmou.

— Ou se cala, ou vai aprender uma lição — Tiago esbraveja, ela humilhada e com a mão no rosto onde ele dera o tapa, se cala e vai para o corredor.

...

Ucker dormia, sua mãe o pusera para dormir e ficou ali junto a ele. No meio da madrugada sua mãe o acorda e ele pode ver duas malas prontas, mas não entende.

— Nós vamos sair, meu filho. Só que tem que ser em silêncio — Alejandra avisa para o menino que acena afirmativamente com a cabeça em resposta.

A mãe carrega ambas as malas e ambos saem daquela casa sendo o mais discretos possível até mesmo com a porta. Na manhã seguinte Tiago se vê sozinho na casa.

— Alejandra? Christopher? — Ele sai gritando pela casa e depois de olhar todos os cômodos tem a confirmação de que nenhum deles estava mais ali.

— Malditos! Irei me vingar dessa vadia e desse garoto! — Ele jura batendo a mão e punho numa parede.

...

Dias atuais...

Ucker se lembrava muito bem de morar com a mãe escondidos num bairro pobre por um bom tempo vivendo de sua costura, não tinha como ajudá-la pois era um garoto de sete anos. Porém quando cresceu arranjou um emprego em uma loja e a ajudou, fez uma faculdade de artes cênicas e conseguiu se tornar o que é hoje. Um ator famoso. O bom clima com Dulce passou, ela ainda não queria assumir o que ambos tinham e ele estava muito chateado com isso.

— Ei, quer um morango? — Dulce diz sentada ao lado dele com morangos.

— Não, obrigado — Ele responde bruscamente.

—Você quer sim, olha só — Ela diz aproximando a mão da boca dele e passando o morango sobre seus lábios. Ele não resiste e morde o morango.

— Dulce, Dulce... — Ele diz balançando a cabeça negativamente.

— Que foi? — Ela diz e pisca os cílios inocentemente.

— Eu sei o que você está fazendo — Ele observa.

— Ah é? E o que eu estou fazendo? — Ela usa o seu melhor tom de inocente.

— Me distraindo, sua safada! — Ele diz e ela ri.

— Vamos ficar bem, sem essa carinha de perdido. Ok? — Ela arrisca.

— Ok — Ele responde.

— Eu sei que há algo que não quer me contar, mas assim que quiser irei te ouvir — Ela avisa e dá um selinho nele. Não tão longe dali Ana Brenda os observava atentamente.