Fanfic: Sem Fôlego - Vondy(adaptada - finalizada) | Tema: Vondy

- Bem. Agora, lembre-se, você comporte-se em frente do Mr. Christopher da exata forma que Alfonso se... - Ela acenou para um homem jovem e alto, que eu ainda não tinha encontrado - comporta em frente à Sra. Uckermann. Vocês serão os únicos que estarão na mesa esta noite. Mr. Uckermann e Jason chegam amanhã, por isso, esta noite, vocês dois são os únicos a estar servir. 

- Certifique-se que você está em silêncio por trás do Mestre Christopher enquanto ele come e siga os passos de Alfonso. Ele irá ajudá-la com qualquer coisa que não se sinta segura.

Desviei o olhar para Alfonso que parecia ser apenas alguns anos mais velho que eu, provavelmente em idade universitária. Seu cabelo castanho e olhos verdes sorrindo imediatamente me relaxou. Ele me deu a mão bronzeada e sorriu.

- Alfonso Herrera. - Enfiei minha mão na sua, e ele apertou. 

- Dulce María. - Ele acenou com a cabeça, ainda sorrindo, e pegou a bandeja. 

- Eu vi o seu desempenho corajoso de ontem, você fez certo o seu trabalho aqui. - Fiquei surpreso como seus olhos passaram de nervosos a determinados em menos de um segundo. Ele pegou a bandeja na frente dele, sorriu e levantou-a calmamente diante de mim.

- Você pode me seguir... Desde que você sirva a comida da Sra. Uckermann. - Ele me deu uma piscada antes de se virar e ir em direção à entrada da sala de jantar. 

A grande sala não era nova para mim. Eu tinha limpado os andares naquela manhã. Alfonso tomou seu lugar atrás da Sra. Uckermann, que estava sentada atrás da entrada. O alarme natural em meu corpo me disse, enquanto eu andava e ficava atrás de Christopher, que estava sentado na mesa principal. Alfonso olhou para me guiar. Ele acenou com a cabeça, e colocou a salada na mesa exatamente ao mesmo tempo. Dei um passo para trás. Alfonso acenou para eu ficar ao lado dele, então eu fiz. 

- Eu ainda não entendo por que papai está fazendo tudo ir para Jason ir a entrevista em Yale, se ele não quer ir para lá. - A voz de Christopher soou tão suave que era quase irreal. Eu senti como se tivesse entrado em um filme, e eu estava assistindo a cena diante de mim. 

- Seu irmão não sabe o que é melhor para ele. Ele tem um cérebro para ser muito mais do que apenas o irmão mais novo de Christopher Uckermann. Ele poderia fazer um nome para si mesmo, se ele se concentrar, ao invés de passar o tempo jogando com o mercado de ações. Sua cabeça para números está sendo desperdiçada.

Christopher olhou para mim e parecia sorrir antes de voltar a olhar para sua mãe. - Os dois irão acabar se afastando. Você está certa, ele é inteligente e não requer que você pense por ele.

A Sra. Uckermann deu uma risada curta e dura. - E você não estaria onde está hoje se eu não tivesse te pressionado tanto. Tudo o que você queria fazer era jogar beisebol com seus amigos e tocar em uma banda de garagem, sem talento, além de você.

Christopher suspirou, tomando um gole de água gelada, e se virou para sua mãe. - Chega mamãe, não comece a falar mal dos únicos verdadeiros amigos que já tive.

A Sra. Uckermann olhou para trás, e Alfonso tocou minha mão para chamar minha atenção para ela, é por isso que eu estava lá. Demos um passo à frente, ao mesmo tempo, removendo os pratos de salada dos Uckermanns.

 - Podemos conseguir algo mais do que água para beber com a sua refeição? - Perguntou Alfonso com um charmoso sotaque sulista. Cruzei meus olhos com os dele mais uma vez. Eu lutei contra a tentação de deixar meus olhos vaguearem para a direção de Christopher.

Sra. Uckermann suspirou. - Eu acho que um copo de Merlot não deveria me ferir. - Ela olhou para o filho e alisou o guardanapo no colo, como se estivesse tentando decidir. - Traga-me um copo de Merlot que temos na adega.

Christopher se inclinou para trás, e eu pude ver que ainda estava olhando para mim. Então eu respirei e assenti para ele.

 - Se você puder trazer um copo de chá gelado doce da Sra. Mary, por favor.

Eu balancei a cabeça e resisti a sorrir de volta. 

- Sim Senhor. – Alfonso disse. Ele deu um passo para trás e acenou com a mão para que eu tomasse o caminho de volta para a cozinha. Deixei a sala de jantar e imediatamente tomei uma respiração profunda. Eu não tinha percebido o quão angustiante que isso poderia ser. Assim que entrei na cozinha, Alfonso sorriu. 

- O quê? Fiz algo errado? – Alfonso balançou a cabeça e uma mecha de cabelo caiu em seus olhos.

- Não, você foi ótima. Agora vamos encontrar a sopa de caranguejo antes que a Sra. Mary tem um ataque. - Virou-se para a governanta. - Sra. Mary, precisamos do Merlot da adega. 

A Sra. Mary lhe entregou a garrafa já aberta juntamente com um copo. - Eu tinha pensado nisso, e aqui está o chá doce Christopher.

- Eu vou cuidar das bebidas. – Alfonso disse.

Eu era muito grata para me perguntar o porquê. Apenas balancei a cabeça e o segui pelo corredor para a sala de jantar. Pouco antes de entrarmos, Alfonso virou-se para olhar para mim. - Ignore que ele está te observando. Você é um prazer para os olhos. Eu não posso culpá-lo, mas se você quiser manter este trabalho, tente ficar invisível. - Piscou para mim, e em seguida, abriu a porta. 

Meu objetivo na vida era me tornar invisível. Pelo menos, eu pensei que estava tentando fazer isso. Aparentemente, eu precisava tentar mais. 

- Tenho a intenção de ter muito tempo para relaxar na praia. Eu gosto do acesso às praias privadas que temos aqui e ser capaz de relaxar sem ninguém tentar falar comigo, ou me conhecer, ou levar-me a assinar um autógrafo é algo que eu tenho sonhado por um ano. Eu preciso de uma pausa. Eu sei que Gregory odeia a ideia de que não estou disponível por três meses, mas eu preciso disso para minha sanidade. – Christopher olhou para mim enquanto eu colocava a sopa diante dele. – Obrigado. - ele sussurrou. 

- Eu também quero que você tenha uma pausa. Gregory pensa que um pouco de tempo na frente de seus fãs neste verão seria ótimo para o PR. Talvez você pudesse fazer um show na praia, ou apenas ir a algumas estreias de filmes.

Christopher negou com a cabeça. - De jeito nenhum, mamãe. Recuso-me a saberem que estou aqui. Escolhi o Alabama por que não uma área altamente povoada. Melhor ainda, esta pequena ilha é privada. Vou considerar algumas estreias de filmes, mas nada mais. Não há concertos. 

A Sra. Uckermann encolheu os ombros. - Bem, eu disse a Gregory que tentaria, e eu fiz. Ele pode lidar com você, você é um adulto. Eu não vou te pressionar mais.

Christopher continuou a comer, e eu estava perto da janela olhando para fora junto a Alfonso, e Christopher estava esperando o momento eu teria que retirar a seu copo. Olhei para Alfonso, e ele encontrou meus olhos com um sorriso. Ele era todo o formal, e eu percebi que ele queria que eu fizesse as coisas muito bem aqui. Eu tinha feito um amigo. Alfonso tocou levemente meu braço e deu um passo adiante. Imediatamente seguir e levei a taça.

- Mais chá doce, senhor? 

Christopher olhou para mim e deslizou seu olhar para Alfonso. - Sim, por favor. 

A taça da Sra. Uckermann estava secando rapidamente. Alfonso novamente recuou e permitiu-me ir primeiro. Fizemos a mesma rotina de antes. Uma vez na cozinha, pegou as bandejas e as preparava com as mais ricas e exóticas comidas que eu já tinha visto. 

-Wow, com certeza eles comem muito. 

-A Sra. Uckermann raramente prova a sua comida como hoje, e meu palpite é que ela apenas tocará nisso.

- Ele come tudo dele. 

- Sim, mas ele é um menino crescendo. 

Eu ri com a imitação da Sra. Mary que Alfonso fez, ele pegou a bandeja e, em seguida fomos pelo corredor agora familiar. Uma vez lá dentro, coloquei a comida na frente de Christopher novamente, e Alfonso colocou o chá doce para mim. 

Christopher e sua mãe comeram em silêncio neste momento. Às vezes, eu sentia que ele estava olhando para mim, e um breve toque da mão de Alfonso, certamente, me lembrava que eu precisava ser invisível. Nunca olhei para aqueles olhos escuros de aço curiosos. Mãe e filho trocaram algumas palavras casuais, mas na maior parte do tempo, eles comeram em silêncio. Finalmente, depois do que pareceu uma eternidade, olhei para Christopher para ver se ele tinha terminado, e nossos olhos se encontraram. 

Tentei desviar o olhar, mas seus olhos tinham uma pitada de riso. Olhei para meus pés, e Alfonso apertou meu braço. Fiquei impressionada. Eu olhei para ele, e ele acenou com a cabeça para que pudéssemos pegar os pratos. Limpamos os lugares na frente deles de uma só vez, e caminhamos em direção à porta. 

- Eu não quero sobremesa. - A Sra. Uckermann disse a Alfonso. - Eu odeio te deixar comendo sozinho, mas estou exausta filho. Eu vou estar no meu quarto, se você precisar de mim. 

Christopher parou quando sua mãe deixou a mesa. Uma vez que ela foi e sentou-se novamente.

 - Eu amaria a sobremesa. – Ele disse isso para nós ou disse isso diretamente para mim? Alfonso assentiu. 

- Sim, senhor. - Disse ele em um tom sério, e saímos a esquerda. Uma vez na cozinha, Alfonso colocou sua bandeja. 

- Bem, isso é estranho. Você deveria levar o seu prato, e desde que sua mãe saiu, eu não tenho nenhuma razão para voltar. Eu poderia ir em seu lugar, o que seria a melhor ideia, mas estou com medo que ele vá ficar com raiva. Ele te notou, e eu sei que você vai fazer o tudo para ficar longe dele, mas eu esperava já que ele é famoso e não prestaria atenção em mais um rostinho bonito. – Alfonso suspirou e inclinou seu quadril na mesa e cruzou as longas pernas. Eu estou deixando isso para você fazer.

 - Eu? 

- O que você quer que eu faça Dulce? Não é sobre o seu trabalho, é sobre o meu. Se você não voltar, eu poderia perder meu emprego por tomar seu lugar. Acho que ele percebeu que eu estou te protegendo. Se você vai ou não, o seu emprego está seguro... por enquanto. - Suspirei e peguei a bandeja com a sobremesa. 

- Eu não colocaria em risco o trabalho de outro por me ajudar. Eu vou. 

Sem outra palavra, eu entrei na sala sozinha. Uma vez que entrei, olhos de aço encontraram os meus e ele sorriu.