Fanfic: Uma nova chance para ser feliz | Tema: Herroni
Não há um maldito juiz na face da terra que me fará deixar Belinda levar minha filha para passar o dia com ela e aquele maconheiro que ela chama de namorado. Nem ferrando.
Eu até tentei, mas quando senti o cheiro da erva neles, tive vontade de enforcar seu pescoço. Será que, algum dia, aquela mulher vai crescer e deixar de ser tão egoísta?
E agora isso, uma estranha levou Ana para o seu apartamento. O porteiro disse que essa tal Maite é uma boa pessoa e quis ajudar. É o que eu espero.
Toco sua campainha. Uma vez. Duas vezes.
E quando a dona do apartamento abre a porta, tenho que dar um passo atrás. É a mulher da feira… Ela é Maite.
— Oi… — me vejo dizendo baixo, surpreso.
Ela me encara afiada, segurando o batente da porta para bloquear a entrada.
— Eu trouxe a sua filha — seu tom soa como uma repreensão.
Semicerro meus olhos e a observo melhor. Espere aí, a morena está mesmo me repreendendo?
— Sim, eu sei — devolvo com tranquilidade.
A mulher olha rapidamente para trás e volta a me encarar.
— Escute, cara, da próxima vez tente poupar a menina de assistir, ok? — o tom diminui uma nota.
Ela me faz querer rir. Eu não deveria aceitar o comentário de uma estranha sobre como devo proteger minha filha, mas não deixo de enxergar o fato de que ela se importou com Ana Carolina ouvindo a discussão lá embaixo, tanto quanto está se importando agora, por seu sussurro irritado.
Quem é esta mulher?
— Maite é seu nome, não é? — me encosto contra a parede ao lado de sua porta — Obrigado por sua preocupação. Será que agora posso ter minha filha de volta? — sim, eu a estou provocando.
— Idiota — ela enfrenta em um rosnado.
Elevo uma sobrancelha, surpreso. E não deixo de notar a maneira impressionante como sua íris se expande quando me lança um olhar reprovador. No entanto, não dura muito: ela afasta o corpo e abre a porta amplamente.
— Entre — diz, num resmungo insatisfeito.
Minha visão vai direto para Ana, sentada confortável em seu sofá, pernas cruzadas, bem à vontade e… Jesus Cristo, que porcaria é essa? Porra, não!
— Que bagunça é essa no rosto dela? — encaro Maite, cogitando seriamente esganá-la.
Volto a observar minha pequena se esbaldar com um batom cor-de-vinho que vai muito além dos contornos de sua boca. Até as bochechas estão lambuzadas!
Minha filha tem fixação por batom, e, se eu não a frear, o céu é o limite.
— Isto são cem paus que você me deve por ser um esquentadinho — ela sussurra, atrevida.
Recuo minha cabeça uma polegada, analisando mais atentamente seu belo rosto.
— Como é?
Ela cruza os braços em frente aos seios, elevando-os.
— Sim, você me indenizará por aquele batom, pode acreditar.
Dou uma gargalhada impossível de segurar. Essa mulher!
— Papai! — ao perceber minha presença, Ana salta do sofá.
— Oi, filha…
Ela vem até nós, sem pressa, como se a casa fosse dela.
Sua tranquilidade me tranquiliza. Eu amo tanto esta menina. É a razão para eu acordar e lutar todos os dias. Jamais colocaria a vida dela em risco novamente com aqueles irresponsáveis do caralho. Jamais.
Olhando de canto de olho, acompanho Maite se girar e pegar algo dentro de uma bolsa largada em cima de um móvel.
— Aqui — a morena se abaixa para ficar na altura de Ana.
Em sua mão, um lenço de papel, provavelmente destes que as mulheres usam para remover toda esta porcaria. A mulher elegante, ajoelhada diante de Ana, retira o produto de seu rosto com cuidado, concentrada na tarefa e parecendo realmente se importar. Ana fica imóvel, permitindo.
A cena leva uma incomum batida mais acelerada ao meu peito, por alguma razão.
— Prontinho — conclui, satisfeita.
Como assim prontinho?
— Mulher, você só tirou uma parte — reclamo.
Ganho outro olhar afiado.
— Sim, chamamos de excesso — se vangloria vitoriosa, deixando o batom nos lábios da criança, desta vez em perfeita ordem.
Muito sagaz. Abro a boca para argumentar, mas sou interrompido por uma voz masculina, vinda de trás de nós
— Toc, toc.
Por cima do ombro, vejo um sujeito parado diante da porta de entrada.
— Entre, Jensen! — Gabrielle se levanta do chão, finalizando seu trabalho com um afagar no alto da cabeça de Ana.
Eu não deveria pensar assim, mas é como se este babaca estivesse interrompendo o nosso momento aqui.
Autor(a): ThammyPerroni
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O cara dá dois passos para dentro. Maite corta o caminho até ele e beija seu rosto. Deixo meu olhar recair sobre a minha filha: não quero assistir ao casal, e nem sei por que raios isto me incomoda, afinal de contas. — Passei na LeCher e seu assistente disse que você tinha saído mais cedo, está tudo bem? — a porcaria de p ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 105
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janainacrislochetti18 Postado em 26/09/2018 - 12:53:39
Continua ,quero saber o que aconteceu com a filha da may
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janainacrislochetti18 Postado em 20/09/2018 - 19:30:57
Cadê tu mulher , sdds da fanfic
ThammyPerroni Postado em 25/09/2018 - 23:19:05
Voltei
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poly_ Postado em 16/09/2018 - 15:27:50
Não vejo a hora de descobrir o passado de Maite. Continuaaa
ThammyPerroni Postado em 25/09/2018 - 23:19:38
é bem tenso e complexo o segredo dela
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janainacrislochetti18 Postado em 02/09/2018 - 23:41:20
Ah ansiosa pelo próximo
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poly_ Postado em 31/08/2018 - 12:53:36
Ahh continua logooo
ThammyPerroni Postado em 01/09/2018 - 23:10:56
desculpe já estou de volta
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janainacrislochetti18 Postado em 18/08/2018 - 00:47:55
Posta cadê vc ?
ThammyPerroni Postado em 01/09/2018 - 23:11:16
TO AQUI volteiiiii
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mariana_medina Postado em 16/08/2018 - 19:29:06
EU TO FICANDO É DOENTE SEM ESSA FIC AQUI
ThammyPerroni Postado em 01/09/2018 - 23:11:35
Volteiiiiiiiiiii
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mariana_medina Postado em 12/08/2018 - 22:10:13
Socorrooo Cade tuuuuuu
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mariana_medina Postado em 07/08/2018 - 21:39:10
CADEEEEEE????
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mariana_medina Postado em 04/08/2018 - 09:53:16
Vou ver a outra fic, com certeza! Poste maissss que eu tô depente dessa aqui tbm kkk