Fanfics Brasil - Capítulo 13 – Parte 2 Biology - Vondy (Adaptada)

Fanfic: Biology - Vondy (Adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 13 – Parte 2

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Anahí arregalou os olhos, totalmente pega de surpresa, e esperei até que o choque de minha revelação passasse e ela fosse capaz de falar.


Encarei firmemente o chão, tentando em vão parar de tremer.


- C-com quem? – ela gaguejou, alguns segundos depois, e pude sentir uma pontada de suspeita em seu jeito de perguntar.


Fechei os olhos com força, ordenando que meu corpo não se arrepiasse só de pensar nele, mas foi em vão.


Quando as palavras saíram de minha boca, ainda mais baixas que da outra vez, pude sentir meus cabelos da nuca se eriçarem de imediato.


- Com o professor Uckermann.


Anahí não se mexeu.


Não consegui devolver seu olhar, e por algum tempo ficamos imóveis e caladas, cada uma ocupada demais com seus próprios pensamentos.


- Eu.


Eu não sei o que dizer – ela sussurrou, parecendo finalmente vencer sua luta com as palavras, e apesar de não vê-la, percebi que ela soltou um risinho surpreso – Talvez eu devesse começar com um “Eu sabia”.


Franzi minha testa e ergui o rosto pra olhá-la, sem entender.


Ela me encarou de volta, com os olhos admirados, e sorrindo de um jeito deslumbrado.


Arregalei meus olhos pra ela, totalmente confusa, e nem precisei dizer nada pra que ela continuasse:


- Desde o começo, desde que você e o professor Herrera começaram essa história toda, e que o Uckermann resolveu se meter nesse rolo.


Eu sempre soube que isso ia acabar acontecendo.


Fala sério, Dulce, você sempre fica a fim do cara errado.


Juro que tentei abrir a boca pra falar algo, mas minha voz não saiu.


Minha indignação era maior que qualquer coisa.


Como assim, eu sempre ficava a fim do cara errado? Eu não estava a fim do Uckermann! Aquilo foi só um deslize, um impulso indesejado!


- Mas e aí, como foi? – ela sorriu, de repente adotando uma expressão curiosa – Não precisa entrar em detalhes, dizer se foi bom ou não já é o suficiente.


- Anahí! – exclamei, finalmente recuperando minha voz, e fazendo-a pular de susto com uma expressão retraída – Eu te digo que traí o Poncho e tudo que você faz é me perguntar se foi bom?


Ela ficou em silêncio por alguns segundos, assustada, até que voltou a falar, timidamente e num tom baixo:


- Não foi exatamente isso que eu perguntei, mas dá na mesma.


- Anahí! – falei de novo, passando por ela e caminhando de volta para o quarto, embrenhando meus dedos desesperadamente em meus cabelos – Você entendeu o que eu disse ou vou ter que repetir outra vez? Eu traí o Poncho com o Uckermann!


- Tá, e daí? – ela retrucou, parecendo meio impaciente e sentando-se pesadamente em minha cama – Eu já entendi isso, você é que não pareceu entender minha pergunta! Me diz, o que eu posso fazer agora que você já fez a besteira? Vai adiantar eu ficar falando mil baboseiras inúteis, chorar pelo leite derramado com você?


- Eu sei que não tem mais volta, foi um erro, mas você podia pelo menos fingir ser uma pessoa normal e me dar a maior bronca ou algo do tipo, e não me perguntar como foi! – eu disse, encarando-a energicamente.


- Achei que você já me conhecesse há tempo suficiente pra saber que eu não me surpreendo assim tão fácil – Anahí murmurou, erguendo as sobrancelhas de um jeito desafiador – Em momento nenhum eu fui ou pretendo ser falsa com você, e é isso o que eu estaria sendo agora se estivesse te dando uma bronca.


Atração física acontece aos montes, Dulce, é mais normal do que se pensa.


A única diferença disso pra um relacionamento normal é que ninguém costuma sair contando pra todo mundo, mantêm as coisas em segredo.


Fitei os olhos compreensivos de Anahí por alguns segundos, totalmente desarmada.


Me deixei cair sentada no chão, ainda encarando-a sem entender, e ela subitamente riu de minha atitude.


Por que eu tinha que ter uma amiga tão mente aberta e liberal?


- Não precisa se martirizar tanto só porque não resistiu às tentações da carne, Dul – ela sorriu, sentando-se no chão à minha frente – Se não teve sentimento, não foi exatamente uma traição.


Então, pra que se preocupar?


Abaixei meu olhar pro chão, refletindo sobre o que eu já sabia, mas que ela tinha feito o favor de repetir.


Tudo tinha sido tão rápido, tão inesperado, tão mecânico.


Não havia um pingo de sentimento ali, era puro tesão.


Meu amor por Poncho continuava intocado, apesar do fato de que todas as transas com ele não equivaliam à única com Christopher no quesito físico.


Mas eu não devia nem queria comparar os dois.


Pra mim, só existia um homem, e ele se chamava Alfonso Herrera.


Suspirei, psicologicamente exausta pra continuar travando aquela luta interna, e voltei a encarar Anahí, ainda sorrindo docemente.


- Foi tudo tão.


Confuso – foi tudo o que consegui sussurrar, pela primeira vez conseguindo demonstrar alguma emoção sobre o assunto, e seu sorriso se alargou.


Ela dobrou as pernas contra seu tronco e abraçou os joelhos, carregando sua expressão de curiosidade novamente.


- Agora que você já está mais calminha.


Pode me dizer como foi? – ela murmurou, parecendo prevenida quanto aos meus súbitos acessos de desespero, e eu não pude deixar de sorrir fraco.


Um calor súbito passou por mim, e meu olhar se perdeu em meio aos meus pensamentos, que dessa vez eu simplesmente deixei fluir, tornando meu sorriso mais largo.


- Foi o melhor erro que eu já cometi.


- Tchau, meninas, boa aula!


Saí do carro de mamãe, mais trêmula que bambu em ventania, e Anahí fez o mesmo do outro lado, cumprindo a parte simpática do relacionamento com mamãe, a qual eu tinha desfalcado desde o dia anterior.


Anahí tinha dormido em casa, me dando todo o apoio que eu precisava pra não sair correndo quando a manhã seguinte chegasse, mas tudo pareceu ter sido em vão quando me dei conta de que estávamos paradas em frente ao colégio.


Quer dizer, eu estava, porque ela me arrastava escola adentro, como se carregasse uma estátua de mármore.


- Quer fazer o favor de entrar? – ela resmungou, me puxando pelo braço com uma careta mal educada – Lembra do que eu te falei? Você não tem motivos pra ter medo!


Nem liguei pra frase totalmente clichê e equivocada de Anahí, que parecia estar enxergando aquilo tudo como uma coisinha boba e não como mais um problema na vida cada vez mais complicada de sua melhor amiga.


Respirei fundo e comecei a andar, contra meus próprios instintos, na direção do pátio da escola, rezando pra que nenhum dos dois aparecesse.


Hoje eu não tinha aula com nenhum deles, então talvez pudesse fugir antes do intervalo, alegando fortes dores de cabeça.


O que não seria totalmente mentira.


- Vamos subir de uma vez, eu não quero ficar aqui – sussurrei, segurando Anahí pelo braço e puxando-a na direção das escadas.


Mas ela cutucou minha mão, com o olhar fixo em algum ponto à nossa frente, e meu estômago revirou quando meu olhar seguiu o dela.


- Bom dia, Portilla – ouvi a voz de Poncho sorrir, alegre como sempre, e logo seus olhos verdes brilhantes se voltaram pra mim, provocando uma fisgada em meu peito – Bom dia, flor do dia.


Tudo que fui capaz de fazer foi sorrir de leve, suando frio agarrada ao braço de Anahí.


Ele retirou um bilhete do bolso, sorridente, e me entregou, dando uma piscadinha antes de se afastar novamente.


Não pude deixar de acompanhá-lo com o olhar, e me arrependi amargamente disso.


Assim que ele chegou à porta da sala dos professores, uma coisa vinho saiu de dentro dela, toda sorridente, e começou a caminhar na direção das escadas, após cumprimentar Poncho.


Apertei o braço de Anahí com mais força, mas ela não reclamou.


Christopher passou por nós, ainda mais sedutor do que nunca com sua nova e linda peça de vestuário, e me lançou um breve olhar.


Por mais rápido que tenha sido, aquele olhar estava cheio de significados, dos quais eu estava plena e dolorosamente ciente.


Fato: ele era meu inferno particular na Terra.


- Deixa o Uckermann pra lá e abre logo esse bilhete! – Anahí sussurrou, e só então eu me lembrei do pequeno papel que Poncho havia me entregado.


Desdobrei-o tremulamente, e minha respiração parou quando li o que estava escrito.


Tenho uma surpresa pra você nesse fim de semana.


Pode ir se preparando, vou te sequestrar de sexta a domingo! Te amo.


xx


 


Uma dor que eu nunca tinha sentido antes infestou cada célula do meu corpo, mas eu nem tentei fazê-la passar.


Eu sabia que eu merecia aquilo.


E a culpada por aquela dor não era ninguém mais do que eu.


Não havia mais ninguém para culpar.


Só eu.


Ergui um pouco meu rosto, sentindo minha visão embaçar, mas Anahí logo percebeu que eu estava prestes a desmoronar e começou a cochichar:


- Dulce, você prometeu pra mim que não ia fazer isso!


Eu balançava a cabeça negativamente, contendo as lágrimas com esforço.


O que eu era exatamente? Um monstro? Uma destruidora de sentimentos, uma idiota completa? Eu não conseguiria fingir que estava tudo bem com Poncho, nem olhá-lo nos olhos eu conseguia!


- Anahí.


– eu murmurei, olhando pra ela – Eu.


Ele.


Não.


Eu não consigo.


Ela revirou os olhos, me arrastando na direção da escadaria, com uma expressão que beirava o tédio.


- Escuta aqui – ela rosnou baixinho, me puxando pelos degraus – Você não gosta do Herrera, é isso? É pelo Uckermann que você tá apaixonada? É com ele que você quer ficar, é por ele que você quer foder com a sua vida?


Neguei com a cabeça, me encolhendo com desespero.


Cada pergunta dela era como uma facada no peito de tão absurda.


- Então pára de ser ridícula e engole esse choro! – ela ordenou, autoritária – Se importe com quem realmente interessa, e joga o resto fora! Se as pessoas não se forçassem a esquecer certas coisas, o mundo seria cheio de gente depressiva.


Respirei fundo, conseguindo retomar meu controle emocional.


Ela estava certa, já que o erro estava feito, eu só precisava esquecer aquilo e seguir em frente, me esforçando mais do que nunca pra fazer Poncho feliz.


Agora que a possibilidade de perdê-lo havia se tornado menos remota, valia tudo pra mantê-lo comigo.


- Obrigada – sussurrei, subindo os últimos degraus, cabisbaixa, e ela sorriu, afastando-se de mim pra entrar em sua classe enquanto eu entrava na minha.


Por algum motivo, eu não consegui soltar o bilhete de Poncho pelo resto das aulas, relendo-o discretamente de vez em quando ou segurando-o com toda a minha força dentro de meu punho como se aquilo valesse a minha vida.


Ou pelo menos a parte feliz dela.



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Autor(a): dulcete.vondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 62



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  • aleaff Postado em 23/12/2019 - 11:34:49

    Brigada por voltar e terminar essa ótima história s2 s2 s2

  • marianarn Postado em 20/03/2019 - 20:31:40

    Posta mais !!!!!!

  • kauanavondy015 Postado em 12/03/2019 - 00:04:36

    Continuaaa PLMDS

  • kauanavondy015 Postado em 16/02/2019 - 14:39:26

    A mãe da Dulce e a melhor kkkkkkkkkk

  • kauanavondy015 Postado em 16/02/2019 - 14:38:40

    Continuaa

  • raylane06 Postado em 15/02/2019 - 01:31:30

    Continua

  • carla_ruiva Postado em 14/02/2019 - 17:22:26

    Aaaaa continua pleace ❤

  • kauanavondy015 Postado em 14/02/2019 - 07:41:31

    Como vc para nessa parteee?continuaaa pfv

  • candyle Postado em 11/02/2019 - 11:21:54

    Aaaaaah Continuaa

    • dulcete.vondy Postado em 14/02/2019 - 00:19:00

      Continuandoooo

  • kauanavondy015 Postado em 07/02/2019 - 01:30:37

    Continuaa Plmds

    • dulcete.vondy Postado em 14/02/2019 - 00:18:46

      Continuandoooo


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