Fanfic: 💖Melodia💖💖Portiñon💖💖Adaptada💖💖FINALIZADA | Tema: Portiñon

As duas já saíam pela porta quando Anahí resolveu voltar.

- Espere! – voltou-se para Paola e falou tentando ser o mais segura de si. – Eu sou sim insistente e corajosa, primeiro porque eu acredito no amor e tenho mesmo que ter coragem para lidar com pessoas ridículas e medíocres como você. Não será alguém inferior que vai acabar com a minha felicidade.
- Cuidado com o que fala garota, posso te prender, afinal eu sou uma juíza e você não é nada mais do que...
- A mulher que eu amo. – Dulce interrompeu Paola. – Anahí é minha esposa, é a pessoa que escolhi para ser feliz e se precisar passar por cima de você para protegê-la eu farei. Pola, não se rebaixe, coloque-se no seu lugar miserável de sempre e me deixe viver com quem eu amo de verdade.

As duas viraram as costas e largaram a juíza sozinha na sala. Depois que entraram no carro Anahí colocou as mãos no rosto tentando botar os pensamentos em ordem.

- Como essa mulher entrou na minha sala? – Dulce deu um soco no volante. – Não acredito que isso tenha acontecido.
Anahí tirou as mãos do rosto e olhou para ela.
- Ela mesma disse que entra em qualquer lugar.
- Nunca imaginei que isso aconteceria amor, me perdoe. – falou totalmente envergonhada.
- Dulce... – segurou suas mãos. – A culpa não é sua. – beijou-as – Conhecendo bem Paola eu sim pensei que hora ou outra ela faria algo do tipo. E ainda acho que ela não vai sossegar. – fechou os olhos e respirou fundo. – Eu confio em você, plenamente. Só queria saber se posso ficar tranquila quanto a minha confiança.
- Claro que pode amor. Não duvide nunca do meu amor, eu não passei o que passei para perder sua confiança de novo. Eu te amo. – beijou a boca da loirinha. – Amo muito! – beijou de novo. – Não sei mais viver sem você. – dessa vez o beijo foi mais apaixonado.

No final do beijo a morena falou invocada:
- Esse traste tinha que voltar pro Acre.

Anahí sorria ao mesmo tempo em que a beijava.



Nos dias que se seguiram Dulce somente acompanhou o processo das duas famílias e enquanto estava no fórum, Anahí ficava no estúdio. Após os dias de trabalho, as duas resolveram ir para Jaú. Anahí ligou para a mãe e avisou da chegada delas, mas disse que ficariam num hotel em Bauru, uma cidade vizinha. Assim que chegaram e se acomodaram, ligaram para Tisha avisando que estavam indo vê-la. Enrique e Mateus estavam no sítio, assim ficou mais fácil a visita delas.

- Oi mãe! Que saudade!
- Fizeram boa viagem meninas? – Tisha perguntou enquanto abraçava Anahí.
- Graças a Deus! – Dulce respondeu também a abraçando.
- Entrem, fiz um lanchinho para vocês.
- Nós almoçamos na estrada, não precisava se incomodar dona Tisha.
- Nada de dona, Dulce, e conhecendo Anahí, sei que ela está com fome.
- Comida de mãe a gente não recusa. – riu.
- Sabia! – Tisha falou achando graça.
- Cadê Luisa?

Mal a loirinha perguntou e a menina veio correndo, tinha os cabelos molhados.

- Tia! – pulou no colo de Anahí. – Você fez surpresa! Eu adorei. – a abraçou.
- Gostou? Pois eu estava morrendo de saudade! – beijou a bochecha dela.
- Tia Dulce, você que veio dirigindo?
- Foi sim, por quê? 
- Ah, por isso chegaram rápido do Rio, minha tia Anahí dirige muito devagar. – revirou os olhos fazendo todos rirem.
- Mas nós não viemos do Rio mocinha, estávamos em São Paulo. E sua tia é lenta mesmo.
- Deixa de ser chata! – Anahí deu um tapinha no braço de Dulce.
- Você voltou pra lá tia? – perguntou a Anahí.
- Não meu amor, Dulce tinha um compromisso e eu vim com ela. – colocou a menina no chão. – Aproveitei e me encontrei com Ucker no estúdio.

Barbara apareceu na sala e as cumprimentou.

- Achei que nunca mais apareceria aqui.
- Meu Deus! Quanto tempo! – Anahí foi abraçá-la. – Sabe que não venho mais por conta...
- Eu sei e te entendo.
- O pai está pro sítio?
- Sim, volta depois de amanhã.

Anahí fez uma cara de desânimo, sabia que com a presença dele não poderia ver a mãe e a sobrinha.

- Venham, vamos comer que a broa ta quentinha.

Barbara aproveitou a oportunidade para agradecer Anahí por tudo que vinha fazendo por Luisa.

- Sem sua ajuda acho que ela não estaria tendo essa base educacional.
- Luisa é inteligente, dedicada e muito esperta. Merece estar numa boa escola, além do mais é minha sobrinha e eu faria qualquer coisa por ela.
- Voltou do Rio contando as novidades, o quarto novo.
- Isso foi coisa de Anahí, eu mesma me surpreendi.
- Obrigada. – olhou para Anahí.
- Quem tem que agradecer sou eu. Luisa encantou nossa casa quando foi pra lá. A considero como sobrinha também e pode ter certeza que se depender de nós o futuro dela estará garantido. – pegou a mão de Anahí. – Ela é uma menina especial.

Anahí ficou toda orgulhosa com as palavras de Dulce e percebeu que a mãe já não estranhava tanto a intimidade das duas.

- Fico muito, mas muito contente de saber que estão bem. – Barbara falou. – Anahí sabe que eu nunca fui a favor das atitudes de Mateus e do pai dele. Não importa as diferenças, o importante é a família unida e eles estão se esquecendo disso.
- Deixa pra lá Barbara, uma hora as coisas se acertam.
- Mateus é contra, Anahí, mas quando a filha dele chega com presentes ele bem que se faz de bobo. Ele sabe que a escola dela quem paga é Anahí, que os cursos que Luisa faz também é Anahí quem paga, pra isso ele aceita?

Barbara estava certa e por isso ninguém soube o que responder.

- No fundo ele sabe que isso é o melhor para a filha. – Anahí sorriu.
- E agora nós estamos casadas. – Dulce sorriu mostrando a aliança.

 Tisha quase engasgou com o café.

- É, casamos. – Anahí constatou.
- Como é isso? – Tisha perguntou.
- Casamos com um juiz, ou melhor, juíza de paz.
- Isso muda alguma coisa?
- Não mãe, o que muda é que usamos aliança na mão esquerda. – Anahí brincou.

Tisha ainda olhou meio desconfiada, mas não quis comentar nada, afinal estava se acostumando com a relação das duas.



Aproveitaram os dias da ausência de Enrique e Mateus para passearem pela cidade, compraram roupas para Luisa e algumas coisas pra casa. Anahí não quis ficar direto, com medo de o pai chegar de repente. Então todo dia à noite elas voltavam para o hotel em Bauru. Naquele dia estava na expectativa do pai chegar e por isso havia se despedido antecipadamente da mãe e da sobrinha.

Após tomarem banho, a loirinha olhava da sacada do hotel para a cidade, seu olhar parecia perdido.

- Que foi meu anjo? – Dulce chegou por trás abraçando-a.
- Pensando aqui... podíamos ir embora amanhã.
- Por quê?
- Meu pai chega cedo em casa amanhã e provavelmente só vai embora no fim de semana, que no caso nós já iríamos mesmo. Não faz sentido ficar aqui.

Dulce pensou no que falar, repousou o queixo na cabeça dela e respirou fundo.

- Nós vamos falar com seu pai. – falou calmamente.
- O que? – Anahí se virou. – Não vamos não!
- Por que não? O que vamos perder? Seu pai já não te aceita, o máximo que pode acontecer é ele nos mandar embora.
- Posso perder Luisa! Mateus sempre fica do lado de meu pai e se ele não me deixar mais vê-la?
- Acha mesmo que Barbara vai permitir uma coisa dessas? Ela está do seu lado, do nosso lado. Sabe o quão bem você faz a filha dela. E cá entre nós, seu irmão é um frouxo, ele faz tudo que a esposa manda, não vai ser agora que vai bancar o machão. Ainda mais sabendo que Luisa gosta de você e que nós a ajudamos. Ele é idiota, mas não é burro.
- Não tenho coragem para enfrentar isso. – Anahí escondeu o rosto no peito de Dulce.
- E quem disse que está sozinha? Junta a minha coragem com a sua que dá alguma coisa. – riu. – Estarei do seu lado pro que der e vier. – segurou o rosto dela. – Como era mesmo aquele lance do na alegria e na tristeza, na saúde e na doença? – fez Anahí sorrir. – Neste caso é na coragem ou no medo. Seu pai é um homem bravo, confesso que ele me desperta certo receio, mas eu dou conta. – falou firmando a voz.

Anahí olhou para ela e sorriu.

- Você é única na minha vida. – beijou-lhe os lábios.
- Espero mesmo, porque duas de mim você não aguenta. – sorriram. – Sou muito chata.