Fanfic: O mundo secreto - Origens | Tema: Secret World, Mistério, Suspense, Sobrenatural

Depois de tudo que havia ocorrido há alguns dias, os Valusos estavam tentando perceber algum tipo de sequência ou algo parecido que facilitasse perceber quando uma anomalia surgiria na cidade, mas não havia nenhum sinal até agora.

Musa, membra da facção Valusos, havia percebido algo entre as anomalias, elas surgiam de um ponto em comum, o Museu Richenstone, localizado em Brichton, mas era impossível saber em tempo real quando elas surgiam, por isso eram sempre encontradas ao redor da cidade, demorava um tempo até as pessoas descobrirem que havia algo de errado e decidissem ligar para lá, e nesse meio tempo, as criaturas fogem do museu e conseguem causar um estrago significante onde quer que estejam.

Muito tempo depois de analisarem um mapa da área ao redor da cidade, os Valusos perceberam que todas as criaturas sempre apareciam em torno de um ponto central, no caso o museu, então decidiram espalhar a notícia para as outras facções e bolar um novo plano com todas elas na Organização, o quanto antes.

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Hans estava dormindo, quando foi acordado no meio da noite por uma chamada de Gabe, precisando falar urgentemente com ele.

- O que você quer a essas horas da noite? Eu não vou a bar nenhum com você. – A voz de Hans era sonolenta.

- O que? Bar? Não, não, recebi uma ligação há alguns minutos atrás dizendo que precisam da gente na Organização, o quanto antes melhor.

- O quanto antes melhor? Você quer que eu saia essa hora da noite pra falar com a Organização sobre um assunto que não sei o que é?

Gabe já estava começando a se irritar, mas resolveu respirar fundo e continuar. – Olha, cara, você sabe que o sobrenatural não espera por ninguém, é isso ou vamos escolher ver um noticiário no jornal informando a morte de trezentas pessoas por uma criatura que saiu não sei de onde querendo não sei o que.

- Gabriel, eu não esto— Ele foi interrompido.

- Eu passo ai em trinta minutos, esteja pronto ou vai ter que ir de pijamas.

- Tchau pra você também – Hans respondeu, mas seu amigo já havia desligado o celular.

Hans se levantou da cama e foi se arrumar, sabia que aquela seria uma noite longa, ele não era o tipo que gostava muito de perder tempo com as coisas, então era melhor que fosse algo importante.

Gabe começou a buzinar na frente da casa de seu amigo, estava impaciente, pois queria muito saber o que de tão importante estava acontecendo para ser necessário chama-los àquelas horas.

Hans finalmente desceu as escadas e entrou no carro, então Gabriel deu partida e eles foram em direção a cidade, Hans estava preocupado de modo que sua expressão não conseguia esconder.

- O que será que eles querem? – Hans esfregava a testa como um gesto de ansiedade.

- Você acha que eu sei? Mas com certeza coisa boa não é, para nos chamarem assim do nada deve ser algo urgente, precisamos saber o que é.

O celular de Gabe tocou, era Margô, do jeito que ela é curiosa já devia estar na Organização há tempos.

- Margô? O que foi?

- Então Gabriel, vocês vão demorar muito? As coisas estão loucas por aqui, descobrimos coisas novas.

- Coisas novas? Ótimo. – Gabe olhou para Hans, que fez um gesto de aprovação com a cabeça.

- Bom, temos notícias boas e notícias ruins, não posso falar por telefone, precisamos falar pessoalmente com vocês.

- Ótimo, estamos chegando daqui a alguns minutos, vemos vocês ai.

Gabe desligou o telefone no momento em que o carro se aproximava da cidade, ultimamente as coisas andavam estranhas na metrópole: quedas de energia, interferências nas ondas de rádio e nas transmissões de TV, ligações telefônicas sem sentido e tudo aquilo que você observa em filmes que retrata algum tipo de invasão alienígena.

Conforme chegavam mais perto da cidade era possível sentir o ar pesado, a vida seguia normalmente, todos suspeitavam que fosse algum problema temporário em relação à energia da cidade ou algum sinal magnético que estivesse interferindo por pouco tempo nas ondas de rádio, as ruas continuavam normais, pessoas andando e seguindo sua rotina de trabalho, prédios grandes apresentando painéis iluminados de propaganda e alguns até tinham uma interferência aqui ou ali, mas nada tão grave, porém, isso foi suficiente para levantar uma suspeita na Organização.

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Já chegando lá, era possível observar um salão largo, com várias telas separadas em paredes juntamente com TVs grandes que mostravam notícias em tempo real, mais no fundo havia alguns gabinetes longos com pessoas da facção Valusos monitorando a cidade e os prédios ao redor, no centro do salão havia uma mesa larga e redonda, onde, em volta dela, estavam sentados Vetel, Petra, Margô e Musa, uma menina baixinha, loira, que usava óculos em tons de rosa, eles aguardavam os últimos integrantes, que eram Hans e Gabe, para finalmente contarem o que está acontecendo.

Os dois então se sentaram nos dois lugares disponíveis entre Margô e Petra.

- Bom... – Musa iniciou limpando sua garganta com uma tossida. – Como eu falei para as meninas, estávamos eu e Vetel analisando o mapa de Brichton e descobrimos algo até agora não percebido por nós, então vocês me perguntam, “O que é?” – Os dois ficaram se olhando, esperando Musa continuar. – Então... – Ela continuou após não a pergunta não ser feita. – Já que não me perguntaram, o que nós percebemos foi que as criaturas estavam espalhadas na cidade, cada uma em uma distância diferente, umas mais longe, outras mais perto, porém, analisando o mapa observamos que essas distâncias possuem um ponto central em comum, cujo é o Museu Richenstone, isso indica que, de alguma forma, as criaturas estão saindo daquele lugar.

- Ótimo, pelo menos agora temos um ponto de partida para entender melhor essa situação. – Hans afirmou.

- Exato, mas as notícias não param por aí! Apesar de sabermos a origem delas, não temos indicador nenhum de tempo, não sabemos que horas elas podem surgir ou se até mesmo vão surgir, só sabemos que elas possivelmente saem de lá, e além do mais... Temos pouco tempo, observem.

Ela apontou para uma das TVs que estava pendurada na parede atrás deles, a tela do aparelho “chuviscava” frequentemente, era quase impossível entender qual notícia estava sendo exibida.

- Vocês sabem o que isso significa?

- Que precisamos gastar nosso dinheiro com aparelhos melhores? – Petra respondeu.

Musa revirou os olhos. – Também, mas esse não é o ponto... O ponto é que os aparelhos estão sofrendo uma possível interferência, isso está atingindo toda a cidade, não apenas nossas TVs, isso precisa ser investigado logo, e o que quer que esteja causando isso, pode ser um sinal de que mais criaturas vão surgir, então precisamos ir para o Museu o quanto antes.

- O que estamos esperando? Vamos logo então. – Margô levantou-se da cadeira.

- Sim, sim, precisamos nos apressar, mas vale lembrar que o Museu não é igual à vila onde estávamos, ele é localizado em uma parte movimentada da cidade e vocês tem um tempo limitado até que o Museu seja aberto para o público.

- Então, como eu disse, precisamos ir logo, eu e Hans vamos na frente, qualquer sinal de anomalia nós convocamos os Inglórios, pode ser?

- Mas e eu? – Gabe perguntou frustrado.

- Você ficará comigo para ter certeza de que não tenhamos pessoas indesejadas no local. – Vetel o respondeu.

- Certo, vamos investigar o Museu e caso precisemos de ajuda chamaremos pelo walkie-talkie. – Hans falou.

Hans e Margô então saíram da Organização em direção ao museu, enquanto os outros estavam monitorando o que seria uma possível pista para desvendar o que permitia com que as criaturas frequentassem o mundo humano.

O plano deles poderia resultar em duas coisas, na descoberta de um ponto de partida para desvendar todo esse mistério ou na burrada de entregar duas presas fáceis para as criaturas e a perda de dois dos mais importantes integrantes da Organização.