Fanfic: A Maldição da Fênix: O Despertar | Tema: Mitologia Grega/Romance/ Lobisomens/Vampiros/ Feiticeiros/Magia/Hot +18/ Violência/Assassinato/Esqua

Naquele momento eu pude sentir meus poderes de verdade pela primeira vez, minha pele e meu corpo estavam em chamas. Eu podia sentir as chamas me consumir por dentro e isso só foi aumentando cada vez mais, toda aquela energia se atraia para mim, o poder dos ancestrais fluía dentro de mim como correntes elétricas de alta voltagem. Meu sangue parecia ter se transformado em fogo liquido, eu nunca senti ele tão quente desse jeito antes, pulsando de forma tão intensa. Jason continuava imóvel e o sangue escorria lentamente formando uma poça no chão, Matthew me encarava surpreso e ao mesmo tempo assustado, ele se apoiava em um dos túmulos para conseguir ficar em pé. Seus ferimentos estavam mais graves do que eu pensava, havia um buraco em seu abdome e seus joelhos, o sangue vertia sem parar e escorria pelo chão, suas mãos tremiam e seu rosto estava começando a ficar pálido. Ele desaba no chão exausto e mal conseguia respirar, vou até ele e me ajoelho para conseguir ver seu rosto, suas mãos estavam frias e ele estava tremendo. Olho a minha volta na esperança de achar algo pontiagudo e afiado, havia uma lasca de pedra ao lado do túmulo eu a pego e pressiono contra meu pulso formando um corte fino e deixando o sangue a mostra, aproximo meu pulso dos lábios de Matthew e ele abre a boca lentamente expondo suas presas e cravando-as em minha pele. Ele encosta a cabeça em meu peito e pressiona meu pulso contra seus lábios, lentamente sua pele perdia a palidez e seus ferimentos se fechavam instantaneamente. Eu podia ver ao desejo pulsando em seus olhos, as chamas verde-esmeralda pulsando de intensidade como os olhos de um predador se preparando para encurralar sua presa e matá-la. Por um momento me perguntei como alguém conseguiria ter medo daqueles olhos tão lindos e hipinóticos, meu coração parecia que ia sair pulando de tão acelerado que estava.

Matthew afasta meu pulso e então se levanta, olhando-o assim nem parecia que ele havia se ferido daquele jeito. Ele estende a mão para mim e me ajuda a levantar, suas mãos estavam quentes assim como meu sangue. Sua voz ecoou na minha mente e ele parecia muito grato e orgulhoso de mim por eu ter conseguido liberar meus poderes por completo:

Seus pais estariam orgulhosos de você Alex

_Você está se envolvendo com o inimigo Alecxandra?!_ berrou Clarisse.

Foi a primeira vez que vi os olhos de Clarisse daquele jeito, já vi muitos olhares de ódio, mas os dela não eram apenas ódio mais repulsa também. Ela caminhou até mim e deu um tapa forte em meu rosto, ela tremia de raiva mais eu não me importei, não permitiria que ela ou qualquer outra pessoa interferisse em minha vida nunca mais.

_ Eu nunca fui e nunca serei uma de vocês!_explodo_Prefiro estar com o inimigo do que ficar presa nesse ninho de cobras gananciosas.

Aquilo só deixou Clarisse com mais raiva e antes que ela tivesse a chance de me dar outro tapa eu dou as costas e vou até os caixões de tio Ben e tia Layla, faço um único movimento com o dedo e duas guirlandas de rosas vermelhas surgem de repente, repito o movimento novamente e as guirlandas repousam em cima dos caixões. Fique parada ali por um bom tempo apenas olhando para os caixões, eu sei que aquilo não foi minha culpa, mas, ainda assim, eu sentia um peso no coração. Meus pais, meus tios… Todos eles morreram para me proteger, até mesmo Will, tão pequeno e inocente perdeu a vida para que eu fosse salva. Dou as costas e saio andando em silêncio, eu não suportaria ficar ali nem mais um segundo, as meninas me seguiram pacientes e Matthew ficou ao meu lado apenas segurando minha mão. Eu fiquei olhando as pessoas na rua e me perguntei, se elas sabiam da existência de feiticeiros e lobisomens, elas pareciam tão tranquilas e despreocupadas presas em seu véu da realidade. Por um momento imaginei como seria minha se eu fosse normal e me dei conta de que… Eu não seria feliz se fosse normal e possivelmente não teria conhecido o Matthew.

Assim que chego em casa me tranco no quarto, sento na ponta da cama e fico encarando os porta-retratos no meu criado-mudo, acho que eu nunca mais voltaria a sorrir daquele jeito, nunca mais sentiria aquela alegria outra vez. Afundo minha cabeça no travesseiro e deixo a dor me consumir e as lágrimas saírem sem controle, e aos poucos a escuridão foi tomando conta de mim me fazendo adormecer.

No meu sonho eu estava correndo, não conseguia entender o porque, a única coisa que eu sabia é que devia correr. Estava escuro e era difícil enxergar a onde eu estava indo só consegui parar quando encontrei uma porta, era uma porta de madeira tingida de vermelho, tentei entender o porque aquela porta estava ali mais não tinha muito tempo, alguma coisa estava atrás de mim e algo me dizia que eu estaria segura atrás daquela porta. Giro a maçaneta e a porta se abre, o que for que estivesse me segundo estava se aproximando e eu me apresso em fechar a porta, quando me viro me deparo com uma mulher. Ela era linda usava um vestido verde todo feito de folhas de árvores, seus olhos eram ainda mais verdes que os de Matthew e seu cabelo descia graciosamente pelas costas eles eram de um tom avermelhado como o meu, porém não tão vivos. A mulher se virou para mim e sorriu calorosamente, como se eu fosse uma amiga de muito tempo.

_ Eu estava esperando você Alecxandra querida_ disse ela.

Eu não conseguia sentir nenhuma energia ruim vindo dela, porém fiquei paralisada e por mais que eu tentasse não conseguia me mover um centímetro.

_ Quem é… Você? _ pergunto com a voz trêmula.

Ela sorri outra vez e então uma pequena flor surge em sua mão desabrochando lentamente.

_ Oh me desculpe querida que educação a minha_desculpou-se ela. _Sou Gaia avó de Zeus

Isso não é possível como eu estou falando com a mãe dos titãs? É loucura.

Eu não sabia como me portar na frente de uma divindade mais eu simplesmente me ajoelhei no chão e abaixei a cabeça. Gaia se aproximou de mim e se agachou colocando a mão gentilmente em meu queixo e levantando minha cabeça fazendo com que eu a olhe nos olhos. A energia que emanava nela era tão pura que me acalmou e o cheiro das árvores e da grama que vinham de seu corpo era tão suave quanto um perfume da Victória Secrets

_Não há necessidade disso querida levante _pediu ela gentilmente.

Ela se levantou e caminhou em direção a porta e por instante pensei que ela ia abri-la, mas ela apenas encarava a porta em silêncio. Como se estivesse escolhendo as palavras certas de usar para me explicar alguma coisa. Quando voltou a me encarar sua expressão estava assustadoramente séria e isso me causou calafrios na espinha.

_Tenha muito cuidado a partir de agora querida_ alertou ela._Meu filho Cronos voltará em breve.

Antes que tivesse a chance de perguntar alguma coisa ela se transforma em uma enorme Fênix esverdeada e voa direto para mim, entrando em meu corpo. A voz de Gaia ecoa pela minha cabeça e eu estremeço um pouco:

Por favor aceite meu poder, você é a única que pode mandar meu filho para as profundezas do Tártaro