Fanfic: A Maldição da Fênix: O Despertar | Tema: Mitologia Grega/Romance/ Lobisomens/Vampiros/ Feiticeiros/Magia/Hot +18/ Violência/Assassinato/Esqua

Só parei de correr quando não conseguia respirar, encosto minha cabeça contra a árvore e fecho os olhos com força. As palavras que eu havia dito ecoavam na minha cabeça, eu devia estar com medo, mas o que eu sentia era alívio. Era como se tivessem tirado um peso do meu peito, mas era uma sensação confusa, era dolorido e ao mesmo tempo essa dor era boa. A pergunta que não saia da minha cabeça era: quando foi que eu me apaixonei por ele? Lá no fundo eu sabia a resposta mais estava com medo de admitir, não é medo por mim e sim por ele. Não tenho dúvida que se eu admitir meus sentimentos, Matthew sofrerá as consequências disso.

Minhas pernas estavam tremendo tanto que eu mal conseguia me manter em pé, me encostei na árvore onde eu me apoiava e encarei o céu por um instante. As nuvens pareciam pequenos borrões de tinta espalhados por toda parte, as folhas das árvores iam e vinham com a brisa do vento trazendo e levando o cheiro dos pessegueiros que ficavam escondidos entre as gigantescas árvores da floresta. Aquele cheiro era tão bom e doce que me fez lembrar de quando eu tinha 15 anos, quando minha mãe estava preparando meu bolo favorito de pêssego com creme e nozes.

Fecho os olhos lentamente e deixo as lembranças invadirem minha mente outra vez:

Mamãe estava na cozinha terminando de bater a cobertura e Allison corria pela casa brincando de pique-esconde com as amiguinhas da escola. Papai estava na varanda recebendo os convidados com sua clássica camisa dos Yankees e seus coquetéis de vodca, eu estava me preparando para ajudar a mamãe com o bolo, mas minhas pernas paralisaram assim que eu o vi passar pela porta. Matthew usava uma camiseta preta com a estampa da Banda Black Sabbath e calça Jeans preta com pequenos rasgos nos joelhos e nas laterais, seu cabelo estava um pouco comprido naquela época a franja cobria sutilmente o olho direito. Ele também fica paralisado ao me ver, a forma como ele olhava para mim…Parecia que eu era um anjo ou algo assim, ele se aproximou sutilmente e me cumprimentou de maneira tão educada que me deixou constrangida.

“Sou Matt Keller, nossos pais são velhos amigos do colegial e eles acharam que seria legal sermos amigos ou algo assim, se você quiser claro”

Eu rio baixo enquanto aperto sua mão firmemente, ele sorri com satisfação enquanto aperta minha mão. Mamãe estava determinada a deixar o bolo tão perfeito que sequer prestou atenção em nós dois, com cuidado ele retirou um objeto do bolso e me entregou, era uma caixinha tão pequena que parecia um porta-joias. Com cuidado Matthew colocou uma chave na tranca, quando a tampa da caixinha se abriu uma música estranhamente familiar começou a tocar, não sei o porque mais senti uma dor no peito ao ouvir aquela música, como se tivesse perdido alguém importante e não conseguia me lembrar.

Passo os dedos gentilmente sob as pequenas criaturas entalhadas na caixinha, os detalhes nas penas da fênix eram perfeitos e a forma como o lobo branco se aninhava em suas asas era realmente bem-feito como se de alguma forma, eles pertencessem um ao outro para sempre.

As lembranças foram se tornam uma neblina novamente e eu me obriguei a abrir os olhos de novo e encarar as nuvens de tinta que pairavam sob o céu cinzento. Eu podia ouvir passos se aproximando de mim, mas não me importei, provavelmente era Elizabeth querendo discutir o porque fui atrás de Matthew para obter respostas.

_ Você está bem? _perguntou uma voz familiar

Ao abaixar a cabeça percebo que era Matthew que estava ali, ele estava apenas a alguns metros de mim e me observava com cautela. Julgando pela expressão em seu rosto ele estava muito preocupado comigo, minhas pernas estavam começando a ficar dormentes de tanto ficar em pé então deixei que elas escorregassem até eu cair sentada no chão. Matthew suspirou e se sentou de frente pra mim de modo que eu não conseguisse desviar os olhos dele, ele segurou minha mão esquerda e afagou gentilmente os nós de meus dedos, provavelmente estava tentando me acalmar ou fazer eu me sentir segura sei lá.

_Você deve achar que sou maluca não é?_minha voz saiu mais rouca do que deveria.

Matthew suspirou mais uma vez e então se sentou ao meu lado, seu cabelo estava desajeitado atrás, ao que parece ele não se preocupava com esse lado do cabelo.

_ Nunca achei que você fosse maluca Alex, nem mesmo quando ficou bêbada com os coquetéis de vodca do seu pai _ respondeu ele.

Não conseguia acreditar que ele se lembrava daquilo, foi a noite mais traumatizante da minha vida. A última coisa que me lembro antes de apagar literalmente, era da minha mãe colocando bolsas de gelo na minha cara para aliviar a dor de cabeça monstruosa causada por 22 coquetéis seguidos. Pensar nisso me fez rir muito, por mais que eu quisesse me controlar, parecia inevitável e Matthew sem dúvida estava adorando me ver rir tão descontraída daquele jeito. Ele gentilmente toca meu rosto com a ponta dos dedos e desce até meu lábio inferior, sua mão parecia pegar fogo sob minha pele, meu coração estava quase saindo pela boca conforme os dedos dele iam e vinham por minha pele fria.

_ Você fica linda assim sabia? _ sussurrou ele enquanto afagava meu queixo com o polegar.

_ Que bom que acha isso _ digo ao sentir o polegar dele pousar em meu lábio novamente.

Os olhos de Matthew estavam fixos em mim e atmosfera ao nosso redor estava ficando intensa, seu polegar continuava passeando por meus lábios e por mais que eu tentasse controlar, meu corpo reagia automaticamente ao seu toque. Ele parecia conhecer cada centímetro, mesmo sem nunca ter me tocado, pude perceber isso ao ver como ele descia os dedos da minha boca ao pescoço. Meu coração parecia ter recebido uma dose de adrenalina, eu nunca o senti bater tão rápido assim antes, meu corpo parecia receber diversas ondas de choque conforme os dedos de Matthew iam e vinham dos meus lábios, aos meus braços. Ele se aproximou um pouco mais de mim, sua respiração estava quente sob meu pescoço, eu podia sentir meu corpo pulsando por desejo.

Seu nariz estava roçando em minha pele e eu fechei os olhos lentamente sentindo seu hálito quente contra minha pele, ele afasta delicadamente meu cabelo dos ombros, deixando a passagem para o meu pescoço completamente livre e vulnerável. Eu sabia que ele queria meu sangue e também sabia que eu devia estar apavorada com isso, mas eu não conseguia, não depois de saber o quanto ele se arriscou para salvar minha vida no incêndio naquela noite. Matthew não arriscou apenas a vida naquele dia, também violou uma lei para me salvar, pôs tudo em risco para que eu vivesse e porque?

Quando me dei conta as lágrimas já estavam saindo e o soluço escapava pela minha garganta, Matthew rapidamente se interrompeu e me olhou preocupado afagando carinhosamente meu cabelo, eu não conseguia me controlar, quando vi já estava totalmente fora de controle. Mesmo sem entender o porque eu estava naquele estado, Matthew se aproximou de mim e me aninhou em seus braços de forma protetora. Seu coração batia de maneira tão regular e calma que me fazia relaxar quase que imediatamente, me aninho ainda mais em seus braços e enterro ainda mais minha cabeça em seu peito me envolvendo em seu calor sobrenatural de lobisomem.

_ Desculpa o meu surto sem nexo eu…_suspiro pesadamente._ Eu só me sinto culpada por você ter arriscado tudo, até mesmo sua reputação por minha causa.

De repente eu não estava mais encostada em Matthew ele ergueu minha cabeça com as duas mãos obrigando-me a olhar diretamente em seus olhos, era a primeira vez que eu o vi tão sério, seus olhos estavam ardentes de fúria.

_ Nunca mais diga isso entendeu? _ suas mãos faziam uma leve pressão nos meus braços. _ Não me arrependo de nada do que fiz para salvar você naquela noite, se tivesse que fazer tudo de novo eu faria.

Acho que foi a primeira vez que o vi daquele jeito tão sério, encolho um pouco os ombros e suspiro triste. Eu imaginei que ele ficaria bravo, mas não decepcionado com isso, não imaginava que eu significasse algo para ele. Sua mão esquerda pousou em meu ombro e ele ergueu meu queixo com a mão livre, obrigando-me a olhar para ele.

_ Salvei você naquela noite porque eu quis Alex. Lamento muito que suas memórias estejam voltando aos poucos porque foram os melhores momentos que já tive com você, foram momentos como esses em que eu tive a chance de ter uma vida normal e ser apenas um jovem do Ensino Médio se apaixonando pela sua ‘’colega de classe’’. _ responde ele sinceramente.

Seus dedos deslisam gentilmente por meu rosto afastando minhas lágrimas, coloco minha mão sob a dele e a puxo para perto dos lábios e deixo beijos sutis na palma da sua mão com carinho. No momento em que ele sorri, eu interrompo meus beijos e olho diretamente em seus olhos, eu o queria e sabia que ele também queria mais ainda não estávamos no momento certo. Ele segurou meu queixo com firmeza e puxou meu rosto para junto do seu fazendo minha boca ficar de frente para a sua, a respiração estava um pouco acelerada e o hálito era quente, gentilmente ele pressiona os dedos em minha nuca e nossos lábios se tocam.

Sua língua invadiu minha boca explorando cada canto e sentindo meu hálito doce invadir sua boca, seus lábios eram e intensos e urgentes sob os meus, cada beijo dele era como uma onda de choque percorrendo meu corpo lentamente que ia e vinha sem parar. Suas mãos desciam e subiam lentamente por minhas costas enquanto seus dedos se escondiam em meus cabelos, ele me encostou na árvore com tanta rapidez e agilidade que só me dei conta quando meu cotovelo bateu contra o tronco. Meus dedos escorregam entre seus cabelos enquanto ele pressiona seu corpo contra o meu me deixando presa sem ter como sair, minhas mãos pareciam ter ganhado vida própria eu estava quase arrancando a camisa de Matthew quando ele interrompeu o beijo e desceu par meu pescoço depositando uma pequena trilha deles pelo caminho obrigando-me a inclinar a cabeça mais para trás deixando meu pescoço completamente exposto e vulnerável para ele.

Sinto uma leve pressão quando suas presas furam minha pele, meu sangue parecia fluir de boa vontade para ele, como se cada gota fosse única e feita para ele. Eu fecho os olhos lentamente e me entrego ao desejo daquele momento, seu corpo tremia sob o meu, o que significa que além de beber meu sangue ele podia sentir os meus sentimentos presentes naquele momento. Ele sabia que eu o queria e ele sabia que cada toque seu sob meu corpo me faziam perder o controle.

Instantes depois Matthew se interrompeu tanto eu quanto ele estávamos completamente sem fôlego, ele se afastou um pouco e ficou de costas para que eu não visse sua boca suja de sangue, eu me aproximo cautelosamente e repouso uma de minhas mãos em seu ombro, ele vira a cabeça na direção de minha mão e coloca a dele sob a minha afagando carinhosamente os nós de meus dedos.

_ Não tenho medo de te ver assim Matt _ sussurro para ele enquanto minha outra mão afaga seu rosto gentilmente.

Ele suspirou de maneira tão pesada e triste que por um instante pensei ter dito algo errado que o deixou triste daquele jeito. Ele fechou os olhos e retirou a mão de cima da minha, lentamente ele se virou e ficou de frente para mim para que eu visse claramente seu rosto, sua expressão era uma mistura de tristeza com ódio. Seus olhos já não eram mais o verde vivo e intenso que eu conhecia, eram de um amarelo-escuro e sombrio, suas mãos estavam tremendo, todo seu corpo estava tenso. É óbvio que ele estava se esforçando ao máximo para não perder o controle comigo.

_ Eu não sou o mocinho da história Alex. _sua voz era rouca. _ Eu sou o vilão e assassino.

Eu realmente não sabia se a intenção dele era me afastar, ou ter raiva dele. Ele acha que eu sou o que? A Virgem Maria? Depois do que passei eu não acredito em vilões e heróis, acredito no que é justo e o certo a fazer. Retiro minha mão do rosto dele e cruzo os braços enquanto ele olho surpreso a expressão de raiva em meu rosto.

_ E o que espera que eu faça Matthew?_ minha voz estava estável mais a raiva era perceptível_ Espera que eu desista de você só porque você passou os últimos séculos matando pessoas inocentes? Bom, lamento te decepcionar, mas eu não ligo nem um pouco. Você não é herói e também não é o vilão assassino que os livros dizem, você é um homem que comete erros e se arrepende, um homem que apesar do caminho errado que tomou tenta fazer o certo. _ a raiva ficou tão evidente na minha voz que até eu me assustei ao terminar de falar.

Matthew ficou paralisado por um bom tempo analisando minha expressão, acho que ele nunca tinha me visto zangada daquele jeito, muito menos séria. Acho que até agora eu não tinha me imposto para ele, talvez por isso ele estivesse tão surpreso em me ver daquele jeito. Aos poucos seus olhos voltavam ao normal, o amarelo-escuro era rapidamente devorado pelo intenso verde-esmeralda, ele abriu um sorriso torto para mim enquanto se aproximava tranquilamente e beijava minha testa com carinho.

_ Você seria uma excelente rainha sabia? _ sussurrou ele enquanto afagava minha bochecha com as costas da mão.

_ Não foge do assunto Keller _ Corto ele.

Ele riu baixo e então me ergueu no colo, automaticamente minhas pernas se fecharam ao redor de sua cintura e ele me pressionou contra a árvore.

_ Como quiser senhorita Grayson_ o tom de sua voz estava repleto de malícia.

Eu sabia o que ele estava tentando fazer comigo, mas eu não ia ceder fácil dessa vez. Para minha surpresa Matthew não me beijou, ele recostou a cabeça contra meu peito e fechou os olhos como se estivesse se concentrando em cada batimento do meu coração, por um instante fiquei preocupada mais depois relaxei. Provavelmente aquela foi a primeira vez que realmente reparei em Matthew de verdade, seus cabelos eram dois tons mais claro que o de Nícolas, a noite eles pareciam brancos quando se expunha sob a lua. Seu rosto parecia tão tranquilo e sereno que parecia um anjo, lentamente ele abriu os olhos e virou o rosto para mim, o verde em seus olhos era tão intenso que pequenas chamas pareciam dançar sob eles, como se seus olhos estivessem pegando fogo.

Ele franziu a testa por um momento e depois riu, talvez ele me achasse maluca por olhá-lo daquele jeito. Tento não olhar tão diretamente para ele, mas sua mão estava impedindo meu rosto de virar. Seus dedos eram ásperos e quentes sob minha pele, minhas pernas escorregam pela cintura de Matthew e eu sinto meus pés pousarem na grama mais não tive coragem de me mexer com ele tão perto de mim.

Seus olhos estavam fixos em mim enquanto sua mão livre segurava as pontas dos meus cabelos, lentamente ele se inclinou sobre mim e enterrou seu rosto em meu cabelo e se concentrou no cheiro.

_ Sempre amei o cheiro de lavanda em seu cabelo _sussurrou ele.

Não sei o porque, mas as palavras de Matthew me fizeram corar de repente. Meu coração começou a acelerar, parecia um carro em alta velocidade, por um minuto eu pensei que teria um ataque cardíaco. Eu fechei os olhos e tentei me concentrar apenas em Matthew, seu corpo estava tão colado com o meu que eu podia sentir seu calor me envolvendo, sua respiração ia e vinha contra meu pescoço de maneira tão sutil que nem parecia estar perto de mim. Poderia ficar daquele jeito com ele por horas que não me incomodaria, eu podia sentir o alívio de Matthew enquanto ele me abraçava daquele jeito, parece que ele esperou por isso a anos. A forma como ele estava me pressionando contra a árvore, era como se eu fosse desaparecer a qualquer minuto. Se ele me vigiou todos esses anos como disse, com certeza, me ver em coma no hospital deve ter sido muito doloroso para ele.

Eu cerco suas costas com meus braços firmemente, não queria que ele se sentisse culpado pelo que aconteceu, nada daquilo era culpa dele e mesmo que ele não tenha salvo minha família a tempo, pelo menos ele teve coragem de se arriscar por mim, mesmo eu não sendo digna dessa coragem e do sacrifício que ele foi capaz de fazer por mim. Um estouro repentino no céu interrompeu nosso momento, tanto Matthew como eu encaramos o céu assustados, entre as nuvens cinzentas havia uma bizarra mancha vermelha, como se alguém tivesse derramando sangue sob o céu. Os raios rasgavam as nuvens impiedosamente e o som dos relâmpagos pareciam gritos de fúria.

De repente a chuva despencou do céu, parecia que baldes da água estavam caindo de cima das nuvens. Nunca na minha vida eu vi uma chuva tão forte como aquela, o vento praticamente arrancava as folhas como se passasse uma faca afiada entre elas, o uivo de fúria do vento fez meu sangue congelar.

_ Alex! Vamos sair daqui!_berrou Matthew.

Antes que eu pudesse responder um raio atingiu em cheio a árvore onde estávamos, eu sentia meu corpo se chocar contra a grama molhada, Matthew estava por cima de mim como um escudo. Ele havia me puxado no momento em que o raio atingiu a árvore. Ele se levantou com um pouco de dificuldade e me puxou para o seu colo com agilidade, ele saiu em disparada em direção a trilha das árvores que levavam de volta para a Aldeia, com certeza ele usou sua velocidade sobrenatural de lobisomem para chegar lá tão rápido. Assim que chegamos vimos todos correndo de um lado para o outro recolhendo as coisas que estavam expostas a chuva, Emma, Anna e Karoline estavam ajudando as crianças e idosos a recolher suas coisas e se abrigar. Bianca e Elizabeth estavam fazendo uma barreira de proteção contra os raios em torno da aldeia mais ela não duraria tanto tempo se eu não as ajudasse.

Olho para Matthew e ele entendeu minha mensagem na hora, com cuidado ele me pôs no chão e eu corri até as meninas, elas me viram chegando e pareceram aliviadas ao me ver, segurei o braço de Bianca e Elizabeth e deixei meu poder fluir para elas. A barreira pareceu assumir a forma de uma fênix, sua cauda rodeou todo perímetro da aldeia e suas asas formavam uma espécie de escudo por cima, desviando os raios que vinham do céu.

Assim que a barreira ficou firme todos olharam para mim espantados, Matthew, no entanto, me olhava com admiração. Acho que ele era o único ali que realmente sabia do nível de meus poderes, por isso não ficava surpreso com minha capacidade.

Ao terminarmos de fixar a barreira senti como se tivesse corrido uma maratona por oito dias, minhas pernas e joelhos estavam tão trêmulos que estava difícil de me manter em pé, criar barreiras resistentes exigia muito poder espiritual e mesmo eu sendo uma feiticeira incomum para minha geração, isso me esgotava fisicamente. Sem eu perceber Matthew já estava ao meu lado deixando que eu o usasse de apoio, cuidadosamente ele coloca um de meus braços ao redor do pescoço para que eu conseguisse me manter firme em pé.

_É melhor levá-la para dentro, ou ela vai desmaiar aqui mesmo. _ alertou Lizz.

Com cuidado Matthew me puxou para os seus braços e me carregou para dentro, eu estava tão exausta que mal consegui abrir os olhos enquanto ele me colocava em sua cama gentilmente. Ele se reclinou sobre mim e beijou minha testa com ternura e carinho, eu não conseguia abrir meus olhos para ver sua expressão, mas tinha certeza que ele estava orgulhoso de mim hoje.

_ Descanse um pouco você usou um feitiço de barreira muito forte _ alertou ele.