Fanfic: A Maldição da Fênix: A irá do Tempo | Tema: Mitologia Grega/Romance/ Lobisomens/Vampiros/ Feiticeiros/Magia/Hot +18/ Violência/Assassinato/Esqua

2 de Dezembro de 2015

Querido Diário,

Faz um mês que Alex e Jason sumiram já deixei enumeras mensagens mas ela não me retorna de jeito nenhum, honestamente estou começando a ficar preocupada, tenho medo que Jason tenha feito algo para machucar ela e o bebê. Parte de mim quer ir atrás dela e ajudá-la no que for preciso para salvar Matthew, a outra quer que eu fique aqui com Luke e a família, para protegê-los caso as feiticeiras subordinadas da minha mãe venham atrás de informações sobre onde Alex está.

Na verdade acho que é por isso que ela não atende minhas ligações ou responde minhas mensagens, para não correr o risco de ser rastreada pela minha mãe, ou pior por Clarisse. Já foi um caos quando ela descobriu sobre o relacionamento entre ela e Matthew, imagine o que Clarisse fará se descobrir que Alex está grávida de Matthew.

Meus ossos tremem só de pensar no que aquela psicopata é capaz de fazer contra a Alex e o bebê, ainda mais agora que ela está no início da gravidez, é muito arriscado usar magia, dependendo do grau de poder do feitiço poderia prejudicar o bebê ou até matá-lo.

Para minha sorte Bianca e Emma ficaram aqui para me ajudar caso fosse necessário, já Anna e Karoline voltaram para Nova York para ficar de olho na minha mãe, qualquer problema elas vão me avisar.

Eu juro que não consigo entender o porque minha mãe é uma serva de Cronos, será que ela não consegue ver o erro que está cometendo? Será que ela ainda não se deu conta de que Cronos está tentando voltar para eliminar a humanidade incluindo seus próprios piões nesse jogo?

Eu realmente estou com medo onde tudo isso vai acabar e algo me diz que Cronos não vai parar tão fácil, uma gerra vai acontecer em breve, eu sinto, só rezo para que os deuses tenham forças para nos proteger deste caos.

Desde que Alex me resgatou do esconderijo de Cronos eu tenho tido pesadelos e visões terríveis sobre o fim do mundo, já nem sei mais o significado da palavra “dormir”, cada vez que fecho os olhos as imagens reaparecem em minha mente, como uma bomba que explode toda vez que elas surgem na minha cabeça.

A única coisa boa em meio a essas catástrofes é que meus poderes estão cada vez mais fortes desde que comecei meus treinamentos com Luke, ele me disse que os Lycans em parte são feiticeiros, o que faz sentido já que Lican era filho de Rowenna Keller uma das sacerdotisas de Akashiya. Mas, ele também me disse que os Lycans se recusam a assumir essa ligação com a magia, devido ao preconceito e desrespeito presente entre feiticeiros e lobisomens. Os únicos Lycans que reconhecem sua ligação com a magia, são Matthew e o meu ex professor de Literatura Inglesa, Jonathan Chandler. Que eu descobri recentemente que é um Lycan, ao que parece Jonathan foi um dos primeiros humanos que Matthew transformou, mas com o passar dos séculos alguns Lycans começaram a ficar insatisfeitos com o método de liderança de Matthew. Alguns até se atreveram a tentar matá-lo para assumir o lugar como líder da alcateia, para evitar que algo pior acontecesse, não apenas com ele, mas com sua família. Matthew e Jonathan arquitetaram um plano, os lobos que se rebelaram poderiam ter sua alcateia separada da dos Lycans, desde que Jonathan pudesse liderá-los.

Dai a origem dos Lobos Crescentes.

Assim que Matthew “decretou” a separação entre os Lobos, Jonathan sugeriu que eles fossem para Nova Orleans, assim não seria necessário ter disputa por território. De início acharam muito suspeito essa mudança repentina, mas depois cederam a proposta e partiram para Nova Orleans.

Em poucos meses os Crescentes se tornaram um dos maiores e venerados bandos de Luisiana, os Crescentes tinham a ilusão de conseguir derrubar os Lycans, mas eles nunca conseguiram ultrapassar seu nível de poder. E desde então dura essa rixa sem sentido entre Lycans e Crescentes, no ponto de vista de Luke isso é uma pirraça de Ego, os Crescentes jamais ultrapassariam os Lycans por dois motivos bem simples:

1° É cada um por si, nenhum deles entende o significado de trabalhar em grupo, ou o significado de Alcateia.

2° Eles não valorizam a vida humana, para eles os humanos são apenas alimento ou escravo.

Antes eu não entendia o porque os Lycans respeitavam tanto Matthew, mas nos últimos meses que fiquei aqui comecei a entender o porque tanto respeito e veneração por ele. Em sua vida como Lican ele cometeu muitos erros, mesmo antes de virar lobisomem, acredito que nesta vida ele esteja tentando concertar o que não conseguiu na vida anterior e também para ser lembrado pela história apenas como um homem e não um monstro sanguinário.

Luke sempre fala nele com muito respeito e gratidão, ele diz que se não fosse por Matthew, provavelmente ele não seria o homem que é hoje, e possivelmente ele nem teria me conhecido. Outra coisa que percebi enquanto estive aqui, é que os Lycans não veem Matthew como líder, mas como um Pai, pois ele sempre se preocupa com todos todo o tempo.

Acho que boa parte dessa “evolução” é resultado do amor que ele sente por Alex, de alguma forma ela o modificou, não apenas no coração, mas também no caráter e nas atitudes. Será que um dia meu amor por Luke chegara nesse nível a ponto de modificá-lo como homem?

Largo a caneta e fico encarando as últimas palavras que escrevi, eu o amava muito, mas continuava sendo assombrada pela ideia de que um dia eu não seria o bastante para ele. Solto um suspiro cansado e atiro o diário, ele cai no chão de costas deixando apenas a capa e a contra a mostra. Pude ouvir passos silenciosos se aproximando de mim, mas não me dei ao trabalho de olhar porque sabia que Luke estava me observando desde que comecei a escrever. Suas mãos pousaram gentilmente em meus ombros e eu sorri ao ver seus dedos praticarem uma tentativa de massagem, em seguida seus dedos afastaram meu cabelo, de forma que meu pescoço ficasse totalmente exposto e vulnerável aos seus beijos.

Assim que seus lábios tocaram a pele fria de meu pescoço, uma onde de arrepios percorreu meu corpo, automaticamente inclino minha cabeça para trás dando mais abertura para seus lábios famintos sob meu pescoço. Ele pareceu muito satisfeito com isso, pois pude ou vir uma breve risada escapar entre seus beijos, eu estava tão anestesiada com aquela sensação que sem querer deixei alguns gemidos escaparem. Imediatamente Luke interrompeu seus beijos e riu baixinho ao perceber como eu estava, abro os olhos e o encarro confusa, ele olhou para mim e depositou um selinho em meu nariz.

—Não sabia que gostava tanto dos meus beijos _sussurrou ele.

Rio baixo e então me endireito na cama de maneira que eu fico de frente para ele, ele aproxima uma de suas mãos e afaga minhas bochechas com as pontas dos dedos.

— Você não faz ideia das sensações que seus beijos causam em mim _brinco.

Ele sorri maliciosamente para mim e então franze a testa curioso com minha resposta, então sua mão desceu de meu rosto para as minhas costas.

—Sensações é? Que tipo de sensações? _provocou ele.

Lancei um olhar para ele como se dissesse “Você sabe muito bem o que eu quis dizer idiota”ele riu ao ver meu olhar e então começou a fazer cócegas, eu me contorcia e gargalhava alto enquanto suas mãos continuavam com a tortura. Ele ria muito ao me ver naquele estado, e só parou quando percebeu que eu estava quase tendo falta de ar de tanto dar risada e implorar para ele parar. Gentilmente ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e ficou me encarando por longos minutos, e então ele se virou e ficou deitado de forma ereta encarando o teto em silêncio. Aproveito a deixa e fico por cima dele, ele lança um olhar travesso para mim e segura meu quadril com firmeza para me prender, eu sorrio sedutoramente e deslizo meus dedos lentamente por seu peito abrindo um por um dos botoes de sua camisa. Seu sorriso se alarga ainda mais e ele deslisa as mãos sob minha barriga puxando minha blusa para cima, eu ajudo a terminar de tirar e então atiro minha camiseta em um canto.

Ele me puxa para perto e nossos lábios se tocam, dessa vez seu beijo estava diferente, seus lábios eram urgentes sob os meus. Eu podia sentir o desejo pulsando sob seu corpo enquanto sua língua explorava cada centímetro de minha boca, suas mãos iam e vinham por minhas costas deixando alguns arranhões pelo caminho. Sem interromper nosso beijo ele se vira com agilidade fazendo-me deitar na cama novamente enquanto ele se encaixava entre minhas pernas, minhas mãos rapidamente descem a sua calça e eu retiro seu sinto com um único puxão e desabotoo sua calça. Ele interrompe o beijo e então olha para mim com um sorriso atrevido nos lábios, e os olhos transbordando de desejo. Eu sorrio maliciosamente provocando-o e ele volta atacar meu pescoço com seus beijos, deixando pequenos chupões sob minha pele. Eu desliso minhas mãos por suas costas deixando pequenos arranhões pelo caminho, ele interrompe os chupões no meu pescoço e vai deixando uma trilha de beijos por meu corpo, que automaticamente reagia aos beijos e as pequenas mordidas que ele deixava pelo caminho.

Suas mãos estavam escorregando por minhas coxas lentamente, provocando arrepios sutis em minha pele. Fecho os olhos e me deixo levar pelas sensações e o desejo que pulsava por meu corpo, as mãos de Luke pareciam chamas deslisando sob minha pele, e seus beijos pareciam correntes elétricas que percorriam meu corpo silenciosamente.

Ele estava quase desabotoando minha calça quando Josh e Tristan abriram a porta do quarto gritando alguma coisa sobre as feiticeiras de minha mãe terem encontrado Alex, meu primeiro impulso teria sido gritar, mas eu comecei a rir enquanto Luke fuzilava seus irmãos com os olhos.

Josh e Tristan trocaram olhares assustados e depois olharam para mim, era obvio que eles estavam constrangidos de nos encontrar daquele jeito e com medo do que Luke poderia fazer depois. Ele se sentou na ponta da cama e se concentra em fechar os botões de sua camisa e sua calça novamente, eu sabia que ele ficaria frustrado com isso o resto do dia, desde que nos reencontramos e Alex devolveu minhas lembranças, ainda não tivemos tempo para nós dois.

— Desculpe interromper vocês, mas é urgente. _disse Josh apreensivo.

Sem dúvida ele estava preocupado com Alex também, se não nem estaria aqui nos avisando. Tristan por outro lado estava tenso, ele sabia do que minha mãe era capaz quando se trata de torturar pessoas, afinal foi ele que resgatou Luke do covil de minha mãe. Me levanto e vou até meu guarda-roupa, os três me olhavam em silêncio enquanto eu fazia um círculo com velas vermelhas e colocava uma mecha do cabelo de Alex no centro delas. Pego uma agulha em cima da cômoda e furo a ponta do dedo, o sangue escorre entre meus dedos e caem na mecha de cabelo, automaticamente as velas se acendem, e o sangue começa a se espalhar em torno das velas como uma espécie de mapa.

Luke se ajoelhou ao meu lado e olhou para a trilha de sangue com atenção, sua expressão muda automaticamente quando ele vê além da trilha de sangue espalhada em torno das velas. Eu sabia e entendia o porque ele estava tão sério, pois ele estava vendo o mesmo que eu, Alex estava com Jonathan Chandler em algum lugar de Nova York. Por um lado meu coração estava aliviado por ela estar com Jonathan eu sabia que ele jamais a machucaria, mas por outro eu estava apreensiva com minha mãe, não tenho dúvida de que se ela souber de Alex vai fazer algo para ferir ela e o bebê.

Não posso permitir que minha mãe faça isso, se ela quer se destruir com essa obsessão por Cronos que seja, mas não vou permitir que ela destrua o que resta da vida de Alex, ela perdeu toda a família que conheceu e não posso permitir que aquelas feiticeiras arranquem o que restou.

Fecho minhas mãos em punho e dou um murro contra o piso de madeira, Luke, Tristan e Josh me olhavam um pouco assustados, mas não diziam nada. Apago as velas com um único gesto de mão e as coloco de volta na caixa de madeira escondida entre as minhas roupas, bato a porta com força e me levanto do chão rapidamente ignorando a surpresa no rosto dos meninos e indo apresadamente para o corredor.

Rapidamente eles me acompanharam pelas escadas mais não disseram uma palavra sequer, apenas me observavam em silêncio enquanto eu ia até a cozinha pegar o caderno que havia deixado em cima do balcão, pego a caneta e começo a escrever uma mensagem para Anna e Karoline:

Fiquem atentas até eu chegar ai,

Acabei de saber que Alex está em Nova York, não deixem minha mãe rastreá-la, de jeito nenhum. Se ela souber que Alex está ai sabe em nome dos deuses o que ela fará com ela e o bebê, para nossa sorte ela está com Jonathan então isso vai deixá-la invisível por um tempo.

Lizz.

Estalei os dedos e o papel desapareceu entre o fogo, me viro para Luke que estava atrás de mim em silêncio observando o que eu fazia, ele estava tão tenso quanto eu, talvez o fato de ir para Nova York o deixasse nervoso. Não apenas por causa da minha mãe, mas também com o fato de Edward estar lá.

Fiquei na ponta dos pés e o puxei para mais perto de mim, assim eu pude beijá-lo a vontade. Ele pareceu surpreso com meu beijo repentino, mas não me afastou. Suas mãos repousam em minhas costas e eu pude sentir a tenção em seus ombros diminuir conforme ele se perdia em nosso beijo, eu sabia que ele estava com medo de me perder outra vez, mas eu não deixaria isso se repetir. Interrompo nosso beijo de vagar e ele resmunga entre um selinho e outro, apoio ambas as mãos em seu rosto fazendo com que ele olhe em meus olhos de forma fixa.

—Sei que está com medo de ir para Nova York, mas não precisa, não vou deixar que minha mãe ou Edward me afastem de você de novo. _ a certeza em minha voz estava tão evidente que me assustei um pouco.

Ele sorriu e beijou minha testa gentilmente, desta vez sua voz ecoou em minha mente:

“Eu acredito em você meu amor, mas meu medo no momento é Edward fazer você se apaixonar por ele de novo”

Minha testa automaticamente franziu com as palavras dele, e antes que eu pudesse questioná-lo o porque disso, a expressão de tristeza em seu rosto fez as palavras travarem em minha garganta. Vê-lo daquele jeito fez meu coração se comprimir de dor, com certeza ele havia sofrido muito nos últimos 10 anos sabendo que eu não lembraria dele se o visse antes de recuperar a memória.

Eu não sabia o que dizer, ou como dizer, apenas puxei sua mão e a repousei em meu peito deixando que ele sentisse meu coração bater sob sua mão.

— Ele pode tentar me reconquistar, mas nunca vai ter meu coração batendo tão forte como está agora _ respondo sinceramente.

O sorriso em seu rosto dessa vez estava diferente, era um sorriso esperançoso e cheio de amor, seus olhos pareciam brilhar por conta das lágrimas que estavam quase se formando em seus lindos olhos verdes. Eu o abraço fortemente e ele enterra seu rosto em meus cabelos, deixando as lágrimas escaparem de seus olhos silenciosamente, enquanto seus braços me envolviam protetoramente.

As coisas agora iam ser difíceis, principalmente com minha mãe, ela jamais aceitaria Luke em minha vida e muito menos meu pai. Essa briga não será fácil para nenhum de nós dois, Luke odiava meus pais profundamente e não era por serem feiticeiros, mas pelo que já fizeram com ele. Eu não o culpo por isso, provavelmente se fosse comigo, também ficaria com rancor e ódio deles por terem me afastado dele.

Com muito esforço me afastei de Luke ele praguejou baixinho, mas não me proibiu de se mexer. Ele afagou meu cabelo mais uma vez e então olhou para o relógio no pulso atentamente.

— É melhor irmos estou com um mau pressentimento— alertou ele.

Ele pegou uma mochila em meu guarda-roupa e voou de um lado para o outro com sua velocidade sobrenatural para juntar minhas coisas, assim que ele terminou nós dois descemos escada abaixo e logo atrás estavam Tristan e Josh. Eles saíram para fora mais rápido do que Luke, a única coisa que consegui ouvir foi o motor do carro roncando do lado de fora. Luke abre a porta de trás do carro e eu pulo para dentro rapidamente, ele espera eu me ajeitar no banco e entra logo em seguida batendo a porta um pouco forte demais.

Não demorou muito para o motor do carro ganhar vida novamente enquanto a mansão da família Keller desaparecia atrás de nós, Luke estava com o olhar concentrado no arco de samambaias que tinha por ali antes de chegar na mansão, mas eu sabia que seus pensamentos estavam em outro lugar

°°°

Quando chegarmos em Nova York Lizzie parecia um pouco tensa, Josh e eu trocamos olhares em silêncio enquanto ela e Luke saiam do carro. Josh foi logo em seguida, mas eu fiquei no carro mais um pouco, meu celular vibrou e eu rapidamente o tirei do bolso:

Tome cuidado com Rachel White.

Ela consegue entrar na mente do inimigo e torturá-lo até a morte.

Emma

Por mais que a mensagem fosse de alerta, eu não consegui conter o sorriso, Emma era uma garota extremamente cautelosa e protetora com os amigos. As poucas feiticeiras que conheci eram completamente diferentes, viviam se gabando de poder e o usavam para beneficio próprio, mas Emma sempre estava ali disposta a ajudar suas amigas mesmo sabendo que pode morrer por isso.

Venho observando ela desde que Alex se mudou para nossa casa e embora eu tenha um pouco de ranço de feiticeiras, alguma coisa em Emma me deixa intrigado.

Preocupada comigo senhorita Snowlight

Muito gentil da sua parte se preocupar com um cachorro sarnento como eu, mas não se preocupe com isso ficaremos bem.

Tristan.

Coloco o celular no bolso novamente e saio do carro, Luke e Lizzie estavam do outro lado da rua escondidos atrás do muro de uma casa na esquina do cemitério, Josh estava atrás deles mais nem estava prestando atenção ao redor. Quando me aproximei ele arqueou a sobrancelha e rio baixo, eu o ignorei e em troca ele me deu um tapinha no ombro, sabia que ele estava fazendo isso para arrancar alguma coisa de mim.

Uma das coisas favoritas do Joshua era se meter na minha vida amorosa e dar “conselhos sexuais” como se eu já não soubesse, mas lá no fundo eu sabia o porque ele agia assim, ele sempre foi o “Intelectual” e responsável da família.

Isso até Selene e Willow aparecerem para destruir ele, a pior parte nisso tudo é que ele não podia se livrar delas, graças a lei poligâmica que o conselho dos lobos colocou sobre as alcateias, mas eu espero que um dia ele seja feliz de verdade e de preferência com alguém que não trate ele como um animal com uma doença contagiosa.

—Você tá gostando da Emma não é? _perguntou ele.

Por mais que eu quisesse não consegui conter a risada e logo ele me deu socos leves no ombro fazendo piadinhas sobre eu ser “o pegador”.

— Pode parar tá legal eu nem conheço ela direito Joshua _ falo descontraído.

— Wow não me chama pelo nome faz eu me sentir um velho gaga _ brincou ele.

Nós dois caímos na gargalhada, mesmo num momento tenso ele conseguia se divertir e fazer piadas, mamãe costuma dizer que ele é nosso comediante, desde pequeno ele sempre fazia piadas e besteiras sem sentido para manter a gente de alto-astral. Até Luke e Lizzie pareciam estar se divertindo, mas como o velho ditado costuma dizer:Tudo que é bom dura pouco. Não demorou muito para estarmos cercados pelas feiticeiras da mãe de Lizzie, os pelos da minha nuca se eriçaram e meus ombros ficaram pesados por conta da tensão.

Uma delas me pareceu estranhamente familiar, seus cabelos eram pretos e caiam discretamente sob os ombros, por baixo da longa capa preta ela usava um vestido azul-marinho longo. Levou um tempo para eu reconhecer aqueles olhos negros cheios de fúria oculta, ela abriu um sorriso frio para mim.

— Quanto tempo Tristan_ disse ela sarcasticamente.

Ela fez um único movimento com os dedos e ergueu meu corpo no ar, mesmo sem encostar em mim a pressão que sua magia estava fazendo em meu corpo era sufocante.

— Receptiva como sempre Rachel _ respondo com um tom debochado

Ela moveu os dedos outra vez e meu corpo se chocou novamente contra o muro frio, ela se aproximou lentamente de mim e encostou uma de suas mãos em meu peito. Tento me esquivar dela, mas meu corpo não se mexia de jeito nenhum, sua respiração estava tão perto de meu pescoço que eu pude sentir meu estômago se revirando de repulsa.

— Você continua o mesmo arrogante gostoso de sempre _ sussurrou ela sedutoramente em meu ouvido.

Tento desviar mais ela continua me pressionando contra o muro com sua magia sufocante, mesmo não podendo me mexer pude ver pelo canto do olho ela retirar uma faca de prata de baixo de sua capa preta, ela encostou a lâmina fria contra meu pescoço e um sorriso cruel cruzou seus lábios.

— É uma pena matar alguém tão delicioso _ debochou ela enquanto deslizava as costas da faca em meu pescoço.

Fecho os olhos e me concentro em meus instintos, a probabilidade de eu derrotar ela era pequena, mas, pelo menos, eu conseguiria me livrar dessa pressão que seu feitiço fazia sob meu corpo. Deixei meus instintos assumirem o controle e aos poucos a pressão do feitiço começou a diminuir, no momento em que ela começou a pressionar a faca contra meu pescoço eu agarro seu pulso e o viro ao contrário fazendo-o quebrar. Ela urrou de dor e tentou me atacar outra vez, mas a arremessei para longe fazendo seu corpo se chocar contra o asfalto, ela tentou se levantar mais eu pressionei meu pé sob seu corpo.

— Talvez você não se lembre Rachel, mas eu odeio ser ameaçado _digo em um tom frio e ameaçador.

Ela se debatia embaixo de mim tentando se libertar de meu pé, mas não surtiu o efeito que ela queria. Pressiono ainda mais sob ela e então a solto. Sua respiração estava tão falha que ela mal conseguia dizer uma letra. Com a mão livre ela tentou se levantar e agarrar minha perna, mas eu fui mais rápido e retirei meus pés de seu campo de visão, ela tentou jogar um feitiço contra mim, mas eu desviei. Antes que ela conseguisse se levantar novamente eu a agarrei pela gola do vestido e a ergui do chão, ela se debateu e protestou furiosamente ordenando que eu a soltasse, mas não dei a mínima para os seus protestos.

— Me solta seu lobisomem imundo! _ berrou ela furiosamente.

Aquilo me fez rir mais continuei ignorado seus protestos, eu agarrei a gola de seu em seu pescoço com mais força, e logo gravei meus dentes no mesmo. Cada um de meus irmãos tinha um dom e o meu, para minha “sorte” eu podia ler a mente de minhas vítimas assim que começava a beber o sangue delas. As memórias de Rachel eram como uma neblina na frente de um espelho, embaçadas e trêmulas, mas eu consegui ver o que estava procurando. Havia uma espécie de altar de pedra com símbolos gregos antigos entalhados nas laterais, o altar parecia algum tipo de caixão muito antigo, as feiticeiras estavam ao redor dela recitando feitiços em grego antigo. Logo em seguida a imagem de Cronos apareceu em minha mente, e eu interrompi o que estava fazendo,

Rachel estava praticamente desfalecida sob minhas mãos, ela tentou se soltar mais uma vez, no entanto eu a atirei ela para longe e vi seu corpo se chocar contra o poste e ela perder lentamente a consciência.

Dei as costas ao corpo empalidecido de Rachel e fui ajudar Josh e os outros, Luke estava mais ágil do que o normal, seus saltos mortais eram tão rápidos que mal dava para vê-lo, Elizabeth por outro lado estava mais agressiva do que antes, a forma como ela lutava contra as outras feiticeiras era como se ela tivesse saído de um dos filmes de Matrix.

°°°

As feiticeiras surgiram tão rápido que meu corpo agiu quase que automaticamente, uma delas tentou me acertar mais eu me joguei para o lado desviando do ataque e logo em seguida contra-ataquei e a arremessei contra o poste do outro lado da rua. Assim que fiquei de pé novamente duas delas tentaram me agarrar, mas eu as atingi primeiro, minhas mãos estavam começando a ficar dormentes por conta dos formigamentos que minha magia causava. Concentrei novamente todo meu poder na palma da mão e atirei contra as outras feiticeiras que estavam vindo de longe, uma delas atirou uma flecha de prata na direção de Luke, mas ele conseguiu desviar com agilidade. As feiticeiras continuaram se aproximando e logo eu reconheci a que estava segurando o arco e flecha, no momento em que ela me viu ficou estática e seus olhos se encheram de ódio e repulsa.

Eu não poderia esperar menos de minha mãe, principalmente quando se trata de traição, para ela todos eram vermes traidores e só ela era a “a correta e justa”.

Ela caminhava firmemente em minha direção, suas mãos estavam trêmulas e eu sabia que ela estava com uma irá descomunal ao me ver com Luke e seus irmãos. Ele estava prestes a se colocar na minha frente para me proteger e então minha mãe voltou a erguer o arco e atirar outra flecha na direção dele, ela estava vindo tão rápido que não tive tempo de pensar apenas movi meu corpo e me atirei na frente antes que a flecha o atingisse.

Foi tudo tão rápido que só percebi que estava com dor quando já estava caída no chão, automaticamente minha mão procura pela flecha mais eu podia senti-la atravessada sob meu zoófago. Eu queria muito saber descrever essa dor, mas não consigo era como se alguém tivesse quebrando minhas costelas uma a uma lentamente para que a dor se espalhasse pelo meu corpo.

Luke rapidamente se ajoelhou e me puxou para o seu colo, suas mãos tremiam demais e a expressão em seu rosto era de completo pânico.

— Lizz…Por favor aguenta firme meu amor por favor…_suplicou ele.

Eu queria dizer a ele que estava tudo bem, mas a dor não me permitia sequer respirar direito, a única coisa que pude fazer foi repousar minha mão em seu rosto. As lágrimas escaparam silenciosamente de seus olhos, tentei sorrir para tranquilizá-lo, mas isso só o deixou ainda mais assustado e eu não podia culpá-lo eu também estava com medo. Toda vez que eu respirava minhas costelas fisgavam de dor, Luke havia conseguido tirar a flecha de meu corpo, mas estava difícil conter a hemorragia.

As mãos dele estavam tremendo tanto que ele mal conseguia pressionar a camisa sobre o ferimento, ele tentava se manter calmo mais o medo em seu rosto estava transparente como um reflexo no espelho, a raiva pairava em seus olhos como uma fera selvagem faminta pronta para atacar.

— Lu …Luke… Eu vou ficar bem…Não se preocupe eu sei que vai dar um jeito… _minha voz falhou muito mais do que eu gostaria, mas pude ver as lágrimas escaparem dos olhos dele.

Minhas pálpebras estavam ficando pesadas, o lugar a minha volta começou a se transformar em imagens borradas e logo eu senti o peso da escuridão que pairava sobre mim ansiosamente, queria dizer a Luke que eu ficaria bem, mas a escuridão já estava me arrastando para o seu abismo frio.