Fanfics Brasil - 3. Na toca dos lobos O mundo secreto - Origens

Fanfic: O mundo secreto - Origens | Tema: Secret World, Mistério, Suspense, Sobrenatural


Capítulo: 3. Na toca dos lobos

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O carro de Hans parou em frente ao museu, ele e Margô desceram, o museu estava escuro e fechado, por sorte as habilidades de hacker de Margô eram suficientes para desativar o sistema de alarme, eles precisaram destrancar a porta dos fundos e torcer para que nenhum morador os visse e os acusassem de serem ladrões.


O edifício contava com grandes janelas ao seu redor, por isso as luzes dos prédios ao redor da noite iluminavam as peças gigantes do lugar, por sorte os dois não encontraram um breu horrível, e isso facilitou para eles. Um avião quase em tamanho real estava pendurado no teto com fios espessos de metal próprios para o sustentarem, homens das cavernas se espalhavam por um corredor imenso acima das escadarias, o lugar aparentava ter vários andares, esbanjando história natural por todos os lados, com todo o tipo de peças e esculturas ao longo dali.


Hans e Margô decidiram se dividir cada um para um lado. Hans seguiu pela esquerda, passando por figuras históricas, como o ex-presidente dos EUA, Barack Obama, dinossauros como o tiranossauro rex e o pterodátilo em tamanhos reais, um dos ex-jogadores mais famosos do Brasil, Pelé, e várias outras estátuas de cera e marfim.


Depois de percorrer o corredor com sua lanterna passando de rosto em rosto, não se ouvia barulho nenhum, até que finalmente chegou às escadarias e decidiu subir. O silêncio do local foi interrompido pelos passos ecoantes de Hans nos degraus, quando atingiu o fim deles ele se deparou com outro andar cheio de estátuas, Napoleão Bonaparte, O pensador, além de várias pinturas nas paredes e em estandes que sustentavam obras como Monalisa e A Noite estrelada.


Ao apontar a lanterna para as estátuas uma delas atraiu a atenção de Hans, era uma mulher que possuía apenas os lábios em seu rosto, eles tinham um tamanho anormal, seu corpo era coberto por um véu preto, rasgado e em suas costas havia um grande volume, como se fossem asas por dentro do tecido, ela estava parada em uma posição estranha, um de seus braços estava apontando para uma janela, como se admirasse a luz da lua.


A intuição de Hans pulsava para que olhasse mais de perto a estátua, e ele assim o fez. Era de uma beleza anormal, ele aproximou seu rosto da face da estátua e apontou a lanterna para sua boca, que se movia lentamente para os lados, formando um sorriso estranhamente largo.


Ele então se afastou lentamente, tentando não fazer nenhum barulho enquanto a estátua movia o braço que apontava para a janela, o volume em suas costas agora revelava asas grandes, como as de um morcego, que rasgavam ainda mais o tecido com força, a boca da escultura era agora um grande buraco revelando presas enormes, enquanto ela fazia um gesto de um pássaro que estava se preparando para voar.


Hans estava estupefato, não conseguia se mover, seu corpo entrou em estado de choque vendo a criatura se transformar, até que seu curto período de pânico foi interrompido por um grito ensurdecedor que a anomalia deu. A tremedeira em suas pernas foi substituída por adrenalina, mas não o tipo de adrenalina de quando você está pronto pra praticar esportes e sim o de quando se está prestes a ser devorado por um demônio.


A lanterna caiu de sua mão enquanto seu corpo involuntariamente se virou para as escadas e decidiu correr. A sensação era a mesma de antes, de quando seu fôlego não importa mais, tudo que importa é sair dali custe o que custar. Enquanto isso o demônio o seguia, voando, para a sorte de Hans aquilo não possuía olhos então toda vez que passava por cima dele era uma mera tentativa de acertá-lo com suas garras, mas era certo de que uma hora essas tentativas dariam certo e ela finalmente teria noção do quão distante ele estava.


A cada investida do ser ele colocava os braços na cabeça e continuava a correr, as escadas pareciam se distanciar cada vez mais dele, tornando a corrida quase inútil. Depois de quase um minuto correndo por aqueles corredores largos, Hans finalmente chegou às escadarias e desceu para o andar onde Margô supostamente estava.


- Margô? Margô! – Ele gritou desesperado enquanto o demônio vinha atrás dele, então avistou uma mesa abaixo do grande avião no teto, era sua chance de despistar a anomalia, ele então começou a correr em direção a ela.


Em uma última investida, desta vez provavelmente certeira, a besta mergulhou em direção a Hans, abrindo sua boca cheia de presas juntamente com suas garras grandiosas, e Hans, percebendo isso, aproveitou o impulso de sua corrida para tentar a sorte, esperou, cansado de tanto correr, pelo momento certo, quando a súcubos finalmente ia alcançá-lo, para se jogar no chão e deslizar para baixo da mesa, e assim foi feito.


Ele parou com um grande estrondo, depois disso ouviu-se um grito vindo do demônio, expressando a frustração por não conseguir capturar sua presa, até que um silêncio contínuo se espalhou pelo local, nada mais se ouvia por longos minutos, Hans havia percebido que o ser não possuía olhos, então qualquer barulho poderia atrair sua atenção.


**


E o silêncio continuava. Gotas de suor pingando de sua testa, com sua respiração ofegante ele tentava fazer o menor barulho possível, puxou o walkie-talkie de seu cinto e falou o mais baixo que conseguia, quase sussurrando.


- Alô, Petra? Aquisão falando, estamos presos com uma anomalia, ela não possui olhos... E pode voar! Acho que pode escutar pequenos barulhos e é atraída por eles, precisamos de vocês urgente.


- Inglórios aqui, Vetel, Gabe e Musa precisaram ficar na Organização, eu estou aqui fora apenas esperando um sinal, onde está Margô?


- Não sei, Margô se separou de mim para procurar a anomalia, porém... – A atenção de Hans foi roubada por um barulho ecoante, eram passos. – Falo com você depois. – Ele desligou.


Ou melhor, era Margô. Hans tentou gesticular para que ela não continuasse, mas naquele escuro era praticamente impossível que ela percebesse, ela estava se aproximando cada vez mais da mesa enquanto Hans sussurrava de forma inútil para que parasse. Levou um tempo até que a lanterna dela mirasse em Hans, mas era tarde demais.


- Hans? Eu não encontrei nada, por que está aí embaixo? – Hans gesticulava para que ficasse calada e parasse de andar, mas ela parecia não entender.


- O que está querendo dizer? Vamos, precisamos continuar.


Hans estava vermelho, não podia gritar para alertá-la, nem sair dali, quando finalmente Margô avistou seus gestos e parou, era tarde demais.


Com um novo som estridente, a criatura se revelou para Margô, ela estava em cima do avião, esperando uma nova isca aparecer. Foi quando Margô passou pela mesma fase de pânico que Hans, e ele, percebendo aquilo, decidiu que deveria tirar ela dali, então saiu rapidamente debaixo da mesa antes que a anomalia resolvesse atacá-la e a puxou com todas forças para baixo do móvel, segundos antes que as garras horrendas quase arrancassem sua cabeça fora.


Petra, que estava do lado de fora, decidiu agir após escutar os gritos da coisa, entrou pelo mesmo local que Hans e Margô, se deparando com a cena horrível de uma mulher com asas de morcego gigantes e um véu negro sobre seu corpo tentando devorar seus dois amigos que se escondiam embaixo da mesa. Antecipadamente ela tirou de seu cinto o chicote elétrico e o ligou, atraindo a atenção da criatura para si.


- Que merda é essa? – Petra estalou o chicote no chão, enquanto a criatura voava em sua direção.


Na primeira investida, o chicote acertou as asas da coisa, que bramiu em dor e caiu no chão, mas como em um passe de mágica suas asas se regeneraram e voltaram ao normal, e dessa vez, quem iria bramir era Petra.


Em outra tentativa de rasgar a garganta da menina, a criatura voou em sua direção, e nesse instante o chicote se desligou, tornando-se apenas uma corda robusta e resistente, que se enrolou no corpo dela, sem lhe causar nenhum dano. Em agonia, a besta voou em direção ao segundo andar, levando Petra consigo.


- Solte o chicote! – Hans alertou, observando a cena.


- Não, vocês precisam sair daqui, vão! – Petra respondeu sendo carregada pela criatura.


- Não vamos sem você! – Margô falou saindo debaixo da mesa.


Petra revirou os olhos. - Vão logo seus idiotas! – Ela mostrou o dedo do meio para eles e sumiu na escuridão, juntamente com a anomalia.


E tudo que restou para Hans e Margô foi voltar para a van e torcer para que sua amiga voltasse viva.



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Autor(a): Mathzito

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Petra ainda estava sendo arrastada pelo súcubo, ela sentia um desespero forte enquanto sobrevoava os andares do museu sem saber onde iria acabar juntamente com o demônio. Depois de um bom tempo agarrada pelo chicote, a anomalia pousou em um local estranho, era uma sala grande do museu onde haviam várias estátuas quebradas e pintadas, seus rostos fa ...


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