Fanfic: A Maldição da Fênix: A irá do Tempo | Tema: Mitologia Grega/Romance/ Lobisomens/Vampiros/ Feiticeiros/Magia/Hot +18/ Violência/Assassinato/Esqua
Quando abri os olhos novamente o sol estava se pondo, o azul já estava quase desaparecendo entre o laranja e sutil tom violeta. Jason e eu estávamos viajando direto ele insistiu em ser assim, achava que parar em algum lugar nos atrasaria então preferi não discutir sobre isso. Em questão de teimosia Jason era pior que Matthew, sem falar que era irritante e metido a sabichão, eu não fazia ideia de onde estávamos indo só me dei conta quando vi a estátua da liberdade toda gloriosa em seu pedestal, me virei para Jason chocada e o fuzilei com os olhos mais ele não pareceu notar a fúria em meus olhos.
Que diabos estamos fazendo em Nova York droga? Ele esqueceu que estou sendo caçada?
Solto um suspiro pesado e pego meu celular e deslizo o dedo sob a tela, meus olhos se arregalam quase que automaticamente ao ver as 42 mensagens na minha caixa postal, a maioria delas era de Lizz. Eu queria muito falar com ela mais não podia arriscar, provavelmente se eu ligasse ela conseguiria me rastrear, e se me visse com Jason sem dúvida me internaria em um sanatório. Solto um suspiro pesado enquanto observava os carros andarem, eu realmente estava louca em reunir forças com Jason mais eu não tinha escolha não posso ir sozinha, pelo menos não enquanto estiver vulnerável.
Minha mão automaticamente deslizou para minha barriga e eu sorri assim que meu pequeno lobinho respondeu ao meu toque, pelo canto do olho pude ver Jason franzir a testa com meu gesto carinhoso mais o ignorei provavelmente ele estava se perguntando como posso sentir o bebê se mexer apenas com dois meses. Eu ainda não sentia o bebê literalmente mais podia sentir algo dentro de mim, é um pouco assustador no início mais depois acostuma. Jason estacionou o carro em frente a uma lanchonete e eu dei glória aos céus por isso já não estava mais aguentando aquela dor em minhas pernas.
Sinto uma leve pontada nas costas assim que me levanto, estava sentada naquele carro três dias seguidos sem parar em lugar nenhum, não era surpresa meu corpo inteiro gritar de dor.
_ você está bem? _ Jason perguntou enquanto colocava uma das mãos sob meu ombro.
Eu me virei para ele e o fuzilei com os olhos, seu rosto rapidamente ficou pálido e ele recuou um pouco. Não acredito que ele está me perguntando se estou bem depois de 3 horas de viagem naquele carro.
_ É sério mesmo que tá me perguntando isso Jason?_ pergunto mal-humorada.
Ele se aproximou calmamente e colocou uma das mãos sob meu ombro, mas eu recuei rapidamente. Não é fácil para mim lidar com Jason, principalmente depois de todas as coisas ruins que ele fez. Ele estava sendo manipulado por Cronos sim, mas, ainda assim, ele fez e para mim estava difícil lidar com isso. Se Jason realmente mudou ele teria que me provar isso, até lá não ia facilitar as coisas para ele de jeito nenhum. Assim que entro na lanchonete o cheiro de fest food atormenta meu estômago quase que imediatamente, o lugar não era muito grande e as mesas eram quase grudadas uma do lado da outra, eu precisava muito comer mais primeiro precisava jogar uma água em meu rosto para tentar melhorar minha aparência zumbi.
Quando entrei no banheiro suspirei aliviada por estar bem-arrumado e limpo, ligo a torneira por alguns instantes e observo a água correndo foi quando vi o reflexo de Matthew, precisei de alguns instantes para me certificar que era mesmo ele pois eu nunca o tinha visto naquele estado.
Olhei mais uma vez para a água e vi o rosto desfigurado de Matthew se encher ainda mais de sangue, não pude ver com clareza os homens que o maltratavam mais ainda assim aquela cena me deixava apavorada. Provavelmente Cronos estava castigando Matthew por ter o mandado de volta para o inferno. Aquele maldito desgraçado! Eu estava com tanta raiva que acabei ignorando a dor em minha mão enquanto dava um soco no espelho e o via rachar sob meu punho, uma linha fina de sangue escorreu dos meus dedos até o pulso mais eu não dei importância estava muito absorta nos meus pensamentos.
Suspiro frustrada e analiso o estado do meu ferimento, por sorte o corte não foi tão fundo mais o sangramento estava um pouco intenso. Quando coloquei as mãos na água outra vez senti uma leve ardência em minha pele, suspiro profundamente enquanto pego a toalha eu não estava aguentando tudo isso e para ser sincera queria ter o poder de voltar no tempo.
Talvez se eu pudesse fazer isso conseguiria impedir Cronos antes mesmo dele cogitar causar desgraças pelo mundo, se eu conseguisse fazer isso Matthew e Jason jamais se odiariam e eu não teria uma lista enorme de razões para o querer morto. No momento em que abro a porta meu corpo paralisa quase que de imediato assim que vejo Joyce e seu grupinho de zumbis, estava prestes a correr no momento em que ela me viu mais uma das garotas atirou algum tipo de pó em mim que me manteve paralisada, pelo cheiro daquilo pude perceber que era acônito misturado com alguma erva que eu não conseguia identificar.
_ Onde pensa que vai Alex? _ perguntou Joyce em um tom provocador enquanto se aproximava de mim lentamente.
As garotas a seguiram como cães e cada uma se colocou ao meu lado agarrando fortemente meu braço. Não me lembro de tê-las visto antes, provavelmente Joyce as comprou ou subornou de alguma forma pois quando se trata de chantagem para chegar ao topo e comandar tudo ela é capaz de vender a alma se for necessário.
_ Onde eu vou ou deixo de ir não é da sua conta sua vadia _rosno furiosa enquanto tento me libertar daquele feitiço barato.
Um sorriso cruel cruzou o rosto de Joyce e ela joga a cabeça para trás soltando uma gargalhada cheia de sarcasmo e então voltou a me encarrar silenciosamente por um instante, seus olhos se arregalaram quando fixou o olhar em minha barriga, automaticamente minhas mãos se fecham ao redor do pequeno volume de forma protetora.
_ Agora eu entendo porque as bruxas de Clarisse te querem de volta_ o tom na voz de Joyce me deu calafrios na espinha.
Essas vadias não vão ficar com meu filho de jeito nenhum!
As garotas perceberam o que eu ia fazer, mas antes que pudessem jogar aquele pó maldito em mim de novo eu as arremessei contra a parede. Suas cabeças fizeram um estralo alto quando bateram no piso de madeira, eu estava pronta para atacar Joyce mais aquela desgraçada foi mais rápida, com único movimento dos dedos ela virou meu braço ao contrário deslocando o osso. Mordo o lábio com força para reprimir a dor agoniante que irradiava do meu braço, minhas pernas estavam trêmulas eu não conseguia manter o equilíbrio com aquela dor me incomodando.
_ Parece que a gravidez te deixou vulnerável não é? _ o tom de ironia em sua voz fazia meu estômago se contorcer de raiva.
Antes que eu pudesse responder pude ver Jason a agarrar pelo pulso com força e a jogar contra a parede, ele me segura firme pelo quadril para me dar a chance de se recompor. Mesmo sem eu pedir ele ajudou a colocar meu braço no lugar a dor angustiante aumentou, mas me esforcei ao máximo para não deixar a dor transparecer em meu rosto.
A expressão em seu rosto ficou séria e rapidamente ele se colocou na minha frente de forma protetora, quando olhei ao redor centenas de vampiros estavam no cercando, vê-los em sua forma original era um pouco mais assustador do que eu pensava. A pele deles era uma espécie de couro bem resistente assim como as asas, e seus rostos estavam cobertos por cicatrizes horríveis que desciam ao longo do pescoço e do peito, as veias pareciam pulsar sob a pele acinzentada e viscosa e ver aquilo fazia meu estômago se retorcer, e como se o cheiro de sangue já não fosse o bastante o cheiro se misturava com o dos cadáveres que estavam ali. Eu não podia fraquejar agora se eu desmaiasse seria um alvo fácil para os vampiros, sem contar Joyce e as marionetes dela que estavam do outro lado da sala assistindo a cena, com um sorriso de deboche estampado no rosto.
_ Parece que você e seu amante estão encurralados não é mesmo Alex?_ Joyce falou enquanto observava a cena com satisfação e se preparava para me encurralar e atacar outra vez. _ Acabem com ele, mas deixem a garota comigo _ Joyce ordenou enquanto se aproximava de mim e Jason.
Joyce fez um breve movimento com os dedos, eu pude sentir a magia que ela estava tentando fazer porém não afetou Jason de jeito nenhum, ele continuou parado na minha frente de forma protetora, eu pude ver a frustração cruzando os olhos de Joyce enquanto ela tentava afastar Jason de mim. Se eu não o conhecesse também estaria frustrada como Joyce, mas não estava por que eu sabia o por que ele era imune a magia das trevas, ou, pelo menos, ficaria assim por um tempo. Joyce fez mais uma tentativa inútil de afastar Jason para longe, mas não adiantou, foi quando percebi que o barulho do piano se arrastando.
Quando olhei para o lado pude ver o pequeno piano se preparando para atacar Jason, o riso triunfante de Joyce e fez meu sangue ferver eu estava prestes a voar em cima dela quando o piano arremessou Jason contra a parede, eu corri até ele mais um dos vampiros me puxou com tudo e logo depois suas assas de couro se fecharam ao meu redor como um muro impenetrável, eu precisava fazer alguma coisa antes que fizessem algo ao meu filho. Respirei fundo para me concentrar, fazia algum tempo que eu estava sem usar magia para não prejudicar o bebê.
Meu poder pulsava pelas veias e eu podia sentir a magia ao redor se conectando com a minha até mesmo a energia sinistra e pesada dos vampiros mudou, ainda não compreendo exatamente o porquê mais toda vez que sou tocada pelas trevas… Ou as criaturas morrem e voltam para o inferno, ou são completamente purificadas das trevas. Eu estava prestes a usar meu poder quando a criatura soltou um grito de dor agonizante, ao abrir os olhos pude ver ele se debater e suas presas estavam tocando o colar de prata que eu havia ganhado uma semana antes dela, minha irmã e meu pai morrerem em um incêndio. Ao ver que ele se debatia desesperado atirei a cabeça para trás e o atingi com força, ele urrou de dor e cambaleou para trás atordoado, mais assim que me libertei de suas garras o restante dos vampiros me cercou como uma fera acuada.
Andei lentamente para trás na esperança de conseguir sair pela porta dos fundos, mas as mesas haviam sido espalhadas para todos os lados impedindo qualquer um de chegar a saída, o único jeito era eu lutar e matar aqueles vampiros, instintivamente agarro o pé quebrado de uma das mesas e miro na direção de um deles. Minhas pernas tremiam mais do que o normal mais eu não ia fraquejar, não agora com esses monstros por perto.
Assim que eles avançaram para cima de mim eu segurei o pedaço de madeira com força e ataquei direto na cabeça, o efeito não foi como eu esperava a cabeça de um deles apenas virou para o lado e isso só fez com que os outros ficassem ainda mais bravos.
Eu não tinha outra escolha se não me defender com a magia, quando os vampiros se prepararam para me atacar outra vez eu joguei meu corpo instintivamente para trás numa espécie de salto-mortal. Meus pés pousaram com agilidade sob as mesas destroçadas e eu aproveitei mais uma vez para atacá-los, uma esfera de fogo vermelho gigantesca se formou sob minhas mãos e eu a atirei contra eles, em poucos segundos os vampiros que estavam ali viraram pilhas de cinza. Meu corpo estava completamente trêmulo por conta da adrenalina e o esforço físico que eu estava usando para fazer magia.
Uma das garotas praticamente voou em minha direção com um pedaço de madeira afiado, por uma fração de segundo ela quase me acertou então joguei o corpo para o lado e a agarrei pelo cabelo, ela se debateu e então bateu a cabeça contra minha na esperança de se libertar dos meus braços que se fecharam ainda mais ao redor do pescoço da garota sufocando-a.
Com um único movimento pude ouvir o estalo de seus ossos no pescoço, pareciam pequenos palitos de dente se esmigalhando sob minhas mãos que tremiam compulsivamente por conta da adrenalina que fluía sob meu corpo.
Pude sentir Joyce atrás de mim e rapidamente girei o corpo para ver o que ela estava fazendo, bem a tempo de ver seus pés nocautearem meu rosto e me atirar contra a parede, minha visão estava turva mais eu consegui ver o momento em que ela vinha para cima de mim outra vez. Eu rapidamente me joguei para o lado e dei um chute em suas costelas com força suficiente para atirá-la sob os enormes cacos de vidro que estavam espalhados pelo chão. Me levanto com um pouco de dificuldade minhas pernas ainda estavam trêmulas por conta da força produzida pelo impacto de ser jogada contra uma parede, Joyce se levantou com tanta agilidade e rapidez que parecia um ninja, para o meu azar ela estava com um pedaço de madeira na mão extremamente afiado.
Minha única vantagem é que eu sabia como me defender dela só precisava de uma chance para dar o golpe certeiro, ela se preparou para atacar e eu segurei seu peso com o pedaço de madeira que estava nas mãos. Ela tentou arrancar a madeira de minhas mãos mais eu continuei segurando firme e aproveitei a brecha para atacar suas pernas que estavam vulneráveis. Ela cambaleou para trás e caiu de joelhos, eu precisava sair daquele lugar logo e dar um jeito de despistar essas malditas pra longe do meu filho.
_ Você não vai escapar Alex eu não vou deixar_ ela agarrou meu tornozelo com força me impedindo de se mexer.
Eu me virei e encarei seriamente tentando encontrar um porque para não acabar com a raça dela sem um motivo, Joyce havia mudado muito e com certeza não era apenas na personalidade mais fisicamente também. Seu rosto estava mais fino que o normal era quase possível ver a parte óssea de seu rosto, seus olhos estavam vermelhos e irritados e com olheiras provavelmente ela estava sem dormir por alguns dias, mas eu sabia que o fato dela estar tão magra assim era efeito colateral que se tem quando usa magia em excesso.
_ Só me responde uma coisa Joyce, porque se tornou uma das feiticeiras de Cronos se sabe que no fim das contas ele usa vocês como uma geladeira de poder?
Ela me olhou por um instante parecia que era a primeira vez que ela pensou sobre o assunto nesse ponto de vista, suas mãos e lábios tremiam sutilmente provavelmente era abstinência por poder ou algum tipo de punição que as Feiticeiras aplicavam em si mesmas caso não cumprissem suas tarefas.
_ Se eu fosse você Joyce ficaria fora disso
Uma voz estranhamente familiar ecoou pela lanchonete destruída e rapidamente me virei para ver quem era, por um instante fiquei aliviada em ver o Professor Chandler, mas não tinha ideia do que ele estava fazendo ali. A expressão em seu rosto era séria geralmente ele ficava assim quando estava realmente bravo com algo, seus olhos cinzentos ardiam em uma fúria silenciosa e suas mãos estavam escondidas no bolso do casaco seu cabelo havia crescido bastante desde a última vez que o vi. Atrás continuava rebelde como sempre, mas na frente a franja estava caída de lado e cobria um pouco o olho direito sua calça jeans estava rasgada na frente e nas laterais e não era um rasgado moderno que costuma ter nos jeans hoje, pareciam garras afiadas de algum animal. Havia os mesmos rasgos em sua camiseta mais estavam manchados de sangue, eu estava muito confusa com tudo aquilo mais não era a melhor hora para fazer perguntas e nem pressionar a responder. O aperto de Joyce em meu tornozelo estava começando a incomodar e quanto mais eu tentava me soltar, mais forte ela apertava o Professor Chandler se aproximou um pouco mais não tocou em Joyce, seus lábios estavam retorcidos de raiva se ela não me largasse possivelmente ele a mataria.
_solte ela agora, ou arranco sua cabeça maldita_ rosnou ele.
A voz do Professor Chandler estava tão fria e severa que me deu calafrios eu nunca o vi daquele jeito antes no colégio ele era sempre calmo e sereno com os alunos mais ali ele estava ameaçador e extremamente vingativo, isso realmente me assustou um pouco e automaticamente meu corpo se retraiu. Joyce estava mesmo determinada a não me soltar de jeito nenhum, meu tornozelo estava começando a ficar inchado por conta da força com que ela o pressionava tento puxá-lo, mas ela continuava apertando-o
_ pode me ameaçar o quanto quiser eu não vou deixá-la sair daqui, muito menos esse bebê_ teimou ela.
Meu corpo se retraiu novamente, mas dessa vez eu senti dor e instintivamente minhas mãos se fecharam ao redor da barriga, a pontada ficou cada vez mais forte era como se alguém estivesse pressionando minha barriga com uma força sobre humana. Foi só então que me dei conta do porquê Joyce não estava me soltando, ela estava tentando envenenar o bebê ou sufocá-lo com algum feitiço. Fecho os olhos e me concentro para encontrar o objeto que ela estava usando para executar o feitiço, eu não conseguia vê-lo, mas podia sentir a energia maligna fluindo dele como um campo eletromagnético.
Concentro todo meu poder para ver através da densa barreira de magia negra que estava rondando o objeto, parecia uma espécie de ânfora grega antiga com o símbolo de Cronos entalhado no centro, eu precisava encontrar um jeito de destruir aquilo antes que Joyce fizesse algo pior contra meu filho, mas a única maneira de fazer isso seria se aproximando da barreira e rompendo-a através do núcleo.
_ Lamento Joyce mais você mexeu com a feiticeira errada sua vadia _ o nojo e desprezo em minha voz estava mais afiado que uma faca.
Ela agarrou meu tornozelo com mais força, mas desta vez eu a agarrei pelo cabelo com toda e bati sua cabeça com brutalidade na ponta de uma das mesas destruídas, logo o sangue começou a escorrer na lateral e se espalhando pelo chão formando uma poça. Jonathan olhou para mim surpreso, mas o ignorei, passo por cima de Joyce com rapidez a bolsa dela estava debaixo de uma enorme pilha de mesas quebradas.
Eu não podia usar feitiços de forma física isso esgotaria muito o bebê e a mim, mas eu poderia usá-los com minha mente, fechei meus olhos e concentrei todo meu poder na mente e então o expulsei para fora como uma bomba prestes a explodir.
O fogo logo consumiu as mesas destruídas como uma fera faminta que estava com uma sede incontrolável de sangue, assim que o fogo chegou a bolsa de Joyce uma densa energia negra se misturou ao fogo e o objeto parecia gritar enquanto as chamas o dilaceravam. Provavelmente Cronos fez um feitiço proibido para conseguir convencer Joyce a proteger o objeto, mesmo sem compreender o real porque de toda a história.
Assim que a energia sinistra desapareceu, meu corpo finalmente cedeu ao cansaço e eu desabei de joelhos ali mesmo onde estava. Fiquei ali parada olhando os destroços se transformarem em cinzas, imagens do incêndio surgiram em minha mente e eu me peguei novamente fazendo a mesma pergunta pela milésima vez: se eu tivesse despertado meus poderes antes, poderia ter salvado eles? As lágrimas escorreram silenciosamente por meu rosto enquanto afagava minha barriga, meu filho jamais teria a sorte de conhecer meus pais ou meus tios, e isso me deixava triste e preocupada ao mesmo tempo.
Nunca me imaginei como mãe, e quando pensava nisso meu cérebro tinha curtos-circuitos de pânico e dúvidas. Sinto a mão de Jonathan pousar em meu ombro gentilmente, quando ergui o rosto para olhá-lo seus olhos já não estavam mais agressivos e sua expressão mudou de fúria, para preocupação. Desde que Matthew se sacrificou para me salvar eu tenho tido pesadelos com aquele dia, mas o pior nisso tudo é que eu não conseguia derramar uma lágrima, não queria parecer fraca então me esforçava ao máximo para esconder.
Mais naquele momento não consegui segurar o escudo e quando me dei conta já estava com o rosto enterrado no peito de Jonathan, ele me aninhou nos braços e beijou minha testa com carinho. Seu colo era tão quente e acolhedor que escondi ainda mais meu rosto em seu peito e me concentrei no cheiro de lenha queimando que estava impregnado em sua roupa. Não sei porque mais aquele cheiro era estranhamente familiar para mim, como se eu já tivesse sentido ele quando era pequena, mas não conseguia entender o porque.
_Vamos sair daqui querida, vou te levar para um lugar seguro. _sussurrou ele.
Ele se levantou com agilidade e me aninhou protetoramente em seus braços, dando-me liberdade para recostar minha cabeça em seu peito. Ele pulou de forma tão ágil e sutil sob os destroços espalhados na entrada que mal consegui sentir quando seus pés pousaram no chão.
_ Você não vai levá-la Chandler ela está comigo! _ protestou Jason furioso.
Eu ergui um pouco o rosto para tentar ver a expressão de Jonathan, ele fuzilava Jason com tanto ódio me deu arrepio na espinha, quando ele falou novamente pude sentir o nojo em sua voz.
_Com certeza eu sei o que é melhor para ela do que você seu maldito. Como você tem coragem de dizer o que é melhor para ela, sendo que você mesmo destruiu tudo de bom da vida dela! _ explodiu ele.
Jason olhou para mim e então suspirou triste, ele recolheu sua jaqueta dos destroços e saiu andando em direção ao carro. Eu queria sentir pena dele, mas por mais que eu tentasse não conseguia, cada vez que eu cogitava a hipótese de ser gentil com ele as imagens dos meus tios e meus pais mortos rodeavam minha mente. Talvez um dia eu conseguisse perdoá-lo, mas agora eu não estava pronta para isso.
Jonathan caminhou alguns quilômetros até chegarmos ao seu carro, imediatamente eu reconheci o Camaro amarelo enquanto abria a porta do passageiro e me colocava com cuidado no banco, fiquei em choque por um momento não conseguia acreditar que ele estava com o antigo carro da minha mãe. Mas como isso é possível? Ele fechou minha porta com cuidado e então deu a volta no carro e abriu a porta do motorista, assim que se sentou seu corpo relaxou quase que de imediato, sem dúvida ele estava exausto.
Ele colocou a chave na ignição e alguns minutos depois o motor ganhou vida e eu vi Nova York desaparecer atrás de nós, de longe parecia que a cidade estava cercada por algum tipo de barreira, provavelmente o clã de feiticeiras de Nova York estavam tentando criar uma barreira para impedir a entrada dos Lycans que se escondiam por lá.
Autor(a): pamybonnie95
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2 de Dezembro de 2015 Querido Diário, Faz um mês que Alex e Jason sumiram já deixei enumeras mensagens mas ela não me retorna de jeito nenhum, honestamente estou começando a ficar preocupada, tenho medo que Jason tenha feito algo para machucar ela e o bebê. Parte de mim quer ir atrás dela e ajudá-la no que for precis ...
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