Fanfic: A Maldição da Fênix: O Despertar | Tema: Mitologia Grega/Romance/ Lobisomens/Vampiros/ Feiticeiros/Magia/Hot +18/ Violência/Assassinato/Esqua

_ Quanto tempo ela vai ficar assim Alex?_ perguntou Luke preocupado.

Luke não saiu do lado dela desde que voltamos, ele estava aliviado por Lizz estar de volta, mas também estava atordoado de vela naquele estado. Por mais magia que eu usasse Lizz continuava dormindo, como se ela estivesse em uma espécie de coma. Fisicamente ela parecia bem e saudável, mas mentalmente ela havia criado uma barreira para ignorar as torturas psicológicas de Jason. Tentei entrar em sua mente várias vezes, mas o bloqueio estava muito forte até mesmo para mim.

Sem dúvida ela usou cada gota de poder para criar essa barreira, conhecendo Jason, ele provavelmente a torturou para tentar descobrir onde eu estou e me entregar para Cronos como um troféu.

O pensamento me causou arrepios, mas eu não podia me deixar levar agora, eu precisava me manter firme por Elizabeth e Matthew.

_ Alex será que posso ficar a sós com ela um instante?_ pediu Luke gentilmente ao beijar o rosto de Lizz.

Pude ouvir Luke chorando enquanto saía do quarto, era óbvio que ele era o que mais estava sofrendo com isso. Senti um aperto no peito, coitado do Luke.

Solto um suspiro pesado ao entrar na sala e me jogar no sofá, Josh e Tristan estavão concentrados assistindo UFC. Matthew e Vincent estavam lá fora cortando lenha para por na lareira, Emma e Ana estavam ajudando Katherine com o café da manhã e Bianca estava com a cara enterrada em livros de feitiços tentando encontrar algo para ajudar Liza.

O cheiro de café fresco preenche a casa toda e por alguns instantes eu senti conforto, mas esse conforto durou apenas alguns segundos antes de sentir uma apunhalada na boca do estômago.

Eu cubro a boca com a mão e corro para a varanda, e quando me dou conta já estava colocando tudo pra fora. Quando consegui respirar outra vez, percebi que Vincent estava atrás de mim e segurava meu cabelo, pelo canto do olho pude ver Matthew largar os troncos na grama e correr até nós.

_ O que houve? _Matthew parecia apavorado. _ Pai o que ela tem?

_ Fique calmo filho já vamos saber _ Vincent parecia calmo e sereno.

Depois de quase vinte minutos vomitando como louca, Matthew e Vincent me ajudaram a voltar pra dentro, minhas pernas pareciam gelatina e eu teria desabado se não fosse por eles.

_ Fique aqui com ela eu vou buscar algumas coisas na minha maleta _ respondeu tranquilamente.

Vincent afaga meu cabelo gentilmente antes de ir para o seu escritório, Matthew, no entanto, ficou ali sentado me olhando cheio de preocupação. Ele se inclinou para beijar minha testa e afagou meu cabelo carinhosamente, suas mãos estavam quentes e pegajosas devido ao suor mais era reconfortante de certa forma e pensar nisso me fez rir por dentro. Minutos mais tarde Vincent surgiu na sala carregando uma enorme maleta preta de couro, ele a coloca em cima da mesa e pega aquele negócio para ouvir o coração (que eu nunca lembro o nome) um termômetro digital e palito de picolé.

_ Bom Alex preciso que vá ao banheiro e encha esse copinho _pediu Vincent educadamente.

Pensei em questioná-lo no início, mas não sei se seria uma boa ideia fazer isso, prefiro não arriscar por enquanto. Lentamente eu me levanto e vou até ao banheiro com o copinho entre as mãos, eu fiquei pelo menos quinze minutos agachada esperando sair alguma coisa, mas no fim das contas eu fui obrigada a ligar a torneira e observar a água cair freneticamente enquanto fazia xixi no copinho. Entreguei o copinho a Vincent assim que sai do banheiro, ele despejou um líquido esverdeado no copinho e então mexeu com o palito de Picolé e deixou lá parado por uns instantes. Pude ver pelo canto do olho que Matthew estava tenso, a expressão dele estava séria enquanto encarava o copinho e seus ombros estavam mais rígidos do que o normal.

Cinco minutos depois Vincent retirou o palito do copinho e sorriu ao analisar a cor na ponta, ele estava realmente feliz com aquilo e eu no entanto, estava confusa e com um pouco de medo. Sem largar o palito ele se levantou e virou para mim sorridente, eu nunca vi Vincent tão feliz assim antes, era como se ele tivesse ganhado uma bolada de dinheiro na loteria, ou algo do tipo.

_Meus Parabéns querida _disse ele animado. _Você está Grávida.

Automaticamente olhei para Matthew e me encolhi um pouco ao ver sua expressão, ele estava surpreso mais com raiva ao mesmo tempo. Antes que eu pudesse perguntar alguma coisa, meus pensamentos foram interrompidos pelos gritos de Lizz. Minhas pernas se moveram automaticamente e eu corri escada acima, ao chegar no quarto pude vela se debatendo enquanto Luke tentava acalmá-la. Eu entro no quarto quase correndo e me sento ao lado de Liza, ela se debatia muito e gritava, mas assim que toquei sua testa ela parou imediatamente e olhou ao redor atordoada e confusa. Assim que seus olhos focaram em Luke ela começou a chorar desesperadamente, ele a abraçou de forma protetora e começou a sussurrar coisas em seu ouvido para acalmá-la.

_ Calma Lizz eu tô aqui _sussurrou Luke carinhosamente.

Quando sai do quarto novamente ouvi Matthew discutindo na sala mais não conseguia ouvir com clareza, só quando comecei a descer que percebi o quão furioso Matthew estava, por um momento quis entrar na sala e falar com ele, mas eu apenas fiquei parada no corredor ouvindo a conversa na sala:

_Matthew pelo amor de Zeus esse bebê não é uma maldição _ Vincent parecia estar assustado.

_Não é uma maldição? Você lembra o porque fui amaldiçoado certo? _disse Matthew transtornado.

_Matthew meu filho… Akashiya estava grávida de Lican quando morreu _explicou Vincent _ Talvez os deuses estejam dando uma chance a vocês dois.

_Como eu não me lembro disso? _ perguntou Matthew chocado.

_ Como poderia filho? Akashiya foi arrastada e queimada em praça pública na noite em que ia te contar _Esclareceu Vincent.

_Como sabe de tudo isso pai? _Matthew parecia desconfiado.

_Eu sei porque fui eu que examinei Akashiya _ respondeu Vincent tranquilamente

***

Depois do que pareceram horas de conversa Matthew finalmente pareceu aceitar minha gravidez repentina. Todos estavam lá dentro reunidos em volta da lareira conversando e perguntando a Liza como ela estava depois de tudo que houve com Jason e Cronos, eu sei que posso ser egoísta de não estar lá com ela, mas eu precisava ficar um pouco sozinha pra digerir o fato de que vou ter um bebê híbrido. Antes que eu me desse conta estava afagando minha barriga e as lágrimas escorriam sem controle por meu rosto, pela primeira vez eu me senti feliz de verdade, mas também estava sentindo medo. Um pensamento horrível cruzou minha mente e simplesmente me deixo levar pelo impulso do desespero, simplesmente caminhei ate a cozinha e fiz um chá com ervas. Minhas mãos estavam trêmulas quando peguei a chaleira e comecei a servir o chá, só me dei conta de que estava chorando quando a chaleira escorregou da minha mão e o chá se espalhou pelo chão.

Eu estava prestes a beber o chá da xícara quando Isabelle entrou gritando na cozinha ao ver o que eu ia fazer.

_Alex Não! Em nome dos deuses não! _ ela gritou enquanto tirava a xícara de minhas mãos.

Ela me abraçou enquanto eu caia de joelhos no chão chorando descontroladamente, ela me puxa para o seu colo e me aninha gentilmente nos braços.

_Não faça isso querida _suplicou ela. _ Você e Matt serão ótimos pais eu tenho certeza.

Lizz, Luke e Vincent entraram apavorados na cozinha e se ajoelharam ao meu lado, Matthew, Anna e Bianca vieram logo atrás. Todos estavam ajoelhados ao meu redor e apavorados com meu estado, mais a única coisa que eu conseguia fazer naquele momento era chorar no colo de Katherine. Ela afagava meus cabelos gentilmente enquanto me embalava de forma carinhosa em seus braços, seu doce cheiro de lavanda me trazia lembranças da minha mãe quando ficou grávida de Allison. Afasto um pouco o rosto e olho para Isabelle com os olhos cheios de lágrimas.

_ Eu estou com medo…_sussurro.

Ela beija minha testa com carinho e abre um sorriso reconfortante, como minha mãe costumava fazer quando eu estava aflita.

_Não fique querida isso é normal _garantiu ela. _Eu também fui perseguida por Cronos quando fiquei grávida de Matthew.

_ Mas o que Cronos quer conosco afinal? _pergunto.

_Seus poderes querida _ respondeu Isabelle _Se Cronos juntar seus poderes ilimitados de feiticeira, com os poderes híbridos e a parte divina de Matthew. Cronos será o Deus absoluto do universo, céu, inferno e qualquer outra coisa que seja ligada a poder e imortalidade. Se isso vier a acontecer, tudo que conhecemos vai desaparecer, nós seremos cinzas.

Ouvir aquelas palavras foi como ser apunhalada pelas costas por uma faca extremamente afiada, mas, pelo menos, agora o motivo estava claro, o desgraçado queria a mesma coisa de sempre. Ficar bêbado de poder, ficou fácil entender os deuses depois dessa, eles não tinham culpa de serem obcecados por poder. Eles eram apenas pobres coitados com um Pai masoquista psicótico que só pensa em ser o “Rei do mundo”. Aquilo fez meu sangue borbulhar de ódio e eu me levantei num salto, todos me olharam preocupados mais eu tentei ignorar.

_Alex quando estava com Cronos_começou Lizz _Ouvi ele citar uma Profecia. “As almas despertarão, o filho do híbrido reencarnará e a ruína do tempo ele trará. E a nova era dos deuses das cinzas da Fênix renascerá”.

_ O filho do híbrido? Quem garante que o bebê vai ser menino? _questionou Luke.

_ É o Daniel sem dúvida _ sussurrei pra mim mesma.

Automaticamente minha mão desce a barriga, e quando me dou conta a mão de Matthew esta sobre a minha. Ele acariciava minha barriga como se estivesse com uma boneca de porcelana nas mãos, aquilo me fez rir. Ele franze a testa pra mim e ri junto comigo.

_Estou sendo muito coruja não é? _brincou ele.

_Muito coruja _falo rindo.

De repente Matthew me ergue do chão me fazendo dar um grito, Liza e os outros riam baixinho enquanto Matthew girava comigo em seus braços rindo como uma adolescente boba e apaixonada. Seguro seu rosto entre minhas mãos e o beijo intensamente, seus lábios estavam quentes e macios sob os meus. Seu hálito doce invadia minha boca tocando cada pedacinho de mim, suas mãos pareciam tocar cada centímetro do meu corpo. Eu podia sentir nosso amor transbordando nosso beijo, era vivo e intenso como o fogo, e que nem mesmo os deuses poderiam destruir.