Fanfic: Biology - Vondy (Adaptada) | Tema: Vondy
- Chega você de resistir – ele sussurrou, aproximando seu rosto de meu ouvido para dizer o resto – Não adianta nadar contra a correnteza... Acha que nunca tentei? Acha que estaria aqui se tivesse funcionado?
Seja forte!, uma voz pedia em minha mente, estrangulada. Resista!
- Não acredito em você – arfei, com a voz um pouco mais alta que um sopro, ainda recusando-me a encará-lo – Pare de gastar seu tempo comigo e vá embora.
- A questão é que eu simplesmente adoro gastar meu tempo com você – Christopher murmurou com a voz sinuosa, sem mover um músculo, e a maneira como suas palavras foram pronunciadas me permitiu visualizar com precisão o sorriso malicioso que provavelmente adornava seu rosto – Poderia passar a vida toda te provocando, te atiçando, só pra ver o até onde vai seu autocontrole.
- Idiota! – grunhi, sentindo a irritação crescer dentro de mim – Eu não sou um simples brinquedinho com o qual você pode fazer o que quiser!
Senti Christopher paralisar por alguns segundos, e manteve-se calado por tempo suficiente para que eu tivesse que encará-lo, por mais arriscado que isso fosse. Sua expressão era levemente séria, e seus olhos não hesitaram em olhar fundo nos meus de um jeito quase frio.
- Eu nunca pensei isso de você, Dulce – sua voz murmurou, agora grave, demonstrando o triplo de seriedade que seu olhar transmitia.
- Desculpe, o que você disse? Acho que entendi errado, aliás, só posso ter entendido errado! - falei, com a voz um pouco mais alta que o aconselhável pelo ultraje de suas palavras, e um sorriso sarcástico, inconformado diante de tamanha mentira, surgiu em meu rosto – Faça-me o favor, Christopher! Suas mentiras costumavam ser um pouco mais convincentes!
- Eu não estou mentindo – ele negou, sem se deixar alterar por meu comportamento – Você me entendeu errado sim, e não foi só hoje.
- Ah, é? – quase gritei, extremamente sarcástica, sentindo minha raiva aumentar cada vez mais diante de suas negativas ridículas – Então já que estou entendendo errado, me explique, professor! Como posso entender direito?
- Eu jamais te compararia a um brinquedo ou a um mero objeto, por mais valioso e único que ele fosse... Você me entendeu errado, ou talvez minha comparação tenha sido ruim o suficiente pra que você tirasse conclusões erradas – Christopher disse, mantendo-se impassível, e a enorme carga de determinação em sua voz me fez estremecer involuntariamente - Eu não queria dizer nada do que você concluiu. Quando usei a palavra brinquedo, não foi pra te definir, eu juro. Foi uma tentativa mais do que frustrada de tentar explicar o que você... Causa em mim. Mas eu percebi que isso é impossível. Não existem exemplos adequados para definir o que eu sinto.
Fiquei encarando seus olhos faiscantes por alguns segundos, incapaz de tirar alguma conclusão. Minhas pernas tremiam mais que bambu em ventania, meu coração queimava em meu peito, o ar parecia se recusar a entrar em meus pulmões. Por que ele tinha que me falar todas aquelas merdas? E o pior de tudo, por que eu tinha que gostar tanto delas? Levei alguns segundos para conseguir voltar a falar, e quando o fiz, quase toda a raiva havia se transformado em hesitação.
- Eu... – comecei, pigarreando logo que percebi a confusão explícita em minha voz, e sem saber bem como prosseguir, suspirei, tentando encontrar as palavras certas – Não acredito em você, Uckermann. Vá embora.
Ele respirou fundo, sem mudar de expressão, e após alguns segundos sustentando meu olhar, assentiu devagar.
- Tudo bem – ele disse, com a voz conformada – Se é o que você quer de verdade, eu vou.
Totalmente surpresa com aquela atitude, busquei algum vestígio de raiva ou irritação em seus olhos, em vão. Tentei entender o que estava acontecendo, mas suas íris estavam vazias, ilegíveis. Ele estava... Cedendo?
Ele aproximou seu rosto do meu, colocando uma de suas mãos em meu rosto, e eu fechei os olhos, momentaneamente paralisada, ao sentir seus lábios tocarem minha pele. Christopher beijou o canto de minha boca por um tempo que me pareceu mais longo que o aconselhável, e imediatamente meu corpo se arrepiou inteiro. Em seguida, ele voltou a se afastar, ainda sério, e deu um passo para trás, indicando que estava indo embora.
- Só não pense que estou desistindo de você – sua voz baixa avisou, persistente e consideravelmente resignada, enquanto eu me esforçava para continuar de pé – Isso jamais vai acontecer.
Christopher virou-se em direção à porta do quarto e começou a andar até ela, me deixando completamente anestesiada e confusa. Então era isso? Bastou uma dose a mais de autocontrole de minha parte para convencê-lo? Era tão simples fazê-lo desistir de mim, mesmo que temporariamente? O que havia acontecido com ele afinal? Onde estava o Uckermann insistente e determinado que eu sempre conheci, disposto a praticamente tudo pra conseguir o que queria?
Um sentimento muito esquisito começou a correr em minhas veias. Um vazio me dominou, sendo lentamente preenchido por um frio cortante, como se gradualmente, enormes pedras de gelo estivessem se formando dentro de mim, congelando meu sangue. Eu nunca havia me sentido daquele jeito. Não era um sentimento ruim, mas também não era bom. Era como se a ficha não tivesse caído ainda. Ele realmente havia me obedecido? A ideia me parecia tão surreal que eu precisaria de alguns minutos de reflexão para realmente absorvê-la.
Soltei um suspiro tenso, com os olhos perdidos onde antes o corpo de Christopher estava. O distanciamento dele fez com que automaticamente minha respiração se normalizasse, mas estranhamente, meu coração quase parecia imóvel de tão lentas que eram suas batidas. O gelo crescente dentro de mim o havia atingido, e parecia dificultar seus batimentos, mas não fisicamente. Era como se ele não quisesse mais bater normalmente. Como se, por algum motivo, ele tivesse perdido a vontade de funcionar. Talvez a surpresa pelo conformismo de Christopher tivesse sido maior do que eu pudesse prever. Mas logo eu me recuperaria, e ficaria muito melhor sabendo que bastava apenas um pouco mais de força de vontade para mantê-lo afastado de mim.
Meus olhos foram instintivamente até a porta aberta de meu quarto, fitando o vazio. Minhas pernas ainda pareciam formigar diante do acontecimento épico que haviam presenciado, e se recusavam a fazer qualquer movimento. Apenas fiquei encarando o nada por alguns segundos, até que o som de passos se aproximando do quarto adentrou meus ouvidos. Antes que eu pudesse entender o que estava acontecendo, vi Christopher andar energicamente até mim, e em dois segundos, envolver meu rosto calorosamente com suas mãos e colar seus lábios nos meus com fúria.
E aí amores, querem o capítulo 25?
Autor(a): dulcete.vondy
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A princípio, não tive reação alguma. Minhas mãos se ergueram até seu peito musculoso, hesitantes quanto a tocá-lo; eu não sabia se o empurraria ou se o puxaria pra mais perto caso eu o fizesse. Meus olhos se mantiveram arregalados diante dos dele, fechados fortemente, tão próximos de mim. Seus l&aa ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 62
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aleaff Postado em 23/12/2019 - 11:34:49
Brigada por voltar e terminar essa ótima história s2 s2 s2
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marianarn Postado em 20/03/2019 - 20:31:40
Posta mais !!!!!!
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kauanavondy015 Postado em 12/03/2019 - 00:04:36
Continuaaa PLMDS
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kauanavondy015 Postado em 16/02/2019 - 14:39:26
A mãe da Dulce e a melhor kkkkkkkkkk
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kauanavondy015 Postado em 16/02/2019 - 14:38:40
Continuaa
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raylane06 Postado em 15/02/2019 - 01:31:30
Continua
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carla_ruiva Postado em 14/02/2019 - 17:22:26
Aaaaa continua pleace ❤
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kauanavondy015 Postado em 14/02/2019 - 07:41:31
Como vc para nessa parteee?continuaaa pfv
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candyle Postado em 11/02/2019 - 11:21:54
Aaaaaah Continuaa
dulcete.vondy Postado em 14/02/2019 - 00:19:00
Continuandoooo
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kauanavondy015 Postado em 07/02/2019 - 01:30:37
Continuaa Plmds
dulcete.vondy Postado em 14/02/2019 - 00:18:46
Continuandoooo