Fanfic: 💖Melodia💖💖Portiñon💖💖Adaptada💖💖FINALIZADA | Tema: Portiñon

A tarde ficou por conta de uma arrumação no apartamento, já à noite estavam as três animadas com a virada do ano. Anahí vestiu uma saia longa e uma blusa justa os dois brancos com detalhes em prata. Dulce preferiu um macacão que fez jus a seu corpo. Logo à noite Maitê e Poncho chegaram numa agitação danada e Sarah repreendendo a mãe que estava bastante efusiva.

- Mãe, quer parar com as gracinhas?
- Gente! Tem mais de cinco anos que não passo o réveillon ao lado de alguém. Tem noção disso? – Maitê falava sorrindo.
- Salvei sua virada de ano hein? – Poncho a abraçou.
- Eu salvei a sua também viu, não tire tanta onda. – deu um beijo nele.
- Se eu olhasse esses dois separadamente não diria que combinavam tanto.

Conversa vai conversa vem Blanca se lembrou de Bete que havia ficado em Mauá.

- Bobeira dela não vir ficar com a gente. – Dulce falou.
- Ela quis passar o ano quieta no canto dela, respeitei isso.
- O nosso amigo, como está? – Poncho se referiu a Christian.
- Ele liga e fala que está bem. – Blanca quem respondeu. – Está estudando e focado na carreira. Torço para que se dê bem.
- Também espero que sim. – Poncho comentou numa boa.

Dulce se manteve calada, não tinha mais interesse em Christian e não queria parecer falsa perguntando sobre ele, realmente não queria saber. Anahí também ficou quieta ainda mais por não ter falado nada sobre a conversa que tiveram, aquele assunto pra ela já era passado. O assunto sobre Christian não se estendeu muito, logo mudaram o rumo da conversa. A música tava boa, o papo agradável e quando deu perto de meia-noite foram para o terceiro andar, onde moravam não dava para ver os fogos de Copacabana, mas foram lá pra fora comemorar assim mesmo. Na contagem regressiva Blanca deu a mão a Sarah que pegou a de Maitê e assim por diante todos deram as mãos e fizeram a contagem falando juntos.

- 10, 9, 8, 7, 6 ,5 ,4 ,3 ,2 ,1 Feliz ano novo! – sorriram com a virada.

Cada um desejou felicidade e sorte ao outro entre sorrisos e um abraço gigante. Maitê deu um beijo em Poncho e Blanca abraçou Sarah. Dulce puxou Anahí e a abraçou, depois se olharam com carinho e o beijo foi inevitável. As línguas se buscavam mutuamente, normalmente elas não se beijavam assim na frente de outras pessoas, mas era ano novo e mereciam.

- Uhu! Ano novo galera! – Maitê gritava animada. – Aí amor, você nem me dá um beijo assim. – reclamou com Poncho.
- Ah meu Deus, que carência, vem cá moreninha. – puxou Maitê e a beijou também.
- É Sarah, ficamos só nós. – Blanca olhou para os casais sorrindo.
- Que coisa mais pegajosa, aff. – a menina revirou os olhos.
- Feliz ano novo meu amor. – Dulce falou com os lábios colados nos de Anahí.
- Pra você também querida. – Anahí sorriu.

Ao se separarem as duas sorriram uma para a outra como que enfeitiçadas. Maitê que as tirou do transe.

- Galera vamo beber pra animar! – já vinha pulando com a garrafa de champanhe na mão.

Blanca esticou uma taça para que ela enchesse e Poncho também.

- Não vai beber figura? – Falou com Dulce.
- Hoje não, vou acompanhar minha esposa que não está bebendo também.
- Isso aí, grávida não pode beber. Tem que acompanhar mesmo, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, no champanhe ou no suco! – riu e levantou a taça. – Um brinde a nós!

Todos brindaram sorrindo, mais um ano vindo e cheio de novidades boas.



Passados os dias de festas e feriados a rotina foi voltando ao normal. Blanca foi embora para Mauá e Dulce e Anahí retomaram o trabalho. Haviam combinado umas férias, mas somente quando a promotora terminasse um trabalho já com data para julgamento. Anahí precisou contratar mais dois músicos e não conseguiu. Por conta das férias, teve dificuldade de achar aluno na faculdade. Então Marconi a ajudou e ficou sabendo da gravidez.

- Não acredito que vou ser avô! – falou sorrindo.
- Viu como são as coisas, me conheceu menininha e agora já serei mãe.
- To vendo é que to ficando velho. – fez uma cara feia e depois sorriu. – Meus parabéns querida! Desejo muita saúde e felicidades ao bebê e a sua família.
- Se Deus quiser. – sorriu desanimada. – Família não é uma constante na minha vida agora, mas ainda bem que tenho amigos verdadeiros como você. São minha família de coração.

Marconi entendia a situação de Anahí e tentou consolar.

- Deus não tira sem nos dar alguma coisa boa em troca. Se não está bom agora, é porque ainda não acabou. Porque no final tudo acaba bem, não é?
- É verdade. – falou mais animada.
- Agora, vamos ao trabalho. Na falta de aluno, vai o professor mesmo.
- Quer melhor? – riu. – Preciso gravar uma chamada para uma séria que será transmitida por uma emissora. Pensei em você no piano, Diogo no violão e eu fico na percussão.
- De jeito nenhum! E eu vou deixar de ter o privilégio de ver você tocando? Há quanto tempo não me dá essa graça!? – riu. – Você no piano, por gentileza.

Os dois riram e entraram para o estúdio. Só saíram quando a gravação estava impecavelmente terminada.



No quarto as duas conversavam após o banho.

- Depois do julgamento posso tirar uns dias amor. Que tal se fossemos buscar Luisa e levá-la para passear?
- Primeiro tenho que conversar com Barbara, depois ver uma data melhor no estúdio e...
- E quem sabe ver se tem hora pra sua esposa. – falou fingindo mágoa.
- Ô que pecado, não estou lhe dando atenção? – Anahí largou o vidro de hidratante e foi abraçar Dulce. – Vem aqui bichinho que eu dou um jeito nesse bico. – mordeu a boca dela.
- Bichinho? Faz tempo que não me chama assim. – sorriu.
- Você sempre foi e sempre será meu bichinho. – Anahí a beijava com doçura.

Ficaram de chamego até dormirem.




No escritório, Dulce preparou Beatriz e Guilherme para ficarem sozinhos enquanto saía de férias.

- Depois que eu voltar a gente negocia uns dias pra vocês.
- Prefiro férias picadas mesmo, tirar trinta dias de uma vez é ruim. – Guilherme falou.
- Vai pra onde Dulce? – Beatriz perguntou.
- Dessa vez é praia, geralmente procuro lugares frios, mas Anahí quer levar a sobrinha numa ilha na Bahia.
- E como ela está?
- Está bem, quando voltarmos começaremos o pré-natal. Já estou louca pra comprar as roupinhas.
- Calma mulher, nem sabe o sexo. Por enquanto é comprar roupa branca, amarela e verde. – riu.
- Eu queria mesmo que fossem gêmeos, sempre foi meu sonho, mas isso é só uma possibilidade. 
- Quem sabe? Em inseminação isso pode acontecer.
- Não quero comentar com Anahí, ela pode se sentir culpada caso não aconteça. Já estava apreensiva de não conseguir engravidar.
- Verdade.
- Bom, então qualquer coisa me liguem.
- Boas férias. Descansa que quando voltar o batente a espera.
- Obrigada. Por isso preciso descansar, encarar o ano que ta chegando.

Como combinou, Anahí tirou uns dias de folga e programou umas férias com Dulce. Iriam para uma ilha na Bahia, um resort. Entraram em contato com Barbara para saber se podiam pegar Luisa. A cunhada avisou que ligaria assim que conversasse com o restante da casa. Em dois dias ela ligou de volta dizendo que poderiam buscar a menina. Em Jaú, Anahí não chegou a ver ninguém da família. Barbara encontrou com elas na rodoviária, pois tinham preferido ir de ônibus.

- Ei Barbara, como vai? – Dulce perguntou.
- Tiaaaa! – Luisa logo correu para o colo de Anahí.
- Oi gatinha, como você cresceu!
- Eu to crescendo muito! E você não vem mais me ver. – falou chateada.

Aquelas palavras cortaram o coração de Anahí.

- Luisa, já expliquei o motivo da sua tia não vir te ver.
- Qual o motivo? – Dulce ficou curiosa.
- Viagens. – Barbara arregalou os olhos.
- É, tenho viajado bastante. – Anahí emendou. – Mas agora estamos aqui e vamos passear.
- Infelizmente não vamos ficar, senão atrasamos na chegada a São Paulo, pegaremos o avião de lá mesmo.
- Tudo bem por lá? – Anahí perguntou a cunhada.
- Sim, seu pai teve cólica renal faz uns meses, mas já se recuperou totalmente. Eu troquei de emprego, por isso não posso sair de férias, em compensação estou ganhando mais.
- Que bom.
- É... e dona Tisha, é aquilo que você já sabe, não para nunca. Ela sente sua falta Anahí, mas acho que preferiu dar um tempo até a poeira baixar.
- Entendo. – abaixou a cabeça.
- Continuo mantendo vocês informadas. – Barbara piscou o olho.
- Vamos, vamos, vamos! – Luisa animava.
- Gente, na mala dela tem roupa pra todas as ocasiões. – Barbara riu.
- Vamos para praia e ela vai precisar é de roupa fresquinha mesmo, mas qualquer coisa a gente compra lá.
- O ônibus está indo embora já. – Luisa falava apressada.
- Querida, não fique muito tempo com ela no colo. – Dulce falou.