Fanfic: 💖Melodia💖💖Portiñon💖💖Adaptada💖💖FINALIZADA | Tema: Portiñon
De frente para a faculdade de música da Federal do Rio de Janeiro, um prédio suntuoso e antigo, Anahí pensava se havia feito a escolha certa. Achava que sim. Sua primeira aula seria em meia hora e aguardava somente sua amiga chegar. Quando pensava que ela iria atrasar, eis que alguém lhe toca os ombros.
- Cheguei!
- Ai Angelique que susto!
- Calma Anahí. Parece bicho do mato.
- Não ué, estou aqui distraída e você aparece do nada.
- E aí, o que achou da faculdade?
- Nem entrei ainda, mas o prédio é lindíssimo.
- Então vamos entrar que lá dentro é mais bonito ainda e tem uma lanchonete que faz um sanduíche de queijo maravilhoso.
- Nossa! Só pensa em comer meu Deus!
Entraram na faculdade, na verdade na escola de música e passaram na lanchonete para Angelique comer o tal sanduíche, dali foram pra aula. Era de harmonia e percepção. Sentaram não muito na frente, não queriam chamar a atenção, mas isso era praticamente inevitável. Angelique era uma peça rara, tinha cabelos loiros, olhos cor de mel, era muito branca e magra, tinha o rosto marcante, por onde passava, todos olhavam. Com Anahí não era diferente. Não tinha quem não olhasse para aqueles olhos verdes. Seus cabelos eram loiros até o meio das costas, tinha uma franjinha simpática que deixava seu rosto jovial, pele clara, nariz arrebitado, não era alta, seu rosto parecia ter sido esculpido a mão, parecia um anjo. A aula começou e as duas se concentraram. Quando a aula acabou elas se levantaram e já iam saindo quando a professora chamou.
- Meninas... preciso falar com vocês. São novatas, sim?
- Sim. – Angelique respondeu.
- Preciso anotar o nome de vocês para o diário.
- Angelique Boyer.
- Anahí Giovanna Puente Portilla.
- Nossa! Como se escreve isso? Pode dar só um que não tem problema.
- Anahí Portilla.
- Nomes de artista. – a professora brincou. – Vocês são irmãs?
- Não. – Anahí estranhou a pergunta.
- É porque os nomes têm a mesma inicial. – A professora sorriu. - Prontinho. Estão liberadas.
- Sabe onde fica a secretaria? Preciso saber quem é meu professor particular. – Anahí perguntou.
- Qual instrumento?
- Piano.
- Primeiro ano?
- Sim.
- Deve ser com o Marconi. Procure no segundo andar, primeira porta a esquerda.
- Obrigada.
Saíram da sala a procura da secretaria. Angelique já sabia qual era seu professor, pois fora à escola um dia antes. Realmente a professora tinha razão, Anahí teria aulas com Marconi. Foram até a sala dele e a loirinha se apresentou.
- Bom dia professor. Sou Anahí Portilla, terei aulas de piano com o senhor.
- Bom dia menina. Não me chame de senhor, por favor. – Ele sorriu.
- Tudo bem. – Anahí sorriu também.
Marconi era moreno, meio gordinho e de estatura mediana.
- Estou olhando aqui Anahí, sua aula é amanhã às três da tarde. Tem alguma coisa pronta que possa me apresentar?
- Sim, duas músicas brasileiras.
- Ótimos, vamos nos dar bem, adoro brasileiras. E você? Também terá aulas comigo?
- Não eu sou da transversa. – Angelique falou com tanto orgulho que parecia tocar um instrumento sagrado.
- Ah sim.
As duas saíram da sala e voltaram pra casa. Dividiriam um apartamento na Tijuca, era modesto e cabia no orçamento. Angelique tinha uma vantagem sobre Anahí, seu pai ajudaria nas despesas por uns tempos, já a loirinha teria que arrumar alguma coisa pra se sustentar, pois seu pai não tinha muitas condições e o pouco dinheiro que mandava, ela sabia que faria falta em casa. As duas vinham de uma cidade do interior de São Paulo, sabiam muito bem o esforço que as famílias tinham feito para que elas estivessem ali.
- Preciso arrumar algum emprego, mas com aula às dez da manhã e às três da tarde fica difícil hein.
- Logo você arruma alguma coisa, eu acho mais fácil à noite. Você podia tocar em algum lugar. Na escola eu vi uns avisos de gente procurando músico.
- Sim eu vi também, mas pianistas geralmente já têm, o que eles procuram é sempre um baixista, cantor, flautista. – falou apontando para Angelique.
- Vamos procurar né?
E foi como Anahí disse; os anúncios só procuravam outros músicos. Em poucas semanas Angelique já tinha arrumado um conjunto para tocar. Era um grupo que tocava em casamentos. Já Anahí cada dia ficava mais preocupada. Os meses iam passando e o dinheiro só diminuindo. Um dia na aula, Marconi notou que ela estava relapsa e perguntou.
- Que foi Anahí, algum problema? To achando você muito distraída. Está tocando como se tivesse deixado a alma em algum lugar e só o corpo estivesse aqui, você não é assim.
- Preciso de emprego, não posso ficar no Rio sem trabalhar. Meus pais não têm condições de me manter aqui.
Marconi pensou um pouco, achava que podia ajudar Anahí, mas não queria fazer falsas promessas.
- Posso perguntar a alguns de meus alunos se estão precisando de pianistas, tenho amigos que tocam na noite, você topa se aparecer algo?
- Claro, na minha cidade eu tocava em casamentos.
- Ótimo. Se souber de alguma coisa, te falo, mas procure se concentrar e não ficar preocupada; vai aparecer alguma coisa.
Depois da conversa Anahí se sentiu mais confiante, quanto mais gente soubesse que estava procurando emprego, seria melhor. Os dias foram passando e nada de emprego, estava quase topando um trabalho em uma lanchonete, se caso isso acontecesse, teria que mudar o horário da aula de piano e teria de trocar de professor, não queria, mas seria o jeito. Rezava todas as noites pedindo ajuda. O dinheiro andava curto e ela economizava até na comida.
Numa sexta à noite, estava em casa estudando para uma prova de harmonia quando Angelique chegou animada do mercado.
- Vamos sair!
- Vamos não, estou estudando.
- Vamos sim e você vai gostar. Os meninos do grupo me chamaram para ir num barzinho lá no Leblon, só toca MPB, você vai adorar.
- Hoje não, outro dia.
- Sai dessa fossa, você precisa sair.
- To sem grana. – falou meio chateada.
- Vamos entrar de graça.
- To sem roupa.
- Te empresto uma.
- To sem animo.
- Bom... aí terei de levar você à força. Anda levanta.
Angelique insistiu tanto que Anahí acabou indo.
Chegando ao tal barzinho, sentaram numa mesa mais ou menos próxima ao palco. Em seguida chegaram os amigos de Angelique.
- Oi meninas, tudo bom? – um deles perguntou.
- Ótimo. Quando começam?
- Daqui a pouco, só falta o tecladista.
Os três sentaram com elas e ficaram de conversa. Rocco Bezauri era o baixista, Pedro o baterista e Alfonso Herrera, vulgo Poncho, o vocalista e violonista. A banda se chamava Acorde. Os três também estudavam música, só que Rocco e Pedro eram da Unirio. Rocco era de Parati e Pedro do Rio mesmo, assim como Alfonso, porém ao contrário dos outros ele morava sozinho.
- Gente, ta quase na hora e o André não chega. – Poncho se manifestou.
- Ele sempre faz isso e eu já falei pra trocar de tecladista, mas vocês nunca me ouvem. – Rocco protestou já falando enfezado.
Esperaram mais um tempo, as pessoas já chegavam em maior número, enchendo o bar. Então o dono veio cobrar a apresentação deles.
- Gente, atraso toda vez não dá. Vamos começar.
- Já estamos indo. – Poncho falou já pegando o celular e tentando ligar para o tecladista. – O telefone não atende. E aí?
- E aí que estamos ferrados! – Pedro concluiu.
- Vamos sem ele. Vai ficar esquisito, a gente pula umas músicas e faz sem ele.
- Qual é o repertório de vocês? – Angelique perguntou tendo uma ideia.
Pedro pegou a folha e mostrou pra ela, que analisou com cautela e depois olhou sorrindo para eles.
- Anahí toca isso tranquilo, ela é pianista.
- Mas você não é piano clássico?
- Sou. – Anahí estava meio sem jeito.
- Mas ela toca.
- Sério? – Poncho estava animado.
- Claro. – Angelique insistiu.
- Sim, eu sempre gostei de MPB, então essas músicas me são familiares. – falou sorrindo. – Toco lendo cifras também.
Angelique sorriu ao ver a empolgação da amiga.
- Então vamos, antes que o dono nos dispense.
Em poucos minutos já subiam ao palco, era um pequeno tablado, mas cabiam todos. Ajeitaram os instrumentos e começaram. Anahí não sabia dizer o quanto estava animada. O show começou e parecia que haviam ensaiado há meses, tamanho o entrosamento. Num dado momento Anahí viu entrar uma mulher morena, alta, cabelos lisos pretos, rosto marcante e tinha um sorriso quase sarcástico. Estava acompanhada de uma mulher ruiva e de outro casal. Sentaram num canto onde dava pra ver perfeitamente o palco. Estavam tocando samba de uma nota só, quando Dulce falou:
- Ainda bem que é sexta, vou passar o final de semana dormindo.
- Que isso linda, tem de aproveitar pra fazer outras coisas que não dá tempo durante a semana. – Bianca falou acariciando a mão de Dulce debaixo da mesa.
- Pois então, vou dormir. – Dulce retirou a mão.
Bianca não era propriamente sua namorada, era uma distração. Era uma ruiva de cabelos volumosos, não passava despercebida nos lugares, tinha os olhos castanhos e mais ou menos um metro e sesenta e cinco. Quase da altura de Dulce, que tinha pra lá de um e setenta. (N\A: Gente, vamos imagina que Dul é um pouco alta :P)
Fizeram os pedidos e só aí Dulce reparou que no grupo que estava tocando havia agora uma menina. Ia sempre naquele bar ver a banda, pois era amiga dos músicos.
- Ué, venho sempre aqui e nunca vi aquela menina ali tocando.
- Deve ser outro conjunto. – Carlos, que estava junto comentou.
- Não é. Os meninos são os mesmos, eu conheço o vocalista, ele é namorado do meu primo, aquele que trabalha comigo no escritório. É um cara muito legal.
- Quem você não conhece Dulce? – Larissa brincou com a morena.
- Conhece meio mundo e a outra metade quer conhecê-la. – Bianca falava orgulhosa, como se Dulce fosse uma artista de Hollywood.
Dulce ficou admirada ao ver a loirinha, se distraiu levada pelo som da música que tocava na hora, olhava pra ela e sentia como se a conhecesse. Ficou totalmente alheia aos outros da mesa. Sempre ia naquele bar porque gostava das músicas que o grupo tocava, mas naquele dia parecia ter algo especial. Ficou reparando na menina que tocava teclado, estava concentrada, séria, mas ao mesmo tempo tinha um semblante triste ou talvez preocupado.
Quando o show acabou os garotos levantaram pra agradecer e Anahí permaneceu sentada. Então Poncho falou ao microfone:
- Queria agradecer imensamente uma pessoa muito especial que salvou nossa noite hoje. Anahí, por favor, levante-se.
Então Anahí levantou e foi aí que seus olhos se cruzaram com os de Dulce que a olhava intensamente; era como se estivesse vendo alguém que conhecia há muito tempo. Nem ouviu direito as palmas direcionadas a ela. Sentiu uma coisa esquisita, não soube explicar, mas parecia que dali para frente sua vida não seria mais a mesma.
Desceram do pequeno palco e juntaram-se a Angelique, que tinha acompanhado o show, animada.
- Gente! Adorei! Anahí, você estava ótima.
- Que é isso Angelique. – a loirinha estava visivelmente sem graça.
- Nossa! Você salvou a nossa noite. Quero muito te agradecer. – disse Poncho animado.
O dono do bar chamou o rapaz, pagou o cachê da noite e combinou para o dia seguinte. Gostou tanto que resolveu chamá-los novamente. Poncho voltou contente e falando:
- Que tem pra fazer amanhã à noite? – perguntou a Anahí.
- Nada, por quê?
- Porque nós temos outra apresentação, o dono chamou mais uma vez. Normalmente ele só chama uma vez na semana, mas achou tão boa a apresentação que vai ter bis.
- Nossa que ótimo! – Angelique estava empolgada, sabia que aquilo seria a salvação da amiga.
- Bom, nem combinamos o seu cachê. Mas quanto você cobra para tocar com a gente? – Poncho parecia sem graça.
- Normalmente vocês dividem o cachê?
- Sim.
- Está ótimo, nós dividimos ué.
- Sério?
- Claro.
- Mas você tocou de improviso, foi chamada de última hora. Geralmente o povo daqui não cobraria barato.
- Olha, eu não vou me aproveitar do problema de vocês pra dar um preço abusivo. Nós dividimos.
- Essa menina caiu do céu! – Pedro falou fazendo gestos como se estivesse rezando.
- Então ta combinado pra amanhã?
- Claro, podem contar comigo.
Pediram algo para comer e beber, era por conta da casa. Poncho estava combinando o repertório do dia seguinte com Anahí e quando olhou para o lado viu Dulce e foi até a mesa dela.
Autor(a): suzyrufino
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- Licença gente, já volto. Chegou até a mesa para cumprimentá-la. - Boa noite, tudo bom gente? - Alfonso! O show foi ótimo. – Dulce falou elogiando-o. – Sente-se um pouco. - Nossa! Vocês nem imaginam o sufoco que passei hoje. Nosso tecladista não apareceu e nem deu satisfação. Quem nos salvou foi Ana ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 131
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tryciarg89 Postado em 05/08/2023 - 22:41:33
Linda,amei a história
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siempreportinon Postado em 12/12/2018 - 15:19:48
Uau! Terminei de ler agora, história maravilhosa, muito bem escrita. Amei do início ao fim. Parabéns!!! Uma terceira temporada seria ótimo =)
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Juh Postado em 05/11/2018 - 23:16:48
Finalmente os pais dela abriram os olhos MDS, aí fico imaginando os bebês é babando sozinha hahahahaha
suzyrufino Postado em 09/11/2018 - 23:02:35
Vencer!!!!
suzyrufino Postado em 06/11/2018 - 20:25:57
O amor vende tudo. S2
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Juh Postado em 02/11/2018 - 02:26:47
Continuaaaaaa
suzyrufino Postado em 05/11/2018 - 09:41:27
To postando.
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Lene Jauregui Postado em 01/11/2018 - 23:37:30
Continua negah,esta maravilhosa a sua web. Esperando ansiosamente o proximo capitulo. Bjs
suzyrufino Postado em 05/11/2018 - 09:41:11
Ola lane... estoi postando. Agradeço por le. Bjs.
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Juh Postado em 31/10/2018 - 00:38:35
CONTINUAAAAAAAAAA
suzyrufino Postado em 01/11/2018 - 01:33:27
Vou posta sim. Ainda esta acordada??
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Juh Postado em 31/10/2018 - 00:38:15
AI MDSSSSSS VEEEM BEBES <3
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Juh Postado em 22/10/2018 - 23:52:23
Eu amo coisas mentoladas tbm AF hahahahah
suzyrufino Postado em 23/10/2018 - 15:12:59
Uhmmmn.... Kkkk... Eu tb gosto. ;P
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Juh Postado em 22/10/2018 - 23:51:50
Ela não vai perder os bebês né?!!!!! Mdsssssss
suzyrufino Postado em 23/10/2018 - 15:11:50
A autora n iria fazer isso com a gente neh.
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Juh Postado em 19/10/2018 - 01:11:36
Parar aí é muita sacanagem hahahahahha
suzyrufino Postado em 19/10/2018 - 19:14:13
Kkkkkk... Tem que ter um pouco de suspense. :P