Fanfics Brasil - Capitulo 2 A Maldição da Fênix: O Despertar

Fanfic: A Maldição da Fênix: O Despertar | Tema: Mitologia Grega/Romance/ Lobisomens/Vampiros/ Feiticeiros/Magia/Hot +18/ Violência/Assassinato/Esqua


Capítulo: Capitulo 2

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Acordo num sobressalto, me sento ereta na cama, minhas mãos estavam trêmulas. Fico ali senta por horas encarando o meu reflexo no espelho em frente a minha cama, minha mente girava com tudo aquilo, era tudo muito confuso. Me levanto e vou até o banheiro, o barulho da água caindo me acalmava um pouco assim que ligo a torneira, jogo uma água no rosto e respiro fundo umas duas ou três vezes, meu coração parecia uma bomba relógio prestes a explodir. Vou até a cozinha e pego um copo d'água, fico ali encarando o livro de couro caído no chão, lembranças do sonho invadiam minha mente. Não! Não vou pensar nisso! Largo o copo em cima da pia e volto para o meu quarto, afundo no colchão puxando as cobertas até o pescoço, minha avó sempre dizia que nossos sonhos são como mensagens, aviso do nosso subconsciente. Será que meus sonhos estavam tentando me dizer alguma coisa? Dá última vez que tive um sonho assim foi uma semana antes de meus pais morrerem, sinto um arrepio ao lembrar daquilo, tento afastar as lembranças mais elas se recusam a me deixar em paz.




Desde que meus pais morreram eu fiquei “paranoica” tenho tido alucinações estranhas e visto coisas bisaras do tipo: velhotas demoníacas que se transformam em morcegos, é claro que não contei nada para ninguém se não me mandariam pro hospício de vez, em vez de guardar minhas paranoias para mim eu as guardo no meu diário. Minha mãe sempre dizia, que as palavras são nosso melhor refúgio, podemos esconder nossos medos e ao mesmo tempo colocar as coisas ruins para fora.




O vento uivava descontroladamente do lado de fora, as folhas das árvores se chacoalhavam freneticamente de um lado para o outro, enquanto os galhos ficavam batendo contra o vidro da minha janela. Não sei se é por que eu estava cansada, mas minhas pálpebras pareciam chumbo, meu cérebro parecia gritar desligue pelo amor de Deus!. Olho para o relógio e levo um susto ao ver a hora, 5:20 da manhã e não consegui dormir outra vez, que maravilha. Me arrasto novamente para fora da cama e vou até meu guarda-roupa separar minhas coisas para a viagem, não sabia ao certo como estaria o clima por lá, então separei um pouco de cada coisa.




Separei meus sete livros favoritos e coloquei-os de maneira organizada por cima das minhas roupas e meus estojos de maquiagem, fecho meu malão e coloco no corredor junto com as malas menores, volto a vasculhar minhas roupas e, por fim, escolho uma roupa simples e nada chamativa. Resolvi colocar uma calça jeans preta e minha blusa branca, com detalhes de renda próximo aos ombros. Vou até o espelho dar uma olhada e solto um suspiro de desaprovação, eu estava pior que um zumbi, minhas olheiras estavam mais fundas do que na noite passada e meu rosto parecia literalmente de um defunto, pego minha escova e começo a pentear o cabelo, minha franja cai discretamente em meu rosto escondendo meu olho. Sento-me na ponta da cama e calço pacientemente meu All Star.




Vou até a cozinha abro a geladeira e pego os ovos e o suco, pego uma frigideira e deixo ela esquentando enquanto fatio o queijo e o presunto. Pego um copo no escorredor e sirvo um pouco de suco, quebro cuidadosamente dois ovos dou uma leve mexida neles e jogo uma pitada de sal, minutos depois o cheiro dos ovos fritos invade meu nariz provocando tremores no meu estômago. A comida parecia uma lixa áspera enquanto descia lentamente pela minha garganta, não imaginei que o pesadelo mexeria tanto comigo, acho que é porque foi real demais como se eu estivesse vivendo aquele momento. Não vou menti, isso me assusta e o que mais me apavora é a ideia desse sonho virar realidade.




O interfone toca interrompendo meus pensamentos, largo meu prato na pia e corro atender.




_ Alô?




_Srta. Grayson Elizabeth está aqui embaixo_ informa Morrow.




_Vou descer em cinco minutos Morrow, Obrigada.




Antes que Morrow pudesse responder eu desligo e corro até o banheiro, escovo meus dentes e dou uma breve olhada no espelho “pelo menos não estou parecendo um zumbi” Penso comigo mesma, dou uma breve olhada no armário ao lado da pia e pego minha necessaire da chanel e guardo minha escova de dentes junto com a pasta e outros cremes que catei da prateleira. Fecho a porta do banheiro e vou até meu quarto pegar minha carteira, Siriús estava deitado na minha cama me analisando com seus olhos amarelos de felino.




_Ei e ai gatão, pronto pra ir pra casa?




Ele se espreguiça e pula da cama e anda ate caixinha de viagem, abro a portinha e ele entra obediente. Abro a porta, coloco a caixinha de Siriús sob o malão e prendo com um pequeno cinto e coloco as outras duas malas nos ombros, tranco a porta e vou para o elevador. Assim que as portas do elevador se abrem eu corro para dentro, as malas escorregam de meus ombros despencando no chão. Já faz tanto tempo que estou longe de casa, que me pergunto se conseguirei me adaptar outra vez, já faz tantos anos.




As portas do elevador se abrem outra vez, Elizabeth e Edward estão conversando com Morrow no portão. Pego as malas novamente e penduro no ombro, e saio apresadamente do elevador arrastando meu malão pelo corredor. Assim que me vêem Morrow e Elizabeth correm para me ajudar com as malas, o ar estava frio e úmido mais ainda assim uiva discretamente sob as árvores, um pressentimento ruim toma conta de mim.




Enquanto Morrow ajuda Edward e Elizabeth a guardar minhas malas no carro, atravesso a rua calmamente e vou até a floresta. Sempre achei bizarro ter um lugar assim em frente a um condomínio. Havia uma espécie de arco na entrada, as pedras pareciam envelhecidas assim como os galhos retorcidos que estavam em volta. Pequenas folhas formavam uma trilha para dentro da floresta, árvores de todos os tipos e jeitos se espalhavam ao meu redor e sem dúvida a maioria devia estar ali há 500 anos. A grama estava úmida e escorregadia, resquícios de luz apareciam entre as árvores enquanto os passarinhos cantavam lá do alto. No final da trilha havia outro arco, folhas caiam graciosamente formando uma espécie de cortina e entre as folhas pequenos botões de rosas vermelhas estavam começando a desabrocha lentamente.




Barulhos estranhos chamam minha atenção, eram ganidos de animais selvagens provavelmente mais alguma coisa dizia que era perigoso. Me escondo silenciosamente entre a cortina de folhas, não eram animais selvagens era uma alcateia de lobos famintos que estavam dilacerando suas presas dolorosamente, aquilo fez meu estômago embrulhar e ouvir o som da carne sendo rasgada e mastigada era assustador minhas pernas tremiam de pavor, eu jurava que ia desmaiar a qualquer minuto e foi então que eu o vi.




Um majestoso lobo branco observando a caça de sua matilha, ele não era um lobo comum havia algo nele… Algo familiar. Ele era três vezes maior que os outros lobos, seu pelo era de um tom branco perolado, ele parecia brilhar toda vez que o sol o tocava, mas o que realmente me chamou a atenção foram seus olhos verde-esmeralda. Nunca tinha visto um animal com olhos assim tão penetrantes e principalmente em uma cidade grande como Nova York isso era … Muito estranho. Eu estava tão distraída que levei um tempo para notar que o lobo me observava, meu coração disparou e comecei a tremer feito louca enquanto minha mente formava imagens horríveis sobre como ele me devoraria. O lobo se aproximou mais alguns metros e me olhou com mais atenção, e então inclinou a cabeça num gesto de reverência e respeito. Não me pergunte como ou de onde tirei coragem para fazer isso, mas estendi uma de minhas mãos para tocá-lo, ele se aproximou para que eu pudesse acariciar seu enorme pelo branco. Seu pelo era quase como seda, ele se afastou um pouco e voltou a me encarar outra vez, seus olhos pareciam chamas verdes hipnóticas. Não era um olhar de predador era… De um homem, como se ele estivesse me vendo pela primeira vez em muito tempo, de certa forma aquele olhar era reconfortante era como se fossemos amigos de muito tempo.




_ Por quê tenho impressão que o conheço a séculos?




Ok agora eu pirei de vez, eu estou mesmo falando com um lobo alguém me interna por favor!!! O lobo pareceu ler meus pensamentos e então soltou um ganido estranho como se estivesse rindo.




_Aleeex! Cade você?_ chamou Elizabeth.




A voz dela me fez pular de susto, o lobo se afastou rapidamente e desapareceu no enorme labirinto de árvores. Minhas pernas estavam bambas que mal consegui me levantar, meu coração parecia que ia sair pela boca a qualquer segundo, o vento uivava de forma silenciosa como se contasse um segredo proibido “Aquele lobo não era comum, alguma coisa nele era familiar mais o que?” Minha mente trabalhava tentando processar tudo aquilo, mas quanto mais pensava nisso pior ficava imagens iam e vinham na minha mente como peças de quebra-cabeça mais nenhuma encaixava. Eu estava tão frustrada e inquieta com meus pensamentos que simplesmente ignorei Elizabeth e fui direto para o carro, assim que entrei afundei no banco e encostei minha cabeça na janela. Elizabeth e Kadu trocaram olhares preocupados por um instante e depois entraram no carro, pude ver o olhar de preocupação deles pelo espelho retrovisor, não queria falar sobre o que vi na floresta provavelmente diriam que sou louca.


Será que aquilo foi uma alucinação? Ou eu estava mesmo paranoica e enlouquecendo? Minha cabeça estava explodindo eu não conseguia raciocinar direito.


Conforme o carro ganhava velocidade as árvores iam se tornando um borrão atrás de nós, e por mais que tentasse não dormiria fácil, vasculho minhas malas e por sorte encontro meu diário. Tenho ele desde os meus 7 anos de idade, lembro que quando o ganhei papai me disse que era muito importante que eu escrevesse… “Palavras são poderosas e se souber usá-las, se tornaram sua fonte de poder.”


Mamãe costumava dizer que papai era um filósofo, suas frases tinham uma espécie de enigma oculto e isso sempre deixava mamãe empolgada, pois ela passava oras tentando decifrá-los. Quando eramos pequenas eu e Allison adorávamos passar a tarde na biblioteca ouvindo nossos pais contarem histórias e contos de fadas, parece que foi ontem que vi papai sentado em sua velha poltrona de couro preto folhando seu romance preferido, e sussurrando as palavras como se fossem uma oração, acho que foi um dos motivos por eu ter me apaixonado por literatura.


Eu queria entender essa fascinação e esse encanto que ele tinha pelos livros.


Ouço uma leve batida no vidro e sou obrigada a interromper meus pensamentos e voltar para a realidade cruel, Lizz já estava fora do carro me examinando com cuidado como se tivesse medo que eu desmaiasse e Edward colocava o restante de minhas malas no carrinho de bagagem do aeroporto.


Relutante guardo meu diário de volta na mala e a penduro no ombro obrigando minhas pernas a se moverem para fora do carro.


_Alex está tudo bem?_ a voz de Lizz era apreensiva




_Estou bem Lizz eu juro._minha voz era quase um sussurro.


Edward pegou a mala de meu ombro e a colocou junto com as outras no carrinho.


O aeroporto estava mais lotado do que pensava, as filas para fazer chekin de bagagem estavam gigantescas.


_Alex desculpe não podermos ficar aqui com você _lamentou Lizz.




_esta tudo bem Lizz, fique tranquila eu te ligo quando chegar _respondo carinhosamente.


Nós três damos um abraço apertado em grupo e então Elizabeth e Kadu desaparecem na multidão.




Eu me sentei em uma cadeira e fiquei observando em silêncio, as pessoas indo e vindo da fila de chekin. Uma das famílias me chamou a atenção, a Mãe estava agachada conversando com a bebêzinha no carrinho e o caçula estava pendurado na perna do Pai como um Macaquinho. Aquilo me fez rir por um momento, quando Allison era pequena ela vivia grudada no pescoço do Papai como um chiclete.


Obriguei minhas pernas a se moverem e me levantei calmamente, arrasto meu malão pelo enorme corredor do aeroporto, tentando o máximo possível passar com cuidado pela fila e chegar na moça para fazer meu chekin.


Por sorte consegui chegar inteira sem ser esmagada pelas pessoas no caminho, ela olhou meus documentos com cuidado e então me entregou um papel com o número da minha poltrona no avião. O rapaz responsável pelas bagagens me ajudou até a entrada do avião, ele até fez a gentileza de colocar minhas malas no bagageiro. Siriús foi dormindo tranquilamente na caixinha, ele sequer se mexeu quando envolvi o sinto ao redor da caixinha.


Eu afundo no banco e conecto os fones de ouvido no BlackBerry e procuro uma música na galeria, eu não sei por quê mais a voz do Chad Krueger sempre me deixava leve, então decidi escolher: Photograph do Nickelback. Senti uma trepidação quando o avião finalmente decolou, as pessoas se agarravam as poltronas como se fossem cair a qualquer instante, o que geralmente acontece nos filmes de ação. Por um instante imaginei dois caras armados entrando no avião e gritando algo como “Isso é um sequestro” ou coisa do tipo, eu sei parece paranoia da minha cabeça, mais relaxem eu não estou louca, pelo menos não agora.


As nuvens pareciam mais densas do que o normal quando se olhava tão de perto, lá no fundo eu sabia que voltar para Nova Orleans era maluquice e talvez até perigoso. Mais eu não aguento passar noites em claro visualizando inúmeras vezes minha família ser mutilada enquanto toda nossa casa pegava fogo.


Nova Orleans tinha as respostas, sejam elas boas ou não e eu precisava encontrá-las se quisesse entender o motivo pelo qual minha família foi morta a sangue frio por um maníaco doente que adora transformar pessoas em carne moída e depois torrá-las como carvão. Senti meu sangue pulsando enquanto aquelas imagens horríveis invadiam minha cabeça outra vez




 



































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Autor(a): pamybonnie95

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