Fanfic: 💖Melodia💖💖Portiñon💖💖Adaptada💖💖FINALIZADA | Tema: Portiñon

Estavam namorando na cozinha quando ouviram a porta se abrir e Maitê entrar.

- Bom dia! – olhou para as duas juntas. – Uia, tem visita, desculpa entrar de repente.
- Achei que o rio Araguaia tivesse te levado. – Anahí brincou.
- Palhaça. Cheguei cedo pra trabalhar, você esta cheia de compromissos.
- Eu vi que você andou marcando compromissos pra mim, ligou de lá?
- Sim, quero aumento de salário pelo roaming.
- Pode deixar, eu acerto depois. – Anahí riu.

Maitê olhou para Dulce e sorriu descaradamente.

- E aí? Deu mais problema com o vizinho do estúdio?
- Não. Graças a Deus ele não incomodou mais. – Anahí quem respondeu.
- Pelo visto você tem advogada particular agora. Não vai mais se preocupar caso ele te perturbe.
- Bom, você já conhece Dulce e ela também já te conhece.
- Sim, nos conhecemos naquele dia no meu escritório. – Dulce falou.
- Isso. Então patroa, vamos trabalhar?
- Vamos. – Anahí desceu da mesa. – Te encontro lá? – sorriu para Dulce.
- Sim.
- Então bom trabalho. – beijou seus lábios.
- Você também.

Dulce saiu piscando o olho para Maitê que não aguentou e sorriu.
Entre uma reunião e outra, Anahí estava em sua sala conversando com Maitê quando a mesma puxou assunto sobre Dulce.

- Não vai me contar que está namorando de novo?

Anahí achou graça da pergunta.

- Antes você me contava suas coisas. – a secretária falou fingindo mágoa.
- Maitê, não estou namorando.
- Ah não? E acordar com uma mulher, tomar café com ela e combinar de almoçar é o que?
- Estamos nos reconhecendo. – usou bem a palavra. – Dulce apareceu lá em casa logo depois que você viajou e eu estava carente, sozinha, acabou que nos entendemos.

Maitê coçou a cabeça num gesto meio confuso.

- Não entendi...
- Ainda não é namoro, talvez seja, não sei, estou confusa com isso. Gosto dela, você mais do que ninguém sabe disso, tentei evitar, fugir, mas não deu. Não vou me entregar totalmente, mas vou deixando acontecer.
- Hum.

Assim que Anahí entrou com Diogo para gravar um jingle Maitê foi falar com Dulce.

- E aí? Me conta o que ela não me contou.
- Se ela não te contou é porque quer privacidade ora.
- Ah ta, eu me quebro no meio pra ver vocês duas juntas, te ajudo e agora ninguém me conta nada? Vou te chantagear. – brincou.
- Sabia que ia jogar na minha cara. – riu. – Resumindo, sim é namoro e estamos juntas. Sinceramente eu imaginava um recomeço de conto de fadas, mas não está sendo bem assim. Não sei se ela gosta de mim como antes.
- Notei pelas palavras dela que está com medo ou receio de dar errado de novo, talvez seja essa a diferença que tem notado. Dê tempo a ela, tudo se ajeitará.
- É o que mais tenho escutado e minha esperança é essa.
- Tenho que desligar, ela esta voltando.

Quando Dulce olhou no relógio já era quase meio-dia. Concentrou-se tanto no computador fazendo uma acusação que perdeu a hora. Correu para se encontrar com Anahí. Ligou para ela, mas o celular não atendeu, então mandou mensagem. Assim que entrou no estúdio um atendente veio ao seu encontro.

- Queria falar com Anahí.
- A senhora tem hora marcada?
- Não, ela pode entrar quando quiser. – Maitê veio falando lá de dentro. – O nome dela é Dulce e guarde bem esse rostinho, ela entra aqui sempre, e se Anahí estiver em reunião, de qualquer forma você manda ela pra mim.
- Sim senhora. – o rapaz falou sorrindo.

Dulce entrou e comentou com Maitê.

- Me senti importante agora hein.
- Esta vendo como sou boazinha?
- Onde está Anahí?
- Ela esta ao telefone tratando alguma coisa, tem horas isso. Vou lá falar com ela.

Maitê entrou na sala de Anahí e falou baixinho que Dulce a esperava, ela olhou no relógio e fez uma cara de quem estava enrolada.

- Um minuto Luciana. – pediu uma pausa ao telefone. – Nossa que demora no telefone. – falou baixo. – Diz pra ela que não poderei ir e peça desculpa, Luciana me prendeu aqui e pelo visto vai demorar.
- Tudo bem.

Maitê voltou para sua sala e deu o recado.

- Nossa eu vim aqui só pra almoçar com ela. – Dulce falou chateada.
- Ela esta agarrada lá. Essa Luciana é meio chata mesmo, toda vez que faz alguma coisa com a gente demora, porque ela é muito detalhista, Anahí também é, quando junta as duas, sai da frente.
- Anahí me disse que só falaria com ela no final de semana.
- Sim, as duas tinham uma reunião pra sexta, mas Luciana vai ter que viajar, por isso se antecipou.
- Ok, diga a ela que ligo depois.
- Não fique brava, é assim mesmo viu?
- Sei como é. – falou sério.

Dulce voltou para o escritório se sentindo uma idiota. Nem conseguiu trabalhar direito. Quando saiu do escritório foi pra sua casa e esperou que Anahí ligasse, mas ela não ligou.

À noite no apartamento, Maitê estava indignada.

- Por que você não vai ligar? – Maitê perguntou a Anahí.
- Ela quem devia me ligar!
- Continuo com a mesma pergunta. Por quê? Se foi você quem deu o bolo nela, no mínimo deveria ligar pedindo desculpa.
- Pra que? Eu não estava fazendo nada errado, estava trabalhando ora bolas.
- Mas combinou uma coisa com ela e não cumpriu, quando essas coisas acontecem a gente pede desculpa.
- Você esta do lado dela?
- Não tem lado Anahí, tem bom senso, você não está usando o seu. Tudo bem, não quer ligar, não ligue.

A semana passou sem que as duas se vissem, Dulce se segurou para ligar. Achou desaforo ficar correndo atrás também e se Anahí não apareceu é porque deveria estar muito ocupada. Na sexta a noite pegou suas coisas e foi pra Mauá, sabia que a companhia da mãe seria o melhor naquele momento.

- Não vou ligar mais. – Dulce falou emburrada.
- Vocês nem voltaram direito, porque esse comportamento?
- Mãe, ela não me dá atenção, não me liga, nem esta esquentando comigo.
- Antes ela ligava, dava atenção e esquentava com você. Agora eu acho que ela quer dar o troco.
- A senhora esta do lado de quem?
- De ninguém, estou tentando analisar por ambos os lados. Quando ela estiver mais arredia experimente ser gentil, atenciosa, mais do que ela espera. Gentileza gera gentileza, quem sabe com modos diferentes ela não muda?

Dulce deitou a cabeça no braço do sofá, estava irritada.

Na sexta a noite Anahí chegou em casa animada para sair.

- Nossa nem acredito, a semana rendeu. Conversei com Ucker hoje e ele está super empolgado com o estúdio novo.
- É, tem bastante trabalho. To pensando na campanha daquela empresa de energia.
- Nossa, eu também. Eles pediram uma coisa meio infanto-juvenil.
- Você dá conta.
- Vou ligar pra Dulce, não falei com ela a semana toda. Deve esta chateada né?
- Deve? Se fosse comigo tinha te dado um pé na bunda há muito tempo. Não ligou pra pedir desculpas, não deu mais satisfação e nem quis saber se ela esta viva. Você é muito grossa.
- Ela sabe que trabalho muito.
- Ahan. – Maitê foi pro seu quarto falar com Sarah que estava estudando. – Deixa eu cuidar da minha filha que esta abandonada.

Anahí ligou para o escritório e ninguém atendeu, tentou na casa de Dulce e também não atendeu, por último tentou o celular. Ela atendeu com voz de sono.

- Alô.
- Ei, ainda se lembra de mim? – Anahí brincou.
- Não consigo te esquecer. – Dulce falou sério.
- Acho que estou lhe devendo desculpas não é?
- É você quem tem que saber isso, se acha que sim.
- Desculpa Dulce, trabalhei muito essa semana, graças a Deus estamos com a agenda cheia.
- Que bom, fico feliz.
- Estou ligando pra me desculpar e convidá-la pra jantar. Aqui em casa, eu faço o jantar, será que ainda gosta da minha comida?

Dulce apertou o maxilar e se praguejou por estar em Mauá, mas se lembrou de como Anahí a havia tratado e respondeu com classe.

- Aceito seu pedido de desculpa e infelizmente não poderei sair pra jantar hoje. Estou em Mauá na casa de minha mãe.
- Ah que pena. Você volta quando?
- Domingo à noite ou segunda cedinho, fica pra próxima. Bom final de semana e aproveite pra descansar, sua semana foi bastante agitada. – desligou.

Anahí ficou frustrada, jogou o telefone em cima da cama e depois deitou, ficou olhando para o teto, pensativa. Minutos depois levantou num repente e foi ao quarto de Maitê.

- Vamos pra Mauá?
- Oi?!
- Mauá, região serrana do Rio.
- Eu estudei geografia, sei onde fica. – debochou.
- Então? Vamos?
- Quer ir Sarah? – Maitê perguntou a filha.
- Lá é bom?
- É bonito, tem cada cachoeira maravilhosa e de noite esfria e dá pra gente comer um fondue.
- Gostei disso. – Sarah falou animada.
- Se arrumem, vamos agora.
Em minutos estavam saindo. Anahí dirigiu atenta à estrada, não gostava de dirigir a noite, mas por Dulce fez um esforço.

“Esforço?! É Anahí, você gosta mesmo dela!”

Chegando em Mauá procurou pela casa de Blanca.

- Será que ainda me lembro?
- O que?
- Da casa da mãe de Dulce.
- Ah, esse é um encontro?! E você trás duas velas? Trouxe o castiçal também? – brincou.
- Deixa de onda, vocês vão gostar.
- Que cidade maneira! Olha quanta casinha bonita mãe! – Sarah estava empolgada. – Trouxe meu biquíni novo pra nadar e minha bota pra sair à noite. Aqui é frio mesmo.
- Biquíni e bota. Que discrepância meu Deus!

Anahí estacionou na frente da casa de Blanca. Eram quase nove horas. Desceu do carro e tocou a campainha, a própria quem abriu.

- Ah não acredito!
- Aceita visita uma hora dessas? – Anahí falou sorrindo.
- Você eu aceito qualquer horário minha filha! Que bom revê-la!
- Nos vimos tão rápido em Salvador que nem deu pra conversar direito.
- Pois é, mas entre, seja bem-vinda de novo.
- Essa é Maitê minha secretária e amiga.
- Nas horas vagas. – Maitê acrescentou brincando.
- Fiquem a vontade, estava fazendo o jantar.
- Se quiser podemos ficar num hotel.
- De jeito nenhum, aqui tem lugar pra todo mundo. – sorriu - Dulce está lá em cima. Sobe lá no quarto dela, acho que deitou um pouco pra descansar e acabou dormindo.
- Ta bom.
- E vocês duas venham que vou levá-las para o quarto de vocês.
- Gente adorei essa casa! – Maitê olhava ao redor. – É aconchegante.
- Eu também gosto muito daqui. – Blanca sorriu.

Anahí subiu as escadas e foi direto ao quarto. Sentiu certa nostalgia ao entrar nele. Abriu a porta devagar, estava escuro. Pela pouca claridade viu que a morena estava deitada de barriga pra cima e com as mãos atrás da cabeça. Tirou o tênis bem devagar para não fazer barulho e subiu na cama, deitando em cima de Dulce. A morena sentiu um peso sobre seu corpo e logo viu que era Anahí.

- Estou sonhando? – falou baixinho.
- Não, vim te buscar pra jantar comigo. – cheirou o pescoço dela.

Dulce percorreu o corpo dela com as mãos e parou na cintura.

- Você me desculpou mesmo? – Anahí falou com voz dengosa e esfregando seu nariz no de Dulce. – Hum?
- Sua semana foi cheia, só isso. Também tenho meus dias de função no escritório.
- Eu devia ter ao menos ligado, mas realmente as coisas fugiram do controle. – falava ao mesmo tempo em que salpicava beijos no rosto da morena.
- Sem problema, deve ter sido importante, pra você não poder ligar. – Dulce realmente estava chateada e se Anahí tivesse chegado um pouco antes a teria visto chorar. Estava triste, porque as coisas não estavam saindo conforme ela tinha previsto.
- Quer jantar? – mordeu o queixo dela.
- Nem sei quantas horas, não está tarde?
- Um pouco, mas eu estou pronta e não precisamos sair pra jantar em um lugar chique, eu só queria passar um tempo com você. – beijou os seus lábios. – Estou com saudades. – sua voz era doce e Dulce acabou cedendo.
- Tudo bem, vou só trocar de blusa.

Tentou levantar, Anahí a impediu.

- Não vai me dar nenhum beijo?

Dulce a puxou pela nuca e beijou seus lábios, buscou sua língua e conseguiu tirar um gemido de Anahí. O beijo foi provocante e sensual, ela queria mesmo que desnorteasse a loirinha.

- Satisfeita?
- Muito, mas fiquei com mais vontade.