Fanfic: A dor da omissão | Tema: Herroni | +18 | Tema: Herroni, Drama, Ação, Romance, Hot

Alfonso

A invasão foi bem difícil, pulamos os muros e já vimos os capangas se aproximando e foi aí que a briga começou. Os três seguranças ficaram para dar um jeito neles e pelo visto eles estavam desarmados, ao contrário de nós que estávamos muito bem armados, a questão não era matar ninguém e sim nos prevenir caso eles estivessem armados. A porta da sala está aberta e assim que entramos vejo Mai no chão encolhida e o desgraçado desferindo chutes nela, que param assim que ele nos vê. Surgem mais três capangas armados e é aí que começam disparos.

— Seu desgraçado! Solte a Maite — Esbravejo quando o vejo puxá-la pelo braço para levantar ela do chão.

A situação fica mais caótica ainda quando um dos capangas desarmado lá de fora entra onde estamos, ele está armado e provavelmente porque roubou essa arma de algum segurança. Agora são três contra quatro, se os seguranças não conseguirem conter ficaremos em desvantagem.

— Abaixem as armas! — Um dos capangas ordena.

— Abaixem vocês! — Carlos devolve a ordem.

— É bom abaixarem, ou então ele morre — Um dos capangas vem até nós segurando um dos seguranças. Quero praguejar, mas me calo e resolvo prestar bastante atenção no conflito que está acontecendo.

A sala está em um silêncio tenso, eles estendendo as armas em nossa direção e com um de nós como refém e nós com as armas apontadas para eles, mas sem muita ideia do que fazer agora. Maite está próxima ao maldito, que a segura, com uma cara assustada.

— Abaixem! — O capanga volta a ordenar e Carlos me dá um olhar que inicialmente não consigo entender. Mas logo entendo, quando um de nossos homens surge por trás deles e pega o homem que segurava um dos seguranças como refém, tornando-o um refém nosso.

— São vocês que devem abaixar as armas agora — Carlos ameaça, mas ao invés deles fazerem o que imaginamos que é se render, eles começam a disparar e ao mesmo tempo que alguns de nós fogem para fora e desviam, presto atenção e percebo que se trata de uma estratégia de distração. 

Enquanto fugimos dos tiros e desviamos, Mario vai até o quintal puxando Maite que tenta se soltar. Christian ataca o capanga que estava me cercando e sigo Mario e Mai, me aproximo dele soltando Mai dos braços dele e começamos a brigar. Desfiro socos repetidamente enquanto seguro a arma com a outra mão, em um momento ele consegue tirar a arma de minha mão e a aponta para mim.

— Parece que esse será seu fim — Ele afirma e dispara.

— Alfonso! — Ela grita meu nome e no mesmo momento do disparo como em um reflexo Maite dá um chute na mão dele, a arma cai no chão distante dali e a bala passa de raspão no meu braço.

Parto para cima dele para que ele não tenha tempo de pensar em pegar a arma e ambos caímos no chão, entre socos e de repente vejo Maite com a arma apontada em nossa direção.

— Solte ele, Mario! — Ela anuncia, mas ele finge não escutar e continuamos brigando.

— Eu vou contar até três e atirar — Dessa vez ela ameaça.

— Você não seria capaz — Ele zomba.

— 3, 2... — Ela faz contagem regressiva e ele me solta, logo ouvimos sirenes de polícia.

— Merda! — Ele pragueja.

— Quieto se não eu atiro! — Ela diz tomada pela raiva e logo vejo Carlos e Christian se aproximando também armados. Se surpreendem com a cena que veem.

— Estão todos contidos já, a polícia está aqui para fazer o necessário e preciso que venham comigo — Carlos se refere a mim e Mai.

— Só falta esse aqui... Resolvido — Christian diz enquanto algema Mario.

— Vamos, senhora Maite — Carlos pede a Maite que continua estática com a arma apontada para Mario.

— Tem certeza que ele não vai escapar? — Ela pergunta sem abaixar a arma.

— A polícia cuida disso, minha senhora — Um policial que acabou de se aproximar diz, mas ela permanece na mesma posição.

— Vem, Mai — Digo me aproximando dela e ela enfim abaixa a arma.

...

Que doideira, mas parece que enfim acabou. Beijos