Fanfics Brasil - Capítulo 35 – Parte 8 // FINAL Biology - Vondy (Adaptada)

Fanfic: Biology - Vondy (Adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 35 – Parte 8 // FINAL

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Dei um sorriso envergonhado, acompanhando o movimento de seu braço e rodopiando conforme ele me girava.


- Você tem essa mania adorável de ficar me encarando quando eu tô distraída – observei, sarcástica, recebendo um sorriso sem vergonha em resposta – Mas talvez estejamos quites... Eu também adoro ver você se arrumando na frente do espelho. A cara que você faz quando olha seu reflexo é tão... Sexy.


- É porque eu me amo – ele disse, sério, e eu caí na gargalhada – Quando me vejo no espelho, quase tenho um orgasmo.


- Quando eu te vejo na frente do espelho, quase tenho um orgasmo, isso sim – corrigi, e dessa vez foi ele quem riu.


A festa passou relativamente rápido, graças ao DJ digno e ao grande número de músicas conhecidas que ele tocara. Dancei feito uma desvairada com Anahí, e de vez em quando, com Ewan, que adorava atiçar as línguas maldosas da escola que o tachavam de homossexual e entrava na nossa onda. Mal sabiam elas o que ele e Anahí eram capazes de fazer num espaço vazio onde não fosse proibido ficar nu.


Aproveitei muito a presença de Ucker também. Não era difícil me encontrar sentada em seu colo, com as pernas cruzadas elegantemente enquanto sussurrava provocações nada elegantes em seu ouvido, ou então conversando e nos agarrando um pouquinho no bar enquanto aguardávamos nossas bebidas.


É, acho que eu estava me divertindo.


Até minha grande sorte colaborar comigo, e reverter a situação. Ou talvez, intensificá-la.


Ucker havia ido ao bar pedir mais uma bebida, e eu fiquei observando-o da mesa, falando sem parar com Anahí e Ewan. Bastou um minuto de distração para que meus olhos o flagrassem conversando com um elemento loiro cujos cílios pareciam aberrações de tão gigantes, devido aos quilos de rímel.


- Dulce... Acaba com ela pra mim, por favor? – Anahí sorriu, falsa, ao ver exatamente o mesmo que eu. Respirei fundo, retribuindo sua expressão, e me levantei.


- Ewan, meu querido... Você que tem essa mania irremediável de andar com chicletes nos bolsos desde a quarta série – falei, sem tirar os olhos de Ucker, que agora dava um sorrisinho ácido para a garota (e se eu o conhecia tão bem quanto imaginava, ele devia, no mínimo, estar chutando a cara dela em pensamento) – Faça sua amiga feliz e diga que você tem pelo menos um no bolso.


- Se você quer fazer mesmo o que eu tô pensando, eu tenho – Ewan respondeu imediatamente, e eu apenas estendi a mão, piscando para ele – E vê se faz direito, hein?


Soltei um risinho malvado, pegando o chiclete e mascando-o rapidamente enquanto me dirigia até o bar. Se Kelly Smithers queria uma noite inesquecível, ela definitivamente o teria.


- Boa noite – falei, com a voz calma, aproximando-me de Ucker e embrenhando-me em seu abraço, que já aguardava discretamente por mim há alguns segundos.


- Boa noite, sra. Uckermann – Kelly respondeu, no mesmo nível de falsidade que eu, e não manteve seus olhos em mim por mais que dois segundos, voltando a fixá-los em Ucker – Não esperava que vocês viessem... Especialmente você, Dulce. Que coragem.


- Por que eu não viria à minha própria formatura? – alfinetei, vendo Ucker tomar um gole de sua bebida e me oferecer logo em seguida – Não, obrigada. Prefiro estar sóbria para presenciar essa nossa maravilhosa conversa.


- Eu não – Ucker confessou, dando um risinho medíocre e ocupando seus lábios com o álcool. Não pude evitar acompanhá-lo na cara de deboche, e ainda por cima fiz uma bola com o chiclete que mascava, no maior estilo vadia de luxo.


- Vocês se acham imbatíveis, não é mesmo? – Kelly suspirou, fraquejando um pouco em sua firme expressão simpática – Que esse romance perfeito vai durar pra sempre.


- O que nós achamos não lhe convém – rebati, incisiva, porém sorri amigavelmente em seguida – Tudo o que lhe convém é que sim, estamos num romance perfeito. E você só não se mata de tanta inveja agora mesmo porque cometer suicídio é algo complicado demais para alguém tão intelectualmente incapacitado.


- Adolf Hitler de pernas depiladas, vamos embora – Ucker sugeriu perto de meu ouvido, prendendo seu riso com toda a força – Hoje é uma noite de festa, não vamos nos desgastar.


- Desgastar? Quem está se desgastando aqui? – perguntei, vendo a raiva arder nos olhos de Kelly, e somente para provocá-la ainda mais, me dei ao luxo de soltar uma risadinha relaxada – A festa não poderia ter sido melhor!


- Some daqui, garota – Kelly rosnou, com a voz trêmula, e eu arqueei uma sobrancelha, segurando um sorriso pretensioso com dificuldade. Fiz uma breve reverência, vendo Ucker dar um sorriso divertido, e me preparei para o melhor momento da festa. O gran finale ainda estava por vir.


- Eu espero sinceramente que você não volte a nos incomodar – murmurei, dando um passo em sua direção e adotando uma postura ameaçadora, sem abrir mão da expressão carismática - E como eu não tenho a menor confiança em você, vou me prevenir para que isso não aconteça, antes mesmo de você sequer pensar em chegar perto de nós dois outra vez.


Kelly franziu a testa, ultrajada, e eu rapidamente tirei o chiclete de minha boca, colocando-o no topo de sua cabeça e esmagando-o para que aderisse mais aos fios. Ela soltou um grito apavorado, digno de filme de terror, e eu apenas lhe dei as costas, caminhando na direção oposta e sendo seguida por Ucker, que ria sem parar.


- Ela vai ficar traumatizada com chicletes a partir de hoje – ele disse, olhando para trás e rindo do que via – Vai ser o holocausto até ela conseguir tirar aquilo do cabelo!


- Oras... Você tinha me chamado de quê mesmo? – perguntei, fazendo-me de desentendida – Adolf Hitler de pernas depiladas? Pois é... Adoro um holocausto!


Ucker apenas me encarou com os olhos cerrados devido à minha piada infame, mas se rendeu às minhas gargalhadas, continuando comigo o trajeto até a mesa.


- Eu já disse que sou sua fã? – Anahí falou, mal conseguindo respirar.


- A gente devia ter filmado a cara dela! – Ewan acrescentou, roxo de tanto rir.


- Dulce, como você tem amigos malvados – Ucker censurou, fingindo seriedade com muito esforço, porém logo caiu na gargalhada ao ver Kelly a alguns metros, correndo até sua mãe aos prantos com as mãos na cabeça. Acho que ela estava tão mais preocupada em desgrudar o chiclete de seu cabelo que me levar ao óbito (ou pelo menos tentar) ficara em segundo plano na sua lista de afazeres.


Vejamos... Agora acho que posso concluir. Festas de formatura deliciosas e com vingança triunfal: confere.


 


Puxei Ucker pelo colarinho ao ouvir o barulho das portas do elevador se abrindo. Cambaleei para trás em busca de algum móvel, e ri contra os lábios dele ao tropeçar em meus próprios pés, já um pouco alegre devido ao álcool. Prático como sempre, ele passou um braço por trás de meus joelhos, carregando-me como recém-casados (bêbados) através da sala escura de seu apartamento. Balancei as pernas e joguei a cabeça para trás por um momento, curtindo a sensação de estar me movendo sem tocar o chão.


- Sabe do que eu lembrei agora? – Ucker perguntou ao pé de meu ouvido, parando à frente do sofá e sentando-se nele, comigo sobre suas pernas – Daquela vez em que eu te trouxe aqui e tive que te carregar até o elevador.


- Aquele dia foi bem tenso – comentei, abraçando-o pelo pescoço e desfazendo-me de meus sapatos – E um dos que mais me marcaram, sabia?


- É verdade – ele concordou, dando um sorriso enviesado enquanto alcançava o zíper de meu vestido e buscava minha boca com a sua – Mas a casa de praia me marcou mais que todos.


- Todos me marcaram de um jeito ou de outro – confessei contra seus lábios, tirando sua gravata borboleta e desabotoando sua camisa – Sem eles, eu não estaria feliz como estou hoje.


- Sem eles, eu não estaria feliz como nunca estive antes – ele repetiu, adaptando minha frase e mordendo meu lábio inferior – E quem diria, comprometido!


Ri baixo de sua contradição, esfregando levemente a ponta de meu nariz no dele antes de beijá-lo com calma. A palavra comprometido naquele contexto, confesso, me agradava muito.


- Pode ser que não dure pra sempre, como a Smithers disse – soprei, encarando-o de pertinho com um sorriso bobo – Mas isso não significa que não possa ser intenso e verdadeiro.


- Já é intenso e verdadeiro – Ucker afirmou, me olhando profundamente conforme descia devagar o zíper de meu vestido por toda a extensão de minhas costas – E mesmo que um dia termine, vai ser eterno na nossa memória.


- Vai mesmo – concordei, acariciando seu tronco por debaixo da camisa já aberta e me arrepiando com sua pele quente, como de costume.


- Pode ser que eu me arrependa de ter dito isso amanhã, mas hoje eu quero dizer e que se dane o depois – ele resmungou de olhos fechados, dedilhando minhas costas agora nuas com o mesmo carinho de sua voz ao voltar a falar – Eu... Nossa, como eu queria ter sido o primeiro. A te beijar, a te fazer carinho, a dormir enroscado em você... O primeiro em tudo.


Levei minhas mãos até seu rosto e o acariciei lentamente, sem palavras. Ucker abriu os olhos, revelando muita sinceridade neles, e tudo que fui capaz de fazer foi sorrir feito uma idiota.


- Não ligue pros meus olhos marejados, é o álcool – murmurei, fungando baixo ao notar minha visão embaçada e recebendo um risinho tímido como resposta – Você tá me deixando sensível, seu... Seu...


- Bobo? Feio? Chato? – ele chutou, prevendo minhas possíveis palavras, e eu cerrei os olhos.


- Malvado – finalizei, rindo ao me lembrar da piada ruim que havia feito com aquela palavra há algum tempo. Ucker revirou os olhos, pensando no mesmo ocorrido que eu, e me deitou no sofá bruscamente.


- Eu sou malvado mesmo – ele sussurrou, puxando meu vestido para baixo e revelando o sutiã meia taça rosa bebê por baixo dele; meu coração acelerou muito ao senti-lo beijar meu colo, assim como o ar começou a sumir de meus pulmões – E eu sei que você me ama exatamente por isso.


- Metido – arfei, encarando-o com birra, e ele deu um sorriso sacana, guiando seus lábios por meu rosto até alcançar minha orelha.


- Gostosa – o ouvi retribuir de um jeito sujo, o que fez uma súbita onda de calor percorrer meu corpo; eu adorava quando ele falava com aquele tom pervertido ao extremo.


Resultados sucessivos ao adjetivo muito bem empregado e muito mal intencionado: lingerie danificada, utensílios sobre a mesa de centro derrubados por peças de roupa voadoras e mais momentos inesquecíveis para guardar na memória.


Assim como todos os outros que, com certeza, ainda estavam por vir. E que eu aguardava ansiosamente!


 


Fim


 


 


Fanfic original de Vee



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Autor(a): dulcete.vondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 62



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  • aleaff Postado em 23/12/2019 - 11:34:49

    Brigada por voltar e terminar essa ótima história s2 s2 s2

  • marianarn Postado em 20/03/2019 - 20:31:40

    Posta mais !!!!!!

  • kauanavondy015 Postado em 12/03/2019 - 00:04:36

    Continuaaa PLMDS

  • kauanavondy015 Postado em 16/02/2019 - 14:39:26

    A mãe da Dulce e a melhor kkkkkkkkkk

  • kauanavondy015 Postado em 16/02/2019 - 14:38:40

    Continuaa

  • raylane06 Postado em 15/02/2019 - 01:31:30

    Continua

  • carla_ruiva Postado em 14/02/2019 - 17:22:26

    Aaaaa continua pleace ❤

  • kauanavondy015 Postado em 14/02/2019 - 07:41:31

    Como vc para nessa parteee?continuaaa pfv

  • candyle Postado em 11/02/2019 - 11:21:54

    Aaaaaah Continuaa

    • dulcete.vondy Postado em 14/02/2019 - 00:19:00

      Continuandoooo

  • kauanavondy015 Postado em 07/02/2019 - 01:30:37

    Continuaa Plmds

    • dulcete.vondy Postado em 14/02/2019 - 00:18:46

      Continuandoooo


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