Fanfics Brasil - Capítulo 3 – Parte 2 Biology - Vondy (Adaptada)

Fanfic: Biology - Vondy (Adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 3 – Parte 2

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Uma coisa verde e sexy parada na porta do banheiro masculino, que ficava logo ao lado do feminino, sorria pra mim, fazendo meu coração acelerar.


Homens como o sr. Herrera não podiam aparecer assim de repente, era beleza demais pra se assimilar tão depressa.


- Oi, professor – sorri de volta, tentando parecer menos promíscua do que eu realmente era quando o cara em questão era ele.


- Tem um minutinho? – Poncho murmurou, com um sorriso perfeito no rosto.


Ele devia entrar no Guinness Book como o sorriso mais charmoso do mundo, dica.


Assenti, olhando pros lados pra ver se alguém estava vindo, mas o corredor estava realmente deserto.


Poncho me puxou pela mão até a sala vazia, e fechou a porta atrás de nós.


Quando ele se virou pra mim e me encarou, tudo que eu pensava em dizer simplesmente sumiu.


Eu sempre ficava meio retardada quando ele me olhava, ainda mais agora que seu olhar parecia muito mais íntimo do que das outras vezes.


- Eu te chamei aqui porque queria conversar sobre ontem – ele falou, se aproximando com as mãos nos bolsos da calça jeans larga e uma expressão misteriosa – Mas eu mudei de ideia.


Me assustei com o que ele disse.


Mudou de ideia? O que ele quis dizer com aquilo? Eu beijava tão mal pra fazê-lo desistir de mim em um dia?


- C-como assim? – gaguejei, numa tentativa desesperada de disfarçar meu pânico.


Totalmente em vão, claro, meu pavor tava na cara.


O sr. Herrera não disse nada, apenas continuou se aproximando cada vez mais.


Quando ele já estava bastante próximo, envolveu meu rosto com suas mãos, e parou com o corpo bem pertinho do meu.


Se ele não estivesse segurando meu rosto, acho que teria desmaiado assim que seu perfume encheu meus pulmões.


- Eu descobri que te beijar é muito melhor que qualquer conversa – ele murmurou, abrindo um sorriso lindo, e tudo que tive tempo de fazer foi também sorrir, aliviada, antes de sentir seus lábios nos meus.


Deslizei minhas mãos pelos ombros dele, gravando cada toque na minha memória pra jamais esquecer, e o abracei pelo pescoço, puxando-o pra mais perto.


Poncho embrenhou uma mão em meus cabelos e escorregou a outra até meu quadril, fazendo qualquer espaço que ainda houvesse entre nós sumir.


Nossas línguas se acariciavam numa sintonia perfeita, como se já fôssemos íntimos há muito tempo, fazendo meu corpo inteiro formigar.


Aquele sem dúvida foi o melhor beijo da minha vida, com o homem mais perfeito do mundo.


Ele conseguia ser firme e delicado ao mesmo tempo, me segurando perto dele e me provocando sensações novas com o mais sutil dos toques, como nunca ninguém havia conseguido.


Fomos intensificando cada vez mais o beijo a cada segundo, até meus lábios ficarem dormentes e meu fôlego acabar.


Mesmo ofegante, continuei beijando-o com a mesma avidez, sem querer desgrudar dele nunca mais.


Poncho me abraçou pela cintura e me levantou do chão.


Acho que ele fazia isso porque eu era relativamente baixinha perto dele, e quando ele me levantava as coisas ficavam mais fáceis pro seu lado.


Sem pensar direito, envolvi sua cintura com minhas pernas, e ele pareceu gostar da ideia.


Cambaleando um pouco enquanto eu bagunçava seu cabelo, ele me sentou sobre a mesa onde os professores colocavam seu material, me fazendo ficar da sua altura.


Tirei minhas pernas de sua cintura, mas logo senti suas mãos apertarem minhas coxas num pedido mudo pra que eu as colocasse de volta.


Fiz o que ele pediu, ficando perigosamente sem ar, mas sem ligar pra uma besteira como oxigênio numa hora daquelas.


Poncho segurava minha cintura com força, me prensando contra seu tronco sem ousar romper o beijo.


Acho que todo aquele desejo reprimido durante três anos estava se revelando ali, e não era só da minha parte.


Sem conseguir mais resistir, passei discretamente minhas mãos por debaixo da barra de seu suéter, tocando a pele quente de sua barriga.


Seus músculos se contraíam a cada toque, assim como os meus reagiram aos toques dele em meus quadris por debaixo do uniforme.


Como se procurasse fôlego naquele beijo, ele me puxou pra mais perto ainda, e eu fiz o mesmo com minhas pernas, sentindo um volume assustador mais embaixo.


Olha só, o homem que já era perfeito tinha acabado de me mostrar a única qualidade que faltava comprovar.


Senti as mãos de Poncho descerem um pouco, alcançando os bolsos de trás da minha calça jeans.


Nem liguei, afinal quem tinha começado com a mão boba fui eu.


Mas assim que ele fez menção de colocar as mãos por dentro dos bolsos, Poncho partiu o beijo e ficou me olhando com os olhos levemente arregalados, num misto de surpresa e medo.


Ficamos alguns segundos em silêncio, paralisados, enquanto eu apenas o observava, totalmente confusa.


- Eu acho melhor a gente ir com calma – ele balbuciou, parecendo um pouco desconcertado – Alguém pode nos pegar aqui, e.


Poncho desistiu de continuar falando, com o olhar fixo no meu.


Minha vontade foi de dizer que ele podia fazer o que quisesse comigo, mas ao invés disso, eu apenas falei, com um sorriso compreensivo:


- Tudo bem, professor.


Ele suspirou, olhando pro lado como se estivesse em dúvida.


Logo voltou a me olhar, mordendo discretamente seu lábio inferior, que estava bem vermelho, e disse:


- É que eu nunca fiz isso antes, sabe.


Nunca me envolvi tanto assim com uma aluna, tenho medo de ir rápido demais e acabar te assustando.


Entende?


Enquanto falava, Poncho fazia carinho em meu rosto e observava cada detalhe dele com insegurança no olhar.


Sem reação diante daquele jeito cuidadoso, apenas assenti devagar, com um sorriso besta no rosto.


Ele afastou uma mecha de cabelo que estava sobre meu olho e sorriu de volta, mais aliviado.


- E agora? – falei, arrumando timidamente o cabelo dele que estava todo bagunçado e fazendo-o fechar os olhos com o carinho.


- Não faço a menor ideia – ele respondeu, sorrindo de um jeitinho gostoso e lentamente abrindo os olhos – A única coisa que eu sei é que quero você.


Fiz uma cara involuntária de perplexidade após aquela declaração.


Preciso dizer que eu também queria demais aquele cara? Acho que eu nunca quis tanto alguém como eu o queria, sem mudar nada em sua personalidade e em seu jeito de ser.


Naquele momento eu percebi que realmente amava Alfonso Herrera, e que seria capaz de acordar todos os dias ao lado dele, ouvi-lo rir de qualquer coisa idiota que eu dissesse, observá-lo enquanto ele estivesse distraído vendo TV ou lendo algum livro, beijá-lo e abraçá-lo a qualquer momento.


Resumindo, eu queria aquele homem só pra mim, pra sempre, não importava se aquilo era errado.


Abri um sorriso encantado, com o olhar fixo no dele, e aproximei nossos rostos devagar até alcançar sua boca e beijá-lo calmamente.


- Não dá pra acreditar nisso tudo, sabia? – murmurei, partindo o beijo e unindo nossas testas – Nunca pensei que um dia eu estaria beijando o senhor.


- Me chame de ‘você’, pelo amor de Deus – ele interrompeu, erguendo as sobrancelhas – Chega desse ‘senhor’, me sinto um vovô quando você me chama assim.


- Nunca pensei que um dia eu estaria beijando você – repeti, frisando a última palavra – E te ouvindo dizer coisas assim pra mim.


- Eu tentei ignorar esse meu interesse por você, eu juro que tentei – Poncho falou, acariciando minha cintura enquanto eu brincava com a gola de seu suéter – Mas ontem eu não aguentei mais me segurar, não sei o que me deu.


Tava tudo escuro, e você totalmente sozinha lá atrás.


Eu detesto te ver sozinha na classe, já falei isso.


- Não liga pra essas coisas, eu não faço questão de ser amiga de ninguém daquela classe – sorri, ao ver que ele estava ficando meio bravo.


Poncho entortou a boca e me olhou, cedendo logo depois e sorrindo comigo.


- Falando em classe, acho que te roubei de alguma aula – ele lembrou, fazendo uma careta sapeca – Não é melhor você voltar?


- Infelizmente é – suspirei, triste – O Turner deve estar estranhando minha demora no banheiro.


- É só falar que comeu waffles no café-da-manhã – ele riu, e eu franzi a testa, sem entender – Ele sempre tem dor de barriga quando come waffles, vai se identificar com o seu sofrimento.


- Bom saber – gargalhei, e ele logo me calou com um beijo caloroso.


- Amanhã eu dou um jeito pra gente se ver – Poncho avisou, me abraçando pela cintura e me colocando no chão – Vai lá, pequena.


Dei um sorriso fofo pra ele, e sem conseguir resistir, puxei-o de novo pra outro beijo.


Poncho não reclamou, pelo contrário, pareceu gostar da surpresa.


Eu não queria me afastar dos braços daquele homem nunca mais.


Era tudo muito lindo pra ser verdade e eu não queria acordar daquele sonho de jeito nenhum.


- Até amanhã então – murmurei, quando partimos o beijo, e saí da sala sorrateiramente, deixando-o com um sorriso de orelha a orelha em seu rosto.


E no meu também, claro.


Quando voltei pra sala de aula, todo mundo já tinha acabado a prova, e se amontoava sobre a mesa do professor pra vê-lo corrigir as avaliações.


Sem um pingo de interesse em minha nota naquele momento e feliz por conseguir entrar na sala sem ser notada, apenas me sentei em minha carteira, com o olhar perdido na lousa vazia.


Eu ainda conseguia sentir o perfume dele ao meu redor, como se estivesse impregnado em mim.


Seria difícil acalmar meu coração e não pensar naqueles olhos verdes, naqueles lábios maravilhosos, naquele corpo divino.


Não tinha como não pensar nele.


O sinal logo tocou, anunciando o intervalo, e eu me esforcei pra não sorrir demais enquanto conversava com Anahí e descia as escadas rumo ao pátio.


Não só pra não dar muita bandeira, mas também porque Poncho estava a poucos metros da gente, descendo lentamente as escadas e conversando animadamente com um inspetor.


Eu e Anahí acabamos encontrando uma brecha logo à frente, e aceleramos a descida, passando bem perto dele.


Meu ombro acabou relando em seu braço sem querer (tá, nem tão sem querer assim), e ele se virou pra pedir desculpas pelo esbarrão.


Assim que nossos olhares se encontraram, abri um sorriso tímido, enquanto ele apenas disfarçou, e continuamos andando cada um pro seu canto, como se fôssemos apenas professor e aluna.


- Hoje eu tenho aula com ele e você nã-ão! – Anahí murmurou, rindo assim que nos afastamos dele – Chupa essa manga, meu bem.


- Tudo bem, minha aula com ele ainda vai chegar – sorri, me controlando pra não desembuchar tudo - Pena que a aula do Uckermann venha logo depois da dele.


- Também te amo, Saviñón – ouvi uma voz masculina dizer bem atrás de mim, e logo vi meu querido professor de biologia laboratório passar ao meu lado, com um sorrisinho sedutor.


Um calafrio percorreu minha espinha ao ouvir sua voz tão perto de mim do nada, arrepiando meus cabelos da nuca.


Tudo que consegui foi fazer uma cara de tacho e continuar andando, tentando ignorar a presença daquele troglodita.


- Legal, agora ele vai ficar achando que a gente só sabe falar de professores, especialmente dele – Anahí resmungou, coberta de razão.


Do jeito que o Uckermann era, já devia estar se sentindo o rei da cocada preta.


- Não ligo pro que ele acha ou deixa de achar – falei, revirando os olhos com uma certa frustração por ele ter ouvido meu comentário – Ele é um merda mesmo.


Nos sentamos em qualquer canto da escola, sem muito assunto pra conversar.


Na verdade, Anahí até tentava puxar conversa, mas eu estava me sentindo tão estranha que minhas respostas eram monossilábicas.


Eu estava radiante por tudo que estava acontecendo entre eu e Poncho, mas percebi que bastava ouvir a voz do Uckermann que um medo tomava conta de mim, como se ele pudesse de alguma forma arruinar tudo.


Sei lá, eles eram amigos, e essa amizade me perturbava um pouco.


E se ele resolvesse contar ao Poncho sobre o beijo no elevador e inventar coisas ruins sobre mim? Pior, e se Poncho acreditasse nele? Pra ter uma relação mais íntima do que o normal comigo, o sr. Herrera devia ter uma confiança considerável em mim, mas eu não tinha certeza da proximidade dele com o professor Uckermann pra me sentir realmente segura.


- O que deu em você hoje, hein? – ouvi Annie perguntar, com a voz irritada – Tá tão quieta, tão esquisita.


Aconteceu alguma coisa?


- Não – menti, sorrindo fraco – Tô com um pouco de sono, só isso.


- Se você acha que eu acredito nisso, tudo bem – ela reclamou, erguendo uma sobrancelha.


Droga, às vezes eu esqueço que ela me conhece desde que nasci, ou seja, bem até demais.


- Caramba, já falei que é só sono – repeti, começando a ficar impaciente – Não posso mais ter sono agora?


Anahí deu de ombros, desistindo, e eu suspirei profundamente.


Era um saco ter que mentir pra ela, afinal, a gente sempre contava tudo uma pra outra, mas eu realmente preferia guardar aquele segredo.


Tinha medo do que ela poderia pensar de mim se soubesse que eu e o Poncho estávamos, erm, nos relacionando intimamente.


- Foi mal, tá? – bufei, vendo a tromba que ela tinha feito por causa da minha resposta atravessada – Você sabe que eu com sono fico a maior grosseirona, ainda mais com você me enchendo de perguntas.


- Se eu não tivesse aula com o Herrera daqui a pouco, não te desculpava, mas como hoje eu tô de bom humor por razões óbvias, tudo bem – ela sorriu, danada, me fazendo empurrá-la de leve e rir.


Sei lá por que eu ri, talvez eu seja estranha mesmo e goste de ouvir minha melhor amiga dizer que o cara que eu tô pegando a deixa de bom humor.


Ou talvez pra tentar afastar a inútil existência de Christopher Uckermann da minha memória.


 



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Autor(a): dulcete.vondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 62



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  • aleaff Postado em 23/12/2019 - 11:34:49

    Brigada por voltar e terminar essa ótima história s2 s2 s2

  • marianarn Postado em 20/03/2019 - 20:31:40

    Posta mais !!!!!!

  • kauanavondy015 Postado em 12/03/2019 - 00:04:36

    Continuaaa PLMDS

  • kauanavondy015 Postado em 16/02/2019 - 14:39:26

    A mãe da Dulce e a melhor kkkkkkkkkk

  • kauanavondy015 Postado em 16/02/2019 - 14:38:40

    Continuaa

  • raylane06 Postado em 15/02/2019 - 01:31:30

    Continua

  • carla_ruiva Postado em 14/02/2019 - 17:22:26

    Aaaaa continua pleace ❤

  • kauanavondy015 Postado em 14/02/2019 - 07:41:31

    Como vc para nessa parteee?continuaaa pfv

  • candyle Postado em 11/02/2019 - 11:21:54

    Aaaaaah Continuaa

    • dulcete.vondy Postado em 14/02/2019 - 00:19:00

      Continuandoooo

  • kauanavondy015 Postado em 07/02/2019 - 01:30:37

    Continuaa Plmds

    • dulcete.vondy Postado em 14/02/2019 - 00:18:46

      Continuandoooo


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