Fanfic: 💖Melodia💖💖Portiñon💖💖Adaptada💖💖FINALIZADA | Tema: Portiñon

Na segunda cedo Dulce pegou a receita de vitaminas e assim que Anahí começou a tomar o enjôo foi melhorando. Passado algumas semanas, ainda não tinham conseguido ver o sexo dos bebês, mas Ângela prometeu que na próxima consulta isso seria possível.

- É Anahí, ainda não deu. Vamos ter que esperar mais algumas semanas.
- Tudo bem, eu espero. Essa daqui que está louca pra saber. – olhou sorrindo para Dulce.
- Claro! Quero decorar o quarto deles.
- Eu sei querida, daqui uns dias já saberemos. – Anahí a consolou.

Ângela achava bonita a relação das duas e a forma como se tratavam, eram carinhosas sem parecer brega e causar qualquer constrangimento aos outros.

- Como está o enjôo? – perguntou a Anahí.
- Agora quase não sinto, aquele remédio me ajudou muito. Deus como estava horrível. Eu quase bati em Dulce um dia desses. Não aguentava mais comer e vomitar e ao menor sinal de comida meu estômago já embrulhava.
- É comum, principalmente na parte da manhã.
- Agora não sinto quase nada. O que me incomoda são os rompantes que eu tenho. Hora choro como criança, depois fico nervosa, daí fico muito agitada e depois muito... muito... – pareceu sem graça.
- Excitada? – Ângela riu e olhou para Dulce.
- É... – Anahí pôs a mão no rosto. – E aí depois de excitada eu tenho um sono que me faz dormir como pedra.

A médica ria junto com Dulce.

- Querem parar de rir?! – a loirinha se indignou.
- Ô amor, é que chega a ser engraçado. – beijou a testa dela. - Você se descreveu perfeitamente.
- Existe algo que possa fazer pra melhorar isso? – Anahí olhou para Ângela.
- Claro. Ter os bebês. – riu. – E depois ainda vai demorar a se estabilizar. A carga hormonal é muito grande, por isso você tem picos de humor, de ansiedade e desejos.
- Sem contar o calor que eu sinto. O tempo está mais ameno agora, mas ainda assim, sinto como se estivesse em pleno verão.
- Acredite, isso é perfeitamente normal. Precisa criar meios que possam somente aliviar, porque passar essa fase, só quando der a luz. – sorriu.

Anahí mordia o lábio inferior num gesto preocupado, mas foi Dulce quem a acalmou.

- Eu adoro seus rompantes meu anjo. Tiro de letra. – piscou pra ela e ganhou um sorriso em troca.



Um dia em casa, as duas arquitetavam um jeito de fazer o quarto dos filhos, faziam isso durante o café da manhã.

- Não acho que desfazer seu escritório seria justo. – Anahí falou enquanto tomava um chá gelado. – Afinal eu tenho meu estúdio aqui e poderia me desfazer dele também. Sem contar que seu escritório está no andar de baixo.
- Se usarmos o quarto de Luisa seria por pouco tempo também.
- Por quê?
- Se os gêmeos forem do mesmo sexo, não teria problema, ainda mais se forem meninas. Mas e se forem meninos, ou menino e menina? Daqui um tempo eles não iriam querer ficar no mesmo quarto.
- Nossa amor, isso é pra daqui muitos anos. Não pense nisso agora.
- Teríamos que mudar de novo. – riu.
- De jeito nenhum! Pode parar Dulce. – Anahí falou sério. – Chega de mudança, eu adoro esse apê e não vou sair daqui, não por agora.
- Ta bom amor. A gente estuda outra forma depois.

Saíram para trabalhar e se despediram no carro. Anahí insistia em dirigir, não queria depender de Dulce e apesar de contrariada a promotora aceitou.




Anahí estava em sua sala quando abriu um site de notícias e quase caiu da cadeira quando viu a foto de Dulce e a matéria dizendo que ela seria a promotora do caso de Fabio Medina. Sentiu um aperto no peito e o coração quase foi na boca. Passou a mão no telefone e ligou pra ela.

- Eu quero saber quando você ia me contar que estava envolvida nesse julgamento?
- Que julgamento?! Ai não! Calma amor, não estou envolvida.
- Ah não! Então colocaram errado a sua foto no jornal? – estava com a voz alterada.
- Meu amor, não fique nervosa, você ta grávida.
- Nervosa? Imagina se eu to nervosa, você foi chamada para acusar um mafioso que mata por informação e eu estou nervosa? Impressão sua!
- Estou resolvendo minha dispensa neste caso, confie em mim.
- Vou confiar sim, com você escondendo as coisas de mim, vou confiar mesmo. – desligou o telefone. Anahí se levantou, mas sentiu o corpo pesado e a cabeça rodar, sentou de novo e chamou Maitê na outra sala.
- Fica quietinha aí que eu vou ligar para Dulce.
- Não quero que ligue pra ela. Eu vou pra casa.
- Nesse estado? De jeito nenhum. O que ta acontecendo?

Anahí contou o que tinha visto e Maitê também ficou brava com a situação.

- Ela devia ter te falado antes.
- Devia, mas não falou e depois me pede pra ser sincera e transparente com ela também.
- Vem, vou dar um jeito de levar você pra casa.

Dulce correu para o estúdio, mas Anahí não estava lá. Foi pra casa e quando entrava no apartamento Maitê estava saindo.

- Você é muito cara de pau!
- Que isso Maitê, posso saber o motivo da raiva?
- Como não contou a Anahí sobre esse julgamento?
- Eu ia contar, primeiro achei que poderia sair da lista de promotores, não deu certo, fui escalada, tentei com um antigo professor para que intercedesse por mim, também não deu. Fui enrolando pra tentar escapar sem que ela soubesse, não fiz por mal. – as palavras de Dulce foram sinceras, de modo que Maitê entendeu o que ela tentava fazer.
- Anahí está uma fera viu? E quase passou mal agora pouco.
- Vou falar com ela.

Subiu as escadas e viu a loirinha saindo do banheiro, parecia ter vomitado.

- Que foi amor?
- Não pergunte se estou bem e o que é, porque não estou! – falou com certa dificuldade.

Dulce se apressou para ajudá-la a se deitar.

- Me perdoa querida, não quis preocupá-la com isso. – repetiu as palavras que havia dito a Maitê. – Entende que não menti, apenas tentei te poupar. Me perdoa. – beijava as mãos dela.
- Não me esconda as coisas Dulce. – Anahí falava mais calma. – Não sabe como me senti quando vi aquilo, me deu um aperto no coração. Não queria que se envolvesse com esse caso, esse povo é perigoso. E essa mulher é obcecada por você. Não tinha outra pessoa pra colocar no seu lugar? Claro que sim. – ela mesma respondeu a pergunta.
- Eu sei amor, tentei de tudo, agora só me resta interceder junto a Paola. E isso eu não queria.
- Se preservar a vida da mulher que eu amo e a mãe dos meus filhos será falar com Paola, eu mesma falo se você quiser. – falou com segurança.
- Essa semana ainda eu falo com ela. Parece que ela vem ao Rio e eu vou com Beatriz tentar interceder. Será minha última alternativa.
- Vai dar certo, tem que dar. Não quero te perder. – abraçou forte a morena.
- Não vai perder meu anjo.

Dulce deitou ao lado dela e a abraçou até que dormisse. Assim que sentiu o corpo de Anahí relaxado ela ligou para o secretário de Paola e marcou com ela uma reunião no dia seguinte.




Estava anoitecendo quando Anahí acordou sentindo uma dor no ventre. Levantou-se e sentiu algo estranho, quando ficou de pé totalmente viu que havia sangue entre as pernas. Correu no banheiro e sentou no vaso, sentiu a dor novamente e gritou por Dulce, que veio correndo e assustada.

- Oi amor? Você... Anahí, está sangrando!
- Começou agora. – falou um pouco apavorada.

A morena ligou para Ângela e ela pediu que fossem a sua clínica urgentemente. Deram entrada com Anahí ainda sangrando. A médica fez alguns exames e deu um remédio para estancar a hemorragia.

- Anahí, levou algum tombo ou alguma pancada na barriga?
- Não.
- Pelos exames você não tem nada que possa ter causado esse sangramento. O cisto aumentou um pouco, mas dentro do esperado até agora. Algum problema no trabalho ou...
- Sim, o problema sou eu. – Dulce a interrompeu. – Anahí está preocupada com um processo do qual vou acusar uma figura importante.
- Não pode se estressar Anahí, isso não faz bem aos bebês e a você também. Vou te passar um remédio que só vai tomar se sentir que está ficando nervosa. Quero repouso absoluto até semana que vem. O sangramento já parou e você não se levanta da cama até que a dor pare totalmente.
- Tudo bem, cuidarei dela e não deixarei que faça abusos. – Dulce falou seriamente.
- Vejo vocês daqui uma semana.