Fanfics Brasil - Capítulo 27 – Parte 3 Biology - Vondy (Adaptada)

Fanfic: Biology - Vondy (Adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 27 – Parte 3

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Suas palavras foram seguidas de um estalo alto vindo da colisão entre a palma de minha mão e seu braço, e Poncho gemeu de dor, rindo ao mesmo tempo.


- Retire o que disse se não quiser que eu bata em outro lugar – rosnei, ultrajada.


- Tá, tá, eu retiro! – ele riu, erguendo as mãos em sinal de rendição – Seus tapas me massageiam... Melhorou?


- Vou ignorar essa adaptação – falei com a voz grave, fuzilando-o com o olhar, e ele prendeu o riso, voltando a me abraçar pela cintura – Olha que eu te castro, hein, Alfonso. Sei como fazer isso num segundo.


- Ah, não faça isso, meu amor – Poncho murmurou, sorrindo novamente, só que agora de um jeito carinhoso – Eu adoraria ter miniaturas suas pela casa, ainda mais se todas elas fossem tão bonitinhas quando bravas que nem você.


Engoli em seco ao ouvir suas palavras. A breve ausência da dor em meu coração praticamente já não existia mais, deixando-me frágil demais para aguentar aquele tipo de golpe. Meus olhos ameaçaram queimar, anunciando a produção de lágrimas, mas eu os contive, dando um sorriso fraco para Poncho.


- Tudo bem, eu te perdôo – murmurei, desviando meus olhos dos dele para encarar a gola de sua blusa, com a qual meus dedos brincavam nervosamente – Você mereceu.


- Não, eu não mereci – ele disse, no mesmo tom que eu, acariciando meu rosto com as costas de sua mão, e sua voz soou tão profunda que eu tive que encará-lo para entender o motivo daquilo – Nada que eu tenha feito me daria merecimento suficiente para poder ver suas bochechas ficando vermelhinhas, exatamente como estão agora, e poder chamá-las de minhas... Assim como você inteira é.


Senti minha pele mais quente que a dele com seu toque suave em meu rosto, e a diferença de temperatura só aumentou depois de ouvi-lo. Parecia que todos os meus órgãos estavam desmoronando, numa enxurrada veloz e nauseante até atingirem o chão, arrastando consigo todo e qualquer vestígio de força e autocontrole ao qual eu pudesse me prender. Seus olhos verdes tão límpidos, transbordando sinceridade, logo ganharam um toque de preocupação, e de repente eu não conseguia enxergá-los mais. De repente, seus olhos eram apenas dois borrões coloridos em meio ao resto das manchas que eu via.


- Dul, o que foi? – sua voz sussurrou, num misto de surpresa e pânico exagerados, e logo em seguida, senti meu rosto molhado, assim como um soluço escapou por entre meus lábios – Por que está chorando?


Então era isso. Era assim que uma pessoa podre se sentia. Era isso, e só isso, o que uma pessoa podre como eu conseguia fazer diante de toda a sujeira que guardava dentro de si. Ela chorava. Chorava como se não houvesse mais razão para respirar; agonizava diante de toda a pureza e bondade que existia naquele mundo no qual ela não conseguia mais se encaixar, humilhada por todo aquele amor que um dia lhe pertenceu por pura sorte. E que agora lhe parecia tudo, menos seu. Bastaria que meus dedos o tocassem para que aquele sentimento tão lindo se transformasse em cinzas. Bastaria que eu estendesse minhas mãos para alcançar seu maravilhoso brilho... Para imergi-lo em trevas.


- Por favor, Dul, não faz isso comigo! O que foi? Não se sente bem? – Poncho disparou, ficando absolutamente sério e segurando meu rosto com firmeza, enxugando minhas lágrimas com seus polegares – O que tá acontecendo? Fala pra mim!


Me mantive por alguns segundos paralisada, somente chorando desesperadamente e deixando que pelo menos algumas gotas do oceano de dor e culpa que eu guardava dentro de mim escapassem por meus olhos. Sim, eu estava sendo fraca, e bem na frente de Poncho, mas eu não tinha mais forças para me conter. Ele me abraçou fortemente, prensando-me contra seu corpo, e eu involuntariamente o envolvi com meus braços, apertando-o como se nunca mais fosse poder fazer isso. E eu não deveria mesmo poder.


- Eu... Eu... Senti tanto a sua falta – solucei, com o rosto enterrado em seu peito. Era uma mentira, mais uma, mas eu não era capaz de dizer o que minha consciência implorava para dizer. Vá embora, me machuque, me deixe para trás, eu não mereço você. Vá procurar alguém que seja digno de seu coração. Não, eu não conseguiria dizer aquilo. Minha mente me dizia que isso era o certo a fazer, repeli-lo, mesmo que sem dizer toda a verdade. Ele não podia continuar sendo enganado, apunhalado pelas costas, e eu concordava plenamente com isso.


Mas meu coração parecia arder em chamas quando tais pensamentos me dominavam. Ele pulsava fortemente contra meus pulmões, ameaçando explodir diante de tamanho absurdo. Cada músculo de meu corpo doía ao imaginá-lo longe de mim, sem poder tocá-lo, abraçá-lo, sentir a atmosfera contagiante de alegria que o cercava, sem poder enxergar através de suas íris sempre tão radiantes... Eu já não conseguia mais me lembrar de como era minha vida antes dele, do que eu fazia antes dele, em que eu pensava antes dele. Provavelmente, pensava nele, só que de maneira muito menos íntima que agora. O que só ajuda a comprovar o fato de que antes mesmo de ocupar um espaço tão grande na minha vida, ele já era parte de mim.


Como eu nunca fui boa em ouvir minha consciência, meu coração sempre acabava vencendo, falando mais alto e abafando os murmúrios de minha mente. E era por esse motivo que eu continuava abraçando-o com força, chorando contra seu peito e molhando sua camiseta. Eu precisava dele ao meu lado. Eu era egoísta, inescrupulosa demais para fazer a coisa certa e abrir mão dele. Eu o amava. Mesmo que houvesse outro amor crescendo a cada segundo dentro de mim, numa velocidade que eu jamais poderia imaginar ser possível.


Awn, Dul – Poncho suspirou ruidosamente, parecendo bastante aliviado, e eu pude sentir seus músculos relaxarem um pouco – Eu também estava com saudade, mas... Não precisava me assustar desse jeito! Quer me matar do coração, é, tampinha?


 



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Autor(a): dulcete.vondy

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Sua voz não era de repreensão, e sim, de alívio. Com esforço, contive o choro, enxugando minhas lágrimas rapidamente, e voltei a encará-lo, sentindo-me trêmula e tonta. - Me desculpe – soprei, tentando secar as manchas de minhas lágrimas em sua blusa, sem o menor sucesso, para evitar contato visual – Eu acho ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 62



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  • aleaff Postado em 23/12/2019 - 11:34:49

    Brigada por voltar e terminar essa ótima história s2 s2 s2

  • marianarn Postado em 20/03/2019 - 20:31:40

    Posta mais !!!!!!

  • kauanavondy015 Postado em 12/03/2019 - 00:04:36

    Continuaaa PLMDS

  • kauanavondy015 Postado em 16/02/2019 - 14:39:26

    A mãe da Dulce e a melhor kkkkkkkkkk

  • kauanavondy015 Postado em 16/02/2019 - 14:38:40

    Continuaa

  • raylane06 Postado em 15/02/2019 - 01:31:30

    Continua

  • carla_ruiva Postado em 14/02/2019 - 17:22:26

    Aaaaa continua pleace ❤

  • kauanavondy015 Postado em 14/02/2019 - 07:41:31

    Como vc para nessa parteee?continuaaa pfv

  • candyle Postado em 11/02/2019 - 11:21:54

    Aaaaaah Continuaa

    • dulcete.vondy Postado em 14/02/2019 - 00:19:00

      Continuandoooo

  • kauanavondy015 Postado em 07/02/2019 - 01:30:37

    Continuaa Plmds

    • dulcete.vondy Postado em 14/02/2019 - 00:18:46

      Continuandoooo


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