Fanfic: A Maldição da Fênix: O Despertar | Tema: Mitologia Grega/Romance/ Lobisomens/Vampiros/ Feiticeiros/Magia/Hot +18/ Violência/Assassinato/Esqua

Adoraria dizer que acordei bem e disposta, mas eu estaria sendo sineca comigo mesma. A primeira coisa que fiz quando acordei, foi tomar um bom banho naquela banheira enorme. Coloquei várias velas em torno da banheira e espalhei os sais de banho na água, só me dei conta de que meu corpo estava terrivelmente tenso quando entrei na água morna. Parecia que todos os meus músculos tinham dado nós triplos, isso sem falar na minha cabeça, era como se eu tivesse enchido a cara até 3:00 da manhã e agora estou com uma bela ressaca. A vantagem para me deixar relaxada eram as velas, que para minha alegria tinham um cheiro delicioso de morango.

Meus olhos estavam fixos nas velas, as chamas dançavam lentamente em câmera lenta. As chamas aumentam e diminuem no mesmo ritmo, elas apagam de repente e minutos depois reacendem novamente.

Respiro fundo e fecho os olhos, lembranças ruins invadiram minha mente, mas o meu cérebro bloqueou automaticamente.

_Esta conseguindo relaxar?_pergunta uma voz familiar.

Abro os olhos assustada e procuro desesperadamente pela voz, até que me deparo com um rosto. Pele morena olhos castanhos e cabelo preto e cacheado que caia livremente pelos ombros e era tão escuro quanto sua regata preta do Evanecence e seu short jeans.

_Oi Emma. _ sorrio.

Ela abre um sorriso caloroso e se aproxima sentando do meu lado, colocando os pés de molho na banheira.

_ Que água boa hein.

Nós duas rimos como idiotas, mas não durou por muito tempo. Volto a encarar as velas e suspiro desapontada comigo mesma, mordo o lábio tentando conter a frustração. Eu quase cuspo as palavras quando consigo falar novamente.

_Emma… Você já sofreu um trauma horrível a ponto de seu cérebro bloquear?

Ela me olhou confusa por um instante e depois sorriu.

_ Não, mas acho que sua tia sabe como te ajudar._respondeu ela confiante.

Antes mesmo que eu pudesse dizer alguma coisa ela se levantou com agilidade e desapareceu pelo corredor, descendo rapidamente as escadas. Tentei ouvir o que Emma conversava com meus tios, mas eu só ouvia murmúrios abafados. Instantes mais tarde ouço passos na escada, logo em seguida meus tios e Emma aparecem, com livros enormes de capas duras e potes de vidro cheios de ervas.

Franzo a testa ao ver aquelas coisas.

_Pra que tudo isso?_pergunto confusa.

Tia Layla me lança um olhar tranquilizador enquanto ela e tio Ben se aproximam e jogam algumas ervas na banheira.

_Alex querida, vai ficar tudo bem ok? Só relaxe ou o feitiço não vai funcionar_alertou tia Layla.

_Vamos precisa que mergulhe querida, precisa estar totalmente submersa._ explicou tio Ben.

_Por quanto tempo?_ minha voz estava trêmula.

Os três trocaram olhares por um instante. Eu ia ter que estar a beira da morte. A resposta ficou visível no meu rosto, o que fez tia Layla trincar os dentes de frustração.

_Desculpe querida é o único jeito_respondeu tio Ben tenso.

Respiro bem fundo três vezes e então mergulho encostando minha cabeça no fundo da banheira. A única coisa que eu conseguia ver eram as ervas na superfície, e as mãos de Emma segurando meus ombros.

Mesmo de baixo da água eu podia ouvir as vozes na superfície, eu já não estava mais conseguindo respirar meus pulmões ardiam.

Eu começo a me debater desesperada tentando tirar as mãos que me seguravam, eu já não conseguia prender a respiração, a água já entrava em meus pulmões. Aos poucos fui perdendo a consciência visão ficava embaçada, e as folhas de ervas que boiavam na superfície se tornavam um borrão verde. Fecho os olhos por um instante e abro novamente, no lugar das ervas apareciam imagens trêmulas, no memento exato que ele invadiu a nossa casa e atacou meus pais. Minha mãe tentava impedir que aquela coisa entrasse, com um único movimento ele arremessa minha mãe ao outro lado da sala. A coisa estava coberta por um enorme manto preto que arrastava pelo chão, era quase impossível ver seu rosto coberto pelo capuz preto, a parte exposta do rosto era esbranquiçada e parecia estar se decompondo lentamente, havia buracos no pescoço com osso a amostra. Ele carregava uma enorme foice de prata retorcida e muito afiada, ele atravessava lentamente a sala, mas não estava interessado em minha mãe. Era como se estivesse caçando alguma coisa, naquele momento meu pai aparece e voa para cima da coisa cravando os dentes no pescoço dele, por um momento os olhos do meu pai estavam amarelos, mas então A coisa rasgou meu pai ao meio com a foice, jorrava sangue para todo o lado do enorme corte em forma de C. Minha mãe estava de pé e se colocou entre meu pai e A coisa, mas antes que ela pudesse fazer qualquer coisa a foice atravessou seu corpo e o do meu pai ao mesmo tempo e os dois urraram de dor, e então ele os arremessou contra a parede, a foice estava encharcada de sangue e pingava no chão deixando uma trilha enquanto subia a escada.

Allison estava no pé da escada e segurava uma espécie de lança nas mãos, ela contra atacou mais foi inútil. Ele agarrou a lança e empurrou contra o corpo de Allison fazendo a lança atravessar o mesmo, ela cai de joelho no chão e vomita sangue, seu corpo perde o resto do equilíbrio e rola escada abaixo. Ele faz um breve movimento com a foice novamente e ela se transforma em uma foice de fogo, não importa onde encostasse o fogo devorava tudo em segundos. Eu tinha acaba de chegar da escola naquele dia, e só pensava em arrombar a porta e salvar minha família, assim que entro o teto despenca em cima de mim machucando minha cabeça e quebrando minha perna. Gritos ecoavam pela minha cabeça. O fogo consumia rapidamente cada centímetro da casa, uma cortina de fumaça se espalhava pela casa. Meus pulmões pareciam pedra, eu não conseguia respirar ou sequer me mexer, mais ainda assim ouvia os gritos de ensurdecedores dos meus pais. Meus olhos varriam a sala a procura deles, mas a única coisa que encontrei foi o corpo de Allison, frio e sem vida nos degraus da escada. Seu corpo estava coberto de sangue, uma lança estava atravessada em seu corpo. Meus olhos ardiam e as lágrimas brotavam silenciosamente.

Meu corpo parecia chumbo, por mais que tentasse não conseguia me mover, dores horríveis invadiam minha cabeça e eu podia sentir o cheiro de sangue.

Tentei mais uma vez me mexer, mas, minha luta foi em vão tentei gritar mais minha voz não saia. A casa estava em silêncio, exceto pelo baralho das chamas, que devoravam tudo pelo caminho.

Eu estava prestes a mergulhar na escuridão novamente, quando ouvi sirenes do lado de fora, logo em seguida vieram vozes.

Eu estava fraca e atordoada demais para distinguir quem era. Estava ficando difícil respirar por conta da fumaça, meus pulmões ardiam e minha visão estava ficando turva.

A escuridão tomou contada de mim, as vozes, sirenes sumiram e eu mergulhei na escuridão. Por um breve segundo consegui obrigar meus olhos a se abrir e percebo que alguém me carregar, seu rosto estava coberto de cinzas e seu cabelo loiro estava todo bagunçado, seus olhos pousam em mim por um momento, seus olhos eram de um verde extremamente vivo como duas enormes pedras de esmeralda. Mas eles eram intensos como as chamas que se formavam em seus olhos. Durma Alex, foi apenas um pesadelo. Sussurrou em minha cabeça.

As imagens somem e o borrão verde aparece novamente, e lá estou eu me debatendo e com os pulmões ardendo e cheio d'água. As mãos de Emma me soltam e eu retorno para a superfície vomitando água.