Fanfic: A dor da omissão | Tema: Herroni | +18 | Tema: Herroni, Drama, Ação, Romance, Hot

Maite

Eu, Alfonso, Carlos e Christian vamos no meu carro para a delegacia. Carlos dirigindo, Christian no banco ao lado do dele e eu e Alfonso no banco de trás. Estou encolhida encostada na porta me abraçando, em um estado estático e pensando que eu quase matei uma pessoa. Além de ter a culpa de uma outra morte, meu namorado também quase morre por causa de eu ter burlado o protocolo de segurança.

...

Na delegacia todos demos depoimentos, o meu obviamente foi o mais longo e demorou mais, pois eu tive que explicar a história desde o início e depois fazer um exame de corpo de delito como prova. Quando saímos da delegacia tem duas ambulâncias nos esperando, vejo o sangue escorrendo sobre a blusa de Alfonso e a culpa me corrói. Ele vai até uma cuidar de seu ferimento e eu até outra cuidar das minhas contusões.

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Deixamos Christian na casa dele e desço do carro com ele para me despedir.

— Muito obrigada, mais uma vez você foi meu herói — Agradeço o abraçando.

— Um dos seus heróis na verdade — Ele zoa.

— Verdade, sou sortuda de ter tantos heróis assim — Brinco também e ele ri.

— Além de sortuda uma verdadeira valentona, com a arma apontada para o maldito. Podia muito bem tê-lo matado — Ele diz o que eu penso ser uma brincadeira, mas ao olhar para o rosto dele percebo que não é.

— Não estou muito habituada a matar pessoas, mas se alguma hora eu mudar de ideia te aviso — Respondo com uma brincadeira e me separo dele voltando para o carro.

— Vem cá, meu amor — Alfonso abre os braços e vou pra eles.

— Obrigada, amor e você Carlos por irem até lá me salvar — Agradeço a cada um deles e aumento o aperto em Alfonso, quase o perdi e isso me deu um pouco de medo.

— Só fiz meu trabalho, senhora — Carlos contesta.

— Foi um herói, assim como meu namorado e meu melhor amigo — Insisto no elogio e vamos para a casa de Alfonso. Penso em dar uma folga para Carlos, mas conversarei sobre isso com ele e caso ele aceite, me recomendará alguém para substituí-lo.

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Assim que entramos e acendemos as luzes algo nos pega totalmente desprevenidos, Angelique nua em um colchão de ar que estava ali no chão da sala envolto de rostas e uma decoração romântica. Alfonso se vira para mim com uma cara assustada, não reajo e resolvo brincar um pouco com ele para esvair a atmosfera ruim.

— Poncho querido, eu estava pronta para fazermos algo muito bom. Mas parece que voltou com a puta profissional — Angelique diz em um tom sugestivo e tenta me ofender, mas não funciona.

— Não ofenda a minha mulher na minha casa, o que veio fazer aqui Angelique? — Ele ralha.

— Eu vim porque achei que a essa altura ela já estaria bem longe daqui, pelo que você descobriu no Award — Ela zomba.

— Pelo contrário, estamos muito bem e juntos — Ele retruca.

— Como você pode ficar com uma mulher que deu para vários e pior ainda, recebia por ser filmada por isso? — Ela questiona.

— Você é doente, Angelique! — Ele esbraveja e decido expulsar a maluca logo daqui.

— Pois saiba que eu tenho orgulho de tudo o que me fez ser essa Maite que você está vendo aqui. Agora de você não posso dizer a mesma coisa, eu fiz sexo com caras e fomos gravados? Sim, porque era meu trabalho, mas nunca me infiltrei numa casa que não era minha e me despi para forçar alguém a transar comigo — Ataco-a.

— Ah, claro o sujo falando do mal lavado — Ela contrapõe.

— Já que não teve a decência de sair daqui por boa vontade, vai sair por má — Digo e a puxo pelo braço levando-a até a porta aberta e a jogo para fora.

— Minhas roupas! — Ela exclama.

— Você não se importou com elas até agora, creio que possa ir embora como veio ao mundo. Boa sorte — Retruco e bato a porta na cara dela e tranco a fechadura.

— Sabe que não tive nada a ver com isso né? — Alfonso me pergunta amedrontado e quero rir.

— Não sei — Respondo fingindo uma expressão brava e quando ele vai começar a se explicar o interrompo colocando um dedo sobre a boca dele.

— Acho que dá pra aproveitar isso aqui, só trocar o lençol onde o corpo dessa cobra estava em cima e podemos ficar juntinhos nesse colchão — Explico.

— Não está com ciúmes? — Ele questiona.

— Dela eu tenho um pouco, mas acabo achando graça dessa obsessão que tem por você. Mas da decoração não tenho ciúme não. São só coisas, podemos criar umas memórias boas sobre esse acontecimento ruim — Esclareço, ele sorri e me dá um selinho.

...

Parece que a paz está novamente estabelecida, esperamos que se mantenha assim por um bom tempo! Até o próximo capítulo