Fanfic: 💖Melodia💖💖Portiñon💖💖Adaptada💖💖FINALIZADA | Tema: Portiñon

Terminaram o café e tomaram um banho para sair. Dulce se arrumou primeiro e deixou Anahí terminando de se arrumar no quarto. Foi atrás de Blanca.

- Bom dia mãe.
- Bom dia minha filha. Chegaram ontem que eu nem vi.
- Não chegamos tarde. Tive aquele pesadelo essa noite.
- De novo filha? Está se sentindo bem?

Dulce fez que sim com a cabeça e depois sorriu.
- Não estava sozinha quando acordei.

Ela sempre tinha pesadelos e todos eles com a ex namorada, sempre sobre o episódio do dia em que a garota terminou o namoro. Acordava chorando e assustada toda vez.


- Mãe, vamos pra Penedo, a senhora vem conosco né?
- Não minha filha, vai curtir seu passeio.
- Eu quero que a senhora venha, não vim aqui só para trazer Anahí. A senhora adora Penedo que eu sei e adora aqueles chocolates de lá.
- Ta bom, vou me arrumar.

Anahí apareceu no alto da escada quando Blanca ia subindo.

- Olha que linda que ela está!

Usava uma calça grossa de lã preta e uma blusa branca também de lã, as botas até o joelho e os cabelos lavados e soltos.

- Vai fazer sucesso em Penedo. – Blanca brincou.
- Hei, que isso. Essa aí já tem dona. – Dulce revidou.
- Isso tudo aqui é obra da sua filha, que fica comprando as coisas pra mim. Se estou bonita é culpa dela.
- Mas é bonita pra mim e não para os outros.
- Deixa eu me arrumar, senão atrasa. – Blanca subiu as escadas e foi para seu quarto.

Anahí se aproximou lentamente de Dulce que já a olhava com cobiça. Enlaçou seu pescoço com os braços e a beijou.

- Hum... está cheirosa. – a morena falou.
- Gostou?
- Adorei. Vai me dar trabalho hoje. Vou ter que ficar de olho.
- Então verá que só tenho olhos para você, sua boba.

Ficaram de namoro na sala até Blanca voltar. Dessa vez foram só as três, pois os garotos passariam o dia com Bete.
Chegando em Penedo, deixaram o carro no centro e passearam por ali. A cidade era conhecida como a Finlândia Brasileira, suas casas e lojas eram em estilo colonial. E assim como Mauá também era rica em paisagens e cachoeiras. Visitaram algumas lojas, foram ao museu e depois almoçaram. Antes de irem embora foram comprar chocolates. A loja era imensa e Anahí não sabia pra onde olhar.

- Vou levar uns chocolates para casa. Minha mãe adora!
- E esses daqui são muito gostosos. – Blanca falou.

Anahí comprou algumas barras e bombons. Levou também um licor para seu pai.
- Hum, esse licor ta com uma cara ótima. Vou levar um também. – Dulce se animou.

Após as compras as três ainda andaram mais um pouco por Penedo, depois deram uma volta de carro e tentaram ir à Itatiaia para visitar o parque, mas estava fechado por conta do mal tempo.

- Pena estar fechado, você ia gostar.
- Não tem problema, da próxima vez nós vamos.
- Gostou do passeio Anahí? – perguntou Blanca.
- Adorei! Mauá é muito bonita e Penedo também.
- Então pode vir quantas vezes quiser.
- Agradeço o convite.

Quando chegaram em Mauá deixaram as compras no quarto e foram a casa de Bete. Christian e Poncho tinham saído e as duas ficaram conversando. Bete quis saber das aulas de Anahí e confessou que sempre teve vontade de estudar música. Falou que tinha vergonha e por isso não quis aprender. Anahí a encorajou e disse que ainda estava em tempo. Perto de anoitecer os garotos voltaram e todos lancharam na casa de Bete mesmo.

Já no quarto, Anahí arrumava suas coisas para viajarem no dia seguinte.

- Pra que a pressa? Vamos sair amanhã depois do almoço.
- É? Eu não sabia, achei que fosse de manhã cedo.
- Não amor, agendei meus compromissos no escritório para a tarde e você também não tem aula, não é?
- Sim.
- Devia ter te falado antes, desculpa.
- Não tem problema. Eu até gostei, o bom é que não preciso acordar cedo. Ou preciso?

Dulce achou graça.
- Não linda. Dormiremos até mais tarde.
- Eu gosto de dormir.
- Sei disso.
- Você acha ruim? – Anahí parecia insegura.
- Não. Eu durmo pouco porque tenho pouco sono mesmo. Deve ser porque sou tensa como você falou.

Anahí sentiu certo incômodo na frase da namorada. Aproximou-se de Dulce, que estava sentada na bay window, e segurou suas mãos.

- Quando disse que você era tensa não foi uma crítica. Só pensei que talvez pudesse ficar mais tranquila, acho até que a sua profissão exige um pouco de tensão mesmo. Exige que você seja mais articulada, mas nos momentos de folga pode relaxar.
- Às vezes não consigo relaxar.
- Por que não?
- Não sei. Falta de prática talvez, a gente se acostuma a ser de uma forma que fica difícil mudar depois.
- Você gostou mesmo da massagem?
- Gostei.
- Então vou fazer sempre que quiser.
- Todo dia!
- Amor, todo dia não dá. – Anahí sorriu.

Ficaram conversando e namorando no quarto. Mais a noite foram para a sala fazer companhia a Blanca, que assistia TV. Anahí se recostou no sofá e esticou os braços para dar colo à namorada.

- Colinho bom esse. – Dulce a abraçou.
- Vou fingir que nem ouvi, porque até então o colinho bom era o meu. – Blanca falou fingindo indignação.
- Ah mãe, os dois colos são bons, tenho o seu aqui e o dela no Rio.
- Sei...
- Ciumenta.
- Eu não.

Anahí se divertia com as duas, era impressionante a cumplicidade que tinham.

- Colo de mãe não tem igual, a minha não é de dar colo, mas só de sentir ela perto de mim eu gosto. Mãe tem esse dom de passar calma para os filhos.
- É verdade, quando mamãe está perto eu não tenho medo de nada.
- Quem tem medo sou eu. – Blanca brincou. – Dulce já fez cada coisa que foi de arrepiar os cabelos.
- Como assim? – Anahí ficou curiosa.
- Ela já fez esses troços de descer da corda, de nadar num bote no meio da correnteza, já voou num paraquedas maluco.
- Esportes radicais então hein mocinha?
- Eu fazia, até que enjoei. Agora to sossegada.
- Graças a Deus! – Blanca levantou as mãos para o alto como que agradecendo e fazendo as duas rirem.

Anahí e Dulce ainda ficaram assistindo TV um tempo, até que resolveram ir para o quarto. Como havia prometido, a loirinha fez outra massagem em Dulce, mas dessa vez ela não dormiu. Esperou a namorada para dormirem juntas. No meio da noite a morena acordou e ficou olhando Anahí dormir, sua cabeça deitada em seu peito e o rosto virado para ela. Acariciou-o e depois seus cabelos, fazendo ela se mexer um pouco. De repente lhe deu uma vontade louca de beijá-la e assim fez. Abaixou um pouco e beijou seus lábios, mordeu de leve, depois passou a língua. Anahí sentiu aquele toque e acordou. Lentamente os beijos deram lugar a gemidos e toques provocantes, fizeram amor no meio da madrugada e adormeceram novamente.

A claridade do quarto foi quem acordou as duas. Dulce primeiro, pois não gostava de claridade. Olhou para o relógio e viu que estava quase na hora de partirem. Levantou-se, tomou um banho e ajeitou suas coisas. Depois acordou Anahí.

- Amor... – Beijou-lhe os lábios. – Lindinha, vamos levantar? A gente toma café e parte.

Anahí abriu os olhos e sorriu com doçura.

- Acordar esses dias todos com esse sorriso compensou todo o passeio. – Dulce sorriu e a beijou.
- Estamos atrasadas?
- Ainda não, mas tem que se levantar e se arrumar.
- Ta bom. – Ela se espreguiçou como uma gata.

Dulce passou a mão na sua barriga fazendo cócegas e Anahí se encolheu.

- Vou descer e ficar com mamãe lá embaixo.
- Ta bom, já desço.

Anahí se levantou e foi para o banho.

Na cozinha Dulce conversava com a mãe que ajeitava a mesa para tomarem café.

- Já comeu mãe?
- Sim, acordei cedo, dormi cedo também. Que horas vocês vão?
- Depois do café um pouco, não quero correr e chegar no Rio em cima da hora. Anahí tem aula logo após o almoço.
- Ela gostou da viagem?
- Adorou.
- É tão fácil agradá-la.
- Sim. – Dulce sorriu.
- E então? Está tudo bem aí nesse coração?

Dulce suspirou e pensou para responder.

- Está sim mãe. Eu gosto dela, Anny é extremamente carinhosa e faz isso sem precedentes, espera de mim o que ninguém espera.
- É porque você estava acostumada com relacionamentos por interesse. Com ela não, noto que é diferente.
- Sim, mas eu às vezes ainda a trato como uma menininha, que é o que ela me parece ainda.
- Ela vai amadurecer, dê tempo ao tempo. Garanto que se tornará uma pessoa madura e sensata. Ela tem princípios.

Dulce contou sobre o celular, as roupas que havia comprado e o comportamento de Anahí. Blanca deu razão à loirinha, dizendo que a filha não poderia proporcionar essas regalias sempre.

- Às vezes isso irrita Dulce. Ela quer ser independente e você está tornando-a dependente de você. 
- Vou maneirar, mas eu gosto de vê-la feliz.
- E sabe que pra isso precisa fazer muito menos.

Nesse instante Anahí apareceu na cozinha.
- Bom dia.
- Bom dia menina. – Blanca falou. – O café está esperando.
- Estou com fome mesmo.

Sentaram-se para comer e Blanca acabou as acompanhando.

Após comerem e conversarem um pouco, as duas se despediram de Blanca e foram chamar Chris e Poncho. Saíram todos na calçada.

- Anahí, adorei te conhecer. Volte mais vezes! – Bete falou.
- Obrigada dona Bete. Voltarei sim.
- Que isso de Dona Bete. Só Bete ta bom. – sorriu.
- Mãe fique com Deus, eu ligo quando chegar. – Dulce falou para Blanca.
- Vê se faz o mesmo desnaturado! – Bete chamou a atenção de Christian.
- Sim senhora.
- Obrigado pela estadia Bete. – Poncho agradeceu.
- De nada meu filho, volte sempre que quiser também.

Todos se despediram e os quatro saíram. Já dentro do carro Dulce conversou com os garotos.

- Gostaria de pedir um favor a vocês. Anahí e eu estamos meio pé atrás com Angelique, não sabemos se ela desconfia, se sabe da gente e se concorda com o relacionamento. Por um tempo, podiam nos dar uma ajuda, nos acobertando.
- É, Angelique ainda é uma incógnita pra mim. – disse a loirinha.
- Como seria isso? – Christian perguntou.
- Quando Anahí for lá para casa, podia dizer que ela está na casa de Poncho, em viagens que fizermos foram vocês que convidaram. Essas coisas.
- Por mim sem problema. – Poncho falou.
- Cobro taxa extra. – Christian brincou.
- Sabia. Você tem décimo terceiro, décimo quarto salário, benefícios e ainda quer taxa extra? – a morena sorriu.
- Décimo quarto salário? – Anahí arregalou os olhos.
- É, meu bem. Seria uma participação nos lucros.
- Poxa, vou largar a vida de músico e virar advogada. – desabafou.
- E não é Anahí? Ser músico ta dureza. – Poncho brincou.
- Se ta. – disse ainda surpresa, fazendo todos rirem.

Chegando ao Rio, Dulce deixou os garotos na casa de Christian e saiu com Anahí. Ainda dentro do carro perguntou:

- Almoça comigo?
- Hum... – parou pra pensar. – Almoço! – disse beijando-a.
- Onde quer ir?
- Não sei, pode ser na sua casa?
- Lá em casa? Por quê?
- Porque lá é mais tranquilo e eu posso namorar mais um pouco.
- Gostei da ideia.

Foram para o apartamento e Dulce pediu o almoço. Sentaram no sofá para esperar a refeição e ficaram namorando. Depois ela deixou Anahí na porta da faculdade.

- Vejo você hoje ainda? – ela perguntou.
- Não sei amor, que horas você sai do escritório?
- Mais tarde, como não trabalhei de manhã, deve ter muita coisa pra fazer agora.
- Talvez quando sair, já estarei em casa.
- Eu te ligo então, pode ser?
- Pode.

Beijaram-se e se despediram.

Quando Anahí saiu do carro alguns alunos a olharam novamente e assim que pisou na faculdade deu de cara com Angelique.