Fanfic: Biology - Vondy (Adaptada) | Tema: Vondy
Meu maior temor, meu pior pesadelo, havia enfim, se tornado realidade.
Minha cabeça parecia estar dentro de um liquidificador quando meu olhar encontrou o dele. Os dedos de Ucker se fecharam com força entre os meus, como se ele soubesse que eu seria capaz de desfalecer a qualquer segundo. Porém, sua força foi inútil; minhas pernas vacilaram perigosamente para baixo, mas num último esforço, eu me mantive de pé, disfarçando meu equilíbrio prejudicado. Eu tinha que ficar consciente. Eu não podia me permitir ser tão fraca, não num momento como aquele, por mais que tudo que eu quisesse fosse simplesmente apagar.
- Dulce? – a voz falha de Poncho pronunciou meu nome, fazendo jus à sua expressão perplexa – O que... O que você tá fazendo aqui?
Meus pulmões pareciam completamente vazios, causando-me uma falta de ar insuportável, porém era como se eu os fosse explodir se inspirasse. Tudo ao meu redor girava a uma velocidade alucinante, fazendo com que apenas Poncho se mantivesse parado à minha frente enquanto todo o resto rodopiava, transformando-se em borrões coloridos e desnorteando-me por completo.
- Ucker, o que está acontecendo? – ele voltou a falar, demorando a desviar seu olhar do meu para encarar o amigo – Alguém pode me explicar o que...
Sua voz, já um pouco mais alta que o habitual, subitamente cessou quando ele finalmente encontrou a resposta muda às suas dúvidas. O assombro percorreu seu rosto por alguns segundos, fazendo-o soltar todo o seu ar de uma única vez e contorcer seus traços em uma compreensão indesejada.
Meus dedos, firmemente entrelaçados aos de Ucker, o fizeram entender o que estava acontecendo todo o tempo, bem debaixo de seu nariz.
- Poncho, calma – Ucker pediu, com a voz determinada, porém assim que ele fez menção de continuar, foi bruscamente interrompido.
- Calma? – Poncho exclamou, encarando-o com olhos vidrados e gradativamente homicidas – Por que eu deveria ficar calmo ao ver você de mãos dadas com a minha namorada?
- Porque não é ele quem está segurando minha mão – pude ouvir minha própria voz dizer, estrangulada, fazendo com que Poncho transferisse seu olhar colérico até mim – Eu estou segurando a mão dele.
Seus olhos castanhos continuaram me fitando com horror por alguns segundos, como se testassem minha capacidade de encará-lo. Não consegui fitá-lo por muito tempo, e logo voltei a olhar para o chão, sentindo mais lágrimas se formarem. Após minhas recentes descobertas sobre Poncho, meus sentimentos por ele haviam mudado da água para o vinho, mas ainda assim não era daquele jeito que as coisas deveriam estar acontecendo. Ucker não deveria ter sido envolvido em nenhum momento de meu acerto de contas com Poncho.
- Então... Você acabou de dizer que está me traindo, Dulce? – Poncho perguntou entre dentes, e eu fechei os olhos, me sentindo um monstro ao ouvir sua voz trêmula sintetizar nossa situação – E ainda por cima com o meu melhor amigo?
- Não aja como se ela fosse a única errada nessa história – Ucker interveio, com a voz grave, e um soluço baixo escapou por entre meus lábios – Suas atitudes também não foram das mais nobres com ela.
- Não foram das mais nobres? – Poncho repetiu, e mesmo sem olhá-lo, senti a ironia em seu tom – Por acaso eu fui um mau namorado? Por acaso eu deixei de dar o que ela queria em algum momento?
- Você não pode estar falando sério – sussurrei, sem conseguir conter minha raiva diante de sua postura, fechando meus olhos com mais força – Esconder uma noiva por todos esses meses lhe parece uma atitude nobre?
- Noiva? Que noiva? – Poncho questionou, tentando isentar-se da culpa, e Ucker logo fracassou suas expectativas.
- Ela nos ouviu conversando sobre a Jenny agora pouco, não adianta tentar negar. Assuma seus erros, Herrera, assim como estamos assumindo o nosso.
- Isso não muda nada – Poncho disse após alguns segundos de silêncio, e eu senti uma dor lancinante percorrer todo o meu corpo ao ouvir sua confissão – Ela não sabia de nada antes de me trair, e aposto que não pensou duas vezes antes de me apunhalar pelas costas, não é, sua vadia?
- Cala a boca – Ucker rosnou, com a respiração cada vez mais pesada, e eu ergui meus olhos vermelhos e molhados até encontrar os de Poncho.
- Cala a boca você, Uckermann! – ele retrucou num volume alto, aproximando-se de mim com um olhar neurótico, e parou a um passo de distância – Ela é uma vadia mesmo, e é assim que vadias merecem ser tratadas!
Antes que Ucker pudesse abrir a boca mais uma vez, a mão forte de Poncho voou na direção de meu rosto, dando-me um tapa ardido e doloroso que me fez cair a alguns passos de distância dos dois.
- Qual é o seu problema, seu merda? – Ucker exclamou, empurrando Poncho pelo peito, e eu prendi um grito de dor, engolindo meu choro desesperado e sentindo gosto de sangue em minha boca. O lado agredido de meu rosto pareceu inchar e latejar imediatamente, e toda a dor só aumentava a cada segundo, porém eu não ousei fechar meus olhos ou derrubar uma lágrima. Eu havia errado e merecia um castigo por isso.
- Sua puta! – Poncho xingou, apontando para mim, e eu me levantei rapidamente, vendo Ucker avançar cada vez mais para cima dele – Vadia, piranha, biscate!
- Você mentiu pra mim desde o começo, Poncho – falei, balançando negativamente a cabeça e encarando-o com tristeza, ainda sem acreditar que ele havia realmente sido capaz daquilo – Você sempre me enganou... Por quê?
- Porque eu amo você! – ele exclamou, com a testa pesadamente franzida, e duas grossas lágrimas caíram de seus olhos – Eu amo você, sua maldita! Como você foi capaz de fazer isso comigo?
- Você me ama? – repeti, cerrando os olhos e sentindo minha barreira invisível contra as lágrimas aos poucos ceder – Se me amasse de verdade, teria me contado.
- Foi exatamente por isso que eu nunca te contei! – ele disse, contorcendo o rosto em tristeza e deixando ainda mais nítido que estava chorando – Eu sabia que você jamais aceitaria ficar comigo se soubesse!
- E por isso a enganou? Você realmente achou que esse seu plano funcionaria para sempre? – Ucker perguntou com fúria na voz, ainda mantendo uma postura ameaçadora diante de Poncho – Foi muita imaturidade sua, Alfonso!
- Quem é você pra me falar de maturidade, Ucker? – Poncho retrucou, encarando-o com ódio e dando um passo em sua direção – Olha o que você foi capaz de fazer comigo!
- Nada que você não merecesse! – Ucker cuspiu, e assim que o punho de Poncho avançou na direção dele, um grito de pavor escapou por minha garganta.
- Não!
Lancei-me na direção de Ucker, segurando em seu braço e puxando-o para trás antes que fosse golpeado. Por pouco o punho de Poncho não o acertou, e eu segurei firme no braço de Ucker para que ele não tentasse revidar a agressão.
Autor(a): dulcete.vondy
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- Eu vou matar você! – Poncho o ameaçou, avançando em nossa direção, e antes que ele se aproximasse muito, Ucker, cego de ódio, desvencilhou-se de mim e o empurrou novamente, dessa vez derrubando-o no chão. - Some da minha frente antes que eu te mate! – ele urrou, mantendo contato visual com Poncho por alguns segun ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 62
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aleaff Postado em 23/12/2019 - 11:34:49
Brigada por voltar e terminar essa ótima história s2 s2 s2
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marianarn Postado em 20/03/2019 - 20:31:40
Posta mais !!!!!!
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kauanavondy015 Postado em 12/03/2019 - 00:04:36
Continuaaa PLMDS
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kauanavondy015 Postado em 16/02/2019 - 14:39:26
A mãe da Dulce e a melhor kkkkkkkkkk
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kauanavondy015 Postado em 16/02/2019 - 14:38:40
Continuaa
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raylane06 Postado em 15/02/2019 - 01:31:30
Continua
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carla_ruiva Postado em 14/02/2019 - 17:22:26
Aaaaa continua pleace ❤
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kauanavondy015 Postado em 14/02/2019 - 07:41:31
Como vc para nessa parteee?continuaaa pfv
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candyle Postado em 11/02/2019 - 11:21:54
Aaaaaah Continuaa
dulcete.vondy Postado em 14/02/2019 - 00:19:00
Continuandoooo
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kauanavondy015 Postado em 07/02/2019 - 01:30:37
Continuaa Plmds
dulcete.vondy Postado em 14/02/2019 - 00:18:46
Continuandoooo