Fanfic: 💖Melodia💖💖Portiñon💖💖Adaptada💖💖FINALIZADA | Tema: Portiñon

Dulce ligou para Maitê e marcou de encontrar com ela. Pra sua sorte a secretária saía do estúdio e a encontrou em seguida.

- Que manda? – sorriu e cumprimentou as duas.
- Preciso montar um pequeno estúdio caseiro.
- Ai, ai... isso esta me cheirando a confusão. Você esta aprontando o que hein?
- Nem queira saber. - Blanca revirou os olhos.
- Senta aí, vamos tomar um suco e eu te conto tudo.

Dulce contou sobre a venda do seu apartamento, a compra do outro e as mudanças que estava enfrentando.

- Você é louca! – Maitê sorria. – Está saindo da sua casa antiga por causa de Anahí? Está cedendo demais, espero que ela reconheça isso.
- Eu também espero. – Blanca falou.
- Quero ter uma vida feliz com ela, só isso. – baixou a cabeça.
- Não fique com essa cara, o que está fazendo é lindo, mas arriscado. Bom, vou fazer uma lista de equipamentos e te passo tudo por e-mail. Tire a metragem do local para que possa isolar acusticamente. Eu te levo depois nas lojas especializadas e eles mesmos fazem isso.
- Obrigada Maitê. – segurou as mãos da secretária.
- Estou orgulhosa de você, sabia? Nem sei por que. Sinto que quer o bem dela. Está fazendo tudo para serem felizes e torço para que consiga.
- Eu agradeço. Por favor, não preciso nem pedir para não contar nada a ela.
- Claro que não.

Marcaram de se encontrar dali uns dias para comprar os equipamentos. Maitê levou Dulce numa loja onde Anahí havia intermediado a importação dos equipamentos do estúdio novo.

- Aqui tem todo tipo de som, dos mais modernos e caros, aos mais simples. Vai depender do que você quiser fazer lá.
- Quero um que nem o da casa dela, talvez mais equipado. Um meio termo entre o da casa e o outro estúdio.
- Ok.

Conversaram com um vendedor e encomendaram o que precisavam, Dulce mostrou o tamanho do estúdio e não demorou para fecharem negócio. Ainda comprou alguns instrumentos.

- O piano dela foi embalado hoje, vão levar de tarde. – Dulce falou. – Vou comprar outro menor para o estúdio.
- Compre um teclado, ela vai preferir. Ela comentou com Diogo que queria um modelo novo da Roland. – Maitê mostrou na revista o modelo e Dulce comprou sem pestanejar. - Estou impressionada, você tem bala na agulha hein?

Dulce riu do jeito de falar da secretária.

Quando voltou ao escritório, Beatriz a esperava para tirar umas dúvidas, estavam conversando no sofá da sala de Dulce e nem viram Christian entrar.

- Eita que estão tão entretidas que nem me viram.
- Oi Christian, Beatriz veio fazer umas perguntas e acabou que estamos de papo aqui.
- Sei. – falou desconfiado. – Bia, depois redige pra mim essas cláusulas?
- Claro, vou lá fazer.
- Não menina, amanhã. Não viu a hora?
- Acho que o papo rendeu que nem me dei conta. – Beatriz olhou no relógio.
- Agora esta chamando de Bia? – Dulce brincou. – Vou te chamar assim também, pode?
- Claro gente, todo mundo me chama de Bia. – se levantou. – Deixa eu ir, vou pegar uns documentos, minha OAB saiu.
- Bom, vou indo também marquei com Anahí de sair.
- Aonde vão? – Christian perguntou.
- No barzinho que ela tocava. Quer ir com Poncho?
- Acho que sim viu, estou precisando distrair. O trabalho esta acabando comigo.
- Falar nisso, como Beatriz tem se saído?
- Bem, ela realmente é esforçada e dedicada. Pensa rápido e não reclama o que é uma grande vantagem.
- Que bom isso.

À noite Dulce pegou Anahí em sua casa e saíram. Chegando ao barzinho encontrou com Poncho e Christian já sentados lá. Maitê chegou logo em seguida com Sarah e uma amiga da escola. Pediram bebidas e brindaram.

- Ao trabalho que dignifica a alma. – Poncho falou.
- Se eu achar o infeliz que falou isso eu mato ele. – Christian brincou fazendo o restante rir.
- Realmente o trabalho é ótimo, mas cansa. – Anahí comentou.
- Cadê sua mãe Dulce, não quis vir?
- Que nada, ela ta meio cansada hoje.

Na verdade Blanca ficou monitorando a mudança que já estava sendo providenciada. Dulce mudaria de vez na semana seguinte.

- Cansado to eu, ainda bem que agora tenho uma parceira. – Christian comentou. – Beatriz tem me aliviado bastante.
- Essa Beatriz é um anjo né? – Anahí debochou.
- Se é anjo eu não sei, mas parece que ela caiu do céu mesmo. Se deu bem com todo mundo no escritório, até com a chefinha.
- Deixa de ser bobo, eu gosto dela, e acho que se deve dar oportunidade a quem quer trabalhar. Tem gente que quer emprego e não trabalho.
- Concordo. – Poncho falou. – O povo quer o salário, mas trabalhar por ele não.

Anahí nada falava, prestava atenção em Dulce e em Christian principalmente.

- O bom da Bia é que ela não nega serviço e não reclama.
- Bia? Já tem apelido?
- É Poncho, a loirinha conquistou todo mundo lá.

Dulce sabia que as frases de Christian eram intencionais, típico dele, mas sua preocupação era Anahí e no que ela estava pensando.

- O que estavam conversando hoje de tarde Dulce? – ele perguntou.
- Nada demais, ela me contou coisas da época em que estudava e sobre alguns professores, como estudamos na mesma faculdade temos professores em comum. Lembramos de histórias de curso, ela no tempo dela e eu no meu. Falando em estudar, o que está achando daqui do Rio Sarah, está gostando? – mudou de assunto.
- Muito.
- Eu respondo por ela, fez muitos amigos já. – falou a amiga da menina.
- Que bom.
- Será que Bia tem namorado? – Christian voltou no assunto. – Ela te falou algo Dulce?
- Não, acho que não tem.

O papo sobre Beatriz rendeu tanto que Anahí se irritou. Acabou levantando e pegando sua bolsa.

- Bom, o papo está ótimo, mas eu vou embora.
- Que isso? Nem sentamos direito. – Poncho falou.
- Estou cansada, amanhã acordo cedo.
- Peraí Anny, vamos ficar mais um pouco. - Dulce pediu.
- Pode ficar eu não ligo. Maitê se quiser ficar também, depois vai com você.

Anahí saiu e Dulce foi atrás, Maitê também e Sarah com a amiga.

- Satisfeito Christian? – Poncho falou bravo.
- De que?
- Não faz de bobo, você tentou até conseguir irritar Anahí. Quando é que vai dar uma trégua às duas?
- Olha, sei que me olham como carrasco, mas eu não concordo com a volta desse relacionamento e acho que Anahí vai se decepcionar com Dulce de novo.
- E o que você tem com isso? Acho que se mete demais na vida dela e esquece de olhar a sua. Eu to cansado disso, pra mim chega. – saiu deixando o rapaz sozinho.

Dulce foi atrás de Anahí.

- Calma aí. – a segurou pelo braço.
- Me deixa, não quero ouvir desculpas ou explicações.
- Não tenho que explicar, muito menos me desculpar, não fiz nada!
- Ah não?
- O que eu fiz?
Maitê percebeu a discussão e se afastou um pouco. Poncho chegou perto e a chamou.

- Vem Maitê, eu levo vocês pra casa, deixa elas se entenderem.
- Meu salvador! – riu. – Vamos.
- Você é uma santa Dulce. – ria com deboche.
- Anahí está sendo injusta e sabe disso. Está se deixando levar pelo veneno de Christian, que até hoje não sei por qual motivo se mete tanto na minha vida. Não brigue comigo amor, sabe que não fiz nada. – pediu tentando abraçá-la.
- Me solta, não quero vê-la mais hoje. Você sempre piora as coisas, estraga tudo e perde o que tem de bom. – olhou com raiva para ela.

Virou as costas e saiu andando deixando a morena sem ação; viu um táxi parado, entrou nele e foi embora. Dulce entrou no carro e não se conteve, começou a chorar, ficou nervosa e pegou um cigarro, na primeira tragada teve raiva e jogou fora. Não sabia o que pensar e tudo parecia não dar certo quando Anahí brigava com ela. Foi pra casa chorando e se trancou no quarto. Blanca ia perguntar o que tinha acontecido, mas deixou que ela se acalmasse primeiro.

Assim que Anahí pisou em seu apartamento Maitê a chamou.

- Senta aí que nós vamos conversar.
- Não to com clima para sermão. – saiu andando.

Maitê a impediu com a mão.

- Senta que você vai me ouvir nem que seja a última vez. Não vou mais ter esse tipo de conversa contigo.

Anahí assustou com a forma de Maitê falar e resolveu respeitar.

- Percebeu o que fez? Aliás, tem notado como trata Dulce desde que voltaram? Às vezes é gentil como uma porta. – ironizou. – Pra que voltou com ela? Se vai tratá-la dessa forma era melhor estarem separadas.
- Não a trato sempre com grosseria.
- Tudo bem, mas na maior parte do tempo sim. E se não é grossa é seca. Ela faz tudo por você. Te manda flores, presentes, liga, dá atenção e você só joga balde de água fria. Se não consegue perdoá-la, termine. Ela merece uma pessoa mais carinhosa ao lado dela, que a trate como merece. Pronto, era só isso que tinha pra falar.
- Eu... não é bem assim...
- Não quero justificativa pra suas atitudes. Não é pra mim que tem que falar. Nem é da minha conta, mas eu não consigo ver certas injustiças. Ame Anahí, ou largue e deixe que alguém a ame como se deve.

Maitê saiu deixando a loirinha sozinha. As últimas palavras deixaram Anahí atordoada, não pensava de forma alguma em alguém amando Dulce como ela amava, mas também não confiava o suficiente e ainda tinha mágoa pela traição. Iria cedo falar com ela e acertar tudo de uma vez.