Fanfic: 💖Melodia💖💖Portiñon💖💖Adaptada💖💖FINALIZADA | Tema: Portiñon

No dia seguinte fizeram o combinado, Anahí se despediu de Blanca prometendo uma visita em Mauá. Dulce tinha tudo arquitetado na cabeça, mas não havia falado ainda para a loirinha. Queria se certificar de que daria tudo certo. Já dentro do carro as duas combinavam para onde iriam.

- Amor, pode me deixar em casa.
- Não tem aula agora?
- Não, só de tarde. Eu vou pro apartamento porque Angelique deve estar lá ainda.
- Quer almoçar comigo? – Dulce perguntou toda simpática.
- Amor, vai vir aqui só pra me buscar? O que eu te falei ontem?
- Só dessa vez. Que tem isso? – pedia com jeito.
- Não vai te atrapalhar?
- Não.
- Então ta. Me pega que horas?
- Meio dia ta bom?
- Tá.

Beijaram-se e se despediram.


Assim que Anahí entrou no apê deu de cara com Angelique.

- Bom dia!
- Opa, achei que tinha se mudado. – a amiga brincou. – Disse que vinha ontem.
- Que nada. Eu vinha, mas saímos pra jantar e chegamos tarde. E aí, aproveitou bem o fim de semana?
- Ai, aproveitei. – Angelique parecia uma abobalhada apaixonada. – Passeamos, namoramos, fiz comida pra ele, ele me levou na praia do arpoador, tão romântico.
- Meu Deus, já vi que esse casamento sai mais cedo do que imagino.
- Como foi o final de semana?
- Foi bom, dormi mais do que tudo.
- A moça é gente fina? – Angelique se referiu a Dulce.
- É sim e a mãe dela é muito simpática.
- Ah, a mãe dela ficou aí? Achei que tinha ido embora no sábado.
- Não, foi embora hoje.

Angelique tinha ficado intrigada com o fato de Anahí e Dulce terem ficado o final de semana juntas, mas ao saber da permanência da mãe da morena, suas dúvidas diminuíram.

- Nossa preciso muito estudar, esse final de semana todo sem encostar numa tecla sequer. – Anahí reclamou.
- Deixa de ser caxias Anahí! Eu também não estudei.
- Você tem facilidade, eu não.

Anahí falou e foi saindo da sala e entrando no quarto, deixou suas coisas e sentou no teclado para estudar. Angelique revirou os olhos, mas acabou fazendo mesmo. Quando estava perto da hora do almoço que Anahí se lembrou de como iria se explicar para Angelique que não iria almoçar em casa, quando pensava numa desculpa a amiga bateu na porta de seu quarto.

- Anahí, vou almoçar com Rocco, quer vir?
- Não obrigada, vou almoçar em casa mesmo.
- Nos encontramos na aula então.
- Ta bom.

Meia hora depois que Angelique saiu, Anahí saiu também, a morena já esperava no carro.

- Hei! – Anahí se aproximou e deu um selinho.
- Selinho não, eu quero um beijo decente. – Dulce reclamou.

Anahí então segurou o rosto dela e beijou-lhe os lábios bem devagar. Ao final do beijo sugou o lábio inferior, mordendo-o depois.

- Hum... agora sim.
- Como foi a manhã meu bem?
- Até que tranquilo, mas a tarde a coisa pega pro meu lado.
- Por quê?
- Um cliente vai lá no escritório, não sou eu que vou pegar a causa dele, pois não faço mais isso. Será Chris e ele está uma pilha de nervos, até brigou com Poncho.
- Coitado gente. Vou me encontrar com ele hoje à tarde.
- Provavelmente estará chateado.

As duas foram para o restaurante conversando. Almoçaram e depois Dulce deixou Anahí na porta da faculdade. Alguns alunos que estavam ali repararam no carrão em que a loirinha chegou e uns fizeram comentário, mas ela nem reparou. Foi para a aula e como havia falado encontrou-se com Poncho na cantina depois.

- Ei Poncho. Tudo bem? – perguntou como se não soubesse de nada.
- Tudo e você?
- Tudo jóia. – ela o olhou atenta e continuou.  Que cara é essa?
- Ah, briguei com Chris. Ele ta nervoso por conta de um trabalho aí e eu que pago o pato.
- Ô meu Deus. Tenha paciência com ele, depois ele vai ver que está errado e virá pedir desculpas.
- Espero que sim. Não gosto de brigar com ele.
- Ninguém gosta de brigar com a pessoa que ama.
- Mas me conta, como foi o fim de semana? Ta num chamego danado! – ele brincou.
- Nossa, estou nas nuvens. Ela é tão... tão... linda!

Poncho caiu na gargalhada.
- Falou que nem Angelique.

Anahí riu também.

- Fomos ao shopping no sábado e no domingo almoçamos em casa mesmo e jantamos fora a noite. Não sei sabe, conversei muito com dona Blanca e ela pediu que eu tivesse paciência com Dulce. Estou tendo e confesso que vou deixar levar até onde der. Ela tem sido atenciosa comigo, me chamou pra almoçar hoje e tudo.
- Blanca disse que ela age diferente com você.
- Não sei como ela agia com as outras e nem quero saber. Ela deve ter aprontado muito, onde quer que vá alguém a conhece. Não como se conhece qualquer um, conhece intimamente sabe.
- Ô, se sei. – levantou as sobrancelhas.

Angelique apareceu e a conversa sobre Dulce morreu ali. Ficaram de papo até tarde da noite, quando foram para casa já passava das oito horas. Christian ligou para Poncho e pediu desculpas, assim como Anahí falou. Disse que havia se excedido e ficou tudo bem. Aproveitou e perguntou sobre Anahí, pois Dulce queria o paradeiro dela. Ele disse que ela havia ido para casa.

No apartamento Dulce ficou pensando num jeito de dar um celular a Anahí, mas ela não ia aceitar. Ficou com raiva de querer falar com ela a noite e não ter como. E ir até a casa dela com Angelique lá, não seria uma boa, pois a garota iria ficar ainda mais desconfiada.

“Esconder um relacionamento é complicado! Relacionamento?!” Dulce se assustou com seu pensamento. Demorou a dormir aquela noite.


No dia seguinte ficou pensando como iria fazer para falar com Anahí, tentou por Christian e pediu que ele ligasse para Poncho, mas o rapaz não sabia onde ela estava. Foi até a faculdade e esperou um pouco perto da hora do almoço, mas nem sinal dela. Foi para o apartamento quando saiu do trabalho, mas nada também. Chegou em casa irritadíssima. Ligou para a mãe.

- Ah mãe, não consigo falar com Anahí!
- E o que você quer com ela?
- Eu? Ah... nada, só vê-la. – ficou sem graça.
- Está com saudades?
- Eu não! Ah vai... Tá bom... Estou. – falou baixo.
- Dulce, não é vergonha isso, aprenda a sentir as coisas e assumi-las. Amanhã tente falar com ela logo cedo, será melhor na casa dela do que na faculdade.

Depois que desligaram Dulce bolou um jeito de dar um celular a ela. Dessa vez dormiu mais rápido, mas acordou cedo e foi à rua comprar o aparelho. Pensou em um top de linha, mas provavelmente Anahí não iria aceitar. Então viu um muito simpático branco e rosa e achou a cara dela, tinha como colocar músicas em mp3 e até radio. Lembrou-se dela reclamando de Angelique com Rocco e riu.
- Vou levar esse. É para presente.

Saiu da loja entrou no carro e deixou o presente no banco de trás. Foi trabalhar e assim que Christian chegou pediu que ele ligasse para Poncho.
- Nossa, que saco você hein. Dá logo um celular pra essa menina desamparada que eu não sou pombo correio.

Dulce olhou para o rapaz que estava de mau humor e levantou uma sobrancelha.
- Primeiro, eu já providenciei o celular, só não tive oportunidade de dar a ela. Segundo, não tenho nada com suas crises bipolares, enfrente seus clientes. Terceiro, me respeite que sou sua chefe. E quarto, Anahí não é desamparada e se você se referir a ela dessa forma outra vez, pode se considerar demitido.

Christian arregalou os olhos e ficou parado na frente dela.
- Se não conseguir se mexer, me fale o número de Poncho que eu mesma ligo.

Christian pegou o telefone e ligou para o namorado.
- Oi Poncho. Sabe de Anny?
- Encontro com ela hoje, temos ensaio para o show de amanhã e sexta.
- Eles têm ensaio hoje. – Christian falou com Dulce ainda com Poncho ao telefone.
- Quero horário e local.
- É no mesmo lugar? – Christian falou com Poncho.
- Sim.
- Ok. Beijo. Tchau.
- Te levo lá quando acabarmos aqui.

Dulce fez render o dia para que saísse cedo do escritório. A tal audiência seria no dia seguinte cedo e queria deixar tudo acertado. Saiu na hora certa, foi em casa tomou um banho rápido e foi para o tal ensaio, Chris a levou. Ficou do lado de fora porque não sabia se Angelique estava lá dentro. Quando o ensaio acabou Rocco foi com Pedro e Anahí com Christian e Poncho, só depois que saiu do local que viu o carro de Dulce parado próximo a eles. Ficou toda animada. Os dois entraram no carro no banco de trás e ela no da frente.

- Oi meu amor! – Dulce falou com um sorriso incrivelmente lindo.
- Oi meu bem! Que saudade!

Beijaram-se como se não se vissem há meses. Christian e Poncho ficaram de queixo caído no banco de trás.
- Que amor! – Poncho brincou.
- Não fala nada não, porque senão leva bronca. – Christian advertiu.
- Deixa de ser besta Chris, você sabe que exagerou hoje de manhã. Vamos jantar todos?
- Não posso demorar, nem avisei nada a Angelique.
- Quer ligar meu anjo?
- Não, ela não está me esperando, mas só não posso demorar.
- Tudo bem, vamos por aqui por perto mesmo. Está com fome?
- Não muita, comi alguma coisa esquisita no almoço que não me caiu bem.
- Ah eu também hein, desde àquela hora estou como se tivesse comido um boi. – Poncho concordou.
- É, eu estou enjoada.
- Ih, foi Dulce que te engravidou. Viu prima, agora vai ter que assumir. – Christian implicou.

Todos riram da bobeira do rapaz.
- Eu assumo, ainda mais uma criança que com certeza nasceria linda. – sorriu para Anahí.

Os dois não paravam de se surpreender com as declarações da morena, parecia outra pessoa. Sentaram-se num restaurante onde a especialidade era salada e comidas mais light. Assim Anahí pode comer algo mais leve sem que piorasse seu enjôo. Dulce tirou da bolsa um embrulho e falou toda sorridente.

- Amor, ganhei isso aqui por conta de um plano que fiz de telefone lá no escritório, só que como eu já tenho um, queria saber se você não quer ficar com ele.

Christian olhou com uma cara de deboche para ela e só não a arreliou porque Dulce o fuzilou com os olhos.
- O que é?
- Abre. Até embrulhei para presente, caso você aceitasse...

Anahí abriu e viu o celular, olhou para Dulce séria.
- Até aonde você mente nessa história?
- Não estou mentindo.
- Dulce, te conheço tem pouco tempo, mas o suficiente pra saber que você adora fazer essas gracinhas.
- Ah, aceita linda, o que eu vou fazer com esse celular? Ganhei e estou te dando. – disse quase fazendo bico.

Anahí olhou para os dois à sua frente para ver se havia alguma entrega nos seus olhares, mas eles estavam estáticos, pareciam nem respirar.

- Vocês dois são comparsas, eu sinto isso.
- Não sei de nada! – Poncho se defendeu.
- Eu só falo na presença do meu advogado. – Christian brincou.
- Ta bom, estou acreditando em você, mas não faça nada pelas minhas costas, ta me ouvindo? – Anahí a olhou bem sério.
- Estou. – Dulce tinha uma carinha sapeca.
- Obrigada. – a beijou no rosto. – Agora posso falar com você todo dia e com a minha mãe sem ter que ir a um orelhão.
- Viu como vai ser útil? – Poncho saiu em defesa de Dulce. – Celular é importante Anny, ainda mais que mora em outra cidade.
- Eu sei, só não acho prioridade. Tenho outras coisas para ajeitar aqui, por isso deixei pra depois.
- Agora não é mais problema. – Dulce segurou sua mão com carinho.