Fanfic: 💖Melodia💖💖Portiñon💖💖Adaptada💖💖FINALIZADA | Tema: Portiñon

Passearam bastante no final de semana. Visitaram os lugares mais conhecidos e depois foram ao shopping com Luisa. Tisha e Blanca não quiseram ir, estavam cansadas do tour pela cidade e Maitê disse que as encontrava mais tarde, pois tinha que ajudar Sarah com um trabalho da escola. Anahí ficava encantada vendo como Dulce gostava de Luisa. As duas se davam bem e se entendiam em várias questões, tinham gostos parecidos.

- Amor, nós vamos ali naquela loja de jogos.
- Ah isso não é pra mim. Fico aqui com Poncho, ou você quer ir? – perguntou ao rapaz.
- Não, deixa as duas jogando.

Os dois pediram um suco e ficaram de papo.

- Dulce está me surpreendendo em relação à Luisa.
- E a mim? – Anahí falou. – Tudo bem que quando Isa era pequena Dulce já a tratava muito bem, mas agora.
- Será que nossa beldade de olhos castanhos não está querendo ter um filho?

Anahí pareceu ficar pensativa.

- Ela sabe que agora não dá. Temos nossa vida muito atribulada e se eu tiver um filho gostaria de ter mais tempo para cuidar dele.
- Eu tenho vontade de ter um filho também.
- Por que não adota?
- Quando estava com Chris ele nunca manifestou essa vontade. E adotar estando sozinho é meio complicado. Eu queria ter um filho meu também.
- Bom, aí já é diferente, precisa de uma mulher pra isso.

Poncho deu um sorriso que fez Anahí olhar desconfiado.

- Olha, não sei não. Eu te conheci gay, mas sinto no ar um cheiro de mudança. Você e Maitê se dão bem demais pro meu gosto.
- Ah que isso. Maitê é gente fina demais, uma mulher batalhadora e inteligente, além de bonita, mas não passa de amizade. Não tem nada a ver.
- Não mesmo?
- Não... – olhou para Anahí. – Um pouco... – sorriu.
- Poncho! – olhou cismada. – Se acontecer, saiba que eu dou a maior força. Maitê é como uma irmã pra mim e você sempre foi meu amigo do coração.
- Não tenho relacionamento com uma mulher há muitos anos.
- E daí se tiver agora?
- Não sei se ainda consigo... ah sei lá... com mulher é diferente, em tudo né.
- Está falando de sexo? – Anahí falou alto.
- Fala mais alto que as vendedoras das lojas do andar de cima não ouviram.

Ela riu da piada.

- Ta, desculpa. Essas coisas não se esquecem e outra, cada pessoa é de um jeito e a gente tem que ser criativo.
- Ah é? Que coisa hein, quero detalhes disso. – debochou.
- Nada de detalhes. Só posso lhe dizer que a imaginação é que melhora o relacionamento.
- Sei, Dulce que o diga, aquela ali pensa em cada coisa.
- Sem detalhes da minha vida íntima, ok?

Dulce veio com a menina empoleirada em suas costas e tinha nas mãos um bichinho de pelúcia.

- Tia! Ganhamos um bichinho pra você!
- É?! Obrigada querida. – sorriu pegando-o.
- Deu um trabalhão, porque ele não vinha de jeito nenhum. Tia Dulce comprou muitas fichas.
- Foi uma questão de honra pegar esse bicho. – a morena sorriu.
- Ah, mas ele é muito bonito. – Luisa pegou de volta da mão de Anahí.
- Estou pensando aqui, eu acho que ele vai combinar mais no seu quarto novo, junto com os outros que já tem lá.
- Posso mesmo ficar com ele? – os olhinhos da menina brilharam.
- Claro meu amor. – Anahí afagou os cabelos dela.
- O que estão comendo? – Dulce perguntou.
- Poncho pediu uma porção de frios, mas está no fim.
- Eu queria uma coisa doce. – Dulce olhava em volta da praça de alimentação procurando o que comer.

Luisa olhava em volta também e avistou uma sorveteria, mas nada falou. Não era de pedir as coisas e quando pedia era algo simples. Ficou esperando pra ver se alguém prestava atenção nela, enquanto isso brincava com o bichinho. Não demorou muito para que Dulce manifestasse a vontade de tomar sorvete.

- De repente eu tomo um sorvete, mas ali só vende aquelas taças enormes. Se tivesse ajuda... – olhou para Luisa.
- Ah, essa daí não só te ajuda como toma o sorvete todo pra você, se quiser.
- Que tal uma taça gigante de sorvete? – a morena perguntou.
- Pode ser com calda de chocolate?! – Luisa animou rapidamente.
- Isso e calda quente também.

Pegou a menina no colo e pouco depois voltou com uma taça enorme nas mãos e duas colheres.

- Um sorvete gigante desses e duas colheres só? – Anahí olhou sério para as duas. – Não acham que é sorvete demais pra duas pessoas?
- Eu divido amor, toma. – Dulce deu na boca de Anahí.

Poncho olhou a cena e quis brincar.

- Eu ganho na boca também?
- Posso te dar um pouco do meu. – Luisa esticou o braço oferecendo a ele.
- Hum que delícia!

Na volta pra casa pegaram Maitê no apartamento de Anahí, ela aproveitou a oportunidade e pegou o resto de suas roupas que estavam lá.

- Depois venho pra pegar os objetos pessoais.
- Está mudando de vez meu Deus. Bem me disseram que casal de lésbica é assim, conhece num dia, namoro no outro e...
- Casa no terceiro dia. – Poncho completou a frase de Maitê.
- Isso aí.
- Vocês dois parem com isso. Conheço Dulce faz muitos anos e só agora estou oficializando. – Anahí quis justificar.
- Ta bom, vamos dar um desconto.

No caminho pra casa Luisa dormiu e foi colocada na cama assim que chegaram.

- Ela precisa tomar banho. – Tisha falou.
- Ah mãe, deixa, só deve acordar amanhã cedo e aí ela toma. Já tomou antes de irmos ao shopping.
- Ela ta adorando as férias. – sorriu. – Me confessou hoje de manhã que está melhor do que ela esperava.
- Que bonitinha. Eu sinto uma falta danada dela quando volta pra São Paulo.
- Ela também sente.

Depois que Tisha e Blanca foram dormir, os outros subiram pra piscina e ficaram conversando. O assunto girou em torno dos trabalhos realizados no estúdio e entre uma situação e outra Dulce foi conhecendo ainda mais sobre o trabalho de Anahí.

- Eu confesso que gosto de gravar com artistas desconhecidos. Não são todos, mas a maioria dos famosos têm uma opinião muito fechada e não aceitam palpite da nossa parte. Ucker fica indignado.
- Fica mesmo, essa semana ele me mandou um e-mail reclamando de um atraso no cd da Luciana. Depois que vocês ensaiaram tudo, ela ainda mexeu numas coisas. – Maitê falava. – Nem te avisei porque sabia que ela queria era bajulação.
- Então era para o cd dela que você foi para a tal fazenda – Dulce perguntou num tom quase de desconfiança.
- Foi. Ela queria um lugar mais tranquilo e alugou essa fazenda para ensaiar.
- Hum. – olhou para o outro lado.
Poncho fez uma cara de que lá vinha encrenca, então Maitê mudou o rumo da conversa. Falaram sobre viagens e shows, Anahí se mostrou atenta ao mercado de trabalho e impressionou Dulce com isso.

- Com essa pirataria toda, estamos investindo em produção de shows. Os artistas ganham é nessa hora, porque com a venda de cd e DVD não ta rolando.
- Eu gosto é de trabalhar com campanhas publicitárias. - Maitê falou. – Sai cada jingle maneiro e minha chefinha é a melhor.
- Puxa saco! – Poncho falou.
- Vai ganhar até um aumento. – Anahí riu.

O papo rendeu até tarde, só foram embora porque já estavam cansados.

No quarto Dulce mexia no controle da TV zapeando os canais e Anahí passava um hidratante no corpo. Fazia de um jeito sensual que não passou despercebido pela morena.

- Está cansada? – Anahí perguntou.
- Não muito, por quê? – Dulce continuava olhando para a TV.
- Por nada... – subiu na cama e deitou ao lado dela, repousando a cabeça em seu colo.
- Anahí quando vai começar a me contar as coisas que acontecem no seu trabalho? Porque o que você me conta é superficial e o que quer que eu saiba.
- Se está falando sobre Luciana, eu não disse antes porque não estávamos conversando e depois porque as coisas foram acontecendo e eu me esqueci.
- Esqueceu? – olhou pra ela.
- Sim e não achei importante o suficiente e se quer saber mesmo, eu sabia que você iria implicar, por isso não falei.
- Que adianta você não contar se uma hora eu fico sabendo?
- Boca grande a de Maitê, depois eu vou falar com ela.
- Claro e dizer pra não abrir mais o bico e continuar me escondendo as coisas. Vai ser assim?
- Não. – Anahí se levantou e ficou de frente para Dulce. – Se eu não falo é porque sei que se irrita, até acontece de alguém me dar uma cantada ou ser um pouco mais abusado, mas eu não deixo passar disso.
- Eu confio em você, mas se continuar me omitindo as coisas vou deixar de confiar. Promete que vai me contar tudo?

Anahí olhou nos olhos dela e sorriu.

- Ta bom amor, mas tem que me prometer que não vai ficar com raiva.
- Eu prometo.

Anahí olhou em volta e pareceu pensar um pouco. Mexeu no cordão de Dulce e beijou a boca dela.

- Aconteceu uma coisinha lá durante a gravação.
- Como é que é? – Dulce recuou o corpo e cruzou os braços. – Ta vendo Anahí, você está me escondendo as coisas.
- Amor, escuta. Era o último dia de gravação, eu estava na varanda olhando o tempo quando Luciana se aproximou. Conversamos um pouco e depois ela veio com uma conversa mole de que gostava de mim e que pensava em mim.

Dulce estreitou os olhos, Anahí sentiu que ela estava quase bufando, colocou as mãos nos braços dela como se quisesse acalmá-la.

- Naquele exato momento eu estava mesmo era pensando em você, em voltar pro Rio e conversar sobre a gente, acertar tudo de uma vez. Ela me beijou de repente, mas eu me afastei dela e saí de perto sem dar explicações. Nunca mais a vi e quero que quando nos encontrarmos de novo você esteja do meu lado.

Dulce levantou da cama e andou de um lado para outro.

- Eu sabia que aquela mulher gostava de você, vi isso na cara dela. Que ódio! Tenho horror de gente dissimulada. Aconteceu mais alguma coisa que eu não esteja sabendo? – olhou para Anahí.
- Não. Eu fui embora no dia seguinte cedo e não a vi mais. – Anahí saiu da cama também e se aproximou de Dulce. – Me desculpe, não falei porque sabia que ia ficar assim, nervosa.
- Nervosa? Eu estou tomada de ódio. – pegou Anahí pelo braço. – Você é só minha. E ninguém vai tirar você de mim.

Suas bocas se encontraram num beijo cheio de desejo e dali foram pra cama.

Faltando poucos dias para a volta de Luisa e Tisha, Blanca as convidou para irem a Mauá conhecer a cidade.

- Aproveitamos e conhecemos os arredores. Vocês vão adorar. – Dulce falou animada.
- Não esta muito frio lá? – Tisha perguntou receosa.
- É só levar uma roupa mais quentinha.
- Então tudo bem, podemos ir quando quiserem.
- Dá pra ir amanhã de manhã meu anjo? – Dulce perguntou a Anahí, que ficou meio sem graça com o tratamento na frente da mãe.
- Preciso ir ao estúdio hoje então, Diogo reclamou com Maitê que está abandonado.
- Tudo bem eu passo no escritório também, preciso deixar uma documentação com Guilherme e vou com você.