Fanfics Brasil - Capitulo 3 A Maldição da Fênix: O Despertar

Fanfic: A Maldição da Fênix: O Despertar | Tema: Mitologia Grega/Romance/ Lobisomens/Vampiros/ Feiticeiros/Magia/Hot +18/ Violência/Assassinato/Esqua


Capítulo: Capitulo 3

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Querido Diário,


Faz muito tempo que não escrevo.... Acho que é por que não estava com a cabeça no lugar. Aconteceram muitas coisas desde o acidente, tenho tido alucinações e pesadelos estranhos desde aquele dia.


Elizabeth acha que estes pesadelos podem ser resultado do acidente, ela disse que preciso lidar com eles ou enlouquecerei de vez.


A pergunta é: como vou lidar com isso?


Penso que as vezes meus sonhos queiram me dizer alguma coisa, talvez sejam avisos… Mas o que realmente me deixou inquieta foi o que vi na floresta hoje de manhã, não fiquei assustada e sim impressionada, foi a primeira vez que vi um lobo daquele tamanho ainda mais andando solto em Nova York.


E o irônico nisso tudo? É que… parecia que nós nos conhecíamos de algum lugar.


Aqueles olhos verdes pareciam chamas vivas, era como se devorasse a alma, posso parece louca mais foi exatamente isso que eu senti quando ele olhou pra mim, isso e a estranha impressão de conhecê-lo.


Mais chega de falar nisso estou ficando nervosa só de pensar, vou tenta resumir os últimos 10 anos da minha “vida”.


Não lembro de muita coisa depois do incêndio, mas quando acordei os médicos disseram que foi um milagre era quase impossível pacientes voltarem de um coma tão longo e principalmente sem sequelas, o que mais me assustou foi o tempo que fiquei em coma.


10 anos em um coma que poderia ser permanente, por muito tempo fiquei me perguntando como sobrevivi e principalmente o por que.


Quando perguntei como cheguei no hospital naquela noite as enfermeiras disseram que eu estava em um dos degraus da escadaria de entrada do hospital e inconsciente.


E aqui estou eu.


Pousando de avião em Nova Orleans e me preparando psicologicamente para ouvir os gritos de Bianca e Emma.




Acho que se eu fosse descrever qual é a sensação de voar de avião, uma palavra seria o suficiente: horrível, a aeromoça me trouxe pelo menos 5 saquinhos de vômito, fiquei com pena dela ao vê-la limpar meu vomito no chão. Tive que esperar todos os passageiros saírem para poder pegar minhas malas, o corredor era muito estreito para arrastar o malão então tive que carregar nas costas. O aeroporto estava lotado foi difícil eu me manter firme enquanto tentava passar ilesa pela multidão.


Infelizmente eu não estava com sorte, levei tantos empurrões e cotoveladas que cai com tudo no chão, minhas malas voaram para todos os lados e a caixinha onde Siriús dormia bateu em uma delas. E para piorar meu dia as pessoas ficaram paradas olhando enquanto eu tentava me levantar.




_Com licença! Saiam da frente!_gritou um homem que tentava abrir caminho pela multidão.


Ele era charmoso para a idade, devia ter uns 30 anos com certeza, usava uma camiseta preta com a estampa de uma banda de rock dos anos 80, tinha quase certeza que era Green Day, havia uma tatuagem no seu braço direito mais eu não consegui identificar o que era e o cabelo era…engraçado, me lembrava um pouco o cabelo do Chad Kroeger quando iniciou no Nickelback, cacheados e comprido até os ombros como os de um cantor de rock o tom era de um castanho avermelhado desbotado e os olhos eram azuis esverdeados como o mar, seu rosto era magro e pálido as sobrancelhas eram grossas e a barba estava começando a crescer.


Quando ele conseguiu passar pela multidão quase correu até mim desesperado.




_Alex querida você está bem?_perguntou ele._Se machucou?




Ele estendeu a mão e me ajudou a levantar, eu precisei de alguns minutos para conseguir ficar firme em pé.




_Você não deve se lembrar de mim, já fazem 24 anos_disse o homem parecendo triste com a ideia.




_ Tio? Tio Ben?_perguntei curiosa.




Um sorriso largo se formou em seu rosto e ele me puxou gentilmente para um abraço, sua camiseta cheirava a café e lenha queimando no fogo, parece que o cheiro impregnou em suas roupas depois de todos esses anos. Aquele cheiro despertou lembranças em minha mente e antes que eu pudesse me controlar as lágrimas já estavam saindo sem controle.




_Oh princesa não chore_disse tio Ben afagando meu cabelo carinhosamente.




Ficamos parados por um instante até que eu conseguisse me acalma, depois tio Ben me ajudou com as malas e fomos para o carro. Ao contrário do aeroporto o estacionamento não estava tão lotado, havia uma picape Chevy estacionada do outro lado ela era branca, quase bege acho que era muito antiga e, sem dúvida, ela era uma relíquia para os colecionadores de carros.


Com cuidado tio Ben empilhou minhas malas na traseira da Chevy e colocou a caixinha de Siriús em baixo do meu banco, esse gato realmente me surpreende não consigo acredita que ele esteja dormindo depois de ter praticamente voado pelo aeroporto.


Acho que eu estava com tanto sono que mal consegui ver tio Ben ligar o carro e dar a partida, meus olhos pareciam pedras de chumbo que eu não conseguia mantê-los abertos nem por meio segundo, então simplesmente deixei minha cabeça encostar na janela e adormeci.




Eu devo ter dormido uns vinte minutos, tio Ben estava estacionando a Picape quando acordei, tia Layla estava parada na sacada com um menino em seus braços ele devia ser meu primo Will.


Olho o lugar com mais atenção e meus olhos se arregalam, olho para o tio Ben e ele ri ao ver minha expressão de surpresa.


_Vocês moram no Quartel?_Pergunto chocada.




_Sim querida, sua tia veio morar aqui comigo quando nos casamos_respondeu tio Ben satisfeito.




Assim que tio Ben desliga a Picape e eu pulo para fora deixando a porta escancarada e correndo em direção a escada, tia Layla coloca Will no chão e quase corre na minha direção, ela desce a escada aos tropeços e joga seus braços em torno de mim me aninhando e beijando minha cabeça.




_Estava tão preocupada querida, nem consigo acredita que está viva._A voz de tia Layla era quase um soluço.




Nós duas ficamos ali abraçada por horas chorando feito idiotas, mas graças a Will conseguimos nos conter, ele estava parado aos pés de tia Layla puxando a barra de sua saia impacientemente como uma tentativa para chamar sua atenção. Começamos a rir quando vemos a expressão de Will, provavelmente ele estava pensando que somos loucas rindo por nada, mais assim que eu me afasto de tia Layla ele pula em meus braços e me envolve com suas mãozinhas gordinhas numa espécie de abraço de urso. Enquanto tia Layla me mostra a mansão, tio Ben faz uma viajem de ida e volta para trazer minhas malas e depois fez um leve checape para ver se as luzes do meu quarto estavam em ordem. Acho que de todos os cômodos que vi, meu quarto era o de longe mais bonito, não que isso importe para mim mais meus tios faziam mesmo questão que eu me sentisse a vontade em todos os sentidos.




As paredes eram brancas cor de gelo o piso era de madeira em diversos tons de marrom, no centro do piso havia uma espécie de pentagrama entalhado detalhadamente sob o piso de madeira antigo. A cama era absurdamente linda, ela assumia um formato oval e era sustentada por quatro galhos grossos e retorcidos que formavam um arco em torno da cama e que destacava o vermelho rubi nas roupas de cama feitas de cetim e do edredom. Havia também dois criado-mudo um em cada lado da cama e aos pés um baú forrado com veludo vermelho rubi, e uma cômoda perfeitamente entalhada a mão em cada detalhe e logo acima da cômoda estava um espelho reclinado para baixo de forma que refletisse a cama e a janela, o guarda-roupa também era detalhado de madeira e havia um espelho dividido ao meio entre as duas portas do centro.




Tia Layla ficou contente ao ver minha reação e fez questão que eu visse o banheiro, normalmente as paredes do banheiro são de azulejo mais não este. Assim como o resto do quarto o piso também era de madeira e havia outro pentagrama entalhado bem no centro e que ajudava a destacar a enorme banheira oval, do outro lado da parede a pia se estendia em um enorme L assim como o espelho que se reclinava por cima da pia emitindo o reflexo da banheira e as prateleiras onde estavam as toalhas, shampoos, condicionadores, cremes para o cabelo e também para a pele. Havia velas espalhadas discretamente em torno da pia e do espelho, a banheira estava cheia de água quente e atrás da porta estava um roupão branco, as velas do banheiro eram pequenas e discretas e bem ao lado da banheira escondido em um canto estava o vaso sanitário.




_ Você gostou querida?_perguntou tia Layla depois que saímos do banheiro.




Eu estava tão surpresa com aquelas coisas que mal consegui responder então apenas sorri, por sorte não trouxe tantas roupas não tinha certeza se caberiam no guarda-roupa junto com as roupas novas que ganhei de boas vindas. Enquanto eu e tia Layla desfazíamos minhas malas, Will se divertia brincando de pega-pega com o Siriús pelos corredores. Eu mal conseguia acredita que estava em casa outra vez e mesmo todos esses anos longe de casa, tudo estava exatamente o que era quando fui embora com meus pais para Nova York. E tia Layla… Continua graciosa e estonteante como sempre, ela usava uma roupa simples e bem confortável, regata azul-turquesa e uma bermuda de laicra preta e uma sandália bege. Os cabelos caiam discretamente sob os ombros e para frente escondendo os seios de forma discreta, pequenos tons acinzentados já começavam a aparecer entre os lindos fios loiro mel que destacavam seus olhos azul gelo. As vezes sinto falta de ouvi-la tocar violão celo, quando eu era menina ela me ensinou a tocar Clair De Lune de Debussy e Beethoven.




_ Suas amigas vão chegar as 20:30 não se esqueça_avisou tia Layla.




Agora estávamos arrumando meus livros e colocando-os de forma organizada na gaveta do criado-mudo da esquerda, assim que pegou o último livro ela o encarou por um tempo e depois olhou para mim, seus olhos tinham medo e confusão.




_Onde achou isto Alex?_perguntou ela tentando reprimir o medo em sua voz.




Olho mais atentamente e reconheço as delicadas letras douradas introduzidas na capa de couro vermelha, era o Diário de Akashiya Grayson,




_O Professor Chandler me deu antes de eu ir embora de Nova York._respondo tensa.




_Chandler? Jonathan Chandler?_a voz de tia Layla estava cheia de dúvida.




_Sim Tia.




Ela olha para o diário mais uma vez e suspira decepcionada, como se tivesse perdido na loteria e então o coloca junto com os outros livros. O resto do dia passou voando, mal sobrou tempo para mim descansar de verdade, depois de arrumar minhas coisas tive que tomar conta de Will enquanto meus tios faziam compras no mercado. Mas por sorte pude me distrair fazendo um Tour pelo enorme casarão do século XIX, não sei por quê mais sempre gostei de coisas de séculos passados, casas gigantescas e vestidos maravilhosos. Mais o que me encanta em Nova Orleans sempre foram as lendas e histórias que envolvem a cidade. Parece que a cidade tem uma espécie de “poder oculto” como um ímã, talvez eu esteja pirando, ou talvez não mais sem dúvida Nova Orleans não era uma cidade comum.




Will era muito pequeno ele devia ter uns 8 meses, tão pequeno e livre de problemas… Esse sim tem sorte pelo menos não vai sofrer como eu. Ele apenas ficaria ali na minha sacada brincando no chão distraidamente com seus carrinhos e bonecos de ação, não sou do tipo que repara nas pessoas, mas Will parecia um príncipe muito fofo. O cabelo estava meio termo entre o liso e o cacheado, pequenos cachos castanho avermelhado que emolduravam seu rosto, suas bochechas eram rosadas e cheias de covinhas. Seus olhos eram iguais aos de tio Ben, azuis esverdeado como o mar e os dentinhos estavam começando a crescer. Imaginar William na adolescência me fez rir, cenas de uma multidão de mulheres correndo atrás dele vieram a minha mente. Sem dúvida ele será um garotão muito cobiçado no futuro, mais por enquanto ele é meu primo fofinho e totalmente indefeso com um longo caminho pela frente.




Sem poder evitar Will larga os bonecos no chão e solta um bocejo, em seguida estende os bracinhos para mim e eu o aninho delicadamente em meus braços balançando-o carinhosamente até que ele dormisse. Ele dormia tão tranquilamente que fiquei com medo de me mexer, suas mãozinhas estavam escondidas em meus cabelos seus dedinhos se prendiam em algumas mechas.




_ Ele gostou mesmo de você _disse tia Layla interrompendo o silêncio.




Ela se aproxima e coloca gentilmente as mãos sob meus ombros afagando-os.




_ Deve está difícil não é? Elizabeth me disse que depois que você voltou do coma, não falou uma única palavra sobre o incêndio _ o tom na voz de tia Layla está claro que ela espera alguma demonstração de emoção.




_Não quero falar nisso tia por favor_ respondo friamente.




_Alex você precisa falar sobre isso, guardar só vai piorar_ diz ela calmamente.




Eu me levanto da cadeira e entrego Will para ela com cuidado, ela o aninha nos braços e volta a atenção para mim. Eu realmente não queria discutir sobre o acidente então dei as costas para tia Layla e sai do quarto, meus pés pareciam pedra enquanto eu descia a escada apresadamente e saia porta afora ignorando as suplicas dos meus tios para que eu ficasse.




Afinal porque eles queriam que eu lembrasse daquele pesadelo que foi minha vida?




As ruas estavam movimentadas, tive que caminha na calçada para não ser atropelada por uma multidão, todos pareciam estar preocupados com os próprios problemas elas mal olhavam para onde iam seus olhos estavam vidrados nos celulares ou Black Berrys. Mas algo chamou minha atenção, e no lugar que eu mais queria evitar entrar: Cemitério Lafayette. Alguma coisa me atraia para lá e não era nada agradável, era uma energia horrível parecia que devoraria minha alma, pensar naquilo me deu arrepio mais algo me dizia para entrar lá.




Se tivesse que descrever esse cemitério eu simplesmente usaria “sinistro”, os cemitérios de Nova York costumam ser ao ar livre com os túmulos no chão mais aqui os corpos eram sepultados guardados em criptas, muitos que vivem aqui acreditam que os mortos podem retornar do além, quando alguém morria seu corpo era lavado e depois enrolado em panos brancos e colocado na cripta da família.




Exceto mulheres ou homens que eram considerados feiticeiros, dizem que se algum feiticeiro for enterrado com mortais trará uma maldição aos descendentes da linhagem por mil anos. Entrar naquele cemitério era como estar num labirinto, o caminho era tão estreito quanto as paredes e alguns túmulos estavam sujos de limo e musgo, enquanto outros possuíam pequenas rachaduras nos cantos. Havia também símbolos gravados nas lapides e estátuas de animais em frente das criptas das famílias, em cada canto do cemitério folhas secas de outono se espalhavam pelo chão formando uma pequena trilha que se estendia até os portões as árvores que cercavam os muros eram grandes e largas, os galhos se retorciam por cima dos muros formando uma cerca na tentativa de impedir que algum delinquente invadisse o cemitério e profanasse algum túmulo.




Uma sensação horrível tomou conta de mim nesse momento, um nó se formou em minha garganta tentando conter um grito, minhas pernas tremiam tanto que eu mal conseguia me mexer, havia um corvo escondido entre as poucas folhas que retavam nas árvores seus olhos eram escuros e profundos como um buraco negro, a ponta do bico era extremamente fina, sem dúvida devia ser muito afiado assim como suas garras. Ele soltou um grito estridente e então levantou voo expondo suas enormes asas negras, o susto que levei foi tão grande que eu cai no chão e minha cabeça bateu com força na lápide de um túmulo, na fracassada tentativa de me levantar meus olhos se deparam com o nome na lápide de mármore o que me fez tremer ainda mais, não era um túmulo qualquer era o túmulo de minha ancestral Akashiya Grayson.




Foi então que me dei conta de que o túmulo não era a única coisa estranha ali, de uma maneira extremamente bizarra alguma coisa começava a escorrer pelos cantos da lápide e aos poucos se tornava uma poça, o líquido parecia viscoso e pegajoso e seu tom era um vermelho muito escuro, com os dedos trêmulos eu encosto no líquido vermelho. E antes que pudesse me conter, meus gritos saem completamente desgovernados pela minha garganta, eu tremia e gritava histericamente enquanto via minhas mãos cobertas de sangue.




O que é isso? Por que isso está acontecendo comigo?




Eu estava apavorada demais para conseguir distinguir se era real ou não, a única coisa que consegui fazer foi sair correndo daquele lugar obriguei minhas pernas a se moverem mesmo não tendo força para mantê-las firmes. Mal consigo falar com meus tios quando volto para casa, apenas subo a escada correndo e vou para o meu quarto, bato a porta com força demais atrás de mim, vou até o banheiro lavar minhas mãos mais elas não estavam mais sujas de sangue. Desligo a torneira e me encosto na parede, o nó em minha garganta se desfaz e as lágrimas vem sem controle fazendo-me desabar no chão e chorar compulsivamente.




Ouço uma batida na porta:




_Alex o que aconteceu querida?_perguntou tia Layla preocupada.




Eu tentei responder mais minha voz não saiu.




Tia Layla abre a porta e quase corre até mim quando me encontra deitada no chão do banheiro chorando como uma criança assustada, ela se ajoelha ao meu lado e me puxa para junto de si aninhando-me em seu colo e afagando meu cabelo delicadamente.




_Se acalme querida o que foi que aconteceu?_perguntou ela outra vez.




Minha voz saia falha entre o choro.




_Eu... Vi sangue no... Cemitério....




Tia Layla enrijeceu e seu rosto ficou pálido.




_O que mais você viu no cemitério?_perguntou ela se esforçando para esconder o pânico em sua voz.




Olho para ela confusa e seus olhos estão fixos em mim, havia uma mistura estranha de emoções em seu rosto que não consegui entender mais foi o suficiente para me assustar.




_ Tinha um… Corvo lá também…_sussurro




Ela fecha os olhos e resmunga alguma coisa, depois me ajuda a levantar do chão e lavar o rosto, eu nunca vi minha tia daquele jeito era assustador seu rosto estava sereno mais havia uma fúria em seus olhos que fazia o sangue congelar, depois de lavar o rosto e tomar um calmante tia Layla me fez voltar para o quarto e me sentar na cama. Ela analisou meus livros com cuidado e então pegou o lindo livro com capa de couro vermelho e se sentou ao meu lado me entregando o Diário de Akashiya Grayson, seus olhos estavam em mim outra vez.




_Eu quero que você leia este Diário está bem?_disse ela em tom sério. _Quando terminar de ler isto vamos ter uma conversa.




Ela beija minha testa e então se levanta deixando-me sozinha no quarto e voltando para a sala para cuidar de Will, respiro fundo e encaro o Diário em meu colo será que essa coisa tem as respostas para as minhas paranoias? Penso comigo mesma ao abrir o Diário e começar a folhear lentamente as páginas.




Começo a ler:






5 de julho de 1473




Esse é meu último testamento, eu não tenho muito o que deixar, poucas posses e pouco dinheiro. Eu só possuo a minha história, e a escrevo agora enquanto ainda me lembro.




Meu nome é Akashiya. Akashiya Grayson, e eu nasci sob circunstancias incomuns. Minha mãe vem originalmente de uma família nobre da Inglaterra, aos 17 anos ela e meu pai tiveram uma aventura, o que não ajudou muito no " final feliz". Meu pai foi caçado pelos capangas do meu avô, sabe-se lá o que aconteceu com ele, alguns dizem que ele fugiu para londrês e outros que ele foi morto a sangue frio por um tiro nas costas.


E minha mãe…


Bom, minha mãe enlouqueceu depois que meu avô me tirou de seus braços, ele achava que seria melhor se eu e minha mãe vivêssemos separadas, pobre coitado nem imaginava o quanto estava errado. Algumas semanas depois de eu ter partido, a tristeza tomou conta de minha mãe, fazendo com que ela cometesse suicídio


Eu…Acabei sendo adotada por uma família nobre de Luisiana, os Grayson. Mais o que eu não sabia era a origem dessa família e que isso me amaldiçoaria para sempre, os Grayson não eram apenas uma família nobre, mas uma família de feiticeiros e pelo que sei uma das famílias mais antigas e poderosas que existiu em Nova Orleans.




Quando descobri a verdadeira origem de minha família decidi fugir de casa e fiquei escondida em uma pequena aldeia até conseguir absorver tudo isso, e tentar lidar com minhas visões estranhas que me deixavam a beira da loucura. Foi então que conheci o jovem Jonathan Chandler, um famoso médium inglês que veio investigar e analisar os mistérios obscuros de Nova Orleans, ele ficou intrigado quando contei minha história e me disse que desconfia do fato de meu pai estar morto e que ele ou minha mãe podem descender de uma família de feiticeiros mais podem ter pulado suas gerações, e como eu fui a única descendente a uma enorme possibilidade de ter herdado o poder de meus pais.




Jonathan acha que eu devia investigar melhor sobre meus pais, talvez isso me trouxesse alguma resposta definitiva sobre o que realmente sou.




Eu precisei de um tempo para digerir o que acabei de ler, minha cabeça parecia que ia explodir a qualquer minuto, nada disso fazia sentido. Será que eu era feiticeira como minha ancestral? Será que essas minhas paranoias eram visões apocalípticas sobre meu futuro? Minha cabeça girava com tantas perguntas, folheio o Diário outra vez mais estou tão nervosa que não consigo ler as palavras com clareza, atiro o Diário para longe e o observo bater contra a grade na sacada. E por 18 anos pensei que era louca meus pais me submeteram a tratamentos psicológicos e psiquiátricos só para esconder as coisas de mim e para que?




Desço a escada correndo e entro na cozinha, tio Ben estava arrumando a mesa para o almoço, vasculho o armário e pego um copo e sirvo água, eu estava com tanta raiva que mal conseguia segurar o copo na mão. Então eu o arremesso com força para longe e ele estilhaça na parede fazendo cacos de vidro e água se espalharem pelo chão, tio Ben me encara assustado e depois olha para minha tia que está paralisada atrás do balcão da cozinha com o olhar assustado.




_Por que mentiram para mim todos esses anos?_minha voz saiu mais agressiva do que pretendia.




_Alex fique calma você está muito nervosa_alertou tia Layla defensiva.




_Acalmar! Como posso me acalmar? _explodo. _ Eu estou calma a quase 10 anos e olha só o que aconteceu!




_Alex seus pais iam te contar a verdade quando você fizesse 18 anos_ disse tia Layla._ Eles não sabiam que aconteceria o incêndio justo naquele dia.




Ela sai de trás do balcão e se aproxima bem devagar, gentilmente ela afaga meus ombros e em seguida meu rosto, tio Ben também se aproxima com cuidado e acaricia meu cabelo de forma carinhosa.




_Sabemos que você deve estar assustada e confusa com tudo isso_ disse tio Ben em um tom tranquilizador.




_Mas nós vamos ajudá-la a lidar com isso querida_ concluiu tia Layla em um tom confiante.




Ambos abrem um sorriso caloroso para mim.




_Vem cá… Se eu sou feiticeira quer dizer que posso usar vela essas coisas?_ pergunto confusa.




Eles dão uma gargalhada.




_Sim querida, você pode _responde tio Ben ainda rindo.




De repente uma buzina de carro interrompe nossa conversa, tio Ben leva um susto então se levanta e vai para a sala de estar. Pego um pano e começo a recolher os cacos de vidro do chão com cuidado, tia Layla estava concentrada nas panelas cuidando da comida.




_Pelo jeito as meninas resolveram vir mais cedo_anunciou tio Ben da Sala de estar.




Pude ouvir lá da cozinha elas entrando e cumprimentando tio Ben, elas quase tiveram um treco quando me viram Bianca e Emma praticamente pularam em meu pescoço e Karoline tentava se colocar entre as duas para poder me abraçar.





































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Autor(a): pamybonnie95

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