Fanfics Brasil - Extra: Por ChanYeol Incertezas Nebulosas

Fanfic: Incertezas Nebulosas | Tema: EXO


Capítulo: Extra: Por ChanYeol

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Eu sempre o observava enquanto este tentava passar despercebido entre todos, mas falhando miseravelmente, pois eu o enxergava, impossível não notar um ser tão perfeito entre tantas pessoas sem graça, sua expressão sempre fechada me deixava instigado a descobrir seus segredos e medos que este lutava para manter escondidos de todos, e de longe eu o seguia, guiado pelo encanto daqueles olhos e a dança suave que seu corpo possuía ao andar.


Não sei por quanto tempo o seguia, mas sei que era o suficiente para saber suas manias, onde morava e seus esconderijos, onde inocentemente acha que nunca iriam o encontrar, mas eu sempre o achava.


A necessidade de o tocar e possuir tudo o que era dele para mim cresceu tanto que chegou ao ponto onde não podia mais suportar a distância que eu mantinha dele, tinha que ouvir sua voz e sentir seu cheiro junto com maciez que a pele branquinha contra a luz fraca do sol aparentava ter, e antes que pudesse me conter eu adentrava seu esconderijo, abalando sua fantasia de ser invisível.


Sabia que ele não me queria lá, mas mesmo tendo aqueles olhos raivosos em minha direção, eu ainda o achava lindo, e quando sua voz, mesmo que grosseira, foi dirigida a mim com o intuito de me atacar, foi como se anjos cantassem, era melodioso como tudo nele e eu tive certeza que não conseguiria viver mais sem o ter apenas para mim.


 


~-~


Foi difícil o dominar, mas aos poucos eu conseguia, mesmo que em alguns momentos era a base do medo, eu o manipulava para satisfazer meus desejos e caprichos em relação a ele, mesmo quando ele tentava se impor eu o subjugava, a sensação de ver o quanto eu tinha poder sobre ele era satisfatório, e pela primeira vez eu tinha alguma coisa que era minha e que poderia fazer o que bem entendesse com ela.


Eu o drogava e obrigava a beber comigo, eu me sentia tão bem que quando o olhava em meu estado de êxtase era como se luzes circulavam ao seu redor o tornando tão angelical que precisava o sentir o mais fundo que conseguisse, e mesmo quando ele dormia era como uma perfeição bem a minha frente, uma perfeição que eu poderia usar o quanto quisesse.


Não vou negar, o ver chorando me entristecia também, mas não conseguia entender o porquê ele chorava, eu fazia de tudo para o deixar confortável, e apenas pedia para ele me ajudar a conseguir mais dinheiro para continuarmos a viver bem, porque isso era tão difícil dele entender? Não gostava de me gabar das marcas que deixava nele, mas era necessário também, todos precisam de educação quando desrespeitam alguém que só faz o bem para elas.


Eu o amava, mas eu tinha ciência que ele sabia disso, eu dedicava meu tempo e devoção exclusivamente para ele o tempo todo, nenhuma prova podia ser maior que essa, ele era tudo o que eu tinha, e sem ele não sabia o que poderia ser de mim, mas eu descobri e foi da pior forma possível.


Quando ele me deu as costas, eu gritei e implorei para que voltasse, mas a única coisa que pude ver foram suas costas virando a esquina, ele iria voltar, ele tinha que voltar, eu era tudo o que ele tinha, pois tomei a devida providencia para que ele só tivesse a mim, ninguém era digno de ter ele, apenas eu.


Então eu esperei sentado na sala aguardando que aquele corpo pequeno e magro passasse pela por principal com os olhos tristes e de cabeça baixa enquanto vinha implorar pelo meu perdão, e eu esperei durante horas, dias, semanas, mas ele não voltou.


E em meus momentos de letargia eu o via, como se ainda estivesse aqui, então passava mais tempo inconsciente a mercê das drogas procurando por ele em minha mente, cada imagens, palavra ou gesto, eu precisava dele, mas não conseguia entender como ele não precisava de mim.


Minha primeira vez no hospital foi por conta da minha insanidade e obsessão em vê-lo, ele era a minha loucura e a minha droga que eu procurava substituir com outras, eu tive minha primeira overdose.


Depois disso fiquei obcecado em o encontrar, andava dias e mais dias pelas ruas daquela cidade, dormia a onde o cansaço e exaustão me deixavam, e depois de muito tempo eu o vi, de início achei que fosse coisa da minha cabeça, pois eu o via em cada esquina e sempre era a pessoa errada.


Mas não perdi as esperanças, e como desde o início eu o achei, eu sempre o achava, o segui e em pouco tempo sabia tudo sobre sua rotina, seus amigos, sua casa e seu emprego, ele estava mais bonito o sorriso antes tão esquecido agora aparecia facilmente e para qualquer um, que não era eu.


Eu me afundava em vê-lo e não poder toca-lo, como no início, e depois de um tempo negando eu aceitei que ele conseguia viver mais feliz sem mim, e se a minha razão de viver não precisa de mim, eu não era mais necessário.


Juntei de tudo, e novamente inebriado por inúmeras drogas as quais muitas não sabia o que eram, acabei sendo guiado para a minha única esperança, mais ele não estava em casa.


E novamente acordei com as paredes brancas me cercando, por um momento pensei que tinha tido êxito em meus planos, mas quando o médico passou pela porta sabia que ainda estava vivo, e ao ouvir seu nome, uma pequena chama se acendeu novamente, essa que se apagou ao descobrir que ele negou me conhecer e doeu ainda mais quando ele não veio me procurar.


Mesmo sabendo que ele não me queria mais, eu ainda precisava entender o porquê ele não me amava mais, e minhas pernas me guiaram onde meu coração precisava ir.


Ele estava acompanhado de um amigo que já me era familiar, percebia que ele temia alguma coisa durante todo o trajeto, não entendo o que ele poderia temer, eu nunca deixaria que o machucassem.


Eu apenas esperei que ficasse sozinho, e quando me dirigi a ele depois de tanto tempo, sua reação me deixou feliz, pensei que estivesse surpreso e até feliz em me ver, mas me senti dominado pela tristeza quando o pavor daqueles olhos me miravam, e quando pude ouvir sua voz novamente, me senti desorientado, e finalmente tudo parecia clarear.


Eu o fazia mal, meu amor o machucava, e eu apenas queria me matar por o fazer se sentir assim, e mesmo doendo eu aceitei. Aceitei que se para ele ser feliz eu teria que viver sem ele, eu aprenderia a lidar com isso, eu o amava mais do que minha própria vida, mas eu não sabia como o amar direito, então fui embora.


Não vou dizer que o abandonei, em minha loucura eu ainda o ligava sempre no mesmo horário, quando sabia que estaria em casa, sua voz e sua imagem ao longe era tudo o que me motivava a seguir em frente.


A dor me consumiu por muito tempo, eu me mantinha sobre controle por conta dos remédios, eu consegui me estruturar, se algum dia ele voltasse eu estaria melhor, eu seria uma pessoa melhor, alguém que merecesse ele, e mesmo que ele nunca tenha voltado, eu continuo aqui, apreciando sua felicidade, essa que me faz ser feliz também, e para mim, é o suficiente.


No final eu continuo sendo o mesmo garoto que o olhava sem o tocar, que o amava sem o merecer, talvez eu sempre tenha sido o errado, a única coisa certa aos meus olhos era o amor que eu nutria, mesmo causando mal e meio torto, ainda era a única verdade na minha vida.



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Autor(a): rasui_yoon

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