Fanfics Brasil - Capítulo 5 – Parte 2 Biology - Vondy (Adaptada)

Fanfic: Biology - Vondy (Adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 5 – Parte 2

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E quase voei naquele pescocinho maravilhoso quando vi o que estava sobre a mesa da cozinha.


- Não acredito! - exclamei, com um sorriso enorme no rosto - Macarronada!


- Você gosta? - Poncho sorriu, todo fofinho, quando me virei pra ele, quase lacrimejando de emoção.


- Se eu gosto? - repeti, rindo - Eu adoro macarronada! Como você fez isso tão rápido? Quer dizer, eu não demorei nem dez minutos!


- Vinte e sete minutos, eu acabei contando sem querer - ele respondeu, cruzando os braços e encostando um de seus ombros na parede da porta - Tudo isso pra se arrumar e desembaraçar o cabelo que provavelmente fui eu quem bagunçou.


Eufórica, não consegui responder nada, apenas mordi meu lábio inferior e continuei olhando-o sorrir pra mim de um jeito esperto.


- Bem que eu estranhei você não ter aparecido lá no quarto - murmurei, sem conseguir parar de sorrir, e ele se aproximou de mim com a maior cara de criança serelepe - Você tem que parar de me surpreender assim, sabia? Não é só porque eu sou novinha que aguento esses trancos.


- Quem não vai aguentar mais um minuto sem devorar aquele macarrão ali sou eu - Poncho sorriu, colocando as mãos em meus quadris - Antes de começar a agradecer, quero ver se você aprova meus dotes culinários.


Soltei uma risada baixa, e fiquei na ponta dos pés pra lhe dar um selinho rápido antes de ir me sentar numa das cadeiras.


Poncho fez o mesmo, e me serviu, enchendo seu prato logo depois.


Peguei o garfo, inalando o cheiro ótimo que vinha do meu prato, e o enrosquei no macarrão, sentindo um olhar meio apreensivo dele sobre mim.


- Hm, vamos ver se já pode casar - brinquei, lançando um rápido olhar pra ele antes de colocar o garfo na boca.


Nos vários dias em que tive que preparar meu próprio almoço em casa porque mamãe estava trabalhando, eu costumava fazer macarrão, porque eu achava que era mais prático e gostoso.


Eu considerava meu macarrão uma obra prima, me sentia o máximo por conseguir fazer um molho tão bom, mas tinha acabado de descobrir que não era tão boa cozinheira assim.


Poncho conseguia ser melhor.


Bem melhor.


- E aí? - ele perguntou, com o garfo pairando sobre seu prato ainda intocado e um sorriso nervoso.


- Ainda bem que você não cozinha pra viver - respondi quando terminei de mastigar, com uma expressão séria, e vi pânico nos olhos dele - Porque se cozinhasse, eu já teria virado uma coisa gorda e celulitosa de tanto comer seu macarrão.


- É agora que eu jogo todo esse macarrão na sua cabeça ou deixo pra mais tarde? - Poncho sorriu, parecendo transtornado e aliviado ao mesmo tempo, enquanto eu ria.


- Isso aqui tá ótimo - exclamei, quase passando mal de tanto rir da cara de horror que ele tinha feito - Não vai desperdiçar tudo na minha cabeça, por favor.


- Da próxima vez tente ir direto ao ponto, pode ser? - ele resmungou, sem conseguir evitar um sorriso e finalmente comendo um pouco do macarrão.


- Own, ele ficou chateado - falei, com uma voz cuti cuti - Desculpa, bebezão.


- Bebezão.


Olha só quem fala - Poncho murmurou, me lançando um olhar brincalhão, e eu senti meu rosto esquentar de vergonha.


Às vezes eu esquecia que ele já tinha treze anos quando eu nasci.


Quer dizer, eu mal tinha dentes e ele já devia ter um protótipo de bigode.


Tá, melhor não continuar pensando no que ele tinha ou fazia quando era pivete e eu chupava dedo.


Ficamos alguns segundos em silêncio, apenas mastigando, até que ele voltou a falar:


- Por que você fez essa carinha e ficou quieta?


- Nada, eu só tava pensando aqui - respondi, sem olhar pra ele.


- Pensando no que? - ele insistiu, com a voz mais baixa e inclinando sua cabeça tentando ver o meu rosto.


Sorri fraco e ergui meu olhar até o dele.


- Isso tudo é muito doido.


Não acha? - falei, sem graça.


- Isso tudo? - ele repetiu, com a testa franzida.


Lerdo.


Mas tudo bem, ninguém funciona direito com estômago vazio, principalmente homens.


- É.


A gente ficar junto - expliquei, com o olhar fixo no dele.


Poncho ficou sério, parecendo um pouco assustado por pensar no assunto.


- Por que você tá dizendo isso agora? - ele perguntou, com a voz igualmente séria e me deixando nervosa - Você tá pensando em desistir, ou sei lá, meu macarrão é tão ruim assim.


- Não, não, claro que não, seu macarrão é ótimo - interrompi, aflita apesar de ainda estar sorrindo, e ele continuou me encarando, esperando uma explicação melhor - Eu só tava pensando, sei lá.


Em como isso foi acontecer entre a gente com toda essa diferença de idade.


Poncho sorriu fraco, e eu fiz o mesmo.


Depois de quase um mês juntos, era a primeira vez que eu tinha parado pra pensar naquilo, e quanto mais eu encarava aqueles olhos brilhantes, menos eu conseguia encontrar uma resposta racional.


Nós dois nos gostarmos não era nada racional, era meio que uma feliz coincidência.


Dentre tantas alunas bonitas e inteligentes que eu sabia que ele tinha, ele foi escolher se envolver justo comigo, que não tinha nada de especial ou diferente delas.


Talvez eu só estivesse me perguntando por que eu merecia tamanho presente.


- Eu realmente não sei como isso foi acontecer - ele suspirou, com o olhar vago no meu - Mas ainda bem que aconteceu.


Eu já tava quase perdendo o jeito com mulheres.


Meu sorriso se abriu involuntariamente, assim como o dele, e senti meu rosto esquentar um pouco.


Que lindo, era tudo que eu conseguia pensar enquanto recebia aquele olhar carinhoso dele.


- Deixa eu comer meu macarrão maravilhoso antes que eu acabe voando em cima de você - falei, fazendo-o rir - E agora que você sabe que eu mordo mesmo, toma cuidado.


- Pode me morder - ele riu, enrolando o macarrão no garfo com um olhar malicioso - Eu gosto.


- Poncho! - exclamei, incrédula e ficando roxa de vergonha de novo, fazendo-o gargalhar.


Já eram oito e meia da noite quando terminamos de jantar.


Mais rimos do que comemos, aliás.


Principalmente eu, que parecia uma retardada com um sorriso besta no rosto só de olhar pra ele, de boxer jantando comigo.


Cheios de fome (e com razão) devoramos todo o macarrão e bebemos litros de suco de uva, e assim que o ajudei a colocar a louça na pia contra a sua vontade, ele perguntou:


- Boa hora pra atacar aquele pote de sorvete, não acha?


- Se eu ficar gorda, a culpa é sua - falei, entortando a boca numa tentativa fracassada de segurar um sorriso e apontando meu dedo indicador pra ele.


- A gente dá um jeito nisso depois - ele sorriu, serelepe, mordendo o lábio inferior de um jeito bem nenê.


Super apropriado pra grande sujeira que ele tinha acabado de dizer.


- E eu vou dar um trato nessa sua linguinha afiada se você não parar com essas coisas - resmunguei, sem conseguir pensar direito diante daquela carinha fofa e só notando que tinha falado merda quando ele riu alto.


- Não acredito que você disse isso - Poncho falou, ainda rindo e me abraçando pela cintura.


Ainda inconformada com a minha própria idiotice, apenas olhei pra ele, sorrindo de um jeito envergonhado e enrugando o nariz.


- Pára com essa vergonha toda, vai - ele murmurou, com a voz carinhosa, e me deu um beijinho de esquimó - Você não precisa dela.


Eu, que observava minhas mãos encolhidas em seu peito, ergui meu olhar até o dele, e automaticamente sorri.


Não sei por que eu sentia tanta vergonha dele.


Tá, talvez fosse porque ele era meu professor de biologia e eu tivesse medo de ser tosca ou algo do tipo, porque estava completamente apaixonada por ele e não queria receber um pé na bunda.


- Só porque eu falei que você fica uma gracinha assim, toda vermelhinha, não significa que você tenha que ficar me torturando toda hora - Poncho sorriu, fingindo estar um pouco irritado, e eu ri baixinho - Você não sabe do que eu sou capaz quando me provocam desse jeito.


- Ah, é? - perguntei, erguendo uma sobrancelha, e um segundo depois seu braço passou por debaixo das minhas pernas, me erguendo no ar.


Se ele continuasse me carregando toda hora, eu ia me esquecer de como se anda.


- É - ele respondeu, com as sobrancelhas erguidas e um sorrisinho esperto - Mas como eu sou um ótimo professor de biologia, acho melhor a gente esperar nosso estômago digerir o macarrão antes de ceder às suas provocações.


- Concordo plenamente, professor Herrera - falei, fazendo cara de inteligente, e recebendo um selinho demorado - Então enquanto a gente espera, eu quero sorvete.


- Fazer a digestão comendo mais ainda, quer coisa melhor? - ele ironizou enquanto andava até o congelador, me fazendo jogar a cabeça pra trás e rir alto - Pega aí, tô com as mãos meio ocupadas.


- “Mãos ocupadas”, quem ouve até pensa - falei, rindo feito uma idiota - Acho que estamos quites quanto a frases ambíguas agora.


- Se quiser, eu desocupo minhas mãos agorinha mesmo - ele sugeriu, e ameaçou me botar no chão de novo.


- Pode continuar me carregando, eu deixo - sorri, forçando a expressão mais excessivamente meiga do mundo enquanto fechava a porta do congelador com o sorvete em mãos.


Poncho retribuiu meu sorriso exagerado, e me levou até a sala, parando nas gavetas de talheres pra pegarmos duas colheres pelo caminho.


- Vamos ver o que tá passando na TV - ele disse, pegando o controle remoto que estava no sofá e apertando um botão.


Assim que a tela se acendeu, eu vi lagartos e plantas por toda parte, e não pude deixar de sorrir.


- Animal Planet? - perguntei, abrindo o pote, sentada entre suas pernas - Por que eu já devia saber disso?


- Pelo menos não é canal pornô - Poncho retrucou, mudando de canal e enchendo sua colher de sorvete sem nem ver o que estava fazendo.


- E daí se fosse? Não seria problema nenhum - falei, sem nem prestar atenção no que passava na TV e enchendo cuidadosamente minha colher - Tem homens que aprendem várias coisas com filmes pornôs, sabia?


- Você quer mesmo falar disso? - ele falou, erguendo as sobrancelhas com um sorriso danado, enquanto voltava a engolir outra colherada monstruosa de sorvete.


Me virei pra encará-lo, com uma sobrancelha erguida e um sorriso esperto:


- Por quê? Tá com medo de alguma coisa?


- Claro que não, eu até acho filmes pornôs interessantes - Poncho respondeu, tomando mais sorvete, como se estivesse dizendo que gostava de azul - É bem bacana ver como alguém consegue ser tão elástico.


- Não acredito que você vê filmes pornôs só por causa da elasticidade das mulheres - falei, rindo e dando um empurrãozinho safado em seu peito.


- Vem cá, deixa eu te perguntar uma coisa - ele disse, parando num canal qualquer e me olhando com uma impaciência meio cômica - Tá toda curiosa por causa de filme pornô por quê? Já tá querendo mais, é?


- Não foi essa a minha intenção inicial, mas se você tá sugerindo.


- respondi, olhando pra ele e lambendo devagar a colher, com um sorriso provocante (me deixa ser puta, beijos).


Poncho ficou me encarando, parecendo meio atordoado, e entortou a boca, derrotado.


- Você gosta de beijo gelado? - ele murmurou, baixinho, tirando o pote de sorvete do meio das minhas pernas e colocando-o na mesinha que ficava do seu lado do sofá.


- Se eu gosto de quê? - perguntei, sem ouvir direito o que ele tinha dito, mas concordando em me virar de frente pra ele quando suas mãos demonstraram essa intenção.


- Disso - ele sussurrou, e no segundo seguinte seus lábios estavam colados aos meus.


Um choque térmico percorreu meu corpo todo quando a língua gelada dele tocou a minha, nem tão fria.


Passei meus braços por seu pescoço, arrepiada da cabeça aos pés, e ele me puxou pra mais perto dele pela cintura, fazendo minhas pernas envolverem seus quadris.


Ficamos nos amassando por algum tempo, até o efeito gelado sumir, e delicadamente Poncho me deitou no sofá e ficou por cima de mim.


Sorrindo, ele partiu o beijo, e murmurou:


- Dorme aqui essa noite?


- Não precisa nem pedir de novo - respondi, com um sorriso de orelha a orelha, e ele voltou a me beijar, igualmente feliz com a minha resposta.


É, posso dizer que Poncho me beijando foi uma cena que se repetiu bastante naquela noite.



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Autor(a): dulcete.vondy

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Um mês e meio se passou desde a primeira vez em que dormi na casa de Poncho. E a cada vez que eu voltava àquele apartamento, as coisas melhoravam, o que eu achava ser impossível. Nunca pensei que pudesse me sentir tão feliz e completa com alguém como eu me sentia com ele, e eu sorria até nas aulas do Uckermann, que agora me ignorava ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 62



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  • aleaff Postado em 23/12/2019 - 11:34:49

    Brigada por voltar e terminar essa ótima história s2 s2 s2

  • marianarn Postado em 20/03/2019 - 20:31:40

    Posta mais !!!!!!

  • kauanavondy015 Postado em 12/03/2019 - 00:04:36

    Continuaaa PLMDS

  • kauanavondy015 Postado em 16/02/2019 - 14:39:26

    A mãe da Dulce e a melhor kkkkkkkkkk

  • kauanavondy015 Postado em 16/02/2019 - 14:38:40

    Continuaa

  • raylane06 Postado em 15/02/2019 - 01:31:30

    Continua

  • carla_ruiva Postado em 14/02/2019 - 17:22:26

    Aaaaa continua pleace ❤

  • kauanavondy015 Postado em 14/02/2019 - 07:41:31

    Como vc para nessa parteee?continuaaa pfv

  • candyle Postado em 11/02/2019 - 11:21:54

    Aaaaaah Continuaa

    • dulcete.vondy Postado em 14/02/2019 - 00:19:00

      Continuandoooo

  • kauanavondy015 Postado em 07/02/2019 - 01:30:37

    Continuaa Plmds

    • dulcete.vondy Postado em 14/02/2019 - 00:18:46

      Continuandoooo


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