Fanfic: A Maldição da Fênix: A irá do Tempo | Tema: Mitologia Grega/Romance/ Lobisomens/Vampiros/ Feiticeiros/Magia/Hot +18/ Violência/Assassinato/Esqua

Há muitas descrições de como seria o Inferno, mas eu sempre acreditei na mais óbvia. Nossa mente é o próprio Inferno e se você não souber fechar os portões, os monstros se soltam.

Eu podia sentir meu corpo sendo arrastado pelo piso bruto de pedra mais uma vez, minha visão estava turva e meus músculos latejavam constantemente, mas eu já não me importava mais com a dor. Estava tão entorpecido que já não sentia mais as chicotadas que cortavam minha pele frequentemente, eu podia sentir meus ossos sendo quebrados e o cheiro do meu sangue que escorria pelo chão. Meus pulmões ardiam desesperadamente em busca de ar, mas qualquer movimento que eu fizesse para respirar era interrompido pelo barulho cortante dos chicotes em minha pele até deixar meus ossos amostra.

Sinto um puxão repentino em meus cabelos obrigando-me a erguer a cabeça e encará-lo cara a cara, desde que arrastei Cronos de volta para o Inferno seu corpo tem se desintegrado mais rápido e ver aquilo me deixava satisfeito. Talvez eu morresse mais cedo ou mais tarde, mas, pelo menos, morreria tranquilo sabendo que esse desgraçado vai junto comigo.

Não consegui conter o sorriso de satisfação que cruzou meu rosto com esse pensamento, e antes mesmo que eu me desse conta minha risada ecoava pelas paredes do Tártaro. Os chicotes atacaram novamente minhas costas, mas eu não me importei com a dor, não quando eu podia sentir o cheiro da frustração e angustia de Cronos.

_ Acha isso engraçado mestiço miserável? _ rosnou Cronos embargado de fúria.

Antes que eu tivesse oportunidade para responder, pude sentir a lâmina fria penetrar meu corpo e perfurar meu pulmão. A dor excruciante se espalhou pelo meu corpo como uma onda gigantesca que devasta uma cidade inteira e por mais que tentasse conter o grito ele rasgou minha garganta e eu me contorci tomado pela agonia.

_ Não se sente tão confiante agora não é Keller? _ disse Cronos com um certo divertimento na voz

A dor agoniante voltou a me invadir e eu me contorci de desespero ouvindo o som da minha carne rasgando enquanto ele enfiava a lâmina de prata em meu estômago, a escuridão voltou a me rodear como uma fera faminta pronta para dar o bote. Minha respiração estava mais acelerada que o normal e meus pulmões pareciam estar em chamas que começavam a se expandir por todo meu corpo, como um ácido corrosivo me queimando de dentro para fora lenta e dolorosamente.

A lâmina de prata voltou a perfurar minha pele e eu ri com a dor que ele tentava me causar, os serviçais de Cronos pararam imediatamente assim que ouviram minha risada gélida ecoar pala caverna, até mesmo Cronos se surpreendeu com meu comportamento repentino, pois ele nunca viu o meu eu verdadeiro por conta do amor que sinto por Alex.

Mais eu teria que trazer o monstro átona se quisesse sobreviver naquele inferno e continuar vivo para protegê-la e proteger… Meu filho…Uma imagem falha invadiu minha mente eu pude ver um pequeno bebezinho de cabelos ruivos sorrindo pra mim como se eu fosse sua pessoa favorita no mundo, mas logo a imagem se distorceu e o bebê agora estava coberto de sangue e chorando assustado.

Aquilo fez meu sangue ferver e eu deixei meus instintos me dominarem, deixei o lobo tomar conta de mim. Meus ossos se quebravam e se deslocavam por todo meu corpo, os pelos brancos cobriam meu peito como uma armadura e minhas se transformavam em gigantescas garras pretas e afiadas. Meus dentes pulsavam por sangue enquanto assumiam sua verdadeira forma, as correntes logo se transformaram em pedaços de ferro sob minhas patas gigantescas. Eu podia sentir o cheiro do medo nos criados de Cronos o coração deles batia de forma frenética e descontrolada, o que aumentava minha vontade de matar, eles tentam se defender com o chicote mais eu voo direto para a garganta, rasgando uma a uma em apenas uma dentada e então dilacero seus crânios como se fossem gravetos deixando apenas seus corpos desmembrados sob uma poça de sangue preto.

Ao me virar para Cronos a adrenalina fluiu por todo meu sangue, eu queria dilacerar cada pedaço do seu corpo até não sobrar nada, nem mesmo os ossos. Pulei com agilidade para sua garganta, minhas patas mantinham seu corpo imóvel, meu rosnado era tão cheio de fúria que as paredes da caverna estremeciam. Um sorriso triunfante cruzou o rosto de Cronos ao ouvir meu rosnado, eu estava prestes a rasgar seu pescoço quando senti um metal frio perfurar o meu, aos poucos sinto a prata liquida se espalhar por meu corpo fazendo-me ficar paralisado como pedra.

_eu sou um Titã Keller lembre-se de com quem está brincando_ameaçou Cronos.

Aos poucos minha visão ficava turva e a dor do veneno começava a ficar pior, meu corpo todo estava queimando por dentro e meus pulmões ardiam desesperadamente em busca de ar enquanto Cronos me arrastava pelo corredor escuro, estava fraco demais para revidar e seja lá o que for que ele ejetou em mi, me impedia de voltar a forma humana.

Pude ouvir uma enorme porta se abrindo enquanto ele me arrastava pelo frio e áspero chão do calabouço, assim que as portas se abriram o cheiro de sangue invadiu minhas narinas e eu me debati desesperadamente sob as correntes tentando me libertar, Cronos deu um puxão forte nas correntes envolvendo-as ainda mais em meu pescoço me sufocando. Logo em seguida ouvi o barulho de minhas costelas se quebrando ao se chocarem contra a parede de pedra.

_ Vamos ver quanto tempo vai durar com o acônito correndo por suas veias filho de Zeus!