Fanfic: 💖Melodia💖💖Portiñon💖💖Adaptada💖💖FINALIZADA | Tema: Portiñon

Bianca ficou pálida.

- Calma Dulce, eu não falei por mal, estava apenas conversando e...
- Some daqui.

Dulce nem se deu ao trabalho de olhar para trás. Largou Bianca ali e virou as costas fechando a porta na cara dela. Theo veio em seguida e ficou surpreso.

- Ué, ela já foi?
- Ela foi convidada a se retirar. Outra hora te conto.

Quando Dulce voltou o papo na sala estava animado. Ainda ficaram um bom tempo conversando. Angelique comentava o episódio de Anahí com Bianca.

- Anahí pega no pausinho aí.
- Viu como sei usar? Esse povo acha que somos da roça amiga.
- Lá também tem comida japonesa.
- Isso aí.
- Não imaginei que gostasse. – Dulce falou.
- Eu adoro, por isso sei usar os hashis.
- Mas a primeira vez foi um terror hein. – Angelique a entregou.
- Nossa, nem me fale, não consegui de jeito nenhum. Daí peguei e levei um par pra casa e fiquei treinando lá, comi uma semana só usando hashi. Menos o almoço, mas café da manhã, lanche, tudo eu usava, até aprender.
- Por isso ta craque.
- Posso dar aula se quiserem. – sorriu a loirinha.

Já passava das duas da manhã quando o pessoal resolveu ir embora. Como na maioria dos lugares, quando um fala que vai, outros vão atrás. Blanca estava cansada, mas não se entregou, ficou o tempo todo com eles conversando.

- Poncho, acho que vou aceitar o convite de ir dormir na sua casa.
- Ótimo. É bom que botamos o papo em dia.
- Que papo? Vocês se falam sempre. – Dulce estava indignada. – Você disse que ia dormir aqui.
- Eu não disse isso. Você quem falou que eu não iria incomodar.
- E não vai, dorme aqui. – disse segurando a mão dela.
- Não, melhor ir com o Poncho. – Anahí se soltou.

Estavam quase na porta, uns se despedindo dos outros. Dulce puxou a loirinha num canto.

- Por que não quer dormir aqui?
- Porque não. Vou incomodar, tirar a privacidade da sua mãe.
- Não é por isso, ela não vai se incomodar. O que aconteceu?
- Talvez eu me sinta melhor na casa de Poncho que é mais o meu estilo. – falou a última palavra com um gesto de aspas com os dedos.

Então Dulce entendeu o que estava acontecendo.

- Escuta o que vou te dizer. Você não tem estilo de ninguém, você é única. Pelo menos aos meus olhos. E não ligue para o que uma idiota como Bianca fala, ela não tem escrúpulo e nem bom senso.
- O que ela disse não é nenhuma mentira, só a forma como foi dita que machucou, mas não é só ela que pensa assim. Você também e isso me machuca mais. – Anahí tinha os olhos marejados, mas segurou as lágrimas e não chorou. – Agora preciso ir.
- Não! Fica, por favor, a gente conversa.
- Hoje não, estou cansada. Já viu a hora?

Dulce estava visivelmente chateada.

“Ela esta me dando um toco de novo?!”

Christian a chamou pra se despedir e ela se virou para falar com ele. Blanca viu a situação da filha e quis intervir.

- Fica Anahí, amanhã faço waffles pra você. Tenho certeza que não vai se arrepender. – Piscou os olhos para ela.
Anahí sorriu.
- Isso é chantagem.
- É um pedido. – Blanca sorriu.
- Ta bom eu fico, mas não tenho roupas, só essa aqui.
- Problema nenhum, você veste alguma coisa minha, somos quase da mesma altura. Dulce saiu grande assim nem sei por qual motivo. – brincou.
- Então eu peço e você não fica, minha mãe pede de primeira e você aceita. Muito bom isso.
- Ela me ofereceu uma coisa que você não ofereceu.
- O que?
- Waffles.
- Se soubesse que queria negociar...
- Ia me dar o que?
- Tenho muito a oferecer, você nem imagina. – Dulce olhou com tanta intensidade que Anahí corou.
- Sou de gosto simples moça, venho do interior, os Waffles já me bastam. – Disse passando a mão no rosto dela e seguindo Blanca até a sala.

O pessoal se foi e Anahí ficou.

- Vou tomar um banho e já volto. – Blanca falou e subiu.

Assim que ela saiu, Dulce chamou a loirinha para a sala.

- Meu anjo vem aqui. – sentou Anahí no sofá e se ajoelhou no chão, de frente a ela e entre suas pernas. – Se falei alguma coisa que te ofendeu, por favor, me desculpe. Eu não queria te magoar. E se foi Bianca, não ligue, porque ela não sabe nada da vida. O pai dela é um diplomata rico que banca todas as gracinhas que ela faz. É uma pessoa fútil e vazia.
- Ela não falou nenhuma mentira, mas é que às vezes a verdade dói não é?
- E quem é que sabe da verdade? Ninguém pode julgar ninguém. Isso sim é verdade. Eu juntei todo o pessoal aqui e fiz essas coisas pensando em você. – disse sorrindo e segurando as mãos da loirinha. – Queria que ficasse feliz.
- Eu estou feliz, só fiquei um pouco envergonhada. Vai passar.
- To animada que você vai dormir aqui.
- Eu vou só dormir Candy. – Anahí já foi logo avisando.
- Eu sei, mas estou contente da mesma forma. Você... – baixou a cabeça, depois levantou novamente e falou. - ...você quer dormir comigo, no meu quarto?
- Não sei se isso é uma boa ideia.
- Juro que não faço nada.
- Jurar em vão perante uma autoridade dá cadeia sabia? – brincou.
- Tô sabendo. E será que a autoridade aí não pode me dar um crédito? – Dulce fez uma cara meio safada.
- Não sei, sua expressão não me passa confiança.
- E Vossa Excelência quer alguma garantia?
- Gostei do Vossa Excelência. – Anahí sorriu. – Pode me chamar assim daqui pra frente.

Dulce deu uma gargalhada. Fazendo a loirinha rir junto com ela. E num impulso a beijou. Suas mãos que estavam apoiadas no sofá, subiram para as coxas de Anahí e foram até a cintura. A pianista colocou as duas mãos no ombro da promotora e apertou quando sentiu o beijo ficar mais ardente. Dulce se aproximou mais e puxou Anahí pela cintura, fazendo-a abrir mais as pernas e colar seu corpo no dela. Aquele contato acendeu todos os instintos da morena.

- Não sei exatamente o motivo, mas só de ter você colada em mim, meu corpo fica louco. – falou sussurrando no ouvido de Anahí.
- É porque você é assanhada. – a loirinha se afastou.
- Você que me assanha.
- Eu?
- É. Gostosa e linda desse jeito.
- Ah que nada.
- Verdade. – beijou seus lábios. – Você pode não saber, mas existe uma mulher muito bonita aí dentro. Acho que ela está desabrochando ainda.
- Desabrochar é uma palavra inusitada.
- Meio brega, mas é verdade. E então excelência, vai dormir comigo?
- Promete que não vai fazer nada?
- Prometo.
- Jura dizer a verdade, somente a verdade, nada mais além da verdade?
- E num é que ela sabe das coisas? Andou frequentando algum tribunal?
- Sim, matei uma pessoa. – Anahí fez cara de mal.
- Então terei que prendê-la. – Dulce levantou uma sobrancelha.
- Mas quem prende não é o guarda?
- Eu sou uma autoridade, posso prender se quiser.
- Hum... – Anahí teve um pensamento quase obsceno.
- Que cara é essa?
- Pensei demais aqui. – Anahí mordeu o queixo de Dulce, que ainda permanecia ajoelhada à sua frente.
- Quando penso que você é muito ingênua e vejo essa cara de sem-vergonha, começo a duvidar.
- Não sou ingênua, sou transparente. Quem me conhece sabe que não tenho nada a esconder do que sou e de onde vim.
- Transparente não é não. Essa roupa não me deixa ver nada. – Dulce brincou.
- Ainda bem.
- Que pena. Tenho certeza que tem muita coisa boa aqui. – Enfiou as mãos por debaixo da saia, mas não avançou.
- Tem nada, sou muito rechonchuda ainda.
- Eu to gostando do que vejo.
- Porque é uma safada.

Dulce riu e se levantou.

- Vem, minha mãe já deve estar saindo do banho. Vou ver o que ela separou pra você vestir. Espero que nada muito comportado.
- Vindo da sua mãe, pode esperar.

Subiram as escadas e Blanca estava saindo do banheiro quando as duas apareceram.

- Anahí, esse pijama serve em você, tem toalhas no banheiro também. Precisa de calcinha?
- Não, eu tenho uma na bolsa.
- Você anda com uma calcinha na bolsa? – Dulce perguntou intrigada.
- Ando, quando se mora fora de casa e não tem carro, é bom se prevenir.

A morena achou graça.

- Vou tomar meu banho então.
- Pode ir no banheiro do meu quarto. – Dulce falou.
- Tá bom.
- Fique à vontade linda.

Anahí entrou pro banho e Dulce foi até o quarto de sua mãe.

- Mãe, ela pode dormir comigo? – parecia uma criança pedindo um brinquedo.
- Dulce, não acha que ela vai ficar constrangida?
- Acho que ela pensa mais no constrangimento da senhora.
- Penso que ela vai ficar sem jeito.
- Eu não vou fazer nada, ela sabe disso.
- Será que não vai?
- Mãe!
- Dulce eu conheço muito bem você. E sei que agora está empolgada com essa menina. Será que essa empolgação tem prazo para acabar?
- Não sei. Eu a acho diferente de tudo.

- De todas você quer dizer.
- Pode ser, ela é meiga, é simples, gosta de coisas simples.
- Ela gosta é de você, por isso não acho certo magoá-la. Se ver que isso não vai dar em nada, então pare agora.
- Mas eu gosto da presença dela. – insistiu.
- Então ta bom Dulce, você já é adulta e sabe o que fazer. Só saiba que ela não é uma pessoa qualquer. Não é do tipo aproveitadora e se magoá-la pode não ter volta.
- Eu sei.
- Uma vez na vida, dê valor a quem gosta de você. E gosta sem interesses.

Dulce baixou a cabeça e ficou pensativa. Sua mãe tinha toda razão e ela parecia uma adolescente.

Anahí entrou no banheiro e ficou admirada. Era todo preto e tinha uma hidromassagem enorme de um lado e uma ducha do outro. A bancada era imensa, principalmente para uma pessoa. Quando saiu de lá a morena estava ajeitando a cama.

- Cama arrumada! Tem dois travesseiros pra você.
- Só preciso de um.
- Eu gosto de dois, um pra apoiar a cabeça e outro pra abraçar. Se bem que essa noite acho que não vou precisar dele. – olhou de cima a baixo para Anahí.
- Você prometeu...
- Tá certo excelência. – sorriu. – É que você está uma graça com esse pijama. – Dulce se referia ao pijama rosa e branco que sua mãe emprestara a Anahí. Era um short e uma blusinha sem mangas, estava muito simpático.
- Vai tomar seu banho anda. – Anahí começou a empurrar a morena para o banheiro.

Quando Anahí estava se deitando Blanca apareceu na porta.

- Vai ficar bem aí?
- Vou sim. – Anahí parecia sem jeito.
- Anahí estou acostumada, não precisa ficar sem jeito. Não sou uma mãe moderninha, mas como eu disse, respeito a escolha de minha filha e outra, sei que você é uma pessoa sensata. Não vai fazer nada que não queira.
- É...
- Boa noite então e durma bem. Diz pra Dulce que já fui dormir, até ela sair do banho eu já estou no quinto sono. Nunca vi demorar tanto.

Realmente Dulce demorou, Anahí bem que tentou esperar, mas não aguentou. Acabou adormecendo. Sentiu um corpo quente lhe abraçar pelas costas e uma boca beijar sua nuca. Abriu os olhos e sorriu. A morena parecia usar um roupão, não sabia se estava vestida por baixo.

- A sua pele é tão macia. – Dulce sussurrou no seu ouvido.
- Candy você me prometeu... – Anahí sentia as mãos da morena passearem pelo seu corpo.
- Eu menti. – Dulce mordeu o lóbulo da orelha dela.
- Isso dá cadeia.

A morena riu. Estava excitada com a situação. E ter a loirinha ali ao seu lado estando sozinhas a deixou em brasa. Parecia ter pressa.

- Você não vai me denunciar, vai? – agora uma das mãos ameaçava um toque no seio esquerdo.

Anahí se virou e ficou de frente para ela que imediatamente subiu ficando sobre seu corpo.