Fanfics Brasil - Capítulo 12 – Parte 1 Biology - Vondy (Adaptada)

Fanfic: Biology - Vondy (Adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 12 – Parte 1

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- Ei, acorda!


Pulei de susto, abrindo os olhos devagar e me deparando com Anahí de pé à minha frente, me cutucando e rindo.


Eu estava sentada no mesmo lugar onde costumávamos esperar o sinal tocar e o período de aulas começar, mas naquele dia eu milagrosamente tinha chegado mais cedo que ela.


- Oi – suspirei, toda encolhida e abraçada às minhas pernas, sentindo minha garganta arranhar e fazendo com que meu cumprimento não passasse de um sussurro esganiçado.


Minha voz costumava ficar uma merda de manhã.


- Pelo visto, sua mãe tem sido cada vez mais pontual, conseguiu fazer você chegar antes de mim – ela comentou, parecendo bem humorada como sempre, mas logo franziu a testa, contagiada por minha expressão cansada - Que foi, não dormiu direito outra vez?


Estremeci de leve, ainda sonolenta, ao me lembrar da noite anterior.


O dia anterior em si tinha sido horripilante.


Todo aquele.


Acidente no laboratório se repetia como um filme em minha cabeça, um disco arranhado.


Não passou de um deslize, uma falha, coisa de momento, disso eu tinha certeza absoluta.


E não aconteceria de novo.


Jamais.


Poncho não merecia aquilo, muito menos o safado do Christopher.


- Acho que fui contaminada por um zumbi e não sei – murmurei desanimadamente, apoiando meu queixo nos joelhos e observando vagamente o pátio vazio – Tô ficando incapaz de dormir bem.


Anahísoltou um risinho divertido, que eu ignorei.


Meu humor não estava macio o suficiente pra esboçar qualquer tipo de alegria.


Alguns minutos de silêncio depois, nos quais eu não pude deixar de me sentir mal por ser involuntariamente ranzinza com Anahí, ouvi vozes masculinas vindas da entrada da escola, e nem precisei olhar pra saber a quem pertenciam.


Às formas humanas de meu melhor sonho e meu pior pesadelo, claro.


- Bom dia, meninas – Poncho sorriu ao passar por nós, parecendo bastante animado, o que fez meu estômago revirar.


Ninguém parecia notar o incômodo insuportável que se alojara dentro de mim e parecia não querer mais me deixar.


Pelo menos eu não precisei encarar os olhos extremamente culposos de Christopher quando sorri fraco para Poncho, porque mesmo estando bem ao lado do amigo, ele pareceu não querer me olhar também.


Desviou sua atenção para algo em seus tênis, que a julgar pela inexpressividade em seu rosto, deviam ser bastante desinteressantes.


Agradeci mentalmente por não notar nenhum sinal de que ele tinha contado algo a Poncho, e por ele parecer concordar como que telepaticamente com meu plano de ignorarmos um ao outro.


Bom, não custava nada tentar manter meu corpo insanamente desejoso do dele longe do laboratório.


O dia se arrastou preguiçosamente, fermentando meus pensamentos com a falta de concentração.


Cada vez que eu piscava, a imagem dos olhos castanhos de Christopher vinha à minha mente, penetrantes como adagas.


Por várias vezes, senti meus pêlos da nuca se arrepiarem só de lembrar daquela sensação viciante das mãos dele passeando pelo meu corpo, firmes e determinadas, dos lábios dele me enfeitiçando, de sua respiração entrecortada batendo rudemente em meu rosto e me provocando ainda mais.


E quando eu me dava conta de que alguns minutos de aula tinham se passado sem que eu prestasse atenção, meu coração desenfreado custava a se acalmar.


Definitivamente, eu só podia estar enlouquecendo.


No intervalo, Poncho não deu sinal de vida.


Como nenhum outro professor apareceu (pra minha alegria, já que havia um em especial que eu adoraria evitar) e a porta da sala dos professores se manteve fechada, deduzi que eles estavam em alguma espécie de reunião.


Não estava dando pra reclamar muito da minha sorte, pelo menos, já que todas as atitudes das pessoas ao meu redor pareciam conspirar ao meu favor.


Anahí teve uma crise forte de cólicas e foi embora na segunda aula, portanto eu não precisei fingir que estava razoavelmente bem e puxar qualquer tipo de assunto com ela.


Nada contra minha melhor amiga, eu a adorava, mas em dias sombrios como aquele, eu preferia ficar isolada de tudo e de todos.


Assisti às últimas aulas vagamente, me desligando quase que totalmente do mundo real.


Estava inerte, devaneando, sem realmente saber no que estava pensando, mas com certeza pensando em alguma coisa.


Minha mente estava se tornando bastante confusa, até para mim mesma.


Fui a primeira a deixar a classe quando o sinal anunciou o fim da última aula, e apressadamente me sentei na mureta onde sempre costumava esperar minha mãe.


Nem bem o azulejo da mureta esquentou sob meu corpo, meu celular vibrou.


Era minha mãe, dizendo que se atrasaria um pouco, por volta de meia hora, mas que eu devia esperá-la na escola.


Foi só pensar em minha súbita sorte, que até então ia bem, pra receber um evento azarado como resposta.


Suspirei profundamente, ainda observando a bagunça de alunos que se acumulavam na frente do colégio, e de repente vi Poncho um pouco mais à frente caminhando em direção à rua, falando reservadamente ao celular e tão concentrado no que dizia que mal olhava para os lados.


Andava apressado, como se não quisesse ser visto, e apesar de estranhar aquela atitude dele, preferi não chamá-lo.


Podia ser algo sério, e de qualquer maneira eu daria um jeito de descobrir o que era no dia seguinte.


Sem falar que, do jeito que eu estava, era melhor mesmo esperar até o dia seguinte para falar com ele.


Voltei a encarar os carros que entupiam a rua, com a falsa esperança de encontrar logo o Land Rover de mamãe.


Novamente, meu olhar se perdeu em meio aos veículos barulhentos, viajando por algum lugar sombrio de meu subconsciente.


Novamente, eu me peguei pensando nele.


Em como aquilo tudo parecia tão errado, tão terrivelmente errado.


Tão terrivelmente inevitável.


Olhei na direção dos largos portões da escola, com um impulso teimosamente crescente dentro de mim, e quando me dei conta do que fazia, meus pés haviam me levado ao andar do laboratório de biologia.


O que eu estava fazendo ali? Eu tinha prometido a mim mesma que nunca mais me permitiria ficar sozinha com ele, nunca mais me deixaria levar por aqueles arrepios que a mera lembrança dele me causava.


Então por que meus pés não conseguiam parar de me levar cada vez mais pra perto da porta do laboratório, impossíveis de serem detidos? Que poder era esse que acelerava meu coração, aguçava meus sentidos, me deixava doida pelo simples fato de tê-lo perto de mim?


Parei a alguns passos da primeira bancada, finalmente conseguindo controlar meus movimentos.


Pena que foi um pouco tarde demais.


Meus olhos aflitos pousaram em Christopher, sentado em sua cadeira.


Como sempre, ele travava uma luta contra os inúmeros relatórios que abarrotavam sua pasta, com um cotovelo apoiado na mesa e a cabeça preguiçosamente apoiada na mão.


Seus olhos inquietos estavam ainda mais sobrecarregados devido às sobrancelhas franzidas sobre eles, o que só o tornava ainda mais bonito.


Os lábios levemente contraídos complementavam sua típica expressão de concentração, ou pelo menos de uma tentativa muito forte de obtê-la.


Minha respiração parou, a garganta secou, o coração acelerou, tudo ao mesmo tempo, assim que o vi, tão lindo e tão.


Próximo.


Bastavam alguns passos e eu podia tocá-lo, como eu tanto desejava desde o dia anterior.


Minhas pernas tremiam de leve, com a adrenalina correndo desenfreada pelas veias, e quando o choque por vê-lo se dissipou, um suspiro tenso se apoderou de meus pulmões.


Faltava muito pouco pra que eu perdesse a razão.


Ou seja, estava mais do que na hora de sair dali.


Infelizmente, também já era tarde demais para isso.


Mal eu me dei conta de que observá-lo estava ficando perigoso, e ele ergueu seu olhar pra mim, parecendo surpreso em me ver.


Foi impossível desgrudar meus olhos dos dele, tão castanhos e faiscantes na minha direção.


Meu sangue borbulhava dentro de mim, eu quase podia sentir a euforia pinicando freneticamente nas paredes de minhas veias.


Christopher não disse nada, apenas semicerrou os olhos, tentando entender minha presença ali.


Me senti totalmente patética, parada ali com cara de nada, e após alguns segundos buscando minha voz em algum lugar de minha garganta, gaguejei:


- D-desculpe, eu.


Não sei o que vim fazer aqui.


Com a vergonha imensa que sentia transparecendo em minhas bochechas ferventes, desviei meu olhar do dele com esforço, tentando em vão dar nem que fosse um mísero passo na direção da porta.


Mas antes que meus músculos rebeldes pudessem ser convencidos a me obedecer, ouvi sua voz confiante perguntar:


- Tem certeza de que não sabe?


Todos os meus esforços desceram pelo ralo, e minhas pernas se fincaram com ainda mais força no chão com a resposta dele.


Quando voltei a encará-lo, vi que ele estava de pé, caminhando calmamente até mim com a expressão transbordando malícia, e gemi por dentro.


Por que ele não podia simplesmente facilitar as coisas e me deixar ir embora?


- Não pensei que voltaria tão rápido, Saviñón – Christopher disse enquanto andava, com a voz mais cordial agora, e um sorriso torto preencheu seus traços – Realmente, você não pára de me surpreender.


Perplexa com sua maneira de lidar com os fatos e sentindo uma certa raiva borbulhar dentro de mim pelas palavras vitoriosas dele, continuei imóvel enquanto ele fechava a porta do laboratório.


Não satisfeito com aquele grau de privacidade, ele lentamente girou a chave na fechadura, fazendo o barulho da tranca enferrujada ecoar pelas paredes.


Senti Christopher se virar para minhas costas, ficando praticamente colado em mim, e seu perfume invadiu suavemente meus pulmões, numa intensidade bem mais fraca do que a que eu gostaria.


Bem mais fraco do que eu precisava.


- Eu acho que essa história de pedir desculpas toda hora tá ficando meio confusa – ele começou, colocando meus cabelos para um lado só e beijando lentamente as partes expostas de minha nuca e pescoço - Então eu estava pensando.


Que tal arranjarmos um novo jeito de nos.


Entendermos?


Meus olhos se fecharam pesadamente, como se os leves toques de seus lábios em minha pele tivessem o mesmo efeito de soníferos, que de alguma maneira só deixavam meu coração ainda mais acelerado.


A respiração quente e fraca dele ao pé do meu ouvido estava me dopando, arrancando meus pés do chão e me levando às alturas.


Ainda incapaz de dizer qualquer coisa, apenas o deixei continuar.


- Você me causou vários danos.


Não só morais, mas também materiais, já que a minha BMW virou ferro velho por sua causa – Christopher sussurrou devagar, interrompendo-se entre algumas palavras pra seguir sua trilha de beijos até a minha orelha - Mas quero que saiba que não me importo com nada disso.


Não sou o tipo de pessoa que guarda rancor.


A discreta rouquidão em sua voz ao pronunciar cada uma daquelas palavras, como se estivesse tão entorpecido como eu, só ajudou meu coração a se debater com mais força contra meus pulmões, provocando uma falta de ar ainda maior.


Christopher envolveu minha cintura com suas mãos, desenhando seu formato até alcançar meus quadris num


movimento tentador.


Àquela altura eu já estava arrepiada da cabeça aos pés, sem fazer questão de esconder.


Era até bom mesmo que ele soubesse que nada mais me importava naquele momento a não ser ele, e a inexplicável necessidade que eu tinha de tê-lo o mais próximo possível de mim para que toda a minha aflição sumisse.


Ele roçou a ponta de seu nariz no lóbulo de minha orelha, mordiscando a região lenta e torturantemente logo depois, e em meu último instante de sanidade, pude ouvi-lo soprar:


- Sorte sua.


Sem conseguir mais resistir, com o corpo todo tremendo de luxúria, eu me virei pra ele, agarrando seus cabelos com determinação e colando nossos lábios desesperadamente.


Já esperando essa reação, Christopher continuou segurando firmemente meus quadris com uma mão e subindo a outra até minha nuca, retribuindo mais intensamente as carícias furiosas de minha língua com a sua.


Senti que ele sorriu vitoriosamente durante o beijo, mas estava descontrolada demais pra formar uma opinião sobre o assunto.


Uma superfície vertical e dura se chocou contra minha região lombar, e só então eu percebi que ele tinha me prensado entre seu corpo e a bancada.


Inconsciente de meus movimentos, me vi pegando impulso com as mãos espalmadas sobre o balcão, e logo em seguida sentando sobre ele.


Sem perder tempo, Christopher se encaixou entre minhas pernas, declarando nitidamente que não pretendia se afastar de mim.



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Autor(a): dulcete.vondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 62



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  • aleaff Postado em 23/12/2019 - 11:34:49

    Brigada por voltar e terminar essa ótima história s2 s2 s2

  • marianarn Postado em 20/03/2019 - 20:31:40

    Posta mais !!!!!!

  • kauanavondy015 Postado em 12/03/2019 - 00:04:36

    Continuaaa PLMDS

  • kauanavondy015 Postado em 16/02/2019 - 14:39:26

    A mãe da Dulce e a melhor kkkkkkkkkk

  • kauanavondy015 Postado em 16/02/2019 - 14:38:40

    Continuaa

  • raylane06 Postado em 15/02/2019 - 01:31:30

    Continua

  • carla_ruiva Postado em 14/02/2019 - 17:22:26

    Aaaaa continua pleace ❤

  • kauanavondy015 Postado em 14/02/2019 - 07:41:31

    Como vc para nessa parteee?continuaaa pfv

  • candyle Postado em 11/02/2019 - 11:21:54

    Aaaaaah Continuaa

    • dulcete.vondy Postado em 14/02/2019 - 00:19:00

      Continuandoooo

  • kauanavondy015 Postado em 07/02/2019 - 01:30:37

    Continuaa Plmds

    • dulcete.vondy Postado em 14/02/2019 - 00:18:46

      Continuandoooo


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