Fanfic: Biology - Vondy (Adaptada) | Tema: Vondy
Dulce me olhou de cima a baixo, assim como eu havia feito com ela há poucos segundos, e seus lábios avermelhados se retorceram num sorriso malicioso. Ou ela havia desistido de se afastar de mim, ou ela estava tirando uma com a minha cara. Não consegui me decidir, havia outros milhares de pensamentos colidindo em minha mente para que eu pudesse concluir alguma coisa. Para mim, não fazia muita diferença, eu sabia que a teria naquela noite e nenhuma dessas opções representava um obstáculo para mim. Ela virou lentamente o corpo, indicando que se afastaria, e me lançou um último olhar significativo antes de caminhar até a pista, rebolando de um jeito enlouquecedor. Deus do céu, o que ela estava planejando para mim?
Apenas a observei se distanciar, totalmente nocauteado, até que ela parou praticamente no meio da pista de dança e voltou a me encarar. Havia menos gente ao seu redor agora, por algum motivo que eu não estava interessado em saber, tornando minha visibilidade plena. Ela voltou a sorrir, safada, e como se cada parte de seu corpo tivesse vida própria, começou a dançar de um jeito extremamente sensual, como se fosse apenas para pisar no que ainda restava de meu autocontrole fragilizado. A música parecia tocar conforme seus movimentos, e não o contrário; seus olhos mantinham-se presos aos meus, como se analisassem o efeito que sua movimentação provocava em mim. Meu corpo gritava, cada pedacinho de mim urrava, em um uníssono perfeitamente audível e impossível de ser reprimido, a minha sentença.
Eu precisava tê-la. Não havia mais forças para esperar.
Engoli em seco, sentindo dificuldade para respirar, e retomei parte do controle de minha mente. Ignorei tudo e todos ao meu redor e caminhei determinadamente em direção a ela, sentindo os joelhos tremerem e a calça apertar meu corpo. Nossos olhares estavam tão conectados que eu mal podia enxergar outra coisa em minha frente a não ser o brilho de seus olhos. A cada passo, meu coração parecia acelerar ainda mais seus batimentos, ansiando pelo momento em que ela estaria grudada em mim e nossos corpos, prestes a se fundirem num só.
Mas esse momento parecia não chegar nunca. Na verdade, eu já estava andando há tempo demais para não a ter alcançado ainda. Franzi levemente a testa, confuso, e só então me dei conta de que ainda estava no mesmo lugar. Ela, porém, pareceu não perceber isso, porque não houve mudança alguma em seu comportamento. Angustiado, apenas apertei o passo, tentando inutilmente sair dali, mas nada mudou. Minha visão já estava um tanto turva pela falta de oxigênio, mas eu não me importava com aquilo. Tudo que eu queria era chegar até Dulce antes que alguém o fizesse. Antes, talvez, que Poncho o fizesse, se é que ele estava ali.
E não precisei de muito tempo para descobrir.
Dois segundos depois, ele surgiu de algum lugar perto de mim e simplesmente passou reto, com os olhos fixos na pista. Acompanhei seu trajeto com o olhar, e para meu pânico, ele se aproximava cada vez mais dela, que agora retribuía seu olhar com um sorriso cheio de segundas intenções. O meu sorriso – sim, ele era só meu, e nada mudaria minha opinião. Poncho chegou até ela com facilidade, e envolveu sua cintura com as mãos, deixando que as dela se apossassem de seu pescoço. Um nó apertado surgiu em minha garganta, gerando uma dor lancinante; olhei ao meu redor, procurando por alguém que pudesse me ajudar a me mover, mas subitamente, todos que estavam próximos a mim pareceram sumir, deixando-me completamente a sós com minha agonia. Ou pelo menos quase, até uma voz familiar sussurrar bem ao pé de meu ouvido.
- Ah, aí está você.
Virei-me de um pulo na direção do som, e fui dominado por um horrível enjoo assim que reconheci a dona do sussurro.
- Estava te procurando há horas! – Kelly Smithers disse, com um sorriso presunçoso no rosto e, antes que eu pudesse sequer abrir a boca para dizer algo, senti sua mão agarrar minha gravata e me puxar na direção oposta à de Dulce. E, como num passe de mágica, meu corpo obedeceu a seu comando e se moveu para longe da pista. Minha respiração, que já era praticamente nula, tornou-se ainda mais entrecortada conforme a imagem de Dulce e Poncho ficava cada vez mais inatingível.
E então meu celular tocou.
Espera aí. Meu celular tocou?
A visão mal iluminada do ginásio deu lugar à claridade do sol, esparramando-se quarto adentro pela janela e sendo refletida nas paredes brancas. Minha respiração era ruidosa e minha boca estava seca, ao contrário de meu corpo, que parecia ter ensopado os lençóis de suor. Olhei em desespero ao meu redor, sem nem me lembrar de como havia ido parar sentado na cama, e tudo que vi foi meu quarto, exatamente como deveria estar. Nenhum móvel a menos, nenhum corpo a mais.
Soltei um suspiro aliviado, fechando pesadamente os olhos em seguida e sentindo meu corpo se acalmar gradativamente. Tudo aquilo havia sido um sonho, ou melhor, um pesadelo. Apenas, somente, nada mais do que isso. Voltei a encarar meus lençóis revirados, normalizando meus sinais vitais, e só então o barulho estridente que me despertara voltou a se apoderar de meus tímpanos. Franzi minha testa umedecida de suor e virei-me na direção da mesinha de cabeceira, fonte do som: meu celular tocava e vibrava energicamente sobre a superfície, implorando por atenção.
Revirei os olhos, irritado com a perturbação matinal, e joguei meu tronco violentamente de volta ao conforto do colchão. E somente por um único motivo, decidi atender à chamada, sem nem olhar de quem ela era para não desistir de meu ato de gratidão.
A maldita ligação havia me tirado daquele pesadelo horripilante. E isso era uma boa ação num sábado de manhã. Obrigado, estranho... Eu acho.
Alô? – rosnei, sem fazer a menor questão de ser simpático. Fosse quem fosse, já estava com sorte demais por ter sido atendido àquela hora.
Autor(a): dulcete.vondy
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- Uckermann? – uma voz melada emanou do celular, e por um segundo, me arrependi de ter sido tão piedoso. O enjoo pelo qual fui atingido em sonho retornou com força total assim que ouvi Kelly pronunciar meu nome daquele jeito vulgar de sempre, me fazendo pensar que vomitaria a qualquer momento. - Queria poder dizer que não – grunhi, respirand ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 62
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aleaff Postado em 23/12/2019 - 11:34:49
Brigada por voltar e terminar essa ótima história s2 s2 s2
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marianarn Postado em 20/03/2019 - 20:31:40
Posta mais !!!!!!
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kauanavondy015 Postado em 12/03/2019 - 00:04:36
Continuaaa PLMDS
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kauanavondy015 Postado em 16/02/2019 - 14:39:26
A mãe da Dulce e a melhor kkkkkkkkkk
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kauanavondy015 Postado em 16/02/2019 - 14:38:40
Continuaa
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raylane06 Postado em 15/02/2019 - 01:31:30
Continua
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carla_ruiva Postado em 14/02/2019 - 17:22:26
Aaaaa continua pleace ❤
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kauanavondy015 Postado em 14/02/2019 - 07:41:31
Como vc para nessa parteee?continuaaa pfv
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candyle Postado em 11/02/2019 - 11:21:54
Aaaaaah Continuaa
dulcete.vondy Postado em 14/02/2019 - 00:19:00
Continuandoooo
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kauanavondy015 Postado em 07/02/2019 - 01:30:37
Continuaa Plmds
dulcete.vondy Postado em 14/02/2019 - 00:18:46
Continuandoooo