Fanfic: A Maldição da Fênix: O Despertar | Tema: Mitologia Grega/Romance/ Lobisomens/Vampiros/ Feiticeiros/Magia/Hot +18/ Violência/Assassinato/Esqua

O conselho resolveu se reunir no cemitério, um lugar bizarro na minha opinião, mas segundo Clarisse o cemitério era o lugar apropriado para se “conectar” com as feiticeiras ancestrais.

Mas a situação ficou realmente bizarra quando eu cheguei, todos ficaram petrificados e seus olhos me seguiam como se eu fosse algum tipo de assombração.

Eu fui convidada a fazer parte da " família", mas minha intuição dizia que havia algo errado por trás dessa palhaçada, se elas são feiticeiras do bem então porque as auras delas são tão escuras e pesadas?

Alguma coisa estava errada nessa história e não era nem um pouco agradável. Me encolhi um pouco quando uma das feiticeiras se aproximou de mim, a aura dela tinha um tom escuro de bronze com finas linhas pretas em torno dela, isso sem falar na energia pesada que emanava de seu corpo. Seus olhos azuis me analisavam friamente, seu cabelo era de um tom acinzentado e a franja caia de maneira sútil cobrindo o olho esquerdo. Ela abriu um sorriso cruel para mim e então falou friamente:

_Ora, Ora. Alecxandra Katherine Grayson, que honra tê-la aqui conosco.

O que essa esquisita ta querendo? Penso inquieta. Os pelos da minha nuca ficam eriçados e minhas mãos tremem um pouco “controle-se Alex!”

_ E você é…?_pergunto de modo indiferente.

_ Allisa Howlett, conselheira da feiticeira anciã.

Os olhos dela pareceram brilhar de triunfo ao dizer essas palavras.

Precisei reunir toda minha ousadia para manter meu jeito de durona.

_ Bom Allisa, obrigada pela recepção calorosa, mas não vou ficar._o tom de minha voz saiu mais áspero do que eu pretendia.

Todas se viraram para mim de imediato, com os olhos arregalados de pânico. Clarisse foi a primeira a falar, sua voz saiu trêmula e falha como a de uma criança assustada:

_Você não vai…ficar?

Os olhos azuis de Clarisse estavam fixos em mim, ela me encarava como se eu a tive ferido como uma faca afiada.

_Lamento desapontar vocês, mas não vou ficar em um lugar que me faz mal._minha voz sai firme e estável.

Antes que pudessem dizer alguma coisa, eu me levanto e dou as costas, tia Layla e tio Ben me acompanham em seguida. Foi um pouco difícil achar a saída, e como se não bastasse minhas pernas estavam tremendo, precisei me segurar no portão pra não cair.

_Está tudo bem querida?_ a voz de tio Ben era cautelosa enquanto ele me dava apoio colocando uma das mãos em meu quadril.

_Tem muita energia ruim aqui… Esse lugar me faz mal_minha voz falha.

Imagens lampejam na minha cabeça, as mesmas que vejo no pesadelo, os gritos agonizantes de Akashiya ecoam pela minha cabeça e uma dor tenebrosa invade meu corpo fazendo-me cair de joelhos e meus órgãos se contraírem de dor. Levo minhas mãos a cabeça e aperto a mesma com força, fazendo meus dedos ficarem enterrados em meu cabelo. Eu não conseguia pensar, só sentia dor, uma dor dilacerante e a única coisa que eu conseguia fazer era gritar e chorar.

_ AH! ISSO DOÍ!

_Querida o que foi?_tia Layla estava de joelho ao meu lado tentando me ajudar.

Os gritos ecoavam cada vez mais altos em minha cabeça fazendo meu cérebro latejar, através das lágrimas as imagens lampejavam em minha mente. Era como se eu estivesse vendo através dos olhos dela. Uma luz acendeu em minha mente, mesmo com toda aquela dor e os gritos em minha cabeça, essa luz me fez entender o porque eu me sentia mal de estar no cemitério.

_Foi… Foi aqui…Que ela morreu…_as palavras saiam entre cortadas.

_Ela quem querida?_perguntou tia Layla assustada.

_Aka…shiya…

Ela e tio Ben trocaram olhares assustados por um momento e depois voltaram a atenção para mim, Tio Ben tentou ser o mais gentil possível ao me puxar para o seu colo e me carregar.

_Não se preocupe querida nós vamos sair daqui, você vai ficar bem._o tom na voz de tio Ben era tranquilizador e protetor ao mesmo tempo.

A dor já estava me deixando entorpecida e minha visão começava a ficar turva, lentamente eu fui arrastada para escuridão fazendo-me ficar inconsciente.

Minhas lembranças da vida anterior tem ficado cada vez mais fortes do que o normal, é como se meu inconsciente estivesse me fazendo lembrar de algo importante que eu não estava conseguindo. A escuridão se dissipou e a enorme sala de espelhos voltou a aparecer, senti uma pontada forte em minha barriga enquanto me aproximava de um deles. Meu reflexo no espelho estava mais pálido que o normal e um pouco irreconhecível por conta das cicatrizes de queimadura que estavam literalmente abertas, o sangue escorria lentamente pelo canto dos olhos e a boca, assim como em meus joelhos.

Me aproximo um pouco mais do espelho e só então percebo o enorme volume em minha barriga que se destacava sob a camisola branca coberta de cinzas, automaticamente minhas mãos se fecham ao redor da minha barriga de forma protetora. As imagens de Akashiya sendo queimada viva invadiram minha mente outra vez, minhas mãos estavam trêmulas e as pontadas em minha barriga estavam cada vez mais fortes, quando volto a encarar meu reflexo no espelho não consigo controlar o grito de horror que escapa da minha garganta enquanto o sangue escorre da minha barriga e se espalha pelo chão como uma enorme poça. As imagens começaram a desaparecer mais meus gritos continuaram cruelmente, até que a escuridão finalmente me entorpeceu.