Fanfic: Uma nova chance para ser feliz | Tema: Herroni
Onde eu estava com a cabeça? Chamei mesmo meu vizinho para vir à minha casa? Oh, sim, com toda certeza eu fiz… Para piorar, não consigo me sentir penalizada. Estou mais para muito ansiosa. Também, como poderia ser diferente? Passei a última hora praticamente babando por seus sorrisos e olhares quentes. Poncho provocou isso em mim, a culpa é toda dele.
Sou uma mulher adulta, livre e bem resolvida. Se eu quero e não há nada que me impeça, por que não?
E ainda assim, me sinto como uma garota de quinze anos, pronta para um encontro, as mãos suando, o coração acelerado, cheia de expectativa e medo – há a possibilidade dele mudar de ideia e não vir.
Olho-me no espelho da sala e ajeito meu cabelo. Solto o coque e penteio com os dedos mesmo, jogando os fios de lado. Aliso minha roupa. Tiro ou não os saltos? Não. Confiro minha casa, tudo parcialmente em ordem – depois da passagem do furacão Ana Carolina. Lembro-me do vinho na geladeira e corro até a cozinha. Só tenho tempo de colocá-lo sobre o balcão antes de a campainha tocar.
Ele veio…
Tomando pelo menos cinco respirações profundas, me preparo para abrir a porta. De repente, me sinto tímida para enfrentá-lo, mas faço. Abro, e antes mesmo da imagem dele, seu cheiro fresco já se embrenha por minhas narinas.
Subo meus olhos vagarosamente por sua camiseta branca (criando coragem, a bem da verdade), e finalmente olho em seu rosto.
Deus do céu
— Poncho…
— Maite — o som de sua voz é baixo, profundo, e levemente como um aviso.
Engulo com dificuldade e aperto a porta em minha mão.
Não consigo fazer outra coisa senão encará-lo por um longo momento, absorvendo toda a intensidade da atmosfera densa que nos envolve. Poncho está sério, sua mandíbula perfeitamente desenhada parece contraída, e os olhos me queimam com uma chama preguiçosa.
— Você vai me convidar para entrar?
Expiro, como uma tola.
— Eu já te fiz este convite há alguns minutos — lembro, mostrando que minhas intenções são exatamente o que parecem.
Eu o quero.
Sem quebrar o elo que nos liga, me afasto um pouco para o lado, dando acesso à minha casa. Ele se move somente o bastante para entrar, e, ainda da porta, para à minha frente, praticamente me encobrindo com sua altura e formato.
— Eu espero que você saiba o que está fazendo… — a advertência inconfundível eriça todos os pelinhos da minha nuca.
— Eu sei Poncho. Somos adultos e teremos uma noite casual — apesar da maneira calma, meu corpo inteiro reverbera em antecipação.
Sua narina se dilata e os olhos escurecem.
— Uma noite casual… — ele repete, parecendo testar o som da frase.
Umedeço meus lábios secos. Seu olhar acompanha.
— Acho que podemos ter isso — dá a sentença, rouco, com um rasgado de lábios, quase um sorriso.
Balanço a cabeça, em acordo. Novamente, aqui está a sensação de inquietação no estômago.
Sem tirar seus olhos de mim, Poncho espalma a mão na porta e a fecha. Respirando pesadamente, ele dá um passo à frente.
— Maite, Maite…
Instintivamente, dou um passo atrás. E encontro a parede às minhas costas, no estreito hall de entrada de meu apartamento. Não há para onde correr… e eu nem quero.
Encobrindo-me com seu corpo, meu vizinho apoia as duas mãos na parede atrás de mim, sem me tocar. Sou eu a fazer isto, descansando as mãos um tanto trêmulas em seu peito.
— Está com medo de ficar sozinho comigo, vizinho? — repito atrevidamente sua pergunta de algumas horas antes.
Seu riso baixo envia uma corrente elétrica através da minha pele, bem gostosa de sentir, por sinal.
— Estou sentindo muitas coisas agora, vizinha, e nenhuma delas tem a ver com medo.
— Coisas como o quê? — sussurro, aproximando meu corpo, atraída por seu calor.
As narinas se abrem.
— Como uma vontade fodida de te beijar.
— Então beija…
Escuto um tipo de grunhido baixo vindo diretamente de seu peito. Pressionando meu corpo contra a parede, Poncho aproxima sua cabeça da minha, numa lentidão tortuosa. Os olhos vivos e escurecidos nos meus finalmente se fecham quando sua boca quente toma a minha. No começo, um roçar suave, provocativo, a língua lambe meu lábio inferior e seus dentes o prendem, numa mordidinha fraca, com um pico leve de dor.
Gemo baixo, adorando o que isso faz comigo.
Autor(a): ThammyPerroni
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 105
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janainacrislochetti18 Postado em 26/09/2018 - 12:53:39
Continua ,quero saber o que aconteceu com a filha da may
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janainacrislochetti18 Postado em 20/09/2018 - 19:30:57
Cadê tu mulher , sdds da fanfic
ThammyPerroni Postado em 25/09/2018 - 23:19:05
Voltei
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poly_ Postado em 16/09/2018 - 15:27:50
Não vejo a hora de descobrir o passado de Maite. Continuaaa
ThammyPerroni Postado em 25/09/2018 - 23:19:38
é bem tenso e complexo o segredo dela
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janainacrislochetti18 Postado em 02/09/2018 - 23:41:20
Ah ansiosa pelo próximo
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poly_ Postado em 31/08/2018 - 12:53:36
Ahh continua logooo
ThammyPerroni Postado em 01/09/2018 - 23:10:56
desculpe já estou de volta
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janainacrislochetti18 Postado em 18/08/2018 - 00:47:55
Posta cadê vc ?
ThammyPerroni Postado em 01/09/2018 - 23:11:16
TO AQUI volteiiiii
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mariana_medina Postado em 16/08/2018 - 19:29:06
EU TO FICANDO É DOENTE SEM ESSA FIC AQUI
ThammyPerroni Postado em 01/09/2018 - 23:11:35
Volteiiiiiiiiiii
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mariana_medina Postado em 12/08/2018 - 22:10:13
Socorrooo Cade tuuuuuu
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mariana_medina Postado em 07/08/2018 - 21:39:10
CADEEEEEE????
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mariana_medina Postado em 04/08/2018 - 09:53:16
Vou ver a outra fic, com certeza! Poste maissss que eu tô depente dessa aqui tbm kkk