Fanfic: A dor da omissão | Tema: Herroni | +18 | Tema: Herroni, Drama, Ação, Romance, Hot

Alfonso

Chego à sala de estar da minha casa e olho para a mesa de centro, nela há um coração de pétalas de rosa e no centro dele está o dvd que ela mencionou e um monte de bexigas de coração. Pego uma delas e é até personalizada, estão todas com os dizeres “Me perdoe”. Pego o Whisky, sirvo uma dose com dois cubos de gelo e me sento no sofá tomando coragem para assistir o dvd e enfim saber o que Maite quis dizer com longa história.

***

Maite

Estou no carro há alguns minutos dando umas voltas pela cidade, pedi que Carlos fizesse isso para que eu pudesse ligar para Christian, preciso muito do meu amigo.

— Christian? — Pergunto em tom choroso.

— Mai? O que houve, perdeu o prêmio? — Ele pergunta preocupado.

— Estou mal, Christian — Confesso.

— Onde está? — Ele volta a perguntar.

— Estou dando voltas e voltas de carro, não sei o que fazer — Conto.

— Vem pra minha casa — Ele aconselha.

— Tudo bem — Murmuro e desligo dizendo para Carlos dirigir até a casa de Christian.

...

Toco a campainha e logo que a porta se abre pulo nos braços de Christian que os abre para me acolher, entramos na casa dele e Carlos fica lá fora dentro do carro para me esperar.

— Você está mal, vou fazer um chá porque não há nada que uma bebida quente não cure. E enquanto isso pode ir me contando tudo moçinha! — Christian propõe.

— Resumindo, eu estava namorando o filho de Diego Herrera, Alfonso. Mas ele não sabia que sou uma atriz pornô — Resumo a história para ele.

— Espero que ele não tenha te humilhado, porque se for o caso darei uma lição nele — Christian avisa.

— Eu preferia que ele tivesse tido alguma reação, mas ao contrário disso. Ele só ficou lá dizendo que precisava se acalmar para falar comigo — Conto e começo a chorar mais uma vez.

— Melhor isso do que ele ter descontado tudo em você por estar de cabeça quente — Ele observa e me estende uma xícara de chá.

— Pensando por esse lado — Digo e seco minhas lágrimas, acho que não consigo chorar mais.

— Vem cá — Ele me puxa para um abraço que aceito de bom grado.

...

Chego à minha casa, estou parecendo uma maluca descalça segurando os saltos com as mãos. Desço do carro e paraliso quando vejo Alfonso bem ali sentado falando sozinho, mas fala baixo e não consigo escutar nada.

— Alfonso? — Pergunto confusa.

— Oi namorada, eu vim até aqui porque não aguentava mais ficar longe de você — Ele vem até mim e me abraça.

— Você está bêbado — Resmungo ao sentir o forte cheiro de álcool.

— E você está tão linda, na verdade como sempre — Ele elogia, a sinceridade de bêbados é algo comovente. A forma como ele me olha, a paixão está em seu olhar e não sei se acredito.

— Vem, vamos entrar — Peço e coloco um de seus braços sobre meus ombros apoiando-o para que andasse sem cambalear tanto.

— Eu vim para vermos isso — Ele diz e procura algo, logo me mostra o dvd que gravei.

— Não vamos ver nada agora, você vai pro banho e depois vai tomar uma café — Alerto, mas ele nem me escuta.

— Por que, Maite? — Ele pergunta em um tom magoado.

— Depois conversamos, Alfonso — Insisto e tiro o dvd da mão dele colocando na minha mesinha de centro.

— Eu sou um desgraçado, não mereço ser feliz. É tudo culpa minha! — Ele esbraveja de repente e sem entender só o coloco debaixo de uma ducha bem gelada.

— Está gelada! — Ele grita.

— Só assim para você não ter uma ressaca tão horrível amanhã! — Explico mesmo sabendo que ele não está nenhum pouco atento ao que estou falando.

— Vou ir fazer um café — Digo e saio deixando-o sozinho no banheiro ao perceber que ele consegue se manter em pé.

...

Faço o café distraidamente pensando que o fiz sofrer tanto que ele foi buscar o esquecimento no fundo de uma garrafa.

— Maite, você fica linda cozinhando — Ele elogia e me abraça por trás, quero rir do tanto de elogios que ele sai distribuindo quando está bêbado. Mas percebo que ele está nu e todo molhado.

— Você nem se enxugou! — Resmungo e o puxo para vir comigo, o seco com uma toalha enquanto ele me encara em silêncio. Bom, enfim se calou. Visto um roupão largo meu nele, que não fica perfeito, mas dá pro gasto. Depois disso o sento no sofá e obrigo a tomar o café em uma caneca, vou pra cozinha levar a caneca vazia e quando volto o encontro dormindo no sofá. O desperto pedindo ajuda para leva-lo para o quarto, ele não obedece muito e tenho que praticamente arrastá-lo, mas quando consigo o cubro com uma coberta e o observo dormir por um tempo.

...

Ih, parece que o Alfonso resolveu se embebedar. Será que tem possibilidade de conversa pela manhã? Esse  capítulo foi pra recompensar o sumiço que tive a uns dias atrás. Beijos