Fanfics Brasil - Capítulo 23 – Parte 5 Biology - Vondy (Adaptada)

Fanfic: Biology - Vondy (Adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 23 – Parte 5

489 visualizações Denunciar


Tamanha ocupação mental às nove e meia da manhã me deu uma suave dor de cabeça, e eu resolvi desligar meu modo Platão e parasitar um pouco diante da televisão. Após alguns segundos trocando furiosamente de canal, encontrei um programa agradável: Hell’s Kitchen. Você deve estar pensando que eu sou algum tipo de homossexual enrustido por assistir programas de culinária, mas tenho dois excelentes motivos que explicam a relação entre minha heterossexualidade (sólida como granito, diga-se de passagem, que isso fique bastante claro, obrigado) e a gastronomia. Primeiro, a arte da culinária é algo a ser muito apreciado, principalmente quando se mora sozinho e se aprende o quão difícil é preparar um almoço digno após uma manhã de trabalho árduo; segundo, Gordon Ramsay era o cara. Essa frase pode ter soado meio estranha, mas é que para mim, Hell’s Kitchen era não só um programa sobre comida, mas também sobre como ser um filho da puta de primeira categoria. E ambas as opções me atraíam de certa forma.


Fiquei assistindo, em meio a gargalhadas e lágrimas de tanto rir, aos esculachos de Gordon durante boa parte da manhã, graças à pequena maratona de Hell’s Kitchen, e assim continuei, estirado em meu sofá absurdamente confortável, pulando de canal em canal até ficar sem opções de programação. Quando enfim desisti da TV, meu estômago já estava implorando por comida, e obviamente não o contrariei.


Liguei para um restaurante chinês e pedi um yakissoba tamanho família, com tudo que minha forma atlética tinha direito. Enquanto meu almoço não chegava, tomei um banho rápido, tentando espantar os últimos rastros de preguiça. Não que eu realmente acreditasse que uma ducha gelada me daria o ânimo que eu precisava, mas não custava nada tentar. Confesso que durante o banho eu andei me lembrando da parte boa de meu sonho/pesadelo, o que estendeu minha estadia debaixo do chuveiro por alguns minutos. Ser homem tinha suas desvantagens, como a fraqueza mental diante das mulheres (e consequentemente, a física que se seguia a ela).


Exatamente quando terminei de me vestir, o interfone tocou, anunciando a chegada de minha refeição. Poucos minutos depois, já estava sentado novamente em meu sofá, saboreando as delícias da culinária chinesa (ou japonesa, pra mim é tudo igual). Devorei tudo em tempo recorde, sendo atingido em cheio pelo arrebatador sono pós-almoço. Lavei rapidamente a louça que havia usado, tentando me manter acordado, mas parecia que o sono de uma manhã desagradavelmente interrompida também começara a se manifestar. Tudo que me lembro após essa constatação foi que assim que terminei a louça, cambaleei até minha cama ainda desarrumada, e me deixei cair sobre ela, sentindo as pálpebras pesarem e a mente entrar em hibernação.


E, como se tivesse acabado de fechar os olhos, voltei a abri-los, subitamente assustado. Ao invés da claridade amena da tarde, minhas pupilas dilataram-se ao encontrarem a escuridão da noite dominar meu quarto. Eu odiava aquela sensação, fazia com que minha cabeça parecesse pesar toneladas. Instintivamente, olhei para o relógio de cabeceira, ainda um pouco zonzo: oito e quinze.


- Merda! – exclamei, quase caindo da cama ao querer me levantar depressa, embolando-me nas cobertas e levando o triplo do tempo que levaria para ficar de pé normalmente. O baile já havia começado há quinze minutos e eu mal havia separado um terno decente! Jamais me perdoaria se Dulce chegasse e eu não estivesse lá para vê-la... Seriam quinze minutos desperdiçados de uma noite com ela, e eu me amaldiçoaria para sempre por perdê-los.


Ajeitei a cama com toda a rapidez que pude e tomei uma rápida ducha fria, somente para afastar os últimos vestígios de sono e deixar que a água gelada me trouxesse a concentração da qual eu precisaria naquela noite (não, não estava com humor nem tempo para lembrar novamente do sonho, tá legal?). Enxuguei-me depressa e enrolei a toalha em meus quadris, deixando o banheiro feito um raio e pegando a primeira combinação de paletó, gravata, camisa, calça e sapatos sociais que encontrei. Meu figurino aleatório até que não ficou tão mal: uma camisa roxa, uma gravata cinza clara e o resto das roupas de cor preta, assim como as boxers que vesti correndo (e quase caindo ao fazê-lo). Odiava estar atrasado, odiava me arrumar correndo, sempre deixava os outros esperando e que se danem os horários, mas hoje era uma rara e necessária exceção.


Vesti o resto das roupas na mesma velocidade, e em menos de cinco minutos, já estava praticamente pronto. Me olhei rapidamente no grande espelho do banheiro para me certificar de que estava tudo certo, e ajeitei a gravata que ainda estava frouxa em meu pescoço. Eu odiava usar aquela droga (e passei a odiar ainda mais depois de meu pesadelo), parecia uma coleira me enforcando, mas para as mulheres, era uma espécie de charme a mais. Vai entender a mente feminina... Acho mesmo é que elas sabem que essa porcaria nos incomoda e fingem gostar só pra nos ver sofrer.


Voltando ao assunto, escovei os dentes com todo o cuidado que alguns minutos me permitiram, e dei uma rápida bagunçada em meu cabelo, o suficiente para que ele ficasse do jeito que eu gostava. Pelo menos ele parecia estar contribuindo para o sucesso de minha noite. Peguei o vidro de perfume que aguardava sobre a pia do banheiro e borrifei nos lugares de sempre: nos pulsos e no pescoço. Saí do banheiro e fui até o quarto para pegar meu celular e minha carteira, únicos itens que me faltavam, sentindo aqueles sapatos sociais me incomodarem um pouco. Nada que fosse conquistar minha atenção quando meus olhos estivessem ocupando espaço demais em minha mente, como eu sabia que estariam assim que Dulce entrasse em meu campo de visão. Após (quase) um dia inteiro sem pensar nela, o que era um tanto raro, já que a via cinco dias na semana, não pude deixar de sorrir sozinho ao visualizar o momento em que estaríamos próximos novamente.


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): dulcete.vondy

Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Mas logo voltei à realidade, e revirei os olhos ao guardar o celular no bolso. Pra que eu ia precisar daquele pedaço de tecnologia irritante? Aquilo só servia pra me estressar, afinal, sempre tem aquele energúmeno que me liga justo nos momentos mais impróprios só para torrar minha paciência. Tipo o Herrera. Fiz uma careta ao me ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 62



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • aleaff Postado em 23/12/2019 - 11:34:49

    Brigada por voltar e terminar essa ótima história s2 s2 s2

  • marianarn Postado em 20/03/2019 - 20:31:40

    Posta mais !!!!!!

  • kauanavondy015 Postado em 12/03/2019 - 00:04:36

    Continuaaa PLMDS

  • kauanavondy015 Postado em 16/02/2019 - 14:39:26

    A mãe da Dulce e a melhor kkkkkkkkkk

  • kauanavondy015 Postado em 16/02/2019 - 14:38:40

    Continuaa

  • raylane06 Postado em 15/02/2019 - 01:31:30

    Continua

  • carla_ruiva Postado em 14/02/2019 - 17:22:26

    Aaaaa continua pleace ❤

  • kauanavondy015 Postado em 14/02/2019 - 07:41:31

    Como vc para nessa parteee?continuaaa pfv

  • candyle Postado em 11/02/2019 - 11:21:54

    Aaaaaah Continuaa

    • dulcete.vondy Postado em 14/02/2019 - 00:19:00

      Continuandoooo

  • kauanavondy015 Postado em 07/02/2019 - 01:30:37

    Continuaa Plmds

    • dulcete.vondy Postado em 14/02/2019 - 00:18:46

      Continuandoooo


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais