Fanfic: Caçadora de Corpos | Tema: Herroni - (Drama, Hot)
Mais um dia no hospital Sunshine Rixton, não estava muito cheio naquela tarde, mas o suficiente para que Maite esbarrasse em enfermeiros e residentes que passavam apressados para lá e para cá no corredor. Recebera uma mensagem pelo pager de sua residente, Lydia Aniston, que sua paciente fixa já a aguardava na ala treze.
Sofia era a sua primeira paciente e uma das mais sofridas, ela se lembrava do desespero nos olhos verdes de Alfonso quando a conheceu. Ela era naquela época, apenas uma residente, mas, a doutora Martha Colleman, lhe garantiu que Maite era uma pessoa que ela depositava toda a sua confiança. E ela tinha razão. Dois anos depois, aos vinte e cinco anos, Maite era a chefe da ala pediatrica do maior hospital de Londres, já que Martha agora era apenas a aposentada esposa do diretor do hospital e, uma mulher que tinha todo o seu respeito.
— Boa tarde, Sofia. — Maite sorriu quando abriu as cortinas da ala treze — Como estamos hoje?
— Bem, tia May. Olha, eu trouxe essa flor para você.
— Oh, obrigada, querida. Ela é linda, assim como você. — As duas riram — Vou guardá-la em um vaso especial na minha sala.
— Papai foi com a tia Emma a cantina, ela está brava comigo. — Sofia comentou distraída.
— Ah, é? E o que a mocinha andou aprontando? — Maite começou a escutar seus batimentos cardíacos e suspirou quando viu que eles estavam acelerados, como sempre.
— Não reconheci minha tia há alguns dias... E ela ficou bem brava. Mas eu juro que não fiz por querer.
Dessa vez a mulher parou para encará-la. — Não reconheceu?
— Sim, ela entrou e...
— Boa tarde, May. — Sofia foi interrompida por uma voz rouca que havia aberto as cortinas e tinha um sorriso de lado intacto no rosto. Alfonso Herrera era, sem exageros, o homem mais bonito que já havia estado na frente de Maite. Ela o adorava e sorriu assim que o viu.
— Boa tarde, Alfonso. — Ela o sorriu, mas preferiu apenas cumprimentar com um aceno a moça que entrava junto com ele.
— Boa tarde, senhorita, eu sou Emma Edwards, a tia de Sofia. — A mulher sorriu fraco.
— Muito prazer. Maite Perroni, a... Amiga da Sofia, não é, querida?
— Sim, tia May, somos melhores amigas.
Emma Edwards não era um exemplo de beleza, os seus cabelos (apesar de estarem presos em um rabo de cavalo) eram loiros, lisos e revoltos. Seu olhar transmitia dureza e seu sorriso não era verdadeiro, e também, sua expressão séria e cansada, só aumentava a sua idade em mais do que ela realmente tinha.
— May, por que nos chamou aqui ao invés do seu consultório? — Alfonso perguntou.
— É porque eu quero que a Sofia faça uns exames. — Maite fez um carinho nos cabelos da menina — Eu preciso conversar com você. — Ela olhou sério para Alfonso que entendeu o que ela queria dizer.
— Claro. — Ele concordou.
— Papai... Eu fiz algo errado? — Os olhos de Sofia transbordavam medo.
— Não, querida. Fique tranquila, nós viemos ver a tia May para que ela possa curar você, não lembra?
— Me curar de que?
Todos os olhares se voltaram para a menina de apenas cinco anos que estava ali. Maria Sofia Edwards Herrera foi diagnosticada com lúpus a dois anos e meio. Sua vida, desde então, vem sendo restrita e cheia de altos e baixos. Alfonso jurava para si mesmo que faria qualquer coisa para a filha se esquecer de cada momento ruim, mas agora, todas as falhas de memória que ela vinha sofrendo eram como um tiro no meio do peito.
— Papai, vamos para casa!? A mamãe disse que ia fazer meus biscoitos favoritos!
— Sofia... — Alfonso se aproximou calmamente dela — Eu já te expliquei que a mamãe agora foi para o...
— Ér... Sofia, querida, se lembra da Chloe e da Lydia? — Maite interrompeu Alfonso que a olhou confusa.
— Claro, tia May. — Sofia sorriu.
Maite olhou as duas mulheres que estavam atrás dela e lhes fez um sinal e elas rapidamente entenderam: — Elas vão lhe levar para fazer uns exames e dessa vez, ninguém vai furar você.
— Você jura?
— Eu juro.
(...)
— Foi por isso que eu quis evitar que ela soubesse da morte da mãe. Iria causar outra crise nervosa.
— Então ela está tendo lapsos de memória? — Alfonso perguntou.
— Sim.
Enquanto Sofia fazia alguns exames pedidos por Maite, estavam a mesma, Alfonso e Emma sentados no consultório da doutora. E ela fazia de tudo para deixar na mente o seguinte e único pensamento: Agir como uma profissional.
— Eu já falei para o Alfonso levar essa menina para... Não sei, um psiquiatra, ou um psicólogo. Sofia já é pequena e desequilibrada, e doutora, eu insisto, ainda acho que essas crises dela não são lapsos de memória. É a falta de algo materno, como eu sou a irmã gêmea da Laura, ela vê em mim a mãe. Por isso não me reconheceu e...
— Me desculpe, senhorita Emma, mas o lúpus afeta sim o cérebro e o sistema nervoso. Tanto a arritmia, quanto a perda da memória e as dores que a Sofia vem sentindo no fígado. — Aquilo soou mais grosseiro do que Maite queria ser, mas Emma já estava a tirando do sério, então ela continuou — Muitas pessoas pensam que a cirrose, só vem sendo causada em adultos, por causa da bebida alcóolica, mas eu posso provar que não. Um exemplo é a cirrose hepática, ela é causada por medicamentos e Sofia pode ter sido um caso raro.
— E o que você sugere? — Ele perguntou, já que Emma havia realmente decidido ficar quieta.
— Uma cirurgia, por isso pedi para que ela passasse nas alas de internação. Vamos interná-la e operar o mais rápido possível. —Maite se levantou em busca de um copo d`água.
— May... Você acha que a Sofia corre riscos? Seja sincera, por favor.
Alfonso estava desesperado, Sofia era a única pessoa que ele tinha no mundo. Perdera Laura em um acidente, foi tudo tão rápido. Um carro, um ônibus e uma tarde ensolarada, fazia um ano. Ele demonstrava estar bem, mas ainda era recente. Também tinha o seu amado pai, aquele que ele jurava que ia vingar de algum jeito.
— Sabe Alfonso, na medicina, — Maite se sentou na sua cadeira respirando fundo — nós trabalhamos muito com as palavras "correr" e "riscos". Nós temos que nos arriscar. Correr contra o tempo. Atravessar os limites humanos e perceber que esses limites, simplesmente, não existem. — Piscou para ele.
(...)
— Anahí Portilla, eu estou congelando, cadê você, cacete!? — Maite esperou a resposta da melhor amiga na linha e suspirou começando a andar.
Era impossível não relacionar aquela noite fria – onde a neve caia forte e em forma de tempestade na cidade Londrina – com a noite em que tudo aconteceu. Andando pelas ruas da sua cidade natal, Maite se lembrou de cada detalhe, cada loja, cada palavra guardada daquela discussão que teve com aquele homem naquela noite.
Lembrava-se de ouvir seus próprios gritos ecoando na sua mente, da maneira em que Samuel puxava o seu pé, bêbado, querendo usá-la. Sujá-la. Lembrava-se do momento em jogou aquele enorme tijolo na sua cabeça.
Sorriu fraco quando desligou o telefone; já que sua amiga dissera que ia acabar a noite com Dylan. Annie merecia ser feliz, era tudo o que ela desejava para ela e sabia que ela estaria bem, longe por uma noite daquela boate. Maldita boate.
Maite estava exausta, seus olhos pediam para se fechar e seu corpo pedia uma cama, um lugar para se encostar. Dar notícias ruins durante o dia no hospital fazia com que sua noite fosse mais horrível do que já seria.
Instantaneamente pensou em Annie, pensou se teria uma chance como ela. Uma chance de encontrar alguém que a tirasse dessa vida dupla. Mais que um amor, um amigo, que a entendesse e que a fizesse esquecer o passado. Sabia que essa pessoa nunca seria Alfonso, ele era a materialização do seu passado. Maite respirou fundo tentando tirar aquele peso das costas. Eles nunca dariam certo, ainda mais porque ele ainda parecia mexido com a morte da esposa. Nunca o vira com uma namorada, somente Emma. Ela realmente não havia ido com a cara daquela mulher...
Até porque Laura, pelas fotos parecia muito mais linda, bem cuidada e jovem do que Emma. Elas pareciam ter personalidades muito diferentes.
Maite se auto interrompeu de seus pensamentos quando percebeu que já estava na boate e Mike lhe entregava o figurino da noite. Sorriu maldosa, hora de ir caçar corpos.
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Chega de Maite boazinha, galera. ;)
Dias de posts: segunda, quarta e sexta!
Amo vocês, obrigada pelo carinho.
Autor(a): OnJubs
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Alfonso não pregou os olhos naquela noite, ver a filha internada com uma cirurgia de emergência, o aniversário da morte de seu pai e de Laura — que por azar eram muito próximos —, toda a pressão de Emma, sua mãe doente, ele só queria explodir. Olhou Sofia dormindo calmamente e saiu do quarto, precisando espairece ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 47
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milenapereira Postado em 15/07/2018 - 19:12:20
POSTAAAA, MTOOOOO BOA
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taynaraleal Postado em 15/07/2018 - 18:44:46
A ESPERA ANSIOSAMENTE PELO PRÓXIMO CAP
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taynaraleal Postado em 15/07/2018 - 18:44:12
AAAA NÃO, ELA NÃO PODE SER ASSASSINA SE AGIU EM LEGITIMA DEFESA. NÃO MESMOOO, POSTA MAIS JUH
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taynaraleal Postado em 15/07/2018 - 18:42:16
JESUS AMADOOOO, A MAI MATOU O PAI DO PONCHO? SIMM VOLTEI EU NEM DEVIA TA NO PC, MAS N AGUENTOO
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poly_ Postado em 09/07/2018 - 22:46:34
Nossa tadinha da Mai, isso deve ter se tornado tipo um trauma pra ela. Continua logooo
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fsales_ Postado em 08/07/2018 - 18:41:13
DOIDA PRA SABER MAIS SOBRE A VIDA DA MAITE, POSTA PELO AMOR DE DEUS
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fsales_ Postado em 08/07/2018 - 18:40:54
ALFONSO, ANJO, sinto mt mas seu pai era um MERDAAAAA!!!!
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fsales_ Postado em 08/07/2018 - 18:40:16
EM NOME DE JESUS, POSTE MAIS
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fsales_ Postado em 08/07/2018 - 18:40:06
MEU DEUS DO CÉU, EU TÔ ARREPIADA COM ESSA HISTÓRIA
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luisarroni Postado em 05/07/2018 - 16:12:44
Estou amando esse enredo de suspense. Continua postando!
OnJubs Postado em 07/07/2018 - 17:01:04
Postado, minha linda!