Fanfic: 💖Melodia💖💖Portiñon💖💖Adaptada💖💖FINALIZADA | Tema: Portiñon

Tisha assistia a tudo sem comentar nada, às vezes ficava envergonhada ou sem graça, mas no fundo percebia que as meninas não abusavam no tratamento pessoal. Olhava o semblante de Blanca e o via tão natural, provavelmente já devia estar acostumada. Todo dia saíam para conhecer a região e à noite jantavam fora ou comiam em casa mesmo, com Blanca sempre fazendo o jantar.

- Deixa que eu te ajudo, não sou tão boa na cozinha, mas me esforço. – Tisha falou.
- Minha mãe cozinha bem viu Blanca. – Anahí piscou o olho pra sogra.
- Você já me falou. Mas cozinha melhor que eu? – Blanca fez um pouco de drama.
- As duas são páreo duro. – Anahí sorriu. – Digamos que eu esteja bem servida, com vocês duas não passo vontade.
- Eu também estou, porque Anahí cozinha muito bem. – Dulce chegou falando. - Ao contrário de mim que sou uma negação na cozinha.
- Mas você é boa em outras coisas. – Anahí passou perto de Dulce dando um beijo em seu ombro. – Sabe arrumar casa melhor que eu e é ótima pra trocar lâmpada. – riu.
- Anahí não leva jeito para trocar lâmpada, só se for de um aquário. – Tisha debochou.
- Ah que judiação. – Dulce falou olhando para a loirinha.
- Já me conformei com meu tamanho. – falou fazendo bico.
- Eu adoro! – Dulce beijou o topo de sua cabeça.

A campainha tocou e como Luisa estava na sala brincando, ela quem foi abrir.

- Oi! – sorriu para Bete e Christian.
- Olá menina, tem alguém em casa além de você? – Bete perguntou.
- Tem... – parou pra pensar. – Tem vovó Tisha, vovó Blanca, tia Anahí e tia Dulce.
- Nossa, já entraram pra família. – Christian se agachou. – Você deve ser Luísa.
- Sou sim, como sabe meu nome?
- Eu te conheci quando era neném ainda. Sou Christian primo de Dulce e esta é minha mãe.
- Vou chamá-las. – virou as costas e saiu correndo. – Tiiiiaaaa!

Dulce apareceu na sala e os viu na porta.

- Entrem, fiquem a vontade. Estamos jantando, venham na cozinha. – Pegou Luísa no colo e voltou para a cozinha. – Tia Bete e Christian. – falou com as demais.

Anahí se sentiu constrangida com a presença do rapaz, mas disfarçou bem. Era mais uma coisa que havia acontecido que ela não contara para Dulce.

- Já jantamos, viemos somente fazer uma visita. – Bete falou.
- E eu me despedir. – Christian completou. – Estou indo para Londres, fazer um curso e tentar arrumar alguma coisa por lá.
- Vai ser melhor pra ele. – Bete completou.

A notícia assustou a todos.

- Ô meu filho, pra que tão longe? – Blanca perguntou.
- Tenho conhecidos lá e lugar pra ficar.
- Então boa sorte, torço por você. – Blanca o abraçou.

Dulce ficou sentada com Luísa no colo e nada falou. Anahí se aproximou dele desejando sorte também e boa viagem. A campainha tocou novamente e Luísa se remexeu no colo de Dulce para abrir a porta de novo.

- Calma menina! – sorriu.

Dessa vez era Maitê, Sarah e Poncho.

- Ei Isa! Está sozinha?
- Não gente, ninguém deixa uma criança de seis anos sozinha. – falou debochando e revirando os olhos.
- Nossa que menina precoce. – Poncho riu.
- É que vocês são a segunda visita que me perguntam isso. – falou virando as costas e saindo andando.
- Pelo visto tem mais gente aqui. – Maitê foi entrando, seguida pelos dois. – Ô de casa!
- Opa! Chegaram numa hora ótima. – Dulce sorriu. – Na hora da janta.
- Nós comemos pelo caminho. – Maitê falou. – Íamos sair amanhã, mas Poncho teve uma aula cancelada e aí resolvemos sair hoje cedo.
- Muito bom, assim amanhã podemos sair cedo para passear.

Quando Christian veio para a sala com a mãe e as demais é que Poncho soube quem eram as visitas.

- E aí Poncho, tudo certo? – o rapaz falou como se nada tivesse acontecido.
- Ótimo! – sorriu.
- Bom gente, estamos indo. Maitê foi um prazer te conhecer e Anahí... – deu uma pausa. – Seja feliz. – sorriu para ela e a abraçou.

Ao saírem, Blanca voltou para a cozinha com Tisha e o restante ficou na sala. Anahí contou da viagem de Christian.

- Fico aliviado de ele ir embora, assim não perturba a felicidade alheia. – Poncho falou se sentando. – Christian é uma boa pessoa, mas tem mania de controlar coisas que não são de sua conta.
- Eu que o diga, mas vamos mudar de assunto porque esse já me cansou.
- Poderia jurar que vocês discutiriam. – Maitê falou para Dulce.
- Não vou perder mais o meu tempo discutindo com Christian e Anahí também não gosta de confusão, em respeito a ela fiquei quieta. – deu um beijo rápido na loirinha.
- Loirinha esta mandando geral. – Poncho brincou.

Anahí piscou pra ele e sorriu.

- Nada disso, aqui quem dá a última palavra é sempre Dulce.
- Verdade, eu digo: Sim meu amor. – beijou-a novamente.
- Relacionamentos assim é que dão certo, viu May? – Poncho olhou para Maitê.
- Eu sei, por isso quando eu falo você tem que obedecer. – olhou para ele com cumplicidade e depois se beijaram.

Anahí e Dulce ficaram boquiabertas.

- Mas eu num to dizendo?! Olha só amor, esses dois de namoro e a gente nem sabendo. – Dulce falou com Anahí.
- Já desconfiava.
- Eu também, mas achei que ia demorar pra engrossar esse caldo.
- Nos acertamos mesmo ontem a noite. – Poncho falou. – A coisa foi acontecendo e a gente resolveu tentar. E Sarah deixou. – ele olhou para a menina.

A menina sorriu e falou contente.

- Quero ver minha mãe feliz, se for você a pessoa a fazer isso, ótimo.
- Muito prática minha filha. – Maitê riu.
- Então isso merece um brinde, vou abrir uma garrafa de vinho. – Dulce levantou para pegar uma garrafa na adega.
Jantaram e brindaram ao novo casal.
Durante o final de semana passearam pelas cidades vizinhas e conheceram os lugares que Dulce havia falado. Compraram roupas de frio, conheceram várias cachoeiras e comeram fondue. Luísa se esbaldou no de chocolate. Meio que antecipando a partida, Anahí estava mais agarrada a sobrinha e Dulce deixou que ela desse total atenção a ela. Voltaram para o Rio à noite sob protesto de Blanca, que preferia a saída delas no dia seguinte bem cedo.

- Mamãe poderia ter vindo. – Dulce falava enquanto dirigia.
- Ela deve esta querendo ficar no cantinho dela, faz tempo que estava no Rio. – Anahí comentou.
- Blanca fica muito tempo com vocês?
- Às vezes fica uma temporada boa, como também chega a ficar meses sem botar os pés no Rio. Geralmente eu é que venho para Mauá.

Chegaram em casa e logo foram dormir.

Tisha e Luísa foram na parte da manhã no dia seguinte e a despedida foi chorosa. Anahí abraçava a sobrinha e lhe dizias palavras carinhosas, Dulce ficou penalizada.

- Calma meu anjo, daqui uns dias quem sabe não poderemos vê-las em Jaú? – Dulce falava carinhosamente.
- Muito difícil, com meu pai e meu irmão que não me aceitam. Só vejo Luísa porque Barbara deixa, mas tenho certeza que eles não gostam.
- Eles não dizem nada Anahí, acho que seu pai um dia pode mudar de opinião. Se um dia forem a São Paulo, por favor me ligue, quem sabe dá pra nos vermos.
- Tudo bem mãe. Façam boa viagem e vão com Deus! – abraçou a mãe. – E você bonitinha, obedeça sua mãe e estude direitinho.
- Ta bom. – sorria. – Tia, eu ainda vou ter meu quarto quando voltar? – perguntou com receio.
- Claro linda. Esse quarto é só seu, ninguém mais vai mexer nele. – sorriu.
- Eu posso dividir não tem problema, mas não deixem bagunçar.
- Tudo bem. – riu. – Deus te abençoe viu. – beijou a testa dela.

As duas entraram no ônibus e aí que Anahí caiu no choro. Dulce a abraçou com carinho e beijou o topo de sua cabeça.

- Prometo que em pouco tempo iremos a Jaú, seu pai querendo ou não.

Foram andando abraçadas até o carro.

- Quer que a deixe no estúdio?
- Sim, talvez não possa almoçar com você. Acho que o dia vai ser meio puxado, vou deixar Diogo mais folgado, ele tem trabalho muito nos dias que não fui.
- Tudo bem, eu a pego mais tarde então.

Sabendo que Anahí ficaria amuada o dia todo, Dulce tentou deixá-la mais animada. Assim que chegou ao escritório lhe mandou flores.

- Chefinha, bom dia! – Maitê entrou na sala. – Bom nada né, com essa cara de choro.
- Já estou com saudades de Luísa e de minha mãe.
- Não demora e elas estão de volta. Tem feriado bom daqui uns dois meses.
- Talvez... – Anahí falou pensativa.

Alguém bateu na porta e entrou, era a recepcionista.

- Anahí, chegaram flores.

O rosto da loirinha se iluminou, pegou o buquê e cheirou, tinha um sorriso bobo nos lábios. Leu o cartão que simplesmente dizia: Te amo!

- Que cavalheirismo! Se Dulce fosse um homem eu casava com ela. – Maitê brincou.

Anahí pensou no amor que sentia pela morena e no tempo que perdera tentando não aceitá-la de volta.

- Acho que não sei mais viver sem ela. – falou olhando para Maitê.