Fanfics Brasil - Capítulo 35 – Parte 1 Biology - Vondy (Adaptada)

Fanfic: Biology - Vondy (Adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 35 – Parte 1

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espire.


Mantenha a calma.


Pense.


Tudo vai dar certo.


Agora... Hora de reagir.


Voltei a fixar meus olhos na diretora, e entrei na sala, fechando a porta atrás de mim. Caminhei rapidamente até a cadeira vazia, que graças a Deus, ficava na ponta, ao lado da de Ucker. Pelo menos eu não precisaria ficar perto de Poncho, muito menos de Kelly.


- Imagino que saibam por que estamos aqui, certo? – a diretora Scott disse, olhando para mim e para Ucker, que assentiu – Não deve ser surpresa para nenhum dos dois o fato de que o professor Herrera fez algumas acusações a seu respeito, então.


Engoli em seco, vendo-a nos encarar incisivamente. Um silêncio tenso caiu sobre nós, até que Ucker o quebrou.


-Ainda assim, eu gostaria de ouvir o que o professor Herrera tem a dizer – ele falou, extremamente sério, e ela ergueu uma sobrancelha, como se achasse seu pedido uma perda de tempo – Receber uma punição sem ouvir as acusações seria o mesmo que assinar um contrato sem lê-lo.


Após alguns segundos de reflexão, a diretora pareceu convencer-se.


- Por favor, professor Herrera, repita o que me disse há pouco – ela assentiu, voltando seu olhar para Poncho, assim como todos nós. Ele me lançou um rápido olhar antes de começar a falar, e eu me senti estranhamente enjoada.


Talvez prevendo o que viria.


- Eu fui ameaçado.


Franzi a testa, sem me recordar do momento em que tal fato havia acontecido. Talvez porque ele não tenha acontecido.


- Ela sempre teve essa obsessão por mim, desde que comecei a dar aulas para a sua turma – Poncho prosseguiu, e eu senti que precisaria de muito esforço para que meu café-da-manhã, ainda sendo digerido em meu estômago, não fosse parar sobre a mesa da diretora – Eu sempre tentei evitar qualquer tipo de aproximação desnecessária, até o dia em que ela se cansou de meu comportamento profissional e ameaçou me acusar de abuso sexual se eu não aceitasse um relacionamento íntimo.


Meu rosto estava congelado numa expressão incrédula, ultrajada e revoltada. Eu só podia estar delirando... Não havia outra explicação plausível.


- Eu preciso do emprego, não tenho a vida ganha – ele continuou, com a expressão inocente, e minhas mãos se fecharam em punhos em torno dos apoios laterais da cadeira – Por isso, temendo que ela realmente me denunciasse, eu aceitei sua condição, mas sempre pensando numa forma de fazê-la voltar atrás e retirar sua ameaça. Felizmente, após algum tempo, convencida de que eu jamais poderia retribuir seus sentimentos, ela me libertou de sua chantagem. Infelizmente, porém, seu foco desviou-se para outro professor.


- No caso, o professor Uckermann – a diretora disse, e Poncho assentiu. Meus olhar estava inconscientemente cravado nele durante todo o seu falso depoimento, e eu não me surpreenderia nem um pouco se ele e Kelly começassem a pegar fogo dali a alguns segundos devido ao meu ódio. Olhei rapidamente para Ucker, vendo-o encarar a mesa com o rosto isento de expressão.


Ele já esperava truques baratos como aquele. Eu também já. Mas não tão baratos como simplesmente jogar toda a culpa para cima de mim. E ainda por cima, trazer Kelly, cuja presença eu ainda não entendia.


- Não foi muito difícil para ela fazê-lo corresponder seus sentimentos, já que seu histórico entre as alunas do colégio sempre foi bastante comentado – ouvi Poncho falar, e decidi adotar a tática de Ucker e não olhar mais para ninguém; mantive meus olhos baixos e o maxilar trancado, recusando-me a assistir àquele momento deplorável - E honestamente, diretora, eu não creio que seja esse o tipo de profissional que uma instituição de ensino tão renomada queira ter em seu corpo docente. Além do fato de que a srta. Saviñón claramente necessita de suporte psiquiátrico, afinal, ninguém em seu perfeito estado mental faria o que ela fez.


Vai pro inferno, desgraçado, minha consciência dizia, e eu respirei fundo para não externar as palavras. Virei meu rosto na direção oposta à de Poncho e todos os outros presentes, sentindo meu corpo inteiro queimar de ódio. Filho de uma senhora puta.


- O que os senhores têm a dizer? – Maggie perguntou alguns segundos depois, e nem precisei olhá-la para saber que se referia a mim e a Ucker. Ele suspirou, preparando-se para falar, porém as palavras simplesmente irromperam de minha boca, sem que eu sequer me desse conta de que elas estavam subindo por minha garganta.


- Se eu dissesse que é tudo mentira e que quem precisa de suporte psiquiátrico é ele, a senhora acreditaria em mim?


A diretora piscou algumas vezes, surpresa com a minha resposta rápida, e eu a encarei com determinação. Se ele achava que conseguiria nos afundar sem que eu lutasse contra isso, estava muito enganado. Ele podia ter sua determinação, mas ela nem se comparava à minha.


Eu tinha por quem lutar. Ele só tinha a si mesmo.


- Acreditaria – ela disse, devolvendo meu olhar determinado com firmeza – Se fosse apenas a sua palavra contra a do sr. Herrera. O que não é o caso.


Cerrei levemente meus olhos, sem entender, e foi então que uma quinta voz finalmente se pronunciou, explicando o motivo de sua presença.


- Eu vi o professor Uckermann e a Saviñón se beijando no laboratório de biologia – Kelly mentiu, me lançando um olhar de censura. Fechei meus olhos por um breve momento, soltando um risinho descrente, e voltei a baixar meu olhar. Sério mesmo, Smithers?


- Há uma testemunha contra vocês – a diretora observou, entrelaçando seus dedos por sobre a mesa – E isso não pode ser ignorado.


- É mentira – Ucker se pronunciou, sem perder a inexpressividade, porém com muita certeza do que dizia – Nós nunca fizemos nada nos laboratórios. Mesmo que ela seja uma suposta testemunha, é a minha palavra contra a dela.


- Ah, é? E você tem como provar que seu argumento é verdadeiro? – Kelly perguntou, esquecendo-se de comportar-se educadamente.


Você tem como provar que o seu é? – rebati, encarando-a com desprezo e destruindo sua autoridade num segundo. Ucker não estava sendo totalmente sincero, mas nunca havíamos sido flagrados no laboratório, sempre nos precavíamos. Aquele testemunho era absolutamente inconcebível.


 



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Autor(a): dulcete.vondy

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- Com licença, diretora Scott – ouvi uma voz masculina dizer da porta, e todos nos viramos para ver o inspetor – Desculpe interromper. - Tudo bem – ela bufou, incomodada com a intervenção – O que houve? - A mãe de uma aluna acabou de ligar para a secretaria – ele explicou, e eu franzi a testa ao ver duas cabecinhas ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 62



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  • aleaff Postado em 23/12/2019 - 11:34:49

    Brigada por voltar e terminar essa ótima história s2 s2 s2

  • marianarn Postado em 20/03/2019 - 20:31:40

    Posta mais !!!!!!

  • kauanavondy015 Postado em 12/03/2019 - 00:04:36

    Continuaaa PLMDS

  • kauanavondy015 Postado em 16/02/2019 - 14:39:26

    A mãe da Dulce e a melhor kkkkkkkkkk

  • kauanavondy015 Postado em 16/02/2019 - 14:38:40

    Continuaa

  • raylane06 Postado em 15/02/2019 - 01:31:30

    Continua

  • carla_ruiva Postado em 14/02/2019 - 17:22:26

    Aaaaa continua pleace ❤

  • kauanavondy015 Postado em 14/02/2019 - 07:41:31

    Como vc para nessa parteee?continuaaa pfv

  • candyle Postado em 11/02/2019 - 11:21:54

    Aaaaaah Continuaa

    • dulcete.vondy Postado em 14/02/2019 - 00:19:00

      Continuandoooo

  • kauanavondy015 Postado em 07/02/2019 - 01:30:37

    Continuaa Plmds

    • dulcete.vondy Postado em 14/02/2019 - 00:18:46

      Continuandoooo


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