Fanfics Brasil - Capitulo 1 A Maldição da Fênix: O Despertar

Fanfic: A Maldição da Fênix: O Despertar | Tema: Mitologia Grega/Romance/ Lobisomens/Vampiros/ Feiticeiros/Magia/Hot +18/ Violência/Assassinato/Esqua


Capítulo: Capitulo 1

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10 ANOS DEPOIS




_Alex tem certeza que quer ir para Nova Orleans? Lizz me encarava com as sobrancelhas arqueadas, eu a ignoro e continuo caminhando entre a multidão de alunos. Minha cabeça parecia que ia explodir a qualquer segundo com aquela gritaria, de um lado garotas fazendo fofocas e dos outros meninos falando sobre o treino de lacross. Ainda não acredito que passei dez meses em coma por causa daquele acidente, ainda tenho pesadelos horríveis, e não consigo acreditar que tenha sobrevivido, era realmente confuso.




O lado ruim disso tudo é que sou obrigada a fazer terapia, Psicologo uma vez por semana. Isso é claro depois do psiquiatra, os médicos insistiram nesses tratamentos apenas por um tempo, pelo menos até eles terem certeza de que estou psicologicamente saudável. Em outras palavras, vou fazer esse tratamento até eles terem certeza de que não vou cometer suicídio ou virar uma psicopata. Só de pensar na ideia me dá calafrio, meu estômago se revirava silenciosamente.




_Terra chamando Alex_ chamou Lizz enquanto cutucava meu braço. Nós éramos amigas de infância, praticamente crescemos juntas a senhora Carter e minha mãe foram amigas no colegial, então éramos praticamente irmãs o senhor Hanson praticamente me adotou como filha. Desde que voltei do coma Lizz e Anna não falam de outra coisa a não ser o baile de formatura, Anna insistiu em me ajudar a escolher o vestido.




Lizz continuava a cutucar meu braço impacientemente enquanto entravamos na sala, imediatamente reconheci o Professor Chandler, ele parecia estar mais novo do que eu me lembrava, novo porém charmoso. Assim que nos sentamos ele ergue o olhar para a turma, checando se todos estão nos lugares, seus olhos se arregalam ao me ver e em seguida um gigantesco sorriso atravessa seu rosto.




_Alunos atenção! Gostaria que todos dessem boas vindas a Srta. Grayson_anunciou ele.




Pelo canto do olho pude ver a surpresa em seus rostos, em seguida todos fizeram uma salva de palmas e assobios. Ninguém merece não acharia estranho se o chão se abrisse em baixo de mim de repente e me engolisse, aquilo era constrangedor já não sou criança. Instantes depois os alunos voltaram a se sentar, então o professor Chandler começou a escrever no quadro uma lista interminável de livros, a maioria era romance britânico, e provavelmente os outros seriam de suspense.




Ouço meu celular vibrar, abro minha mochila e o pego, meus olhos se arregalam assim que desbloqueio a tela, abro minha caixa de mensagens




Tia Layla 10:45 Domingo




Alex querida,




Não se esqueça do avião, você embarca segunda ao meio dia. Seu tio e eu esperaremos no aeroporto, suas amigas Emma, Karoline e Bianca querem dar festa de boas vidas. Seu tio e eu concordamos com a ideia, afinal faz 24 anos que você não vem para Nova Orleans, eu e seu tio achamos que seria bom…Além do que você passou por muita coisa. Bom depois falamos sobre isso com calma certo?




Tia Layla.




Biih G. 11:10 Domingo




Lexiiii!!




Ai amiga nem acredito que você vai volta para Nova Orleans estou tão animada! Karoline e eu pensamos em fazer uma festa do pijama, a Emma já concordou e disse que se encarrega das guloseimas.




By: Biih Gatinha




A mensagem de Bianca me fez rir, acho que se tivesse que descrever uma pessoa feliz, seria ela. Desde criança ela sempre foi determinada, e nunca se deixava abalar pelo que diziam a seu respeito, se a deixavam mal ela sempre tentava outra vez e sempre que a confrontavam ela vinha com a resposta na ponta da língua.




O sinal para o intervalo tocou e a montanha de alunos começa a surgi pelo corredor, não sei porque mais minha cabeça estava uma pilha. O que é estranho porque só fico assim quando é algo relacionado a matemática, jogo minha mochila nas costas e vou até a saída.




_ Alex, posso falar com você um instante? _ chamou o Professor Chandler.




Relutante volto para minha carteira, então ele fecha a porta para que o barulho não atrapalhasse. Sua expressão era abatida, se olhasse com atenção era possível ver as olheiras, e seus lábios estavam ressecados.




_Soube que vai voltar para Nova Orleans._ seu tom era tranquilo amistoso.


Rapidamente ele vasculha a bolsa e coloca um livro sob a mesa, as páginas eram antigas e estavam desgastas, a capa era de couro vermelho antigo. Mas o que realmente me assustou foi o título.


O Diário de Akashiya Grayson




_O que é isso Professor?




Seus olhos se iluminam ao ouvir minha pergunta, ele ergue o livro e passa a mão sob a capa retirando o pó. Em seguida o entrega para mim, pego o livro e o folheio cuidadosamente.




14 de julho de 1864




Talvez esse diário seja meu único refúgio. Não sei se conseguiria contar a alguém sobre ele, se souberem a verdade…




Fecho o livro antes mesmo de terminar, e quando volto a olhar para o Professor Chandler ele está de braços cruzados analisando minha expressão.




_Alex adoraria responder suas perguntas mas, não sei se sou a pessoa certa para respondê-las_ confessou ele. Seus olhos estavam cheios de compaixão, debaixo dos óculos havia o olhar de sabedoria que sempre me deixou fascinada.




_Quero que saiba Alex, eu realmente lamento muito pela morte de seus pais._o tom em sua voz era rouco, como se ele estivesse se segurando para não chorar.




_Acho… que você deve saber… Que não fui apenas professor de sua mãe._gaguejou ele._ Eu a amava.




Aquilo realmente me pegou de surpresa, minha mãe sempre dizia que ela e o Professor Chandler eram colegas de faculdade, mas nunca pensei que os dois tiveram uma história juntos. Sinto seus dedos ásperos tocarem meu rosto, seus olhos estavam cheios d'água, as lágrimas escorriam lentamente por seu rosto uma por uma. Nunca o vi tão triste antes aquilo fez meu coração apertar, ainda mais agora sabendo que ele amou minha mãe, e que estava tentando achá-la em mim.




_Me desculpe… Eu só…_ele retira a mão do meu rosto e apoia a cabeça nos joelhos enquanto chora compulsivamente. Ver aquilo só me deixou pior a dor era visível em seu rosto, não conseguia vê-lo daquele jeito e ficar quieta, um abraço é mais do que justo. Assim que o abracei ele desabou, suas lágrimas encharcavam minha blusa e seu corpo estava completamente tenso, acho que ficamos abraçados mais ou menos por uns vinte minutos.




_Desculpe por isso…_disse ele por fim_Agradeceria se não contasse a ninguém sobre isso.




_Não se preocupe Professor.




Ele abre um sorriso gentil para mim e então volta a limpar seus óculos calmamente, normalmente meus professores tinham um padrão de roupa para usar na escola, mas o Professor Chandler… Bom, ele tem estilo próprio. Usava uma camisa do Guns N’ Roses, uma calça Jeans rasgada nos joelhos e um All Star clássico número quarenta e dois, seus olhos estavam muito inchados e irritados depois de tanto chorar. Mas ainda assim seus lindos olhos cinzentos continuavam com ar de sabedoria e se destacavam por debaixo das sobrancelhas e do cabelo curto e rebelde.




_ Quero que guarde isso está bem?_diz ele cautelosamente._ Agora vá, não quero que você desmaie de fome.




Coloco o livro cuidadosamente dentro e minha mochila e me enfio na multidão de alunos. Como sempre alunos conversavam e riam por toda parte, não importa por onde andasse na escola, sempre encontrava os “grupinhos”. As patricinhas, os nerds, os atletas machistas e as socialites, que pensam que são ricas. Quanto a mim, eu sou o que as pessoas chamam de “alienígena” Por que? Bom, pelo simples fato de não me unir a nenhum desses grupinhos ridículos. Nunca fui muito de me enturma ou me misturar com as pessoas, sempre preferi ficar quieta no meu canto lendo meus livros e curtindo minhas músicas. É, é eu sei sou antissocial, mas sinceramente? Não ligo para o que pensam de mim.




Depois de meia hora de “transito”, finalmente consigo chegar ao meu armário. Com cuidado coloco o diário de minha Ancestral escondido no bolso interno do meu casaco e pego rapidamente meus livros de Biologia.




_Levou bronca? _Perguntou uma voz familiar. Assim que fecho meu armário e me viro para ver quem é e quase dou um grito, eu o conhecia de algum lugar mas não conseguia me lembrar de onde, ele usava uma camiseta branca jaqueta e calça jeans azul-claro um tênis branco pra combina e um boné. Ele era muito bonito, o tipo físico perfeito para ser jogador de futebol americano, ombros largos, braços fortes e pernas longas, olhos castanhos e um sorriso malandro. E eu só conhecia um cara no planeta com esse sorriso, e esse alguém era Edward Patrick, noivo da minha melhor amiga Lizz.




_Kadu! Meu Deus o que faz aqui em Nova York?_ pergunto animada.




Antes que eu me desse conta já estávamos nos abraçando, isso era um pouco difícil para mim, meus braços mal se fechavam em torno dele. Ele sorri beija meu rosto e retribui meu abraço carinhosamente, em seguida se afasta um pouco para que possamos ficar de frente um para o outro.




_Bom, Lizz disse que você está indo embora para Nova Orleans_disse ele em tom desanimado. _Então pensei em vir me despedi.




Sem jeito Edward tira do bolço uma pulseira de prata, com sete pingentes diferentes.




_Achei que você ia gosta de ter uma coisinha para lembrar de nós enquanto tiver lá_ diz ele em tom brincalhão.




E antes que eu possa dizer alguma coisa Lizz aparece de surpresa puxando Edward para junto de si e trocando beijos apaixonados, Anna e eu trocamos olhares e rimos. Sempre li romances e tudo mais, mas sempre que eu via pessoas se beijando meu estômago embrulhava não sei porque, acho que é frescura minha sei lá. Anna acha que isso tem a ver com o fato de eu ser virgem e nunca ter beijado um garoto na minha vida. É acredite se quiser eu tenho 24 anos e ainda sou virgem, mas isso é por que eu tenho bom senso e sei o que acontece se não tomar cuidado.




Minha mãe engravidou pouco antes de concluir o ensino médio, foi difícil nos últimos meses mas, depois meu pai conseguiu um emprego temporário na loja de conveniências do Senhor Connors.




_Alex acorda! _ Lizz belisca meu braço de leve e me arrastando para um canto.




_Ai!! Por que fez isso?_retruco.




_Você está ficando mal falada sabia disso? _alertou Lizz.




_Como assim mal falada?




Lizz deu de ombros. Antes que ela pudesse responder alguma coisa, vejo Joyce vir em nossa direção, e tanto eu quanto Lizz ficamos tensas. Joyce era filha de um dos Cirurgiões plásticos mais famosos dos Estados Unidos, o Doutor Aaron White. Ele é um homem muito bondoso, ao contrário da filha, mimada, egoísta, manipuladora e ambiciosa.




Tanto eu quanto Lizz, tínhamos uma razão para não gostar dela. Há dois anos ela e o “namorado” Peter armaram para cima da Lizz e desde aquele dia as duas não podem nem mesmo se ver, da última vez eu e Ana tivemos que se intrometer na briga, quase fiquei com o braço roxo.




_Quanto tempo Elizabeth _O tom na voz de Joyce era como se cuspisse cada vez que pronunciava alguma coisa.




Como sempre ela usava roupas indecentes, Shorts jeans branco extremamente curto, um top preto e um casaquinho branco de manga curta. Seu cabelo caia discretamente sob os ombros, pequenas mechas cor-de-rosa se destacavam entre os cachos loiros, sua pele era mais branca que a de uma pessoa normal. Houve uma época em que pensei que ela sofria anemia ou alguma doença de pele, mas segundo o Dr. White é uma herança genética que ela puxou da mãe. E por mais que eu a odiasse, não consigo negar, ela é linda. Seus olhos pareciam safira, se a arrogância não fosse tão visível em seus olhos, acho que conseguiria ver o oceano.




_O que você quer Joyce?_ pergunta Lizz, seu tom parece indiferente.




Joyce abre um sorriso debochado para Lizz, em seguida ela se vira para mim, a fúria em seus olhos fez meu estômago revirar mais mantive firme minha pose de durona. Porque ela me odiava tanto? Bom, pelo simples fato de eu esfregar a verdade na cara dela quando estava errada, ela sempre foi a riquinha mimada que não gosta de ser contrariada.




_Espero que sua irmãzinha esteja queimando no inferno_zombou ela.




Aquilo fez meu sangue ferver, e antes que me desse conta já estava em cima dela, ela se debatia e gritava enquanto tentava agarrar meu cabelo e eu não perdi a oportunidade de dar um soco naquele narizinho de modelo. Ela agarrou meu cabelo com força e puxou, fazendo-me cair de lado e bater a cabeça no chão, em seguida ela vai para cima de mim com chutes. Os chutes dela eram tão fortes, que eu jurava que minhas costelas iam quebrar, quanto mais eu tentava me levantar mais ela me chutava. Quando consigo me levantar ela me agarra pelo cabelo e me joga contra a parede, minha cabeça se choca contra a parede com tanta força que desabo no chão. Minha cabeça doía tanto que eu mal podia me mexer, os alunos gritavam ao meu redor e xingavam Joyce.




_Alex! Você tá legal? Fala comigo por favor_implorou Lizz.




Suas mãos estavam geladas e trêmulas, minha cabeça latejava muito era como se eu tivesse levado uma martelada na cabeça.




_Não mexe nela Lizz, ela bateu a cabeça muito forte é perigoso._alertou Edward




_Ela ta sangrando Kadu, o que eu faço?_ Havia pânico na voz de Lizz, ela segurava uma de minhas mãos, enquanto a outro fazia pressão na minha testa.




_ É melhor chamar o Professor Chandler_ sugeriu Anna.




Todos os alunos cochichavam e fofocavam entre si enquanto Joyce caçoava de mim vitoriosa, ouvia passos pesados se aproximarem de nós, depois de muitas tentativas inúteis consigo abrir os olhos. Minha visão está completamente turva, todos a minha volta pareciam borrões de tinta, eu não conseguia distinguir quem era quem ou o que era o que.




_Alex consegue me ouvir?_pergunta Lizz._Diga alguma coisa por favor.




_Eu estou bem Lizz, relaxe_ minto.




Edward me ajudou a levantar, tive que me agarrar com força nele para não cair, quanto mais eu me mexia meu corpo pulsava de dor. Minha mente estava girando e meu estômago se revirava descontroladamente, devido ao cheiro de sangue, e ao fato de eu estar sem comer. Ainda não conseguia abrir os olhos, estava muito tonta mais meus ouvidos estavam atentos a cada barulho, então foi fácil reconhecer os passos d mo Professor Chandler quando ele se aproximou.




_Como ela está?_ o tom de preocupação em sua voz era evidente.




Sinto uma leve pressão em minha cabeça, os dedos ásperos do Professor Chandler pressionavam em minha cabeça na tentativa de estancar o sangue, assim que abro os olhos todos suspiram aliviados. Fico sentada por uns minutos até que o Professor termine o curativo, olho ao redor procurando por Joyce, e por mais que eu tentasse não consegui esconder o sorriso quando a vi levando uma bronca do Diretor.




_Alex acho melhor você ir para casa descansar_sugeriu Edward.




Não adiantaria eu discutir com eles, me arrastariam para casa por bem ou por mal, então apenas concordei. Edward e Lizz me ajudaram a ir para o carro enquanto Anna foi buscar minhas coisas na sala.




_Alex tem certeza que consegue dirigir?_pergunta Lizz.




_Sim, eu estou bem não se preocupe.




Ela me abraça e abre um sorriso fraco, Lizz era muito bonita, até mesmo quando ela ficava me olhando com aquele olhar de pena. No fundo eu entendo seus motivos, desde que meus pais morreram no incêndio Liza se sentiu responsável por mim.




_Me ligue assim que chegar_ o tom em sua voz era quase uma ordem.




Ela me abraça mais uma vez e então volta para junto de Edward, que acena para mim amigavelmente. Assim que chego no estacionamento, todos olham na minha direção, tento ignorar as fofocas e vou caminhando rapidamente até meu Mercedes. Entro rapidamente no carro e me afundo no banco “graças a Deus vou embora daqui”, bato a porta com força e coloco a chave na ignição, o ronco do motor era tranquilizador, pelo menos assim eu não ouvia as fofocas do lado de fora. Seleciono uma música no meu Black Berry e conecto ao rádio, dou a partida no carro e piso fundo no acelerador, sinto um solavanco e meu corpo se impulsiona para frente. Saio do estacionamento cantando pneu e me enfio entre os carros, não estava muito paciente para esperar a boa vontade dos motoristas, e muito menos do sinal de trânsito, acabei cortando caminho pela quinta avenida. Já era de noite quando cheguei em casa, o céu estava repleto de nuvens densas, mas se prestasse bem atenção era possível ver as estrelas.




_Srta Grayson bem-vinda de volta!_ anunciou Morrow assim que estacionei o carro na entrada da garagem.




_Obrigada Morrow_ aceno gentilmente para ele.




Saio do carro e passo a chave na porta, minha cabeça parecia uma bomba relógio que explodiria a qualquer minuto, o ar estava frio e úmido, o que não ajudava muito na minha dor de cabeça. Enfio as chaves do carro no bolço e vou me arrastando até o portão de entrada do condomínio, assim que entro na recepção a recepcionista abre um sorriso para mim, e então volta a atender os outros hóspedes que estavam fazendo cadastros para algum tipo de evento ou algo do tipo, entro rapidamente no elevador e me encosto na parede. Minhas pernas pareciam chumbo e minhas veias latejavam de dor, eu estava tão distraída em meus pensamentos, que mal reparei na senhora que tinha acabado de entrar.




_Está tudo bem minha querida? _perguntou ela.




Abro os olhos para encará-la, ela sorria carinhosamente para mim, seu cabelo estava preso para trás formando um coque, os sapatos eram largos e confortáveis, o vestido era todo feito a mão o tom de vermelho bordo da lã dava ao vestido um toque clássico e antigo. Seus lábios porém, eram de um vermelho vivo e havia uma correntinha em seu pescoço com a imagem de nossa Jesus Cristo.




_Alex querida não está me reconhecendo?_ perguntou novamente._ Sou eu a Sra. Carter, a avó de Elizabeth.




_Ah! Senhora Carter, perdão eu não reconheci a senhora_ sorrio timidamente.




Ela me abraça calorosamente e ficamos ali conversando por uns instantes. A senhora Carter já foi uma bailarina muito famosa, chegou a ser convidada para dançar na França nos anos 60, mas um infeliz acidente de carro arruinou sua carreira, e ela nunca mais poderia voltar a dançar, então ela voltou para Nova York e abriu uma escola de bale para ensinar meninas a dançar. A porta do elevador abre novamente e então nós nos despedimos rapidamente, e então saio apressadamente do elevador deixando-a sozinha. Vasculho minha bolça atrás das chaves e em seguida destranco a porta, o cheiro de frango assado invade minhas narinas fazendo meu estômago roncar, os abajures estavam acesos na sala de estar, fecho a porta atrás de mim e vou até a cozinha. Havia um frango no forno e uma garrafa de vinho em cima da mesa, olho atentamente para a taça de vinho e noto um pequeno bilhete.




Espero que goste do frango minha querida




Beijos Sra. Watson




A senhora Watson era minha vizinha aqui no condomínio, ela fazia questão de tomar conta da minha casa e do meu gatinho enquanto eu estivesse fora, dou uma olhada no frango, faltava uns vinte minutos para ficar pronto, ouço um miado atrás de mim e me assusto, quando me viro vejo meu gatinho se enroscando em mim.




_Hey Siriús sentiu saudade é?




Siriús me encarava fixamente com seus olhos amarelos e miava descontroladamente, eu o pego no colo e lhe dou um abraço apertado, ele mia protestando contra meu abraço.




_Está bem, está bem já parei._ falo rindo.




Coloco Siriús no chão e pego a ração no armário, assim que ele escuta o barulho do pacote se abrindo, começa a miar desesperadamente, acho que se ele pudesse falar provavelmente diria: Cooomida Comida por favor!. Aquilo me fez rir, eu tinha sete anos quando o encontrei, estava chovendo muito e eu voltava da escola, foi quando encontrei uma caixa de papelão jogada no meio da rua. Fiquei com muita pena dele e acabei levando-o para casa, papai ficou furioso no início, mas depois acabou se acostumando com ele.




Jogo minha mochila no sofá e vou para o meu quarto, dou uma olhada rápida no espelho e me assusto quando vejo pequenos hematomas se formando na lateral do meu rosto, próximo aos olhos. Não acredito nisso. Solto um suspiro cansado e vou me arrastando até o banheiro, ligo o chuveiro e volto para o quarto procurar uma roupa enquanto deixava a água esquentar, vasculho meu guarda-roupa várias vezes, e por fiz, acabei pegando um shorts branco e minha camiseta do Guns N’ Roses. Coloco minha roupa suja no cesto e em seguida entro no chuveiro, a água estava morna e relaxante, encosto minha cabeça contra a parede deixando a água escorrer lentamente pelo meu corpo, sinto uma leve ardência quando a água passa pelas cicatrizes de queimadura em meu corpo. Pego o shampoo e começo a esfregar meu cabelo, sentindo a espuma escorrer até as pontas e pingarem no chão, volto a colocar minha cabeça embaixo d' água para tirar a espuma. Desliso minhas mãos pelo meu corpo, deixando um rastro de sabão e o delicioso aroma de camomila, assim que término de enxaguar meu cabelo pego o condicionador e vou passando-o por entre os fios até chegar as pontas, torno a enxaguar meu cabelo e então desligo o chuveiro.




Me enrolo na toalha e saio do box, volto a me olhar no espelho, eu estava muito pálida e abatida, meus olhos estavam com olheiras. Estava tão magra que era possível ver minhas costelas por debaixo da pele, e minhas veias expostas nos pulsos, meu cabelo estava quebradiço e parecia desbotado. Abro o armário e pego comprimidos de vitamina, enfio os comprimidos goela abaixo, coloco o frasco de comprimidos de volta no armário e vou até minha cama pegar minhas roupas. Depois de me vestir começo a pentear meu cabelo, eu posso ter crescido aqui em Nova York mas, originalmente sou de Nova Orleans, e o que mais acho estranho é o fato de eu ser a única na família a nascer ruiva e com os olhos azul-esverdeado. Minha mãe dizia que eu puxei a genética do meu pai, mas os olhos eram da minha tátara vó Agatha.




A escova escorrega da minha mão e corro para sala, abro minha mochila e pego o livro que ganhei do Professor Chandler me dera hoje de manhã, abro o livro novamente e leio.




5 de julho de 1473




Esse é meu último testamento, eu não tenho muito o que deixar, poucas posses e pouco dinheiro. Eu só possuo a minha história, e a escrevo agora enquanto ainda me lembro.




Meu nome é Akashiya. Akashiya Grayson, e eu nasci sob circunstancias incomuns. Minha mãe vem originalmente de uma família nobre da Inglaterra, aos 17 anos ela e meu pai tiveram uma aventura, o que não ajudou muito no " final feliz". Meu pai foi caçado pelos capangas do meu avô, sabe-se lá o que aconteceu com ele, alguns dizem que ele fugiu para londrês e outros que ele foi morto a sangue frio por um tiro nas costas.


E minha mãe...


Bom, minha mãe enlouqueceu depois que meu avô me tirou de seus braços, ele achava que seria melhor se eu e minha mãe revivescemos separadas, pobre coitado nem imaginava o quanto estava errado. Algumas semanas depois de eu ter partido, a tristeza tomou conta de minha mãe, fazendo com que ela cometesse suicídio .


Eu…


Acabei sendo adotada por uma família nobre de Luisiana, os Grayson.




O telefone toca de repente, fazendo-me cair do sofá. Droga!


Me levanto rapidamente e vasculho minha mochila atrás do celular, a música de toque era


Never Say Never do Justin Bieber. Eu nem precisei ver quem era por que já sabia.




_Diga Lizz _ Respondo ao atender o telefone.




_Já está em casa?




_Sim, por quê?




_Nada… Só para saber.




A voz dela estava falhando um pouco e meio ofegante, como se ela estivesse…




_Lizz você e o Kadu estão…?




_Sim, sim foi mal Alex, desculpa depois eu ligo.




Antes que eu pudesse protestar ela já havia desligado, largo meu celular em cima do sofá e vou para a cozinha, retiro o frango do forno e coloco a forma no balcão. Siriús miava loucamente atrás de mim enquanto eu cortava com jeito uma coxa do frango, o cheiro realmente estava tentador não posso negar, coloco meu pedaço no prato e sirvo o vinho. Siriús encarava meu frango, seus olhos estavam arregalados.




_ah nem pense nisso Siriús




Ele olha para mim e mia outra vez, esse gato era um cretininho profissional só faltava fazer a carinha fofa do gato de botas do desenho, vou até a geladeira e pego o leite, sirvo num copo pequeno e coloco para esquentar uns 10 minutos no micro-ondas, despejo o leite na tigela dele e no outro coloco ração misturada com aqueles sachê para gato, ele quase voa até a comida, faço um breve carinho nele e volto a me concentrar na minha comida. Eu estava tão cansada que mal senti o gosto do frango que dia exaustivo eu tive hoje credo, amanhã vai ser pior eu tenho que arrumar minhas malas e tenho que estar no aeroporto antes do meio dia, por um lado estou feliz com essa viagem, vou voltar para casa e reencontrar meus velhos amigos, mas por outro estou triste porque vou ter que deixar meus amigos aqui. Elizabeth é extremamente protetora as vezes mas eu gosto dela muito mesmo, não sei o que seria de mim sem minha beliber, e se duvida vou sentir falta de Anna também seu jeito doce e engraçado era único e é claro que não posso esquecer que ela também é beliber. Se juntava Anna e Elizabeth, o dia se resumiria a Justin Bieber.




Assim que término de comer coloco meu prato na pia, ponho o resto do frango no forno e cubro com um pano, apago a luz da cozinha e vou me arrastando até o quarto. Fecho a porta do atrás de mim e vou me arrastando até a cama, eu não sei se era por que eu estava cansada, mas minhas pernas estavam pesadas. Desligo o abajur e me aninho debaixo das cobertas, afundando minha cabeça no travesseiro e logo a escuridão toma conta de mim e eu adormeço profundamente.




Não conseguia sentir nada além de dor. Minha cabeça estava pesada como chumbo, assim como o resto do meu corpo. Porque estou sentindo tanta dor? Tento me mexer mais meu corpo não reage, minhas pálpebras estão pesadas e meus pulmões ardem, lutando para o ar entrar e sair. Tento me concentrar e distinguir o barulho a minha volta, mas tudo que consigo ouvir são barulho de sirenes e da água lutando contra as chamas. Ainda estou em casa? Será que estou morta? Luto para abrir os olhos e me deparo com as chamas novamente, olho em volta estou coberta de sangue, não consigo me mexer é como se tivessem moído cada osso do meu corpo. Gritos ecoam pela casa, seguidos de um barulho horrível e dilacerante, era como se alguém estivesse dilacerando a carne com alguma coisa muito afiada.




O horror toma conta de mim quando consigo reconhecer os gritos. Não! Não! Isso não pode ta acontecendo de novo. Eu tenho que sair daqui!




Sinto uma onda de adrenalina percorrer o meu corpo, ignorando toda dor, me levanto e corro até a porta aos tropeços. Assim que saio pela porta o cenário muda, não estou mais em casa, às chamas sumiram e os gritos também.




Dou uma olhada em volta mais tudo o que eu vejo são espelhos. Uma sala cheia de espelhos olho para a garota refletida nos espelhos e ela me olha de volta. Seu rosto está pálido e seus olhos cheios de medo. Seu cabelo está caído por cima dos ombros, ela está Parece que ela saiu de um quadro, seus olhos me avaliam com cuidado, observando cada detalhe, dou um passo em direção ao espelho. Ela repete meus movimentos graciosamente, levo um susto assim que a olho de perto. Ela é igualzinha a mim!




Involuntariamente toco meu rosto e em seguida ela repete, seus olhos são castanho dourado como os meus, seu cabelo é encaracolado e comprido que descem em ondas pelas costas a cor de cobre faz com que os cachos brilhem discretamente, seus lábios se curvam num sorriso gentil e ao mesmo tempo misterioso. Quem é ela?




Os olhos dela me analisavam com cuidado, e assim ela repetia meus movimentos mais uma vez. La no fundo, algo dentro de mim desconfia que não seja um sonho, aquilo parecia um… Déjà-vu.




As chamas invadem a sala devorando e consumindo tudo rapidamente, devorando tudo que está no caminho. A imagem no espelho se distorce, a garota refletida no espelho não está mais usando o vestido vermelho, suas roupas são mais simples. Havia uma multidão em volta dela, todos gritavam com ela, gritavam e atiravam pedra causando ferimentos em seu rosto. Instantes depois ela é amarrada a uma árvore, um lindo carvalho branco de, pelo menos, quinhentos anos.




Os olhos dela estão tristes, as lágrimas escorrem pelo seu rosto, como um lamento silencioso. As pessoas se aproximam e jogam suas tochas ao redor dela Não! As chamas a devoram rápida e cruelmente. Fico olhando aquilo horrorizada sem compreender o porquê fizeram aquilo com uma garota inocente, de repente, gritos de horror e desespero ecoam pela sala fazendo-me se desabar no chão e se contorcer de agonia.




Só então percebo que não é apenas a garota no espelho que está gritando, mas eu também, eu sentia a dor dela e sentir sua tristeza. Era como... Se estivéssemos ligadas.




O que é isso? Porque estou sonhando com isso? Por quê?!





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Autor(a): pamybonnie95

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